Fanfic: 💖Melodia💖💖Portiñon💖💖Adaptada💖💖FINALIZADA | Tema: Portiñon

O primeiro encontro de Anahí com a orquestra foi somente para apresentações e só na outra semana é que começaram de fato a ensaiar. Era cansativo, mas como Vera a ajudava o resultado estava ficando muito bom. E já tinham uma apresentação para fazer para dali a dois meses. Anahí programou a vinda de sua família para assistirem. Estava empolgada e ao mesmo tensa com a chegada deles. Dulce havia comprado as passagens de avião para que viessem de São Paulo para o Rio, porém ainda não tinham pensado em onde eles ficariam.

- Amor, por que eles não podem ficar aqui? – Dulce perguntava.
- Eu não sei Dulce, eles podem desconfiar.
- De que? O apartamento é grande, eles dormem no meu quarto, seu irmão e sua cunhada ficam no outro quarto e nós dormimos no escritório, lá tem o sofá que vira cama de casal. E mamãe fica no outro quarto menor que tem a cama de solteiro.
- Você já tem tudo programado né? Quando quer alguma coisa não tem quem argumente contra.
- Claro, penso em tudo. – Dulce sorriu. – E ainda acho melhor eles ficarem aqui que é mais confortável, lá no seu apartamento ficarão todos muito amontoados. E tem Rocco que fica mais lá que na casa dele.
- E o que eu vou dizer a eles?
- Diz que eu ofereci o apartamento e que mamãe estará aqui para ficar de companhia.
- Ta bom, não tem jeito mesmo, se não fizer isso você vai emburrar que eu sei.
- Não vou emburrar, só estou querendo que todos fiquem bem enquanto estão no Rio. Agora, se acha que isso não é importante, faça como quiser. – Dulce virou de costas fingindo mexer em algo.

Anahí a olhou assustada, achou a atitude meio grosseira.

- Já disse que está tudo bem Dulce, será como você sugeriu. – falou e saiu, subindo para o quarto.

Dulce ficou na sala assistindo TV e deixou Anahí no quarto, só depois de um tempo que subiu e a viu lendo na cama.

- Desculpa linda! Eu me exaltei, também estou um pouco nervosa com a vinda deles e você ainda diz que tudo tem que ser do meu jeito.
- E não é? Quando as coisas não saem da forma que quer, você se altera e age com falta de educação.
- É que você fica nervosa, mas não age. Eu procuro pensar em resolver a situação. Aí quando arrumo um jeito e você dá de contra...
- Não dei de contra, só penso na possibilidade deles desconfiarem. Minha cunhada é mais esperta do que imagina. Tenho medo dela descobrir algo.
- Nada vai acontecer, eu sei que não. Fique calma. – Dulce afagou suas mãos.
- Ta bom.

Anahí voltou a atenção para o livro e Dulce foi para o escritório de sua casa.

Uns dias depois a família de Anahí chegou ao Rio e foram recebidos por ela e Dulce. As duas foram em carros diferentes para buscá-los no aeroporto. Anahí abraçou a todos muito feliz por estarem na cidade.

- Fizeram boa viagem? – foi Dulce quem perguntou.
- Fizemos. Moça que frio na barriga que dá na gente quando esse bicho sobe. – Enrique falou.
- Luisa adorou, veio na janelinha olhando tudo e sorrindo. – Tisha comentou.
- Vamos indo então, minha mãe está esperando lá em casa com o almoço na mesa.
- E aí Mateus, não deu frio na barriga? – Anahí perguntou.
- Que nada, muito bom viajar de avião, se tivéssemos vindo de ônibus ainda estávamos agarrados na estrada.

Eles se separaram e Dulce levou Tisha e Enrique, Anahí levou Mateus, Barbara e Luisa, pois já havia colocado no seu carro a cadeirinha para carregar a sobrinha.

