Fanfic: 💖Melodia💖💖Portiñon💖💖Adaptada💖💖FINALIZADA | Tema: Portiñon

Dulce estava no escritório pedindo um almoço e esbravejando com a demora do pedido.

- Mas que diabo! Será que é tão difícil entregar um almoço? E olha que vocês estão a metros do meu escritório!

Christian estava entrando na sala e viu a cena de olhos arregalados.

- Ok, não quero mais, muito obrigada... Não quero saber se já está pronto. Se estivesse, a comida estaria aqui na minha frente.

Dulce bateu o telefone e bufou de raiva.

- Ei, trouxe um lanche pra mim, vamos dividir. – falou calmo.
- Quero almoço Christian, não lanche.
- É comida japonesa, você gosta.

Dulce olhou para ele, ainda de cara feia, depois suspirou.

- Ta bom, traz aqui. E obrigada.

Ele foi até a sala dele e voltou trazendo a barquinha de sushis, sashimis e etc.

Sentados comendo, ele resolveu perguntar:
- Dulce, hoje você está mais nervosa, que houve?
- Trabalho, muito trabalho.
- Você já trabalhou muito outras vezes e não se estressou tanto.
- Ai Christian, não amola. – se irritou novamente.

Ele não disse nada, então ela ponderou e falou calmamente.

- É falta de sexo, não vejo Anny direito faz semanas e quando vejo ela está cansada e confesso, eu também.
- Sexo? Cadê aquele papo de fazer amor?

Dulce somente revirou os olhos e novamente se irritou. Tomou um pouco de suco e continuou.

- Tenho uma audiência amanhã. Aquele outro caso de pedofilia.

Christian apenas assentiu com a cabeça.

- Adivinha qual juiz está no caso?

O rapaz fez sinal de que não sabia.

- Ou melhor, juíza. É Paola.
- Ih, mas que merda.
- Nem me fale, isso vai me render uma aporrinhação.
- Faça seu trabalho e saia de lá.

Dulce ficou olhando para o copo de suco como se olhasse uma bola de cristal. Christian não quis esticar a conversa, pois conhecia bem a prima e principalmente a chefe.

À noite, ela chegou em casa e ligou para Anahí.

- Onde está?
- Estou na faculdade, tendo aula com Marconi.
- Você veio aqui hoje? Estou em casa.
- Fui pra pegar umas partituras e estudar um pouco.
- Vai voltar?
- Não, vou sair tarde daqui. Vou amanhã, pode ser?
- Eu te pego, vem aqui hoje.
- Ai amor, vou sair tarde e é longe. Amanhã tenho aula cedo, show à noite. Prometo sair da aula e ir direto para seu escritório.
- Amanhã tenho audiência, não vou ao escritório.
- Te encontro a noite no apartamento antes do show então.
- Ta bom Anahí. Boa aula.

Anahí sentiu a chateação na voz da namorada.

- Desculpa, prometo que amanhã nos encontramos. – tentou argumentar.
- Tudo bem.
- Te amo viu?
- Eu também.

Desligaram, mas Anahí não se deu por satisfeita. Infelizmente não podia fazer muito e não iria se sacrificar, Dulce teria de entender. A promotora por sua vez ficou chateada, queria ficar com Anahí, principalmente antes de encontrar com Paola. Não sabia ao certo por que, mas era importante para ela.

No dia seguinte a promotora acordou cedo, se arrumou e foi direto para o fórum. Encontrou com Christian chegando também.

- Pronta?
- Pronta.
- Amem! Vamos lá!

Assim que a audiência começou e Dulce pisou no tribunal, sentiu os olhos de Paola pousarem sobre ela. Começou primeiro o advogado de defesa, falando por um longo tempo. Seguido dele Dulce falou com a imponência de sempre e a segurança de quem não estava ali disposto a ser derrotado. Paola a devorava com os olhos e de certa forma isso incentivou ainda mais o seu discurso. Houve um recesso e nesse tempo Dulce aproveitou para almoçar, correu dali com Christian e nem viu a cara de Paola. Horas depois, quando voltaram o advogado de defesa a cumprimentou e sentou-se para falar sobre o caso.

