Fanfic: 💖Melodia💖💖Portiñon💖💖Adaptada💖💖FINALIZADA | Tema: Portiñon

Anahí aproveitou as férias para descansar e cuidar de Dulce. Estava sempre esperando quando ela chegava do escritório e fazia tudo que queria. Um dia antes de ir para casa Anahí quis fazer uma surpresa com jantar especial para as duas. Tinha juntado um dinheiro durante uns meses e comprou um presente para Dulce, aproveitou para comprar para a família também e depois passou no mercado. Comprou ingredientes para fazer uma ceia, como se estivessem comemorando o Natal. Decorou a mesa com artigos natalinos e deixou o presente escondido para entregar depois. Preparou um prato para a entrada, o prato principal e uma sobremesa. Deixou tudo pronto e foi tomar banho.

Dulce conversava com Chris sobre um cliente e já se preparava para ir para casa.

- Pode ficar tranquila que no máximo em duas semanas a audiência estará marcada.
- Fica de olho nisso hein Christian.
- Sim senhora chefia. – disse sorrindo. – E Anahí, quando vai?
- Amanhã. Vou levá-la na rodoviária.
- Achei que seria convidado para passar as férias no interior de novo, me refrescar, tomar banho de cachoeira, respirar ar puro.
- Dessa vez não vai rolar, seria muita cara de pau nossa ir outra vez na casa dela. Os pais vão achar que somos uns folgados.
- Ela volta quando?
- Lá pelo dia dez. – Dulce procurava por um documento em cima da mesa.
- Cedo, achei que iria ficar até o fim das férias.
- Combinamos assim. – olhava para os papéis, parou e olhou para Christian. – E antes que fale alguma coisa, eu não a forcei viu? Ela quem decidiu assim.
- Já posso ir? Combinei com o Poncho de comprar o presente da minha mãe. Não quero deixar pra última hora, porque as lojas ficam abarrotadas de gente. E eu não suporto tumulto.
- É um fresco mesmo. – Dulce riu.

Christian se limitou a fazer uma careta. Assim que saiu da sala, Dulce recolheu os documentos, guardou e quando estava pegando sua bolsa o telefone de sua mesa tocou.

- Alô.
- Dulce, sou eu Paola.
- Ah sim, oi Paola. – suas pernas bambearam com a lembrança do que fizera.
- Está muito ocupada? Podemos nos ver?
- Olha, estou saindo e preciso chegar cedo em casa.
- É coisa rápida.
- Pode adiantar por telefone? Ou esperar para outro dia?
- Não, é urgente.

Dulce ficou intrigada e resolveu atender ao chamado.

- Estou descendo, me encontre...
- Estou aqui na portaria do prédio, te espero aqui embaixo.
- Tudo bem.

Dulce desceu e se despediu de todos no escritório. Saiu do elevador e encontrou Paola a esperando.

- O que foi?
- Está de carro?
- Sim.
- Podemos ir até lá?
- Mas o que está acontecendo, é algo urgente?
- Sim.

O rosto de Paola parecia preocupado e Dulce achou muito esquisito, resolveu acompanhá-la e assim que entraram no carro e fecharam a porta, Paola pulou em cima dela para beijá-la.

- Desde aquele dia não consigo mais esquecer você. – falava com a boca colada na de Dulce. – Preciso de um beijo seu, meu corpo anseia pelo toque da sua mão. – a voz saia rouca e sensual. – Por favor.

Dulce ficou acesa, sentiu seu sexo latejar com aquele contato. Paola sabia instigá-la e deixou a vontade falar mais alto. Puxou a juíza pelos cabelos e beijou sua boca com ardor, suas línguas se buscavam num contato selvagem. Paola sentou no colo de Dulce e pegou a mão dela enfiando entre suas pernas, estava sem calcinha.

- Olha como estou molhada... ahhh... e é tudo pra você...

Dulce perdeu a noção do perigo e se deixou levar, enfiou dois dedos na abertura de Paola e espalmou a mão no clitóris fazendo a mulher enlouquecer.

- Ahhh... enfia tudo... ahhh... – gemia alto e agudo. – Mais forte... – Paola a arranhava e mordia seus lábios, em pouco tempo o orgasmo chegou. – Nossa, meu corpo não aguentava mais de tanto desejo por você, de vontade, de ver seus olhos me olharem com intensidade. – beijou a boca de Dulce. – Você me deixa louca! Me satisfaz como ninguém. Me tira a razão!

