Fanfic: 💖Melodia💖💖Portiñon💖💖Adaptada💖💖FINALIZADA | Tema: Portiñon

- Essa marca é a melhor de todas, lá na escola eles têm dele e é o que Anahí sempre estuda.
- Realmente a Steinway & Sons é líder em qualidade, tradicionalismo e elegância. – o vendedor falou animado.
- Líder no preço também, né amigo? – Poncho logo falou.
- De fato um Steinway não é barato, mas compensa por sua qualidade de som, sua acústica. Alguns desses pianos costumam demorar um ano para serem fabricados, são feitos artesanalmente. 

Dulce bateu o olho em um modelo do catálogo e ficou fascinada.

- Olha que lindo esse! Vai ficar muito bom na minha sala.
- A senhora toca? – o vendedor perguntou. 
- Não, mas minha namorada sim. – ela respondeu tão naturalmente que o vendedor nem teve tempo de se surpreender. Já Poncho não teve a mesma reação, quase deixou cair o papel que estava em sua mão.
- Anahí é pianista e estuda na federal, ela precisa de um piano para treinar. Por isso estamos querendo comprar. – disse ainda surpreso.
- Esse modelo é excelente. Ele aceita bem ambiente de teto alto e amplo, é para salas grandes.
- Exatamente o que preciso. Quero esse.
- Dulce, primeiro a gente pergunta preço. – Poncho falou baixinho.
- Quanto é moço?
- Olha, um Steinway desses está em média cento e vinte mil.

Poncho quase desmaiou. Dulce se manteve séria, sem dar chance do vendedor saber se ela havia achado caro ou não. Seu olhar para o catálogo era indecifrável.

- Poderiam me acompanhar, por favor. – o vendedor os chamou para os fundos da loja.

Entraram num salão e o vendedor puxou um pano que revestia o que parecia ser um piano. Quando ele o descobriu Poncho ficou boquiaberto, era o modelo do catálogo.

- Os trouxe aqui para poder ver de perto. Este piano foi encomendado por um cliente, faz três meses. Chegou ontem e o colocamos aqui, ele vem pegá-lo na semana que vem.
- É lindo. Os da escola são mais antigos, esse está novinho.
- Esse custou o preço que lhes falei. – observava a reação deles.
- Quanto quer por ele? – Dulce foi incisiva.
- Ele não está à venda senhora, o dono vem buscá-lo creio que na segunda.
- Eu pago mais por ele. Quanto quer?

O vendedor cresceu os olhos, mas nada podia fazer.

- Não posso, confesso que seria interessante para mim, mas meu chefe não vai autorizar.
- Quero falar com seu chefe então. Preciso de um piano para hoje. Tenho urgência.
- Calma Dulce, talvez encomendando eles possam acelerar a vinda do piano. Não é?
- Acredito que sim. – respondeu o vendedor.
- O seu chefe, por favor. – Dulce fingiu não ouvir.

O rapaz não sabia ao certo o que fazer, então chamou o chefe que veio em poucos minutos.

- É o seguinte, preciso desse piano, ele não está à venda, mas estou disposta a pagar o que me pedir nele.
- Já foi comunicado ao dono que o instrumento chegou? – o senhor perguntou ao vendedor.
- Sim, ele vem buscá-lo na segunda.
- Então sinto muito, caso não tivessem falado, poderia vendê-lo e tratar uma nova encomenda, mas neste caso fica difícil.
- Eu pago a vista.
- Dulce. – Poncho a puxou pelo braço. – Tenha paciência.
- Se eu encomendar um agora, só chegará depois que acabarem as aulas de Anahí. Não vai adiantar.
- Se eu não comprar aqui, vou até São Paulo e lá consigo um. Então, podemos negociar?
- Se a senhora for até São Paulo, mesmo que consiga um pagará um valor altíssimo para trazer ao Rio.
- Isso não é problema para mim.
- O transporte poderia prejudicar a qualidade do instrumento.
- Isso sim é um problema, por isso vamos negociar este aqui. Eu pago a mais o que gastaria para trazer um piano de São Paulo para cá.

Poncho olhava para Dulce perplexo, tentava falar, mas ela não deixava espaço.

- A senhora gastaria mais de cinco mil. Seria melhor esperar outro.
- Minha namorada não pode esperar.

O senhor por um momento pareceu ter parado de respirar.

