Fanfic: 💖Melodia💖💖Portiñon💖💖Adaptada💖💖FINALIZADA | Tema: Portiñon

Quando foi para a mesa sentou-se ao lado de Dulce que logo passou o braço por cima da cadeira.

- Marcando território. – Christian falou com Poncho.
- Começou. Tava demorando você implicar.
- Eu não estou errado, ela está com ciúme da professora.
- Deixa ela Chris.
- Amor, quem é aquela que você foi conversar? – Dulce perguntou fingindo não saber
- Não a reconheceu? É a Vera, minha professora, na aula de hoje eu a chamei pra vir ao show.
- Está intima dela agora é?
- Não meu bem, só convidei. Estou tentando ser mais amiga dela, senão ficará difícil terminar o curso com uma professora da qual eu não goste.
- Depois que ela mudou o visual melhorou não foi Anahí? Ela parece até mais simpática. – Angelique falou.
- Sim, achei que com o corte de cabelo ficou até mais jovem. – Anahí riu.
- Ah e você reparou que ela cortou o cabelo? – Dulce falou emburrando.
- Não tinha como não reparar, ela tinha o cabelo cumprido amarrado num rabo de cavalo baixo, meio esquisito, agora curtinho parece mais jovem. O corte lhe caiu bem.
- Hum. – Dulce ficou séria.
- Bonitinha! – Anahí franziu o nariz rindo.
- Hum...

Anahí segurou uma das mãos de Dulce carinhosamente.

- Mulher ciumenta! – sorriu conseguindo desfazer a cara amarrada da outra.
- Só você pra aguentar essa daí. – Christian comentou.
- Amor é assim mesmo meu caro. – Poncho interferiu pra não dar problema. – A gente aguenta tudo, até implicância.
- Ai, ai... – Angelique nada falou. Ainda não tinha se acostumado de fato com os dois casais.
- Eu não “aguento” Dulce e não gosto que fale assim com ela. – Anahí se dirigiu a Christian. – Se vocês dois têm problemas no escritório tudo bem, isso não é da minha conta, mas daí a estender para outros assuntos eu acho muita infantilidade.
- Ih, se já chegou ao ponto de defender, eu não tenho mais o que falar mesmo. – Christian riu sem graça.
- É claro que vou defendê-la, acha que faria diferente?
- Chega, chega, Christian só implica mesmo e não passa disso neném. Eu nem ligo mais. – Dulce interrompeu o assunto antes que o primo se estressasse e falasse demais.
- Pois então, eu to doido pra sentar e conversar e vocês ficam de implicância. Agora que não estudo mais na faculdade quero saber das novidades. Anahí está amiguinha da professora megera. Agora que vai ser a queridinha da faculdade – Poncho brincou.
- Estamos estreitando o relacionamento.
- Bonito isso de estreitar relacionamento, estou achando muito bom. – Dulce debochou. – Daqui a pouco ela vai querer estreitar mais coisa.
- Ei, também não é assim. Não confia em mim?
- Confio minha linda, estou só brincando.
- Isso ainda vai me render muitas perguntas.
- Vai. – Poncho foi quem respondeu. – Mas me conta como estão as coisas?

Durante o intervalo Poncho quis saber das novidades e contou que estava se matriculando num cursinho para concurso e que algumas inscrições para professores fora do Rio estavam se abrindo.

- Uma é na UFPE em, na Universidade de Recife.
- Recife é lindo, estivemos lá em lua de mel e eu adorei. – Anahí comentou.
- Quantas luas de mel já foram? – Poncho riu da própria pergunta. – Vocês vivem em lua de mel.
- Se você passar terá de morar lá? – Só quando falou que Anahí se deu conta.
- Pois é, eu não pensei nisso, mas quero fazer a prova. Vamos ver no que dá.

Quando deu o horário de voltar a banda se reuniu novamente no palco. Theo e Josy apareceram e se juntaram na mesma mesa onde Dulce estava. Angelique aproveitou a distração dela para fazer uma pergunta a Christian.

