Fanfic: 💖Melodia💖💖Portiñon💖💖Adaptada💖💖FINALIZADA | Tema: Portiñon

Na hora de deixar os pais no aeroporto Anahí tentou se conter, mas não teve jeito, acabou chorando quando abraçou Luisa. Prometeu a eles uma visita breve e logo entraram no avião. Em seguida Blanca também voltou para Mauá. Depois Anahí se despediu de Dulce e foi para a faculdade, voltando as duas para a rotina normal. Anahí só chegou em casa a noite. Sua mãe ligou para avisar e aproveitou que ela estava sozinha para conversar um pouco.

- Chegaram bem mãe?
- Chegamos, mas viajar nesse negócio é muito arriscado, teve uma hora que ele deu uma sacudida. – falou assustada.
- Deve ter dado turbulência. – Anahí achou graça. – O que acharam do Rio? Gostaram do passeio?
- Ah gostamos, a cidade é muito bonita. Luisa está animada até agora.
- Ela é uma graça, Dulce ficou encantada com ela.
- Anahí, não acha que amolamos muito a moça? Ficamos na casa dela, fizemos ela de motorista e a mãe dela ainda teve de dar atenção a gente.
- Que isso mãe, elas são simpáticas e boas pessoas. Fizeram por querer.
- Ela parece gostar de você, mas tem uma vida muito atribulada.
- Dulce trabalha muito mesmo, mas eu gosto da companhia dela, é uma pessoa inteligente.

Neste instante Dulce abriu a porta do apartamento e viu Anahí ao telefone. Aproximou-se e beijou sua cabeça.

- Sinceramente, ela me faz mais companhia que Angelique, que agora que está namorando me largou de lado. – Anahí brincou. – E a mãe dela me trata como filha, isso nos aproximou mais.

Dulce olhou curiosa para Anahí e ela fez sinal dizendo que falava com a mãe.

- Que bom que fez boas amizades, fico mais tranquila. E quanto a Angelique, quero só ver no que vai dar esse namoro, o pai dela morreria se ela não terminasse os estudos.
- Ela é doidinha, mas é responsável. Só precisa de orientação e eu não largo dela, sou como uma irmã mais velha daquela maluca. – Anahí riu.
- Fica com Deus então minha filha e cuide-se.
- A senhora também, mande um beijo para todo mundo.
- Deus te abençoe, manda um beijo para Dulce e a mãe dela.
- Pode deixar.

Depois que desligaram Dulce perguntou:
- Era sua mãe? – a abraçou.
- Sim, liguei para saber se tinham chegado bem. – beijou o queixo de Dulce.
- E você estava falando era de mim àquela hora?

Anahí sorriu.
- Estava. – mexeu no cordão de Dulce. – Preciso falar bem de você, mas isso não é esforço nenhum e eu não inventei nada.
- Hum... – mordeu o pescoço da loirinha. - Quer tomar um banho comigo?

Entraram para o banho e perderam um bom tempo em carícias debaixo do chuveiro.




As semanas transcorreram normalmente, Dulce realmente teve um compromisso em São Paulo e Anahí foi com ela para visitar sua família. Ficou três dias com eles. O período estava terminando e as provas já se iniciavam, assim como os trabalhos finais. Anahí dividia sua rotina em estudar, ensaiar com orquestra e banda. Encontrava com Dulce às vezes para almoçar ou só à noite. A promotora levava sua rotina normalmente estranhando o fato de não ter se encontrado mais com Paola, dando graças a Deus, mas o sumiço dela também a intrigava.

As provas começaram e o recital de final de período estava marcado. Dessa vez Angelique e Anahí não tocaram juntas, pois ambas tocaram na orquestra. O namoro de Angelique continuava firme e forte. Poncho estava no período final e seu recital foi separado do delas. Todos passaram com notas boas. Ao final do recital Anahí teve a noticia de que no próximo período teria aulas de música brasileira com Marconi. Ficou muito animada.

No dia do recital de Poncho saíram todos para comemorar e depois foram para o apartamento dele e de Christian. Ele não estava formado de fato, mas já podia se considerar, pois faltavam apenas algumas notas e um trabalho para concluir.

- Graças a Deus! – o rapaz falou aliviado.
- E agora Poncho, pretende fazer o que? – Anahí perguntou.
- Queria ingressar num mestrado, na faculdade mesmo. Penso em dar aulas também.
- Você tem cara de professor mesmo. – a loirinha brincou.
- E você hein? Está indo para o quarto período.
- Passou rápido, estou indo para a metade do curso.
- E já é a pianista da orquestra.
- Isso é por pouco tempo, não tenho a ilusão de que continue lá, quando o outro voltar, provavelmente sairei. – Anahí falou um tanto desanimada.
- De qualquer forma muitas portas vão se abrir depois disso, pode apostar. – o rapaz a animou.




As férias chegaram e como era costume Anahí foi visitar a família. Combinou com Dulce que voltaria em mais ou menos vinte dias e nesse tempo a banda também estaria de férias novamente fazendo um acordo com o dono do bar. Christian, nesse período, resolveu ficar de olho na prima. Surpreendentemente ela não fez nada que ele pudesse desconfiar. Chegou a pensar que tudo tinha passado.

- Sou muito desconfiado, não tem jeito. – falou com o namorado.
- Tem que parar de julgar as pessoas. – Poncho o censurou.
- Eu sei Poncho, mas sabe como Dulce é. Já aprontou tanto que fica difícil.




Dulce estava programando outra viagem para as duas, mas Luisa pegou dengue e isso adiou a ida de Anahí para o Rio. Numa tarde em que faltavam dois dias para ela ir embora, resolveu ligar para Dulce.