- É pegar ou largar.
- Dulce...
- Poncho, eu saí de casa para comprar um piano e vou comprar.

O dono da loja olhou para ela e sorriu.
- A senhora quer que entregue o instrumento que horas?

Ela sorriu satisfeita.
- Pode hoje à tarde?

Dulce entregou o cartão com o endereço, combinou um horário melhor e acertou os valores a pagar. Quando saiu da loja Poncho estava pálido.

- Meu Deus do céu! Eu não vou nem comentar o fato de você ter gasto uma pequena fortuna num piano.
- Então não comente. – entrou no carro.
- Dulce, tem noção do que acabou de fazer?
- Tenho. Dinheiro é pra isso mesmo, comprar coisas.
- Tão caras assim?
- Ela merece.

Ligou o carro e saíram.
- Gosta mesmo dela? – Poncho a indagou.
- Mais do que eu mesma imaginei gostar de alguém.
- Isso não é uma fase?
- Não.
- Dulce, escute, eu te conheço desde que comecei a namorar Chris e isso faz algum tempo. Sempre te vi perambular e saltar de um relacionamento a outro, o seu tempo de namoro com Anahí ainda é curto, não está impressionada?
- Já me viu impressionada?
- Já.
- E impressionada eu gastava meu dinheiro comprando pianos caros?

Ele sorriu.
- Eu a amo e quero o melhor pra ela.
- Me dou por satisfeito.
- Obrigada por me ajudar e peço por favor, para não contar sobre o valor desse piano a Christian.
- Tudo bem. Posso pedir uma coisa?
- Pode.
- Vai dar o piano que dia?
- Amanhã, pois hoje tenho uma reunião e vocês têm show.
- Posso estar perto? Quero ver a carinha dela. – ele falou feliz.
- Claro, vou convidar você, Christian, Theo e Josy, faz tempo que não os vejo. Combinamos algo amanhã à noite.

De tarde, os funcionários da loja levaram o piano, montaram e um afinador foi logo em seguida para fazer os ajustes. Realmente ele combinava com a sala e a promotora ficou imaginando Anahí tocando nele, ficaria mais lindo ainda. À noite Dulce teve a reunião seguida de um coquetel e como combinaram Anahí lhe ligava para saber se estava tudo bem e dizer que também estava bem. Não dormiu no apartamento da namorada porque Angelique estaria em casa e dessa vez outra desculpa não iria colar. No sábado de manhã Angelique arrumou suas coisas dizendo que ia para Paraty, uma cidade próxima ao Rio, visitar a família de Rocco. Anahí não pode esconder a felicidade. Assim que Angelique saiu ela ligou para Dulce.

- Bom dia amor. – a loirinha falou com voz melosa.
- Bom dia minha linda. Acordou agora?
- Que nada, bem mais cedo. Angelique agitou a casa aqui.
- E onde ela está?
- Nesse momento indo para Paraty com Rocco e vai passar o final de semana lá. Estava pensando em ir praí.
- Você não vai estudar hoje?
- Não sei. – Aquilo não era a pergunta que Anahí esperava. – Talvez eu dê uma lida em algumas partituras novas, mas...
- Então eu passo aí de tarde para te pegar para jantarmos, pode ser?
- Pode. – a voz de Anahí entregava sua decepção.

Quando desligaram Dulce estava com o coração partido. Praticamente deu um gelo na namorada por conta da surpresa. Depois se animou e foi ligar para o pessoal convidado a ir até sua casa. Mais à tarde, ela não aguentou e foi ao apartamento, já arrumada para sair. Anahí atendeu a porta e sorriu sem jeito.

- Tudo bem? – Dulce beijou-lhe os lábios.
- Tudo. Estava estudando.
- Muita coisa pra estudar?
- É, bastante, tem uma música muito difícil. Marconi está me escalpelando.
- Tadinha. – beijou-a novamente.
- Você chegou cedo? Ou estou atrasada?
- Vim mais cedo um pouco, pra namorar sabe...
- Ah... – Anahí sorriu.

Dulce sabia que ela estava chateada com o fora que levara mais cedo. Abraçou a namorada carinhosamente, beijou seu rosto, tentou se desculpar veladamente.

- Te amo muito viu gatinha linda!
- Também te amo.
- Amor, quando é seu aniversário?

