Fanfic: 💖Melodia💖💖Portiñon💖💖Adaptada💖💖FINALIZADA | Tema: Portiñon

- Que demora vocês duas! Cadê a outra, foi procurar vaga? – Christian falou.

- Ela não vem. – Anahí falou desanimada.

- Por que não?

- Tivemos uma pequena discussão, depois eu falo.

A apresentação começou e todos se concentraram em ver. Angelique tocou divinamente e quando se juntou a orquestra ficou toda contente. Anahí a aplaudiu de pé. Como haviam combinado, saíram da escola e foram comemorar. Dessa vez em um lugar mais modesto. Foram ao bar que sempre tocavam na quinta. Após sentarem e fazerem o pedido, Chris não se aguentou e perguntou curioso.

- Que houve?

- Dulce está chateada porque não vou passar o ano novo com ela, nem natal. Vou para casa.

- Está certa, vai ver sua família. Não os vê faz tempo.

- Sim, fui no último feriado, mas fiquei poucos dias. Só que ela ficou brava mesmo, nunca a vi assim.

- Ela vai repensar isso e pedir desculpa; no fundo Dulce sabe que agiu errado. – Poncho tentou acalmá-la.

- Espero que sim.

- Uma coisa que Dulce tem é sensatez. – completou o rapaz.

Christian nada falou, pois já tinha fama de implicante.

Angelique chegou com Rocco e continuaram conversando noite a fora.

Dulce andou pela praia até anoitecer, chegou em casa numa hora em que sabia que estaria sozinha. Tomou um banho e ficou na varanda, costume esse que adquiriu por conta de Anahí. Certa hora da noite o interfone tocou e ela olhou no relógio, pela hora não podia ser ela, pois ainda estaria na apresentação de Angelique.

- Dona Dulce, tem uma senhora querendo lhe falar. – o porteiro comunicou.

- Quem é?

- Se chama Paola.

Dulce sentiu um frio na espinha. Pensou em dispensar e dizer que estava ocupada, mas seus instintos falaram mais alto.

- Pode pedir para subir.

Sua respiração ficou acelerada, sabia que não era certo o que estava fazendo, mas não conseguiu se conter. Abriu a porta para Paola e a recebeu. A juíza usava uma calça leg preta com sandálias de salto, uma blusa de cor creme bem solta e um cinto transpassando, realçando a cintura. Os cabelos estavam na altura dos ombros num corte moderno e muito cheirosa.

- Entre Paola, algum problema?

- Não, estava passando por aqui perto e quis visitá-la. Achei que nem fosse me receber. Está sozinha em casa?

- Por hora sim.

- Que faz sozinha uma hora dessas, mulher?

- Descansando. Tive uma semana cheia.

- Imagino, tenho acompanhado seus casos, você tem se dado bem.

- Graças a Deus. Você está me vigiando?

As duas caminharam até a sala de estar.

- Não, apenas admirando seu trabalho. Agora você toca piano? – olhou para o instrumento.

- Claro que não. – Dulce sorriu, mas não respondeu a pergunta.

As duas se olharam como que tentando entender o que faziam ali.

- Quer beber alguma coisa? - A morena perguntou.

- Água somente, estou com sede.

Dulce foi buscar e voltou com uma jarra nas mãos e um copo, a serviu e deixou em cima da mesa. Não tinham muito que dizer e o assunto não conseguiu se estender.

- Bom eu só passei para saber se está bem e dizer que estou gostando de ver como tem se destacado nos tribunais. Está ficando temida por todos.

Dulce sorriu pelo elogio.

- Que isso, nem é tanto. Agradeço o elogio.

Paola se levantou e foi andando até a porta. Virou-se de repente e ficou cara a cara com Dulce que vinha logo atrás.

 - Eu... – afastou-se um pouco. – Desculpe, era só para dizer que ainda penso em você e no tempo que passamos juntas, às vezes tenho saudades e...

- Paola... – Dulce falou próxima demais da boca dela e não resistiu.

