Fanfic: 💖Melodia💖💖Portiñon💖💖Adaptada💖💖FINALIZADA | Tema: Portiñon

Chegando ao local, procuraram uma mesa mais tranquila e sentaram. O garçom veio imediatamente e elas pediram o que beber. Minutos depois chegou Christian com Poncho.

- Olá! Duas moças bonitas, agora acompanhadas de belos rapazes. – brincou Poncho.
- Estamos bem acompanhadas. – Anahí sorriu.
- E aí Anahí, como foi de férias?
- Foi ótima, meu irmão mandou um recado. Disse que os peixes nunca mais foram os mesmos depois que você pescou lá. – brincou com Poncho.
- Ele está é com medo de que eu volte e pesque mais peixes que ele.
- Ahan. Você quase acabou com os peixes do açude. – Dulce brincou se referindo ao fato de que Poncho não pescara grande coisa quando estava no sítio.
- Estou aprendendo ora. Um dia chego lá. – resmungou.
- Dulce! O que é isso na sua boca? Levou um tombo? Já sei, uma picada de abelha! – Poncho arregalou os olhos.
- Abelha sim, uma abelhinha paulista. – falou olhando para Anahí.
- Jura que foi você? – falou apontando para Anahí.
- Foi. – ela baixou a cabeça totalmente envergonhada. – Eu...
- Ela se descontrolou. – Dulce passou o braço para abraçá-la.

Poncho morreu de rir das duas.

- Já pediram? Estou morrendo de fome. – Christian falou.
- Só pedimos algo para beber.

O rapaz chamou o garçom e pediu o cardápio. Quando ele o entregou quis se retirar, mas Christian fez sinal para que esperasse.

- Já vou pedir amigo, só um minuto.
- Nossa que pressa, está com fome mesmo. – Anahí sorriu.

Poncho sabia que Chris não estava a fim de ficar ali e só aceitou o convite por causa de Anahí, mas ele não queria ficar muito tempo perto de Dulce.

- Ele não tomou café, na verdade acordamos há pouco tempo. – Poncho justificou.
- Nós acordamos cedo. – Dulce olhou com carinho para Anahí.
- Sei, acordaram cedo para o jantar. – Poncho brincou.
- Mentira, acordamos cedo sim, fiz café da manhã pra ela e depois ficamos na varanda conversando, namorando. – Anahí segurou a mão de Dulce.
- Você está acostumando muito mal essa daí. Ta que nem empregada dela. – Christian implicou.

Dulce fechou o cenho e olhou para Christian como se quisesse matá-lo, mas antes que falasse qualquer coisa, Anahí a interrompeu.

- Empregada é aquela pessoa que faz sob pagamento mensal. Eu faço com o maior prazer. E se ela gosta, vou continuar a acostumando mal.
- Ai que menina boba. – ele revirou os olhos. – Dizem que o amor é cego, e é mesmo.

Ele criticou, mas Anahí entendeu como piada e sorriu. Dulce ficou quieta. Christian fez o pedido e Poncho o acompanhou. Dulce e Anahí ainda demoraram, mas logo chamaram o garçom.

Almoçaram conversando normalmente, porém Christian se mostrou mais quieto. Depois que terminaram e estavam saindo do restaurante, Anahí se lembrou do Jardim Botânico.

- Amor, podemos ir lá agora?
- Claro meu anjo.
- Aonde vão? – Poncho perguntou.
- Ao Jardim Botânico, Anahí quer conhecer. Quer ir?
- Quer Cris?
- Estou cansado, amanhã é dia de batente e estarei sozinho no escritório.
- Sozinho? – Anahí indagou surpresa.
- Ele está ficando doido, amanhã estarei lá. – Dulce o olhou de cara feia.
- Ué você disse que...
- Disse que estaria lá essa semana.

Christian queria estragar a surpresa, mas Poncho interveio.

- Ele esta com Alzheimer, esquece de tudo. Eu vou com vocês no Jardim Botânico, to a fim de segurar vela hoje. Depois vocês me deixam em casa? Estão de carro né?
- Claro.

Dirigiam-se ao estacionamento e quando Christian ia entrando no carro, viu quando Dulce apertou o controle e um veículo na frente do seu piscou os faróis.