- Por que você implica tanto com ela? No lugar dela, no mínimo eu tinha mandado você embora, já que é sua chefe.
- Ela não me manda embora porque precisa de mim.
- Christian, ninguém é insubstituível.
- Eu sei, mas minhas implicâncias não são pra tanto.
- Ultimamente eu tenho notado que você está mais sério e quando Dulce aparece você fica olhando como se a reprovasse.
- Você observa bem hein.
- Mais do que as pessoas imaginam.
- Acontece que Dulce não é a santa que quer ser. Ela tem seus defeitos e eles um dia podem prejudicar muito Anahí que está cega e não vê.
- Vê o que?
- Nada Angelique, deixa isso pra lá.
- Um dia, isso foi no início do ano, eu e Rocco estávamos passando perto do escritório dela e a vi saindo. Ela estava bem séria, conversamos um pouco e depois passou uma mulher que falou uma coisa estranha. Algo como nos vemos depois, achei aquilo suspeito demais.
- Você é mais esperta que Anahí, se ela tivesse sua lucidez não estaria mais com Dulce.

Angelique ficou um pouco confusa, mas conseguiu entender que algo de errado estava acontecendo.

- Deixe o tempo se encarregar das coisas. – Christian falou.

Josy que estava ao lado de Dulce fez um comentário sobre Anahí que agradou a morena.

- Ela está mudada Dulce. Não tem mais aquele rostinho de menina, ou então eu que não a vejo faz muito tempo.
- É, vocês dois sumiram, mas vou concordar com você. Ela mudou mesmo. – admirou a noiva.
- Tenho trabalhado muito e Theo está viajando demais, mal temos tempo para nós.
- Sei como é, minha vida não está sendo diferente.
- Está sossegada não é?
- Bastante, é uma vida que não pensei ter pra mim, mas que estou adorando. – sorriu.

Depois do show Anahí voltou à mesa de Vera que já estava acompanhada.

- Adorei Anahí! Sua banda é muito boa e o repertório de muito bom gosto.
- Fala isso hoje que não tivemos nenhum pedido extra, já tocamos vários tipos de música, até sertanejo. Tudo ao nosso estilo, mas...
- Me poupe dos detalhes. – revirou os olhos fazendo Anahí ri.

Da outra mesa Dulce resmungava.

- Ela ta saidinha demais com essa professora.
- Deixa a menina Dulce, agora que estão se dando bem. É importante pra ela. – Poncho falou.
- Se você não notou, Anahí não é mais uma menina.
- Notei sim, eu não confio é nessa professora.

Dulce se levantou e foi caminhando para a mesa de Vera e pegou na mão de Anahí.

- Vamos meu bem? – sorriu.
- Vamos. Vera, obrigada por ter vindo nos assistir. Fiquei muito feliz.
- Imagina, eu que agradeço a oportunidade de sair um pouco de casa e distrair, adorei o programa.
- Boa noite.

Voltaram até a mesa da banda e se despediram de todos. Dulce deixou um convite feito a Theo e Josy para aparecerem na sua casa quando puderem.

- Sua professora gostou da banda? – a morena falou enquanto dirigia.
- Parece que sim.
- É, estavam de papo depois do show.
- Falávamos do repertório.
- Sei...

Anahí não estendeu o assunto, então esperou chegaram ao apartamento. Assim que Dulce fechou a porta a loirinha falou sensualmente.

- Vem aqui, vou lhe mostrar que não precisa ter ciúmes... – falou desabotoando o vestido e andando para trás.

Dulce sorriu maliciosamente e foi acompanhando os passos dela. Subiram para o quarto e num instante estavam sem roupas.

Semanas depois Christian estava saindo do escritório no final de expediente e deu de cara com Angelique.

- Angelique, que coincidência.
- Não é? Eu vim falar com você.
- Sobre?
- Aquele assunto no bar, aquele dia você falou que Dulce não parece ser o que é, falou de Anahí prestar atenção. Dulce a está traindo? – perguntou na cara.