Puxou-a para um beijo ardente, colando sua boca na dela e procurando sua língua. Sentiu o perfume de Paola e aquilo assanhou seus instintos mais selvagens. Ouviu no fundo de seus pensamentos o sorriso de Anahí e parou de repente.

- Não posso! Não posso! Desculpe... não posso! – se afastou colocando as mãos na boca e depois passando nos cabelos.

- Tudo bem Dulce. Eu que peço desculpa, me deixei levar.

Dulce abriu a porta deixando Paola sair e a fechou em seguida encostando-se nela. Depois correu para o banheiro e tomou um banho, como que querendo tirar o gosto e o cheiro de Paola de seu corpo. Deitou na cama e abraçou o travesseiro de Anahí, sentindo seu cheirinho. Chorou de remorso. Adormeceu com os pensamentos confusos.

Anahí pensou em ir para sua casa, mas talvez conseguisse encontrar Dulce mais calma e conversar com ela. Christian a deixou na porta do prédio e ela subiu. Abriu a porta e tudo estava escuro, julgou que Dulce estivesse dormindo e acertou. A encontrou deitada encolhida e abraçada a seu travesseiro, achou bonitinho. Tomou um banho rápido e deitou-se ao lado dela. Acariciou seus cabelos, beijou sua testa e passou as costas da mão em seu rosto, depois beijou-lhe os lábios.

- Te amo. – sussurrou.

Dulce se mexeu e soltou o travesseiro, Anahí então aproveitou e a abraçou. Instintivamente a morena se aconchegou em seu colo, parecendo uma criança.

- Não! Eu juro que não queria! – Dulce falava baixinho. – Volta aqui! Eu tentei, mas não consegui. Me perdoa!

Anahí viu que sonhava e falou carinhosamente.

- Calma meu amor, estou aqui. Shii... Vai passar. Calma.

Dulce acordou assustada.

- Tudo bem? – Anahí perguntou com voz carinhosa.

- Acho que foi um pesadelo, não me lembro. – esfregou os olhos.

- Já passou. – beijou sua testa.

- Como foi a apresentação?

- Muito boa, fiquei orgulhosa de Angelique. Enfim estamos no terceiro período.

- Parabéns as duas, depois a parabenizo pessoalmente. – Dulce não quis explicar porque não foi e Anahí também não tocou no assunto.

Ficaram em silêncio apenas sentindo o contato dos corpos e pensando no relacionamento. Anahí tinha a cabeça apoiada no ombro de Dulce, pois a abraçava por trás. Beijou seu pescoço, cheirou. A morena se aconchegou mais gostando daquele contato. Fazia tempo que não ficavam assim.

- Sinto falta disso. – a voz saiu manhosa.

- Eu também meu amor, agora poderemos nos curtir mais.

Dulce pensou no que tinha feito com Paola e quis apagar aquele incidente. Ela e Anahí voltariam ao normal e aquele erro ficaria no passado.

- Fica comigo aqui amanhã. – Dulce pediu.

- Eu fico meu bem. Agora estou de férias e posso cuidar de você.

Dulce sorriu e virou-se para abraçar Anahí. Adormecerem com os corpos grudados.

Na manhã seguinte quem acordou primeiro foi a morena. Olhou Anahí e parecia dormir tranquila, imediatamente se lembrou do que fizera na noite anterior e seu rosto queimou de raiva e vergonha.

“Não pode acontecer de novo meu Deus!”

Ficou no quarto esperando a loirinha acordar. Aproveitou pra ler uns processos que estavam sob responsabilidade de Chris. Concentrou-se a tal ponto que Anahí acordou e ficou observando-a.

- Que concentrada! – falou brincando.

- Oi meu anjo, nem vi que acordou. – beijou seus lábios. – Estava aqui lendo esses processos que estão com Chris, mas eu gosto de supervisionar. Dormiu bem?

- Como um bebê. E você?

- Também e bebê você ainda é. – brincou.