- Ué, que carro é esse? – perguntou sério.
- É o carro de Anahí. – Dulce respondeu seriamente.
- O que? – Poncho ficou boquiaberto. – Mas essa loirinha ta podendo mesmo. Que carrão Anahí! Esse é o carro dos meus sonhos. Um deles né, porque nos meus sonhos eu tenho vários carros. – brincou.
- Eu na verdade, nem sonhava em ter um carro, quanto mais um desse. – Anahí falou.
- Ganhou de Natal?
- Sim, no dia que cheguei de viagem. – ela sorriu.
- Éeee, eu devia ter arrumado um namorado promotor, não um advogado. – Poncho sorriu. – Estou brincando viu. – olhou para Christian que olhava a cena sem se manifestar.
- Na próxima semana vou providenciar as aulas para ela aprender a dirigir. Por enquanto eu sou a motorista. Vamos?

Despediram-se de Christian e entraram no carro. Poncho elogiou e ficou brincando com Anahí, falando que com GPS ela não se perderia no Rio. Entraram no Jardim Botânico e a loirinha ficou maravilhada.

- Nossa que lugar bonito! Eu moraria num lugar desse.
- Eu também, esse barulhinho de água me relaxa. – Poncho falou.
- Me lembra o sítio lá em Jaú.

Circularam por lá um bom tempo. Dulce levou Anahí para conhecer o orquidário e o bromeliário. Tiraram fotos, beberam água da bica e depois sentaram para descansar.

- Adorei aqui.
- Nem parece que estamos no Rio de Janeiro, não é? – Dulce falou. – É tranquilo demais.

Tomaram água de coco e depois resolveram ir embora. Deixaram Poncho em casa e retornaram ao apartamento. Dulce pegou o notebook e sentou em seu escritório, começou a procurar um lugar para viajar com Anahí. Sua intenção era sair do Brasil, mas pra isso a loirinha teria que ter passaporte e com certeza ela não tinha. Então pensou em um lugar de praia, já que fazia calor, resolveu ir para Recife. Reservou um hotel, comprou as passagens para o dia seguinte, imprimiu tudo e saiu do escritório. Anahí estava na sala ajeitando algumas partituras, que haviam ficado lá. Separou as que ia devolver à escola e as que queria tirar cópia.

- Essa aqui não. – falava sozinha. – Essa eu gostei, mas acho que sei tocar sem ler. - separou a folha. – Essa vai com certeza.

Dulce a olhava divertida.

- Nossa, quantas cópias! – Anahí contou a quantidade de folhas.
- Leve no escritório amor, lá tem Xerox e você faz de graça.
- Sério? – sorriu animada.
- Sério. – Dulce sorriu também.
- Poxa, se eu soubesse teria feito isso antes. – Anahí brincou.
- Sempre que precisar pode ir lá.
- Obrigada.
- Mas tem uma condição. – Dulce levantou uma sobrancelha com aquele olhar que só ela sabia fazer.
- E qual é? – Anahí a abraçou e mexeu no cordão da morena mordendo o lábio inferior num meio sorriso.
- Pra cada cópia eu quero um beijo.
- Hum... – Anahí pareceu pensar. – São muitas cópias.
- Então serão muitos beijos.
- Acho que dou conta. Posso começar de uma vez? – beijou a morena e mordeu seu queixo.
- Eu vou adorar. Gosto de pagamento adiantado.

Anahí levou Dulce até a sala para pagar a dívida, ficaram namorando.

- Amor, seu biquíni ta aí?
- Está.
- Então amanhã vamos à praia. – Dulce falou displicentemente.
- Amanhã? Você não vai trabalhar?
- Não, só de tarde. Vou curtir você mais um pouco. – beijou-lhe os lábios.
- Meu bem, queria lhe perguntar uma coisa. Aquela mulher que estava no seu escritório, ela trabalhava com alguma coisa relacionada a você?
- Que mulher? – Dulce se fez de desentendida.
- Aquela que chegou brava no escritório querendo falar com você urgente e até achou ruim eu ter entrado antes dela.
- Ah sim, ela é uma ridícula que acha que todo mundo tem que atender aos seus chamados.
- Ela não me é estranha.
- Não se lembra dela?
Anahí fez uma expressão de negativa. E Dulce continuou.

- Ela é aquela mulher que estava no show da Urca.

A loirinha arregalou os olhos quando se lembrou.