Dulce tinha os olhos fixos nos dela e a respiração descompassada.

- Sai do meu carro! Isso não é certo. Paola pelo amor de Deus o que estou fazendo?! Sai! Agora!
- Dulce, calma, você não fez nada que eu não quisesse.
- Eu é que não quero! Saia!
- Quer sim, e está gostando. Sabe muito bem a diferença de fazer sexo com uma mulher e com uma menina. Você precisa de energia, de sangue quente e isso não tem com ela.

Paola saiu de cima de Dulce e desceu do carro, bateu a porta e entrou em seu próprio carro depois. Dulce saiu da garagem cantando pneu.

“Minha nossa senhora! O que eu estou fazendo? Não posso! Não posso!”

Seus pensamentos estavam cada vez mais confusos.

Christian havia descido e entrado no carro, mas resolveu voltar para pegar uma pasta que havia deixado em sua mesa, mas viu Dulce descendo com a juíza. Escondeu-se entre os carros e as seguiu. Viu quando as duas entraram no carro de Dulce e poucos minutos depois escutou os gemidos lá dentro. Trincou os dentes de raiva e teve vontade de quebrar a cara de Dulce. Parou atrás do carro ao lado e observou até que Paola saiu apressada e Dulce foi embora. Voltou para seu carro e correu para casa de Poncho. Chegou lá bufando de raiva.

- Que aconteceu? – Poncho arregalou os olhos.
- Olha, eu avisei! Mas como eu avisei! Agora eu quero ver como isso tudo vai acabar. Eu te juro que perco o emprego, mas Dulce vai ouvir o que merece. – andava de um lado para outro.
- Pare um pouco e me diga o que houve.
- Eu vi Dulce traindo Anahí.
- O que? Você tem certeza disso? Pelo amor de Deus Christian, tem noção do que esta falando?
- Tenho e vi, eu vi! – estava muito exaltado.
- Acalme-se. Me conta o que viu e o que aconteceu.
Christian explicou tudo contando com detalhes. Ao final era Poncho quem estava com raiva.

- Filha da mãe. E logo com essa mulher, naquele show que fizemos na Urca, Anahí não gostou dela.
- Deve ter sentido o perigo. Mulher tem muita intuição.
- E agora?
- Agora? Agora que eu vou contar pra Anahí.
- Não! A menina vai pra casa amanhã, deixe-a ir passar o natal com a família e voltar. Depois conversamos com ela.
- De repente isso é melhor mesmo. Senão a coitada vai pra lá chateada, se bobear nem volta.
- É sim. – Poncho baixou a cabeça. – Meu Deus! Anahí vai morrer de tristeza.
- Dulce é quem vai morrer, você vai me visitar na cadeia. Vou matá-la! De tanto que eu a avisei, pedi, praticamente implorei para que não sacaneasse com Anahí. Ela não merece isso.
- Calma. Pensaremos no que fazer.
- Com Dulce eu vou falar amanhã, assim que Anahí viajar. Ela tem que saber o que eu vi.

Dulce dirigia completamente distraída. Estava muito arrependida, alterada, confusa e com um remorso que lhe doía. Ficou vagando pela cidade totalmente perdida.

Anahí saiu do banho e estranhou a demora da promotora. Ligou para o escritório, mas ninguém atendeu. Tentou o celular de Dulce, mas na confusão dentro do carro sua bolsa caiu no chão e ela não ouviu o celular tocar. Anahí deitou um pouco no sofá da sala e ficou esperando, acabou adormecendo.

Quando Dulce colocou a chave na porta Anahí acordou e pulou da poltrona. Correu para acender as velas e apagar a luz. A morena olhou tudo arrumado e sentiu o coração rasgar dentro do peito. Anahí arrumava o cabelo, achou que estava bagunçado por ter se deitado.

- Amor, demorou! Que aconteceu?

Dulce olhava tudo com certo espanto e não conseguia se mexer.