- Sou nada, já sou maior de idade. – Anahí riu.

Dulce deitou por cima dela e Anahí entrelaçou suas pernas em sua cintura, adorava ficar assim.

- Quer fazer o que hoje? Ficar em casa, sair pra dar uma volta, Mauá não dá pra ir, porque pela hora não vai compensar, depois ligo pra mamãe.

- Ela queria ir à apresentação e não deu de novo. Tanta correria. – Anahí passava o dedo contornando a sobrancelha de Dulce. – E sobre hoje, podíamos dar uma volta, andar um pouco, estou muito parada. O dia todo sentada no piano e estudando.

- E agora você está livre daquela criatura. – Dulce mordeu o queixo dela.

- Aff, nem me fale. Não quero ver a cara dela tão cedo.

- Vamos dar uma volta na praia, pegar um sol.

- Eu preciso mesmo, estou branca que nem uma vela.

Dulce achou graça.

- Eu gosto.

- Já eu prefiro uma morena.

Ficaram de chamego na cama um tempo e depois resolveram descer. Andaram pela orla, almoçaram e depois fizeram o programa preferido de Dulce, passear pelo shopping.

Em casa, depois do passeio, Anahí colocava as bolsas no sofá da sala e tirava as sandálias.

- Pés no chão! Que sensação boa.

- Nunca vi alguém gostar tanto de andar descalço.

- Eu sempre gostei, desde pequena e na roça ando sempre. Por isso tenho o pé ferrado, parece pé de peão.

- Eu acho que são bonitinhos. – Dulce olhou com carinho para ela.

Anahí aproveitou o momento de paz para conversar.

- Amor, senta aqui um minutinho que precisamos conversar. – pegou a morena pela mão para sentarem no sofá. – Preciso falar sobre minha viagem pra casa. – baixou o olhar e o levantou de novo encarando Dulce. – Desculpa se frustrei seus planos, mas você precisa entender que vejo minha família muito pouco. E são duas datas que se passam com a família, principalmente o Natal.

Dulce a olhava e mordia o lábio inferior.

- Eu vou assim que terminar os shows e nessa pausa eu fico lá, volto logo depois do ano novo. Prometo. Você ainda estará em recesso. E minhas aulas só vão começar depois do Carnaval pelo que sondei na faculdade. – Anahí segurou o rosto da promotora entre suas mãos e falou carinhosamente. – Não sabe o quanto gosto de estar ao seu lado, mas eu tenho minha família e sinto muita falta deles. – os olhos chegaram a brilhar quase lacrimejando.

- Entendo meu anjo e me desculpa se fui grossa, falei aquilo num momento de estresse e me deixei levar pelo cansaço. Me desculpa.

- Tudo bem, eu entendo e concordo que esses últimos meses foram tumultuados.

- Você quer ir de avião? Assim chega mais rápido, posso te levar até São Paulo e te deixo dentro do ônibus indo pra Jaú. Depois volto, ponte aérea é coisa rápida.

- Não precisa, eu vou como sempre fui mesmo. E outra, de avião sai mais caro.

- Você que pensa, hoje em dia com promoções se consegue ótimos preços e eu tenho minhas milhas do cartão.

- Não amor, prefiro que guarde essas milhas aí pra outra coisa. Vou de ônibus mesmo.

Dulce ainda quis insistir, mas Anahí foi enfática, não queria depender dela pra tudo.

Olhou para a mesa de centro e viu uma jarra de água com um copo.

- Veio alguém aqui ontem?

Dulce foi pega de surpresa e até gaguejou para falar.

- Não... digo... veio. Um... um vizinho que quis perguntar umas coisas sobre direito do consumidor, eu somente esclareci. Sentamos aqui e ele pediu água depois, esqueci de voltar com a jarra para a cozinha.

- Ah...

A morena pensou no que tinha acontecido e sentiu seu rosto arder de vergonha

Boa noite Melodics.

Vamos jogar???

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Lets go.

Se n quiserem... posto caps amanha.