- Nossa que carrão! – Mateus falou entrando no veículo. Ela deve ganhar muito dinheiro.
- Dulce trabalha muito, nem sei como teve tempo de vir aqui agora buscar vocês. – Anahí falou. – A mãe dela está aí e ela quem ofereceu de vocês ficarem lá no apartamento delas. É maior e mais cômodo. Então enquanto estiverem aqui, eu vou ficar lá também.
- Muita gentileza sua e de sua mãe nos receberem na sua casa viu. – Tisha falou com Dulce no outro carro.
- Imagina dona Tisha, mamãe vem aqui no Rio e fica a maior parte do tempo sozinha pois eu trabalho o dia todo. Ela vai gostar da companhia de vocês.
- Anahí ficará aonde? – Enrique perguntou.
- Eu a chamei para vir também, senão não tem graça, ela no apartamento dela e vocês aqui.

Blanca os recebeu com um sorriso e muito simpatia.

- Que prazer conhecer vocês. Anahí falou de vocês a semana toda. – depois que disse que pensou no fora que havia dado, pois para Anahí falar, teria que conviver com elas mais tempo. – Sempre que nos encontramos ela fala de vocês. – corrigiu.
- Obrigada por nos receber. – Tisha sorriu. – Estamos deslocando vocês na própria casa, é muita visita.
- Imagina. – Blanca sorriu. – Esse apartamento é grande e já combinamos tudo direitinho. Vocês ficam no quarto de Dulce, os dois com a criança no meu quarto e eu no outro menor. Elas dormem no escritório, pois tem sofá-cama. Eu ia dormir lá, mas minha coluna esses dias não anda boa. Aí Anahí trocou comigo. – Blanca havia inventado uma desculpa excelente para deixar as duas juntas.
- Vê se pode, eu na cama com você passando aperto de dor na coluna.

Depois das devidas apresentações todos se sentaram na sala para esperar o almoço.

- Vou lá te ajudar Blanca, assim não fica sobrecarregada. – Anahí se levantou a acompanhando até a cozinha.

Já na cozinha, Blanca riu do próprio comentário.

- Menina, quase te entrego. Eu e minha boca.
- É assim mesmo, a gente fala pelo hábito.
- Me ajude a pegar as coisas do forno.

Depois do almoço Dulce voltou para o escritório e Anahí foi ao seu apartamento falar com Angelique. Fez mil recomendações sobre os pais dela e que ela não desse nenhum fora.

- Fica calma Anahí, não vou falar nada que possa lhe comprometer. – riu do nervosismo da loirinha.
- Olha lá hein? Vou para o último ensaio da orquestra.
- Eu te acompanho, tenho aula agora à tarde.

Anahí, assim como alguns músicos da orquestra, esperavam os retardatários chegarem e enquanto isso ficou ensaiando com o abafador no piano. Não tocava nada em específico, apenas improvisos. Um colega na flauta resolveu acompanhá-la e logo os violinistas se prontificaram, sendo acompanhado pelos percussionistas. Quando perceberam estavam tocando fazendo um arranjo diferente em cima da melodia de Samba do Avião. Marconi escutou de longe e foi conferir de perto, não se surpreendeu ao ver Anahí no piano.

- Essa menina é demais. – bateu palma quando acabaram. – Anahí você me mata de orgulho!
- Ei! Quanto tempo! Saudade de você!
- Eu também menina.

Os dois sentaram-se na primeira fileira do auditório e ficaram conversando até o ensaio realmente começar.

- Não esquece de mim quando ficar rica e famosa. – o professor brincou.
- Ah que nada, você é meu preferido, sabe disso. – sorriu.

Despediram-se e ela foi ensaiar.

Quinta e sexta a banda tocou nos bares de costume e Anahí levou a família para ver. Apesar de estarem acostumados a dormir cedo, eles toleraram bem o horário tardio. Puderam conhecer o restante da banda e rever Poncho.

- Meu jovem, quanto tempo. – Tisha o cumprimentou.
- Oi dona Tisha, está passeando no Rio. Anahí comentou, mas a gente anda estudando tanto que só se vê em dia de show.
- Estamos na casa da amiga dela e estou adorando o passeio.
- Anahí, vamos levá-los para conhecer a cidade.
- Vou levar, no domingo de manhã e na segunda. Vamos ver se dá pra conhecer os principais lugares. Blanca está ajudando muito, ela sai com eles aqui por perto.
- Sogrinha é pra isso. – falou só para Anahí ouvir.
- Palhaço. A sua vem aí também viu, ela chega no fim de semana.
- Nossa e num é. Vai ficar comigo e Chris.
- Juntemos a família toda.
Dulce que havia chegado se juntou ao pessoal.