- É Dulce, hoje você não ta me dando trégua. Já lhe peguei em outros casos, mas confesso que esse é o mais difícil.
- Marcos, você sabe bem que as chances do seu cliente são mínimas, o que você vai fazer é atenuar a pena, mas isso se eu deixar.
- Cá entre nós, a juíza parece estar mais do seu lado que do meu.
- Não existe isso. – Dulce desconversou.
- Ok e quando você fala os olhos dela brilham. Hoje você se superou.
- Obrigada, aceito o elogio. – sorriu.

Quando Paola entrou, os dois se separaram e voltaram ao trabalho. Passava das seis da tarde quando a juíza deu seu veredicto.

- Em virtude dos fatos aqui apresentados e por abranger a lei onde já é crime o abuso sexual, quão grandemente é criminoso o distúrbio de conduta sexual, onde o indivíduo adulto sente desejo compulsivo por crianças. Crime este absurdamente irracional, repugnante e mórbido. Pela promotoria apresentar provas contundentes deste caso e brilhantemente defender a honra dos inocentes e indefesos. Declaro o réu Jurandir Cardoso de Souza culpado! A cumprir pena em regime fechado por trinta e cinco anos, sem direito a fiança. – bateu o martelo.

O réu abaixou a cabeça e os guardas o levaram. Dulce olhava para Paola e sentiu algo que não queria. Poder e desejo, e essa mistura não era boa. Christian, como sempre, reparou o olhar fascinado da prima, ficando preocupado. Dulce se recolheu e entrou na sala reservada aos promotores, estava pegando sua pasta quando Paola entrou.

- Sua atuação foi brilhante e merece meu elogio. – a voz era grave.
- Obrigada. – Dulce se virou. – Sabe que em casos como esse eu faço o que for preciso para a condenação.
- Sei sim e a admiro por isso.

Para estranheza de Dulce, Paola não deu em cima dela e não foi inconveniente como de costume.

- Preciso ir. – a morena falou pegando sua pasta e saindo. – A propósito, suas palavras no final fecharam com a dignidade devida.
- Obrigada, fico lisonjeada vindo de você.

Sorriram mutuamente e Dulce se foi.

Dentro do carro voltando para casa ela se manteve séria e parecendo pensativa. Christian não quis comentar sobre nada. Desceu em sua casa e de lá Dulce seguiu para a sua. Entrando em casa já ouvia Anahí tocando piano. Parou na porta e se recostou, observando a garota tocar, parecia concentrada. Anahí parou, pois havia errado e resmungou algo que Dulce não entendeu, voltou a tocar, errou de novo.

- Mas que caramba, isso aqui é impossível!
- Não para você, tenho certeza. – Dulce falou ainda encostada na porta.
- Amor! Que saudade. – Anahí se levantou e veio pulando como um coelho abraçar Dulce.

Beijaram-se demoradamente.

- Estava doida pra você chegar. – Anahí falou abraçando Dulce.
- Não está atrasada para o show?
- Poncho ligou dizendo que o dono pediu pra começar mais tarde. Espero que nem tanto, amanhã tem aula.
- Aula com a professora? – Dulce fez um certo bico.
- É. Você quer assistir minha aula amanhã? Quer dizer, se não tiver nenhum compromisso. – Anahí puxou Dulce pela mão e foram pra sala.
- Que horas será?
- Oito horas. – sentaram no sofá.
- Hum... – Dulce olhou para os lados num gesto pensativo. – Preciso estar no escritório às dez horas no máximo. Dá pra assistir nem que seja uma parte.
- Então combinado. Senti sua falta todos esses dias. – Anahí falou dengosa.
- Nem pareceu, não quis me ver ontem. – Dulce falou magoada.
- Meu bem, não pude ir, minha aula acabaria tarde.
- Eu ia te buscar Anahí.
- Tudo bem, mas que horas chegaríamos aqui? Íamos cair na cama e dormir.
- Talvez...
- Safada, diz que está cansada e ainda pensa em sexo.
- Não é verdade, estou com saudade de você e não é só sexo, é vontade de ficar com você. – abraçou Anahí. – De sentir seu corpo. – mordeu seu pescoço. – Ouvir sua voz. – Levou uma das mãos até um dos seios ao mesmo tempo em que mordeu o lábio inferior de Anahí.
- Ahh... – a loirinha soltou um gemido.

