Fanfic: 💖Melodia💖💖Portiñon💖💖Adaptada💖💖FINALIZADA | Tema: Portiñon

Que foi amor? Te achei quieta desde a hora do banho. Você não tava assim antes.
- Estou pensando na semana agitada que vou ter. Não comentei com você, mas tenho reunião no escritório. Depois dessa reunião eles querem fazer um pequeno coquetel, coisa de gente besta. Mas tenho que ficar, porque é um pessoal que trabalha comigo, preciso estar bem com eles. Pode ser que não te veja nesse dia.
- Tem que fazer uma social. – Anahí acariciava seus cabelos.
- Isso aí.
- Não tem problema, você não pode é se complicar por minha causa. Nos vemos no outro dia.
- Tenho que ficar de olho nesse Pedro. – fechou a cara.
- Ah, para. Ele pode até tentar, mas não terá sucesso.
- Hum. – Dulce resmungou fazendo Anahí sorrir.
- Bichinho bravo.
- Hum. – Resmungou de novo.
- Que eu amo. Acho que nunca amei alguém tanto quanto amo você. E se amei, nem me lembro se era tão bom assim.

As palavras de Anahí serviram para Dulce se lembrar do passado.

- Às vezes a pessoa diz “eu te amo” sem se preocupar com a intensidade que essas palavras têm. – Dulce falou mais para si mesma e sobre o que viveu.

Anahí ficou em silêncio por uns instantes e depois falou parecendo contrariada.
- Mas eu falo quando tenho certeza do que sinto naquele momento. Já ouvi eu te amo para logo em seguida ver a mesma pessoa que disse nos braços de outra. – tinha um rancor na voz.

Dulce se levantou e olhou em seus olhos.
- Não me referi a você.
- Eu sei.
- Confio em você.
- Então não vai ficar cismada por não ir ao show na semana que vem?
- Aí eu não sei. – Dulce deitou novamente emburrando. – Aquele cara é um malandro isso sim.
- Então vejamos. Que posso fazer pra você se sentir melhor quanto a isso? – Anahí falava tão suavemente que Dulce desemburrou a cara.
- Pode dizer que me ama todo dia.
- Eu já faço isso.
- Pode me ligar no dia do show para dizer então.
- Isso vai te deixar mais tranquila? – Anahí achou estranho o pedido.
- Vai.
- Mas não posso ligar enquanto estiver tocando.
- Tudo bem, e quando não estiver você me liga?
- Ligo, mas isso é só na semana que vem. – parou e pensou. - De repente eu saio de lá e venho correndo para me encontrar com você. Se bem que desde que te conheci, não tenho passado o final de semana direito com Angelique.
- Mas ela só fica com Rocco, ora bolas.
- Tudo bem, mas não sei o que ela vai fazer semana que vem. Pode ser que eu não possa vir pra cá ou que a gente não possa se encontrar com mais folga.
- Ai... ai... – Dulce emburrara novamente.
- Mas a gente dá um jeitinho.
- Eu sei um jeitinho.
- Qual?
- Você vem morar comigo.
- Que? – Anahí arregalou os olhos.
- Que tem? É verdade... ó... – Dulce se levantou. – Aqui você não precisa pagar aluguel e nem precisa se preocupar com outras despesas, o dinheiro que ganhar será só seu.
- Ta querendo me sustentar?
- Seria uma ajuda de custo. – sorriu.
- Não, seria sustentar. Como vou sair e largar Angelique? E o que vou dizer aos meus pais quando eles, por acaso, vierem aqui. Olha pai, não estou morando mais no apartamento, porque sabe, eu moro com a minha namorada. No mínimo ele enfarta.

Dulce achou graça.
- Não posso amor. Sei que às vezes fica difícil a gente se ver, mas sempre damos um jeito. Moramos na mesma cidade. E vir pra cá seria muito precipitado, não?
- Por quê? Você não diz que me ama? E eu não amo você? Então, qual o problema?
- Calma dona impulsiva. Uma coisa de cada vez.
- Ah. – Dulce emburrou de vez. Virou para o lado, fechou a cara e cruzou os braços num gesto indignado.

Anahí não quis falar, pois com ela não se tinha muitos argumentos. Achou melhor agir. Aproveitou que ela estava de costas e beijou sua nuca, passou a mão em suas costas, arranhou de leve, até porque suas unhas estavam curtas. Beijou seu ombro, mordeu o pescoço. Sentiu a respiração da namorada se alterar, mas ela ainda fingia não ligar. Desceu a mão pela cintura dela e chegou até o os pêlos pubianos e acariciou, depois ameaçou colocar os dedos em sua abertura, mas voltou para os pêlos. E com a mão lá e a boca bem próxima a sua orelha, falou com a voz mais doce que Dulce já ouvira.
- Não quer fazer amor comigo?

