Fanfic: 💖Melodia💖💖Portiñon💖💖Adaptada💖💖FINALIZADA | Tema: Portiñon

Anahí! Como foi de viagem?
- Nossa, foi ótima. Lá é lindo e eu trouxe um presente pra você. – Tirou da mochila uma pequena caixa com chocolates e lhe deu.
- Chocolate! Vou comer agora!
- De jeito nenhum! – Chegou seu professor. – Vai comer chocolate e fazer aula? Quer babar essa gosma na flauta menina?
- Ah, só um!
- Só se me der um também. – ele brincou.
- Anahí, vou pra aula e depois quero os detalhes.
- Ta bom.

Anahí foi assistir a suas aulas e depois aproveitou o horário vago para estudar. Vez ou outra Dulce mandava uma mensagem carinhosa no celular.

À noite já em casa Anahí estava estudando para uma prova quando o celular tocou. Viu que era Dulce e atendeu perto da janela para que Angelique não ouvisse.

- Oi. – falou carinhosa.
- Oi meu anjo. Está em casa?
- Estou. E você, ainda no escritório?
- To agarrada aqui. Acho que preciso é daquela massagem.
- Hum, podemos providenciar.
- Tem serviço delivery?

Anahí morreu de rir.
- Tem, mas tem que marcar hora.
- O que está fazendo ai?
- Estudando, tenho prova na quarta, mas é tranquilo.
- Você é inteligente, sei que vai se sair bem.
- Ô melação! – Christian passou no fundo e gritou.
- É um abusado mesmo! – Dulce resmungou fazendo Anahí achar graça.
- Amor, não vai ficar aí até tarde. Tem que descansar, acordamos cedo hoje.
- Eu sei, não vou demorar. Será que nos vemos amanhã?
- Seria bom, porque eu estou morrendo de saudade. – Anahí falou em tom meloso.
- Eu também. Então bom estudo e durma bem.
- Você também. Se cuida viu? Te amo.
- Também te amo.

Desligaram e Anahí voltou a estudar. A semana passou correndo, Dulce teve vários compromissos impossibilitando de se verem. Na quinta-feira ela ligou para Anahí logo cedo, a loirinha estava indo para a faculdade.

- Hoje à noite você vai dormir lá em casa. – disse enfática.
- Mas... eu não sei se... bom tem ver... – Anahí estava desconcertada, pois Angelique estava do lado dela.
- Por que não sabe e tem que ver?
- É que... deixa ver quando vai acabar minha aula, aí eu te ligo, pode ser?
- Você tem algum compromisso?
- Não, na verdade não sei, vou olhar aqui. Daqui a pouco te ligo e falo.
- Anahí?! – Dulce estava indignada.

Anahí desligou já pensando numa desculpa para dar a Angelique.

- Poncho acha que não faço mais nada no Rio.
- Que foi?
- Quer marcar um ensaio, mas eu quero estudar hoje, porque sei que quando viajar não vou estudar nada lá em casa. Só posso ensaiar depois que terminar tudo.
- Ele não comentou nada com Rocco.
- Porque quer passar umas músicas só comigo, estamos escolhendo para o repertório.
- Eu hein, nunca vi isso, passar só com tecladista. De repente ele ta afim de você.
- Que isso Angelique. Ficou maluca?! Ele namora.
- Mudou de lado ué.
- Ai, vou fingir que não ouvi.

Assim que Angelique entrou pra sua aula, Anahí foi correndo para o banheiro e de lá ligou para Dulce.