- Nossa, ela está um pouco diferente. Cortou os cabelos, deu uma mudada, parece mais nova.
- Paola é uma refém da moda, faz tudo que pode para não parecer ter a idade que tem.
- E qual a idade dela?
- Eu sei lá, deve ter bem mais de trinta.
- É não parece mesmo, ela deve gastar horrores para manter a boa aparência.
- Dinheiro não é o problema para ela.

Aquelas palavras incomodaram Anahí, muitas vezes se distraía pensando se teria uma vida financeira mais estável e tranquila. Sabia que só não estava passando aperto no Rio por causa de Dulce. Sempre que pensava nisso ficava chateada.

- Que foi? – Dulce notou que Anahí ficara calada.
- Nada, estou só pensando.
- Eu estou pensando em tomar um banho e assistir um filme. Que acha?
- Ta bom. – Anahí respondeu um pouco sem ânimo.
- Então vamos.

Dulce subiu fazendo cócegas na loirinha para ver se a animava. Tomou seu banho e depois Anahí tomou o dela. Quando ela entrou no banheiro a morena correu para arrumar a mala. Tinha que fazer tudo em tempo recorde. Aproveitou que a mala de Anahí já estava mais ou menos arrumada, pegou o biquíni dela e jogou tudo lá dentro, apenas tirou uma roupa para ela usar no dia seguinte. Desceu com as malas correndo e ligou para o porteiro pegá-las e colocar lá em baixo, deixou agendado um táxi no dia seguinte para buscá-las.

- Não posso atrasar, tenho um vôo às nove horas.
- Sim dona Dulce, já vou ligar marcando.
- Essas malas ficam aqui, pois não quero que Anahí veja.

Dulce havia passado o cadeado nelas e sabia muito bem que o porteiro não faria nada de mal, pois trabalhava há muitos anos ali no prédio e era de confiança.

Quando fechou a porta ouviu Anahí descer.

- Quem era?
- O porteiro. Perguntando se eu recebi a correspondência.
- Ah...
- Por que desceu? Pode voltar, vamos ver o filme.
- Eu estou procurando minha mala, você a guardou?

Dulce esqueceu que Anahí iria usar a mala dela ainda.

- Eu? – coçou a cabeça. – Eu guardei no closet, estava no meio do caminho e amanhã a faxineira vem, só facilitei pra ela.
Anahí não entendeu nada.

- Preciso trocar de roupa.
- O roupão ficou ótimo e depois você não vai precisar de roupa. – a olhou com malícia. – Anda, vamos que o filme deve esta começando.

Dulce deitou na cama e colocou Anahí de costas para ela, entre suas pernas e a abraçou. Ligou o ar condicionado, puxou uma coberta e se aconchegaram. Dulce tinha um sorriso estampado no rosto e quase não conseguia disfarçar a empolgação para viajar no dia seguinte. A toda hora mordia o pescoço de Anahí e beijava sua nuca.

- Assim eu não vou conseguir me concentrar.
- Eu também estou com dificuldade de me concentrar. Você aqui na minha frente toda cheirosa.
- Não seja por isso. – Anahí saiu do colo de Dulce e deitou ao lado dela ficando de bruços de frente para a TV. – Prontinho, problema resolvido. - falou séria.
- Humpf. – resmungou a morena.

Mudou de posição ficando do lado de Anahí.

- Fiz alguma coisa que a deixou chateada?
- Não.
- Então por que está com essa carinha séria?
- Estou? – Anahí tentou disfarçar, mas resolveu falar numa boa. – Acho que foi a conversa sobre aquela mulher, a tal Paola.

Dulce apertou o maxilar.

- A incomodou em que? – mexeu nos cabelos de Anahí.
- Acho que o fato dela ser independente, de ter uma vida tranquila, provavelmente deve ajudar a família. Não estou com inveja, deixo isso bem claro, mas fico pensando se conseguirei ao menos ajudar a minha família um dia. Eles fazem tanto por mim.
- Claro que vai conseguir amor, você é nova e não preciso ser profeta pra dizer que terá um futuro brilhante e que será resultado do seu esforço hoje.

Anahí sorriu, mas com o olhar triste.

- Não pense que Paola é um anjo para a família, ela não tem ninguém. A mãe já faleceu e o pai casou com uma mulher mais nova que ela. Os irmãos não falam com ela, pois viviam brigando, agora cortaram relação de vez. Ela é uma pessoa muito difícil.
- E como sabe disso tudo?