- Amor, Luisa pegou dengue, está com febre e chora tanto. Estou morrendo de pena.
- Tadinha, como foi isso?
- Achamos que foi a casa da vizinha, que tem um monte de cisternas espalhadas pelo quintal, além de pneus velhos que ela usa pra plantar as coisas.
- Nossa que desleixo, quem sofre são os outros, porque aposto que ela não tem nada.
- Pois é. Estou pensando em ficar mais uns dias, para esperar Luisa melhorar.
- Quantos dias?
- Acho que uns cinco dias no máximo.
- Isso tudo Anahí? – falou chateada.
- Amor, fico preocupada em largar ela aqui. Quero vê-la bem.
- Ela tem pai e mãe ué, não vai deixar a menina só.
- Eu sei meu bem, mas eu gostaria de saber se ela ficou bem mesmo. Mas não vou demorar, prometo estar aí em poucos dias

Dulce tentava programar a viagem, mas a incerteza da volta de Anahí não ajudava. Ficou um pouco chateada, mas esperava que tudo se resolvesse no prazo que a loirinha deu. Ficou somente aguardando uma posição dela. Só que Luisa acabou sendo internada, pois havia ficado desidratada. Anahí ficou todos os dias no hospital com ela e numa folga que teve ligou para a noiva.

- Amor, ela internou. Está no soro, o médico achou melhor, estava ficando muito desidratada.
- Meu Deus! E ela está sendo bem atendida?
- Está, esse hospital é bom e ela tem um plano de saúde, pelo menos isso meu irmão faz por ela, mas vai atrasar minha ida. – falou pisando em ovos.

Dulce nada falou do outro lado e o silêncio incomodou Anahí.

- Amor, desculpa, eu não imaginava que isso fosse acontecer.
- Nem eu Anahí, mas tudo bem. Não podemos fazer nada não é? Nunca pode. Espero sinceramente que ela melhore e se precisar de alguma coisa me ligue. Quando estiver vindo me avise, ok?
- Tudo bem. – Anahí falou chateada e desligaram.

Poucos dias depois Luisa apresentou melhora e saiu do hospital. Estava mais magra, mas nada que uma boa alimentação desse jeito. Anahí ficou quase dez dias a mais que o combinado. Resolveu comprar passagem e fazer surpresa para Dulce como da outra vez.




A promotora estava almoçando perto de seu escritório, quando sentiu alguém lhe tocar o ombro, virou-se para olhar e era Paola.

“Encrenca!”

- Quanto tempo, não? – Paola falou com certo deboche.
- É, você me deu sossego. Aquilo que você fez no restaurante foi...
- Falta de educação e bom senso. Eu sei, me arrependi muito. Me desculpe.

Dulce desconfiou dela, parecia falar com sinceridade, mas nela tudo era de se duvidar.

- Já passou.
- Sua namorada deve ter ficado bem chateada.
- Nem tanto, Anahí é muito compreensiva e não liga para essas coisas.
- E cadê ela, por falar nisso?
- Está visitando a família.
- Largou você sozinha aqui no Rio? Que falta de zelo. – brincou.
- Fazer o que? – Dulce terminou de comer e limpou a boca com o guardanapo.
- Está de saída?
- Sim, tenho que levar meu carro para a revisão.
- Se quiser te dou uma carona. Estou de carro também.
- Não precisa, eu me viro.
- Que isso Dulce, você me ajudou outro dia, quero retribuir.

“Dulce não aceita que isso é furada!”

- Vamos Dulce, deixa de bobeira.
- Tudo bem. “To ferrada”

Dulce deixou o carro na concessionária e pegou carona com Paola.

- Pode me deixar próximo do escritório, porque antes preciso comprar umas coisas na papelaria ali perto.
- Antes disso só uma paradinha rápida. – Paola saiu do trajeto e virou uma rua pegando a via principal, pouco tempo depois estavam entrando no motel.
- Paola quer parar de palhaçada. Vamos embora.

A juíza fingia não ouvir, entrou com o carro e pegou um quarto.

- Prometo que será a última vez. – se jogou em cima de Dulce e beijou seus lábios.

Pegou as mãos da morena e enfiou por baixo de sua saia fazendo-a sentir toda sua excitação.

- Isso é sacanagem!
- Vai me deixar molhadinha assim? – Paola falou gemendo.

Dulce a puxou do carro entraram para o quarto. Tiraram as roupas e se jogaram na cama, com Paola o sexo era diferente, era urgente, quase bruto. Algo pornográfico e isso excitava Dulce. Ficaram por horas no motel, perderam a noção do tempo. Cansadas e deitadas de barriga para cima, Paola ainda ofegante falou satisfeita.

- Acho que durmo por uma semana. – virou-se para Dulce. – Você acabou comigo. – arranhou seu braço.

Dulce tinha os olhos fechados como se não quisesse ouvir e estar ali.

- Preciso ir embora. Agora! – Se levantou. – E se você não vier, te largo aí.
- Calma! Estou indo. – Paola se levantou e trocou de roupa. Saíram do motel e Dulce fez com que ela a deixasse bem distante do escritório. Foi caminhando com uma dor de cabeça e sentindo que suas costas pesadas. Chegou ao escritório quase na hora de fechar e se trancou em sua sala. Érica não disse nada e Christian não a viu chegando, quando estava saindo a secretária o abordou:
- Christian, posso ir também?
- Claro, vai ficar fazendo o que aí menina?
- É que Dulce chegou agora pouco.
- Dulce está aí?
- Faz quase uma hora, se trancou na sala e não quer ser incomodada.
- Chegou com alguém?
- Não, veio sozinha.
- Pode ir, depois eu fecho.