- Amor desculpa! Angelique estava do meu lado e ela não deixa passar nada.
- Ah eu achei isso esquisito. Não falo com você direito quase a semana toda e quando ligo você me trata assim.
- Me perdoa, sabe como ela é. Não posso dar qualquer vacilo.
- Sei... – estava séria.
- Hum... não fica brava. Você disse sobre dormir na sua casa? Eu vou, saio da aula, passo em casa rápido e pego minhas coisas. De lá já vou para minha cidade.
- E como vai explicar isso a sua amiga?
- Dou um jeito. Digo que estou precisando ensaiar, sei lá. Invento qualquer coisa. Pego um ônibus e vou direto para sua casa.
- Não, vem até meu escritório. Estarei aqui ainda e daqui nós vamos.
- Ta bom, me passe o endereço por mensagem que eu chego aí.
- Ok. Beijos. – Dulce ainda tinha a voz em tom sério.
- Amor?
- Oi.
- Amo muito você. Minha promotora brava. – falou baixinho. Tirando um sorriso de Dulce.

Desligaram e Anahí foi estudar. Terminada a aula de piano, teve outra aula de transposição e acompanhamento. Tirava de letra essa matéria, pois tinha facilidade para acompanhar uma melodia, apenas sabendo o tom da música e tinha excelente ouvido, seu professor já a chamava de “absoluta”, fazendo comparação a quem tem ouvido absoluto na música. Pois ela conseguia saber uma nota musical sem precisar do tom ou referência. Quando saiu da aula, esperou Angelique e no caminho de casa falou que Poncho tinha marcado ensaio e que não voltaria, pois dormiria na casa dele. 

- Amanhã eu só tenho aula de manhã, então vou para a faculdade e de lá pego meu ônibus.
- Ihh, to achando que tem coisa aí.
- Que coisa menina?
- Acho que o Poncho ta afim de você.
- Para de falar besteira Angelique, você sabe que o Poncho namora e sabe também quem ele namora.
- E daí quem ele namora? – Angelique fez cara de espanto. – Eu já disse que ele pode mudar de lado ué.

Anahí olhou para a amiga incrédula, ou ela não havia entendido ou se fazia de boba.

- Eu entendi o que quer dizer, ele é gay, mas não impede de uma hora querer trocar de lado não é?
- Aff... essas coisas não acontecem.
- Claro que acontecem.
- Ta bom Angelique, mas ele não está afim de mim, pelo menos não acho.

Chegando em casa, Anahí somente pegou sua mochila com algumas roupas. Despediu-se de Angelique pedindo a amiga juízo no final de semana em que estaria fora.

- Comporte-se hein. Rocco vem pra cá não vem?
- Vem. – Angelique sorriu.
- Então juízo.
- Sim senhora. Mande um abraço pra dona Tisha e outro pra minha mãe.
- Cara de pau você hein. Que dia vai lá visitar sua família?
- Vou no próximo final de semana talvez, porque esse eu estou tocando.
- Ta certo. Beijos, fica com Deus.
- Vai com ele.

Anahí pegou o ônibus e foi para o escritório de Dulce, no caminho mandou uma mensagem para Poncho pedindo para confirmar que ela iria pra casa dele. Chegando à frente do prédio, olhou para cima e depois olhou no celular.

- Nossa! Décimo segundo andar. Ela gosta de lugares altos.

Entrou, pegou o elevador e subiu. Chegando ao andar indicado olhou para um lado e para outro, o escritório era à direita. Quando se virou viu logo a placa com o nome dela. Foi andando devagar e assim que pisou lá dentro uma secretária muito bem arrumada a olhou de cima a baixo.

- Pois não? Em que posso ajudá-la?
- Queria falar com Dulce.
- Qual o seu nome?
- Anahí.

A secretária olhou na agenda.

- Dra. Dulce está muito ocupada, pode voltar outra hora?
- Eu posso aguardar?
- Vai demorar garotinha. – Continuava olhando Anahí dos pés a cabeça.
- Tudo bem eu espero.
- Você quem sabe.

Anahí andou até uma janela próxima e ficou esperando em pé. Até porque a secretária não a convidou a sentar-se. Ficou mais de meia hora parada ali. Chegou outra garota, um pouco mais nova que a secretária e também olhou para Anahí.

- Quem é? – perguntou falando baixo para a secretária.
- Está esperando a Dulce. Vai dormir aí, porque acho meio difícil ela atender. Nem tem hora marcada e nunca vi na vida.