- Nossa por pouco não pego nem a segunda parte do show. Ô dia difícil! Christian você trouxe a pasta que te pedi?
- Sim senhora. Está com Anahí, depois pegue com ela.
- Cadê ela?
- Está no banheiro.

Dulce foi até ela e a encontrou saindo do reservado.

- Ei bonitinha.
- Oi meu bem, chegou agora?
- Graças a Deus.
- Deu tudo certo lá no fórum?
- Sim, mas foi cansativo. Entra aí um pouquinho. – pediu que ela voltasse ao reservado.

Anahí entrou e Dulce fechou a porta.

- Só pra te dar um beijo. Estou com saudade, um dia inteiro sem um beijinho. – deu um selinho nos lábios dela, mas Anahí segurou seu rosto para um beijo mais longo, mordendo o lábio inferior no final.
- Matou a saudade? – beijou de novo.
- Acho que me deu mais vontade. – Dulce encostou sua testa na de Anahí. – Preciso me comportar, não é?
- Ahan. – Anahí sorriu.

Depois da abstinência da morena em São Paulo, com a vinda da família de Anahí as coisas estavam como da outra vez. E Dulce se segurava, dessa vez sendo mais tolerante. As duas ouviram vozes no banheiro, era Angelique com Barbara.

- Engraçado, achei que Anahí estivesse aqui. – Angelique comentou.

Dulce fez sinal para que ficasse quieta, mas as duas riam e colocavam as mãos sobre a boca. Logo que elas saíram, Dulce esticou a cabeça para ver e abriu o reservado, saindo junto com Anahí.

- Foi por pouco. – a loirinha arregalou os olhos.

Enrique e Tisha ficaram orgulhosos de ver a filha tocando e saber que o público gostava da banda. Assistiram aos dois shows deles e no sábado se preparavam para a apresentação da orquestra. De manhã Anahí quis sair com a mãe para comprar uma roupa nova. Acabou todo mundo indo para almoçar no shopping.

- As coisas aqui são muito caras. – Tisha comentou.
- É, eu assustei a primeira vez que vim aqui.
- Será que não achamos outro lugar pra comprar filha?
- Calma mãe, sua roupa será um presente meu. Pode escolher.

Dulce observava as duas e ficou feliz em saber que Anahí estava presenteando a mãe. Via a satisfação da loirinha em agradar a família. Compraram roupas novas e depois as mulheres foram ao salão, enquanto Enrique, Mateus, Poncho e Christian ficaram na praça de alimentação tomando chope. Quando todas saíram estavam arrasando no visual.

- Ô mulherada bonita! – Enrique falou. – Até Luisa ganhou um penteado.

Anahí vinha com Luisa nos braços e sorrindo, quem as visse pensariam que eram mãe e filha. Dulce olhava toda boba.

- Quem sabe um dia não me dá uma netinha linda assim. – Blanca comentou somente com a filha.
- Um dia dona Blanca... Vai saber, não é? – Dulce a abraçou.

Voltaram para casa e se arrumaram. Anahí tinha que ir primeiro então foi de táxi.

- Eu fico mais tranquila com ela indo de táxi, dirigir nessa cidade é muito perigoso. – Tisha falou. – Não sei pra que ela quis tirar carteira de motorista.
- Que isso Tisha, aqui no Rio não é tão ruim de dirigir. Tem trânsito, mas não é como pensa. E Anahí um dia vai comprar o carro dela, aí já terá a sua habilitação. – Blanca falou tentando convencê-la.
- Eu rezo todo dia pra ela se cuidar aqui. Sabe como é preocupação de mãe.
- Se sei, Dulce não me deixa tranquila também.
- As duas se dão bem, não é? – Barbara falou.
- Sim, eu gosto muito de Anahí. Ela é uma menina muito boa e Dulce viu nela uma grande companhia. – Blanca falava a verdade. Realmente Anahí fazia muito bem a Dulce, só omitiu pequenos detalhes.