Fanfic: 💖Melodia💖💖Portiñon💖💖Adaptada💖💖FINALIZADA | Tema: Portiñon

Chegaram e pararam próximos à escola, havia outros carros, mas Dulce conseguiu uma boa vaga por conta de um flanelinha muito esperto que ficava por ali. Antes de descerem a morena segurou as mãos de Anahí e falou suavemente.

- Meu amor, desejo boa sorte, fique calma que vai dar tudo certo, sei que você se preparou para isso e agora está colhendo o fruto de seu esforço. Saiba que estarei na plateia te aplaudindo de pé. Não porque é uma excelente pianista, mas também porque te amo muito.

Anahí ficou comovida com as palavras da namorada.
- Obrigada meu bem, saber que você está do meu lado é mais importante que qualquer coisa.
- Não sei se agora é o momento certo, mas eu acho que tenho que fazer isso enquanto estivermos a sós. Por mim faria em público, mas quero respeitar sua opinião e privacidade. – tirou uma caixinha de um compartimento da porta do carro e a abriu, eram duas alianças. - Anahí, você quer ser a mulher a ficar do meu lado, a pessoa mais importante, a minha prioridade, a pianista dos meus sonhos e a minha cozinheira preferida? – sorriu ao dizer as últimas palavras.

A loirinha ficou atônita. Seus olhos marejaram e uma lágrima teimosa caiu.
- Eu... nossa... – gaguejou. – Não sei como conseguir ser tudo isso, mas eu aceito e prometo fazer o possível pra corresponder às suas expectativas.
- Você já corresponde a todas.
- Eu aceito.

Beijaram-se como se fosse a primeira vez. Estavam felizes, era como se um flash passasse pela cabeça das duas, não sabiam como ou quando aquele relacionamento tinha ficado tão sério, mas o que importava era que se amavam. Trocaram as alianças e cada uma beijou a mão da outra num gesto de carinho.
- Te amo! Meu anjo mais lindo. – Dulce alisou seus cabelos falando emocionada.
- Também te amo.
- Isso poderia ter sido mais romântico, mas não resisti. - Dulce falou meio envergonhada.
- Não importa quando e onde você faça as coisas, o importante pra mim é ter você. Não me importo com o cenário e sim com a protagonista. – sorriu.

Saíram do carro e foram direto para a escola, Poncho e Christian chegaram logo em seguida e minutos depois Angelique apareceu com Rocco. Pedro foi depois acompanhado de uma menina, que todos entenderam ser uma namorada.

- Mais tranquila amiga? – Anahí perguntou.
- Agora estou. Eu fiquei nervosa antes, mas quando vai chegando a hora, vou me acalmando.
- Assim que é bom, porque nervosismo atrapalha muito.
- Está chiquérrima! Adorei o vestido. – Angelique a olhou.
- Você também está, vai arrasar.
- Vamos né, porque tocamos juntas.
- Essa escola só tem aluna gata mesmo hein. – Christian se aproximou para brincar com elas.
- Porque acha que eu estudo aqui? – Poncho também chegou perto.
- E aí Poncho? Tudo pronto? – Angelique perguntou.
- Tudo sob controle.
- Poncho já está acostumado, veterano não tem mais nervoso. – Anahí falou.
- Na próxima vocês também estarão mais tranquilas.
- Que aliança é essa? – Christian falou no ouvido de Anahí, que ficou desconsertada. – Quando foi?
- Agora há pouco no carro.
- Nossa que original! – ele revirou os olhos. – Dulce já foi melhor.
- Para de pegar no pé dela. Eu adorei.
- Como tudo que ela faz. Amor é fogo mesmo.

As pessoas começaram a chegar e o movimento aumentou, fazendo com que todos fossem para o auditório. Os alunos sentaram nas cadeiras marcadas e os convidados nas fileiras mais atrás. Antes de se afastar, Anahí olhou para Dulce e sorriu para ela, recebendo um piscar de olho e um boa sorte. Angelique tamanho nervosismo nem percebeu a aliança na mão da amiga.

- Não sei como ninguém viu aquela aliança. – Christian brincou. – Parece mais um cinto de tão larga.
- Demorei tanto a escolher e você ainda me fala uma coisa dessas?
- É bonita, só não é discreta; ouro branco e um diamante daquele tamanho cravado no meio, só Angelique sonsa mesmo que não viu, mas assim que ela ver vai comentar. E eu quero ver a cara de Anahí.

Dulce ficou quieta, pois o comentário de Christian a incomodou.