Dulce se rendeu. Girou o corpo ficando por cima de Anahí, prendendo seus braços.
- Alguém resiste? Não tem como.
- A intenção é não resistir mesmo. – sorriu franzindo o nariz.
- Linda!

Beijaram-se e deram vazão ao desejo. Fizeram amor a noite inteira. Em cima da cama, no tapete do quarto, na mesa que ficava no canto. Dulce colocou Anahí debruçada na mesa e por trás acariciava seu clitóris e com a outra mão agarrava sua cintura. Anahí estava sem forças já. Arranhava os braços da namorada e gemia como uma gata. Dulce estava insaciável. Quando gozaram, pegou Anahí no colo e a levou de volta para a cama, deitando as duas de conchinha, como gostavam. Beijou o pescoço dela delicadamente.

- Te amo muito.
- Também te amo. – a voz de Anahí saiu cansada.

Dormiram quando o sol já estava nascendo. O telefone tocou e as duas nem ouviram.

- Aposto que estão de sacanagem. – Christian falou desligando o telefone.
- Deixa elas, estão apaixonadas. – Poncho interveio.
- Anahí está né, ainda não me convenci com Dulce.
- Depois do que vi em Mauá, estou convencido sim.
- Esse namoro está no início ainda, Dulce é uma caixinha de surpresas. Acredite, só me convenço quando ela pedir aquela loirinha em casamento.
- Aí já é demais né.
- Você não conhece relacionamento lésbico? Elas se conhecem num dia, namoram no outro e casam no terceiro. Amor implacável. – riu.
- Eu acho que elas se dão bem, Anahí tem paciência com Dulce e Dulce parece ter se identificado com Anahí. Ela tem carinho por ela.
- Identificado com o que? As duas são completamente diferentes. E carinho não é amor.
- Ah Chris, para de pegar no pé. Anahí também não é criança, ela sabe o que é certo ou errado para ela.
- Espero que sim.

Anahí acordou com o telefone, mas não teve tempo de atender. Levantou e olhou pela porta que dava pra varanda, o sol estava forte. Quando viu no relógio já eram quase meio-dia. Dulce dormia tranquila e não quis acordá-la. Tomou um banho e desceu pra cozinha. Procurou na geladeira alguma coisa pra fazer, depois olhou nos armários e teve a ideia de fazer uma lasanha. Estava distraída e nem viu que a morena chegou à cozinha e ficou observando-a. Estava com uma blusa comprida e descalça. Olhava a panela com o molho, ao mesmo tempo em que tirava o macarrão e deixava escorrer numa outra panela. Montou a lasanha e colocou no forno. Quando virou se assustou com Dulce.

- Ai, que susto! Acordou faz tempo amor?
- Não, você não estava na cama aí resolvi descer pra ver o que estava aprontando. – foi se aproximando.
- Estou fazendo uma lasanha.
- Eu vi.
- Estava me espionando é?
- Apenas observando. – Dulce a beijou. – Sabia que você está muito sexy com essa blusa?
- Eu? Nossa, essa blusa é velha, é um camisolão. Ela é fresquinha por isso coloquei. Tomou banho?
- Tomei. Minhas costas estão ardendo. Acho que uma gata me arranhou.

Anahí morreu de vergonha com o comentário, ficou vermelha imediatamente.

- Desculpa, é que... ontem você estava impossível. – falou envergonhada.

Dulce ficava toda besta com os elogios da namorada sobre seu desempenho na cama, inflava seu ego. Almoçaram sem pressa e Dulce adorou a comida.

- Estou me acostumando mal, vou querer comidinha da namorada sempre.
- É né, comidinha, massagem, mais o que?
- Quero você inteira só pra mim.

Anahí sorriu e levantou de sua cadeira, sentando no colo de Dulce, de frente pra ela.

- Você já me tem.
- Quero todo dia, toda hora. – a olhou com cobiça.
- Assim você enjoa.
- Não sei o que Chris te falou sobre mim, mas pode apostar que não enjôo de você.

Anahí pensava naquelas palavras, poderia ser verdade, mas como será que Dulce tinha enjoado das outras mulheres? Passaram a tarde namorando e mais a noite foram ao shopping dar uma volta.

Angelique voltou na segunda de manhã e apareceu na faculdade à tarde. Deixou as malas no apartamento e quando encontrou Anahí a avisou sobre suas coisas.