Anahí podia ouvir os cochichos, mas não entendia direito. Ficou vermelha de vergonha e queria sair correndo dali. Nesse instante Christian apareceu e arregalou os olhos.

- O que você ta fazendo aí do lado de fora e em pé? – Disse passando direto pelas meninas e indo até Anahí.
- Estou esperando Dulce.
- Tem quanto tempo que você está aqui?
- Pouco mais de meia hora.
- Jesus misericórdia, se Dulce souber disso... Vem Anahí, entra.

Anahí entrou com Christian e foi direto para a sala de Dulce, o que deixou a secretária e a outra garota de boca aberta.

- Quem será esta figura? – falou a secretária.
- Não sei, só sei que é alguém que não deveria ter esperado para falar com Dulce.

Christian deu uma batida na porta e logo entrou.
- Visita pra você...

Dulce estava ao telefone e sorriu fazendo sinal para que Anahí entrasse.
- Ela é toda sua. – disse o rapaz e saiu.

Anahí entrou e ficou em pé parada na porta. Discretamente olhou a sala da namorada, era parecida com o apartamento no quesito estilo, tudo muito básico e bem decorado, sem excessos. Os móveis eram escuros e o piso era de madeira, havia uma janela de vidro imensa e uma mesa para seis pessoas. Dulce, ainda ao telefone, fez sinal para que Anahí se aproximasse dela. A beijou e continuou falando ao telefone.

- Eu sei... pode ficar tranquilo senhor Augusto, vamos resolver isso até segunda-feira de manhã... Até lá, obrigada. – desligou. – Oi meu anjo, demorou. O trânsito ta ruim?
- Nem tanto. Tudo bem?
- Melhor agora. – Dulce puxou Anahí e beijou sua boca. – Ô saudade dessa boca gostosa.
- Eu também, sonhei com você a noite toda. Acordei até mais feliz.
- Sonhou o que?
- Não posso falar essa hora, é imprudente.

Dulce achou graça, beijou seus lábios e a abraçou sentindo seu perfume.

Estavam de chamego quando alguém bateu na porta, Anahí se afastou rapidamente e Dulce autorizou que a pessoa entrasse.

- Dulce, chegaram esses papéis do escritório do senhor Augusto.
- Sim, falei com ele agora pouco, estava esperando esses documentos. Obrigada.
- Aquele cliente que ligou de manhã, já ligou mais três vezes, o que eu faço com ele?
- Nossa que cara chato, já disse que não pego pensão familiar. Cruzes! Vou mandar prender esse sujeito. – falou revirando os olhos. – Não paga pensão poxa.

A secretária olhou para Anahí que estava sentada na cadeira em frente à promotora.
- Mais alguma coisa? – disse olhando para a loirinha.
- Não, obrigada.

A secretária já ia saindo quando Christian entrou.
- Dulce, tem que avisar a Érica que Anahí aqui é passe livre, ela a deixou esperando lá fora por mais de meia hora. Se eu não chego, ela tava lá até agora.
- Como é que é? – Dulce fechou o cenho.
- Ela não tinha hora marcada e eu achei que era...
- Você não é paga para achar nada Érica, da próxima vez me avise. Se vem aqui só pra me avisar de um cliente chato, como não pode me avisar que alguém me espera lá fora? Use essa cabeça ruiva para alguma coisa, por favor.

- Me desculpe... – A secretária estava totalmente desconcertada.
- Preste atenção, Anahí pode entrar na minha sala a hora que ela quiser, ouviu bem? Mesmo que eu estiver em reunião, atendendo o Papa, ela entra na minha sala quando bem entender.
- Ok.

Érica saiu da sala e Christian que estava ao lado aproveitou e fechou a porta.
- Eu tinha que falar. Podia até ter deixado passar, mas ela é tão petulante que não aguentei. Érica trata as pessoas do modo que lhe convém e de acordo com as aparências. Ainda vai aprender a não julgar pela capa.