As apresentações se iniciaram e um a um foi subindo no palco para se apresentar. Primeiro os alunos em dupla, Anahí e Frederico foram um dos primeiros, depois Anahí tocou para Poncho e voltou para tocar com Angelique para encerrar esta parte do recital. De longe se notava a cumplicidade das duas, Anahí olhou para a amiga e sorriram. Fizeram sinal uma para a outra e começaram. Quando terminaram a música se abraçaram emocionadas. Foram aplaudidas de pé. Um professor veio até o palco e elogiou a performance dos alunos, depois deu início as apresentações individuais. Era por ordem alfabética, para não causar problemas entre os alunos. Poncho foi um dos primeiros. Por conta das mesmas iniciais Anahí se apresentou e logo em seguida Angelique. Quando a loirinha subiu ao palco o silêncio imperava no lugar, sentou-se ao piano, colocou a partitura, abriu, tudo muito pausado. Olhou para o fundo do piano, fechou os olhos e respirou fundo ao mesmo tempo em que colocava as mãos posicionadas nas teclas, era seu ritual. Abriu os olhos e começou a tocar. O som do piano encheu todo o auditório. Marconi estava radiante e só recebia elogios pela aluna. Dulce tirava foto ininterruptamente. Ao final da música Anahí também foi aplaudida de pé. Angelique veio em seguida, resolveu tocar em pé, diferente dos outros flautistas, isso lhe dava mais segurança. Anahí torcia para ela sentada na primeira fileira. Terminou sendo aplaudida também e de pé pela amiga pianista. Quando o último aluno se apresentou e desceu do palco os músicos se reuniram para se cumprimentar e também receberam os elogios dos professores. Pouco depois Christian se aproximou com Dulce, Rocco, Pedro e a namorada.

- Meus parabéns às musicistas e ao músico.
- Passamos amiga! – Angelique abraçava Anahí.
- É passamos, agora que venha o segundo período. – a loirinha sorriu.

Um foi parabenizando o outro até que Dulce se aproximou.

- Estava linda, radiante e tocou divinamente bem. – Abraçou a loirinha apertado. – Te amo! – falou em seu ouvido.
- Obrigada, significa muito para mim saber que você gostou. E eu também te amo, minha linda. – falou ainda abraçada a ela.

O abraço foi mais longo que o de um cumprimento normal, mas as duas nem estavam ligando. Depois que todos se cumprimentaram. Dulce convidou para irem ao restaurante dizendo que ela havia reservado mesas.

- Nossa quanta gentileza! – Angelique falou.
- Vocês merecem e na verdade a ideia foi de Christian, eu só dei um empurrãozinho. – piscou o olho para o primo.

Assim que chegaram ao restaurante o garçom os recebeu e levou todos para o lugar indicado. Dulce tratou logo de sentar Anahí ao seu lado e do outro sentou Poncho, seguido de Christian. Rocco e Angelique ficaram na frente deles na mesa. De fato eram três casais.

- Nossa, acho que vou dormir por uma semana inteira agora. Parece que tiraram um peso das minhas costas. – Anahí desabafou.
- No segundo período você estará mais acostumada com isso, é porque a primeira vez é difícil mesmo. – Poncho a animou.
- Já eu, estou relaxada. Agora é férias!
- E eu terei minha namorada de volta. – Rocco abraçou Angelique.
- Ihh, tinham dado uma trégua. Anahí, voltou o agarramento.
- Senhor! Ainda bem que vou pra minha casa, aliás, vamos não é? – falou com Angelique.
- Então, eu não tinha te falado, mas eu pensei em ir só na segunda quinzena de julho.
- Por que Angelique? Já avisou seus pais?
- É que eu a chamei para ficar uns dias em Parati, com a minha família. – falou Rocco.
- Seu pai vai ficar doido! E não sou eu a pessoa que vai avisá-los de que você não vai.
- Pode deixar que eu falo, já tenho discurso pronto. – disse sorrindo.
- Mulher doida! - Anahí revirou os olhos.
- Sou doida, mas te amo. – sorriu. - Amiga, queria te agradecer por ter me ajudado essa semana. Se não fosse você eu acho que teria surtado na hora.
- Que isso, sei que faria o mesmo por mim se eu precisasse. Senão, pra que servem os amigos?
- De qualquer forma, muito obrigada.
- O agradecimento é ter você ao meu lado nessa jornada não é? – Anahí sorriu.
- É! Juntas até o fim! Uhuuu! – Angelique levantou o copo para um brinde.
- Um brinde aos músicos. Os melhores da cidade! – Poncho também levantou seu copo.

Todos brindaram.

- Pensei em ir com você. Que acha? – Dulce falou baixinho com Anahí enquanto os outros conversavam.
- Pra São Paulo?
- É, já andou de avião?
- Nunca.
- Então, seria uma boa oportunidade, a primeira experiência seria uma ponte aérea, aí você toma gosto.
- Ah, eu não sei, esse bicho quando cai faz um estrago danado.
- De acordo com as estatísticas acontecem mais acidentes de carro do que com aviões.
- E iríamos nós duas?
- Pensei em levar Chris comigo e Poncho lógico. Assim disfarça mais.
- Estava pensando em uma coisa quando vínhamos pra cá, mas depois conversamos. De qualquer forma não sei amor, será que Angelique não vai desconfiar? – Anahí pareceu em dúvida.
- Ficamos em um hotel.
- Não! Podem ficar lá em casa, só preciso conversar com minha mãe.
- Fale com ela amanhã.
- Tá bom, de manhã eu ligo e converso.
- Isso! – Dulce se empolgou.
- Falar em mãe, preciso ligar para ela, disse que avisaria assim que terminasse tudo.  – Anahí ligou para falar com a mãe, mas o barulho da mesa atrapalhou a conversa, então se levantou e ficou um pouco distante, o suficiente para conseguir falar.
- Oi mãe! Deu tudo certo, já estamos no segundo período. Sim! Angelique foi ótima também, agora estamos comemorando... Não vou voltar tarde... Sim, já estou de férias. Amanhã te ligo e conto mais detalhes.