- Sua mãe mandou roupa pra você. Ela perguntou se você estava namorando.
- Minha mãe é uma figura mesmo. Por que não perguntou a mim?
- Porque sabia que você não ia contar.
- E o que você contou?
- Que não estava namorando, mas que eu desconfiava de alguém.
- Como assim? – Anahí se surpreendeu.
- Ué, falei de Poncho e que ele dava muita atenção a você. Ela disse que viu ele na foto que você mostrou.
- Angelique! 
- Falei o que penso. – levantou as mãos num gesto desleixado.

Anahí revirou os olhos como se dissesse que a menina não tinha jeito. Entraram para a aula e só saíram mais a noite. Como Angelique havia viajado, quando as duas chegaram ao apartamento Rocco já a esperava. Anahí reparou o fato dele trazer um presente e lembrou de Dulce. “Cariocas! Muito galantes.” 

- Tem problema se eu dormir aqui hoje Anahí? – ele perguntou receoso.
- Não. Tudo bem.
- Valeu!

Os dois subiram num agarramento só, Anahí sabia que aquela noite teria de dormir com o fone no ouvido.



Na quarta, os meninos da banda haviam desmarcado o ensaio e este seria somente no dia seguinte e mais cedo. Quando saíram do estúdio Dulce os esperava encostada no carro. Anahí abriu um sorriso tão luminoso que qualquer um podia notar. Foi andando depressa ao encontro da namorada e aproveitou a rua vazia para abraçá-la.

- Olha o chamego. – Christian, que estava ao lado, implicou.
- Inveja é fogo. – Dulce retrucou.
- Tudo bem Chris? – Anahí falou ainda abraçada à namorada.
- Tudo. Ensaio demorado esse.
- É que atrasamos para começar. Eu tive aula até mais tarde. Nossa tenho muita coisa pra preparar, está chegando a etapa final do período e eu to cheia de música.
- Poncho também tem reclamado.
- Mas ele estuda em casa. Eu, pra estudar piano, tenho que marcar hora na faculdade e está cada dia mais concorrido.
- Teclado não é a mesma coisa né. – ele falou.
- Não, o peso das teclas é diferente, mas ajuda muito.

O restante da banda se aproximou e dali foram embora. Como sempre, Dulce a levara e depois deixava Christian e Poncho. Anahí só saiu do carro depois de ganhar um beijo cheio de más intenções de Dulce.

- Eu tenho mesmo que ver isso? – implicou o primo.
- Podia aproveitar e fazer o mesmo. – Anahí brincou.

Depois que Anahí saiu Dulce comentou dentro do carro.

- Onde será que tem piano aqui nessa cidade?
- Ah não! Para! Não vai fazer isso. – Christian logo retrucou.
- O que? Fiquei boiando agora. – Poncho falou confuso.
- Você não vai comprar um piano. – voltou Christian incisivo.
- Piano? Pra que Dulce quer um piano? – Poncho ainda estava confuso.
- Poncho, acorda! Por que ela vai comprar um piano? – Christian olhou para o namorado tentando fazê-lo entender.
Poncho parou para pensar e depois entendeu.
- Nossa! Que chique! Muito romântico isso, eu sei onde vende piano.
- Então você vai me ajudar. – Dulce ficou animada.
- Não vai nada. Você não vai comprar um piano Dulce. Que vai fazer com ele depois? – Christian interveio.
- Não lhe devo satisfações do meu dinheiro e ele será um presente para Anahí, que, aliás, nem sei o aniversário dela. Se tivesse perto, poderia lhe dar de presente.
- E o que vai fazer com esse piano depois?
- Depois de que?
- Dulce, você acha mesmo que vai levar esse relacionamento adiante?
- Christian, você realmente não me conhece. E não tem reparado em mim nos últimos meses.
- Eu tenho e realmente você mudou um pouco. Levo fé em vocês duas. – Poncho ficou do lado de Dulce.
- Ai, eu não falo mais nada então. Depois sou o chato, o implicante, então deixa pra lá.
- Dulce, amanhã estou de folga de manhã, podemos ver esse piano. Não vai conseguir de imediato, geralmente são encomendados.
- Sem problema.

Como combinado os dois foram até uma loja onde Poncho havia comprado seu violão, lá eles também tinham um catálogo de pianos, havia alguns na loja, mas somente os modelos de armário. E Dulce queria um de cauda. Olharam os catálogos, como ela não entendia nada, deixou por conta de Poncho.

Boa noite Melodics.

Cap dedicado a raylane06

Xerim