Fizeram amor ali mesmo, no sofá, matando a saudade de muitos dias.
Depois do show Anahí dormiu com Dulce e no dia seguinte ela a acompanhou até a aula. As duas entraram juntas na faculdade e como era muito cedo, não havia muito alunos, mas os poucos que estavam lá não deixaram de notar a presença da promotora. Dulce sempre chamava a atenção por onde passava, seja pela altura, pelo porte, pela pose, realmente era alguém que não passava despercebido e Anahí sabia disso, até gostava.

- Bom dia Vera, hoje trouxe uma amiga... – olhou para Dulce. – Ela tem um compromisso aqui perto e perguntou se poderia ficar aqui até dar a hora, eu disse que não teria problema. Tem algum pra você?

A professora olhou um pouco surpresa, mas não demonstrou resistência.

- Tudo bem.
- Dulce, sente-se aqui então. – falou com a voz mais doce que Dulce já ouvira. Olhou para Vera e continuou. - Vamos começar com...
- Escala Anahí.

Anahí tocou três escalas diferentes, depois passou para os exercícios. No fim deles, pensou que Vera iria pedir a música nova, dada na aula anterior, já ia trocando as partituras quando ela pôs a mão em seu ombro.

- Não querida, essa música é da próxima aula, darei mais tempo para você estudar.

Dulce arregalou os olhos e os estreitou em seguida ficando invocada com aquele tratamento que a professora dava a Anahí.

- Toque o mesmo exercício.
- De novo?
- Sim, quero que transponha meio tom.
- Como?
- Transpor meu anjo. Você sabe o que é, não?
- Sei, mas... – Anahí ficou sem palavras. Olhou para a partitura, para as teclas do piano, deu uma espiada em Dulce que não se mexia da cadeira. E foi tocando o exercício, porém mais devagar, já que estava transpondo. Terminou e esperou que Vera falasse algo.
- Muito bem, vejo que frequentou as aulas de transposição. Tem aluno aqui que abomina isso. Estudou a rapsódia?
- Sim.
- Então vamos tocá-la.
Vera se sentou ao lado de Anahí e começaram a música. As duas tinham uma sincronia perfeita. Pareciam quatro mãos de uma mesma pessoa. Dulce ficou admirada, mas logo fechou o cenho quando viu que Vera olhou para Anahí sorrindo, aquilo a estava incomodando. No final da música a promotora olhou no relógio e aproveitou a pausa para se despedir.

- Preciso ir. Te vejo mais tarde? – Dulce sorria.
- Pode apostar que sim. – Anahí retribuiu o sorriso.

Dulce então beijou o topo de sua cabeça e saiu.

Quando a promotora saiu, Vera fez um comentário inusitado.

- Anahí, procure não trazer pessoas para a aula, pois isso a desconcentra.
- Ela não ficou nem meia hora direito. – revidou.
- Somente se for urgente, gosto de dar aula à vontade com meus alunos.

Anahí não quis estender o assunto.

No escritório o dia passou tão depressa que Dulce nem percebeu, estava quase saindo quando bateram na porta.

- Dulce, tem alguém querendo falar com você. – Érica falou em tom mais baixo.
- Quem é?
- Sou eu Dulce, dá licença. – Paola foi logo entrando.

Érica, sem saber o que fazer deixou as duas sozinhas.

Que faz aqui? – Dulce perguntou.
- Vim lhe mostrar uma coisa. – Paola sentou-se na frente dela e colocou em cima da mesa vários papéis indicando um processo. – Esse caso vai cair pra mim, eu o peguei de um conhecido que me passou antecipadamente, você chegou a receber alguma coisa?
- Paola por acaso você sabe que o que está fazendo é crime e pode lhe custar a carreira?
- Sei que não devia estar lhe mostrando, mas se por acaso este processo cair pra você eu pego também, caso contrário, passarei.
- Nem vou ler. – Dulce se levantou. – Se me dá licença, eu preciso ir embora, tenho um compromisso.
- Dulce, peço desculpa se me precipitei, mas é que este caso...
- Paola, não! – Dulce se exaltou.

Boa tarde Melodics.

Caps p vcs.

Entao....como amo quando vcs interegem..

Vamos volta ao game.

Simples....um comentario....um caps novinho p vcs.

Vamos entra...no babado da estoria.

So avisando. ;P

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