A pergunta foi tão repentina que Anahí olhou indagativa.
- Por que quer saber?
- Curiosidade ué.
- Meu aniversário é em maio.
- Já passou então.
- Sim.
- Peraí, mas eu já te conhecia nessa época.
- Ahan. – Anahí despistou.
- E por que não me falou nada?
- Porque não tive oportunidade ué. Ia chegar pra você e falar: Hei, hoje é meu aniversário.
- Poderia ter falado meu anjo. A gente podia ter feito alguma coisa especial.
- E fizemos.

Dulce a olhou curiosa.
- Foi no dia que você me levou na Pedra Bonita e na confeitaria, eu adorei o passeio. Pra mim foi especial. – Anahí sorriu.

Dulce se lembrou daquele dia, era o mesmo do assalto. Ficou penalizada e ao mesmo tempo com raiva da garota ter passado por tal situação num dia especial para ela. Anahí era realmente simples, qualquer um teria feito drama naquele dia.
- Vou tomar banho, já volto.

Bem que Dulce queria participar do banho, mas achou melhor não. Tinha preparado uma noite mais que especial e esperava que tudo desse certo. Combinou com Christian para ir ao apartamento e receber Theo e Josy e nem deixou espaço para que ele falasse da compra do piano. Havia contado ao casal sobre o relacionamento e eles confidenciaram que já tinham notado, principalmente por sua ausência nas noites cariocas.
Anahí saiu do banho enrolada na toalha.

- Amor, vamos aonde? Que tipo de roupa devo usar?
- Nada formal, põe aquela roupa que você usou no show da Urca.
- Ta bom.

Saiu do quarto já arrumada e viu Dulce usar o celular, parecia mandar uma mensagem, mas não perguntou o que estava fazendo.
- Estou pronta.

Olhou para ela e sorriu.
- Está linda! – Dulce estava tão sorridente que Anahí achou até estranho. A loirinha pegou sua mochila como de costume. Subindo o elevador Dulce abraçou Anahí carinhosamente.
- Já disse que te amo?
- Disse, mas eu gosto de ouvir sempre.
- Te amo, minha loirinha bonitinha.

Quando as duas saíram do elevador e entraram no hall o ambiente estava meio escuro.
- Ué, não tem luz? – Anahí perguntou entrando já pela sala.
- Tem sim. – Uma voz masculina respondeu, era Christian.

Quando ele acendeu a luz que Anahí pode ver o piano ao longe, próximo às poltronas da sala. Sua voz sumiu, não conseguiu dizer nada, piscou os olhos achando que estava em outro lugar ou que errará de apartamento. Olhou para Dulce que a olhava com ternura.

- Não vou dizer que um cliente me deu, porque você não vai acreditar.
- Meu Deus! Como... Aonde... – estava pasma. – Por que...
- Porque eu te amo. – Dulce falou em seu ouvido e abraçando-a por trás.

Os olhos de Anahí marejaram, nunca na vida sentira o que estava sentindo naquele momento.
- Anahí! Hoje teremos concerto. – Poncho veio se aproximando e tentando fazer com que ela não chorasse. – É claro que você vai dar a honra de tocar pra todo mundo não vai?

A loirinha olhou para o lado e aí que viu Josy e Theo. Ainda estava paralisada. Virou-se para Dulce e olhou nos seus olhos, ficou parada como se não tivesse ninguém ali.

- Como você consegue me surpreender todos os dias?
- É pra você não enjoar de mim. – sorriu.
- Nunca! Você é a pessoa mais incrível que já conheci na vida. É o meu alicerce, meu apoio, se tornou minha vida. – as lágrimas rolaram e dessa vez não teve como segurar. – Te amo muito. – Anahí a abraçou se envolvendo também nos braços de Dulce.
- Elas começam a me convencer. – disse Christian.
- Eu levo fé. – Poncho sorriu.

Theo e Josy se aproximaram dos dois rapazes sem nada dizer.

- Agora o concerto. – Poncho interrompeu o momento romântico.
- Eu nem trouxe partitura. – falou timidamente.
- Já te vi tocando sem ler, porque não pode agora? – Poncho falou.
- Ah Anahí, Dulce falou que você é uma excelente pianista. Podia nos dar o prazer de te ouvir. – Josy incentivou.

 

Boa noite Melodics

Cap dedicado a Cacheadaportinon

Fico muito contente que esteja amando.

Xerim