- Ei, meu amor, que foi? – Anahí se aproximou e beijou seus lábios. – Aconteceu alguma coisa no escritório?
- Não... Eu... Fiquei presa no trânsito. – Dulce por fim conseguiu responder. – Você estava me esperando faz tempo? – a voz saía quase num sussurro.
- Mais ou menos. – Anahí a pegou pela mão e com a outra pegou a pasta de Dulce e colocou no sofá. – Eu preparei um jantar só para nós duas. É um jantar de Natal. Como não vou poder passar com você essa data eu antecipei um pouquinho. – sorriu.

Dulce não aguentou a culpa e seus olhos se encheram de lágrimas.

- Nunca na minha vida alguém me fez uma surpresa de Natal. Nem mamãe. Quem me conhece sabe que gosto muito dessa data e por muitas vezes a passei sozinha, por conta do trabalho. – as lágrimas agora escorriam livremente por seu rosto. - Depois que mamãe foi pra Mauá, algumas vezes eu fiquei aqui por conta de trabalho e passei o dia vinte e quatro sozinha, em casa, esperando intimamente por uma surpresa, mas ela nunca vinha.
- Hoje não é propriamente o Natal. – Anahí enxugava as lágrimas dela. – Mas gostaria que se sentisse como se fosse o dia. Preparei uma pequena ceia pra nós duas. Vem sentar à mesa.

Dulce se deixou levar pela mão.

- Já volto.

Enquanto Anahí ia pra cozinha a morena tentava se concentrar e ter ao menos um pouco de animação, de fato estava feliz, mas ao mesmo tempo tinha a culpa na consciência. A loirinha voltou com o prato de entrada. Eram pequenas torradas com um creme por cima e temperadas com ervas finas. Tinham o formato de Papai Noel, sinos de Natal e estrelas.

- Estavam na sessão infantil, mas eu achei tão bonitinho e resolvi comprar. – riu sem graça.
- Que lindo! Senta aqui do meu lado.
- Calma que já voltou com o vinho.

Anahí voltou rapidamente e sentou ao lado de Dulce, que não se contentou e a virou para que suas pernas ficassem em cima das suas, assim ficariam mais próximas. Pegou uma torrada e mordeu.

- Gostou?
- Uma delícia. Realmente fiz uma excelente escolha, a combinação é mais que perfeita. Pianista e cozinheira. Preciso de mais o que? – brincou.
- Eu também não estou mal, uma advogada promotora. Se eu fizer algo de errado já tenho quem me defenda. – Anahí sorria contente.
- Você é um anjo e nunca irá fazer nada de errado, tenho certeza disso. – Dulce acariciou o rosto de Anahí falando sinceramente.

Após saborearem a entrada, Anahí buscou o prato principal. Como assar um peru seria um exagero, comprou algumas partes e fez um arroz temperado, com peito de frango recheado e uma salada simples.

- Hum, que cheiro bom.
- Olha, não é uma ceia viu?

Dulce esperou somente que Anahí colocasse a travessa na mesa e a puxou para que sentasse em seu colo.

- Não importa, poderia ser arroz com feijão. Ficaria gostoso do mesmo jeito. Eu amo você! Não sabe o bem que está me fazendo e adorei a surpresa. – beijou os lábios de Anahí delicadamente. Ajeitou-se na cadeira abrindo as pernas, fazendo Anahí sentar no meio delas. Pegou o prato e serviu. – Podemos comer assim? Aí eu fico mais perto de você. – abraçou a loirinha.
- Não estou te amassando?
- Que nada, você encaixa perfeitamente.
Dulce deu comida na boca de Anahí e ela fez o mesmo, como faziam no início do namoro.

Tem tempo que não fazemos isso, não é? – Dulce falou.
- Verdade. Paramos em função da falta de tempo, acontece.
- Gosto quando ficamos assim. – Dulce voltou a abraçá-la. – Me sinto mais calma, confortável, como se estivesse casada e vivendo em família.
- Hum... – Anahí sentia o beijo gostoso da morena em seu pescoço. – Eu também gosto meu bem. Com você parece que as coisas são mais fáceis, mais prazeroso.
- Ah isso faço questão que seja mesmo. – Dulce mordeu a orelha de Anahí.
- Safada. Vamos terminar de comer, que ainda tem sobremesa.
- Oba!

Postei e sai correndo.

Se expresem. ;P