Enquanto Anahí falava ao telefone Dulce a observava, estava linda naquele vestido e seu andar era todo gracioso.

- Baba não. – Poncho implicou.
- Você está pegando a mania do seu namorado. – Dulce sorriu.
- É a convivência.
- Anahí está falando com quem? – Angelique perguntou.
- Com a mãe. – Dulce foi quem respondeu.
- Ah sim, amanhã eu ligo para os meus pais. Meu pai particularmente fica na torcida.
- Então ligue de uma vez ora.
- Eles devem estar dormindo. Anahí que é filhinha da mamãe mesmo, liga toda hora se deixar. – debochou.
- Ela está certa, como está longe tem que manter a família informada de tudo. – Poncho a defendeu.

Angelique olhava para a amiga e aí que reparou na aliança.

- Nossa, que anel bonito! Não vi que tinha comprado. Devia estar muito nervosa para não ter reparado, principalmente porque ela não usa anel.
- Não? – Dulce se surpreendeu.
- Ela não gosta muito, porque atrapalha pra tocar.
- Ah... – pareceu decepcionada.
- Anahí mudou um pouco, parece mais madura. Até no jeito de se vestir, de falar... – Christian observou.
- São os ares do Rio de Janeiro. – Rocco falou.

Quando Anahí retornou a mesa, Angelique logo se manifestou.

- Amiga! Anel lindo! Onde comprou? Deixa eu ver! – esticou as mãos para a amiga.

Anahí foi pega de surpresa e antes mesmo de ter conversado com a namorada resolveu logo aquela situação que a incomodava tanto.
- Não é bem um anel, é uma aliança.

Dulce sentiu um frio na espinha.
- Aliança? – Angelique demorou um pouco para entender.
- Sim, ganhei hoje juntamente com o pedido mais lindo que já ouvi.

Angelique olhou um pouco surpresa e esperando que Anahí continuasse a falar, mas a loirinha simplesmente pegou a mão direita de Dulce, onde estava sua aliança e colocou em cima da mesa, entrelaçando seus dedos. 

- Pode-se dizer que estamos...? – olhou para a morena e sorriu.
- Noivas. – Dulce beijou sua têmpora direita.
- Mas...? – Angelique estava perdida. – Desde quando? – gaguejou. – Por quê?

Anahí olhou para Dulce como se pedisse ajuda, então a morena resolveu falar.

- Angelique, preste atenção. Sei que isso lhe parece absurdo ou inaceitável, mas eu amo Anahí. Desde que a vi pela primeira vez tocando com os meninos, fiquei encantada. Por insistência minha, aos poucos fui conhecendo a pessoa maravilhosa que ela é, aconteceu que nos apaixonamos e desde então estamos namorando.
- Há quanto tempo?
- Quatro meses mais ou menos. – Anahí foi quem respondeu.
- Por isso ela te pegou na faculdade algumas vezes, por isso dormiu no apartamento dela, viajou... – Angelique parecia encaixar os fatos. – Por que não me contou?

O silêncio imperava na mesa.
- Tive medo que se zangasse ou não aceitasse. Já falamos sobre isso, não é?
- Sim. – baixou a cabeça.
- Tentei mentir falando que sentia algo por Poncho, falei que ele e Chris eram só amigos, mas vi que mentir não ia ser legal. Você é minha melhor amiga, sempre foi. Vivemos juntas desde criança e sua amizade é muito importante na minha vida. – Anahí falava de forma doce. – Eu não aguentava mais esconder de você, ia conversar com Dulce hoje sobre isso, mas já que você viu minha aliança, decidi falar aqui mesmo.
- E vocês vão morar juntas? – Angelique perguntou preocupada.
- Não! – Anahí achou graça da preocupação da amiga. – Isso é um passo muito importante, não pode ser feito assim de repente. E outra, não vou te deixar morando sozinha.
- Convite não faltou. Disse a ela que poderia morar comigo, mas ela prefere você. – Dulce fingiu ciúme.
- Boba! A concorrência é forte, Angelique é minha amiga há muitos anos.
- Desde os seis anos de idade. – Angelique sorriu. Depois parou um pouco e olhou para as duas. – Olha, confesso que desconfiava, mas não acreditava. As pessoas têm comentado...
- Eu sei. – Anahí concordou.
- Você está feliz?
- Muito!
- Então eu tenho que respeitar. Não entendo, achava que... bom, você já é adulta e sabe o que quer da sua vida. Penso que mais que eu até. Então que seja feliz. E você trate-a bem, senão terá problemas com a cidade de Jaú inteira, viu? – advertiu a promotora.
- Sim senhora. Pode deixar que ela está em boas mãos.
- Assim espero. – Angelique sorriu.

Olha aqui estamos,,,

Caps fofinha.

Ainda volta para posta mais um.