Christian foi pego de surpresa e chegou a gaguejar.

- Eu... bom... Vamos conversar ali. – levou a garota até uma lanchonete e sentaram. – Faz um tempo eu descobri que Dulce tem um caso com uma juíza.
- O que?!
- Fala baixo e acalme-se. O nome dela é Paola, elas já tiveram um lance aí faz um tempo, mas não deram certo. Não sei por qual motivo estão tendo esse caso. Provavelmente porque Dulce é uma sem-vergonha filha da mãe.
- Peraí, não quero saber dela. E Anahí nessa história?
- Anahí não sabe, não enxerga. Deve ter ciúme de Paola, mas não percebeu nada entre as duas.
- E como você sabe?

Christian contou o episódio do carro e depois de algumas desconfianças que tinha.

- Tirando esse fato, que eu vi, os outros só desconfio.
- Mas que ordinária! Anahí tem que saber disso.
- Não! Angelique não se meta nisso. Quando eu descobri fui falar com Dulce e ela me prometeu que não veria mais Paola e que tudo não passou de uma confusão.
- Ah e você acreditou. – revirou os olhos.
- Não é isso, simplesmente não vou me meter. Porque depois quem sai de ruim na história sou eu.
- Não posso deixar que Anahí seja feita de boba assim.
- Olha, se quiser falar, o problema é seu e não diga que fui quem te deu essa informação. Assuma o risco sozinha.

Angelique foi embora pensando no assunto. Teve vontade de ligar para Anahí e contar. Pensou que se contasse o relacionamento iria acabar e tudo voltaria como antes, mas de certa forma Christian estava certo.

Das vezes que encontrava com ela tinha pena e ódio ao mesmo tempo. Muitas vezes quando estudavam juntas ficava olhando para a amiga e se distraía.

- Que foi Angelique?
- Nada, estou olhando pra você e reparando em como mudou.
- Deixa de bobeira. – falou envergonhada.
- Verdade Anahí. Você parece mais mulher, mais decidida, aos poucos está deixando de ser pateta.
- Ah sim, muito obrigada por me dizer como pensava a meu respeito. – brincou.
- Acho que vir pro Rio te fez muito bem. – Angelique falou com certa melancolia.

Voltaram a estudar até perderem a hora. Quando Anahí olhou no relógio se assustou.

- Gente, nem vi o tempo passar. – olhou no celular e viu uma mensagem de Dulce falando que ia se atrasar. – Se bem que Dulce vai se atrasar.

Rocco hoje me deu o bolo, segundo ele tem dois trabalhos pra fazer e vai virar a noite, vindo pra cá não vai conseguir terminar.

- Então vamos sair?
- Pra onde mulher?
- Sair, ir a um barzinho ou lanchonete, fazer alguma coisa Angelique. Não saímos juntas mais. Você sempre com Rocco, eu com Dulce ou todo mundo junto. Vamos nós duas só, estou de carro, te deixo em casa depois.

“Ai Angelique, vê se fica de bico calado então!” – pensou.

Acharam um café perto de casa mesmo.

- Lugar legal esse, nunca tinha reparado. – Anahí sentou-se e olhou em volta.
- É lógico, você só frequenta zona sul agora. – Angelique debochou.
- Os únicos lugares que frequento são: Faculdade, dois bares no Leblon e na Lapa, ensaios e volto para o apartamento.
- Sem contar as viagens, agora cada férias num lugar diferente. – continuou.
- Deixa de ser besta. – deu língua para ela.
- Vai me dizer que não gosta? Dulce lhe dá tratamento VIP.
- Não posso negar que adoro viajar, mas é pelo fato de estar com ela. – Anahí falou toda melosa.
- Hum... que coisa hein? Dulce tinha que ter um defeito. Porque parece que é impecavelmente perfeita. Isso não existe.
- A perfeição está aos olhos de quem vê. Pra você Rocco é um príncipe encantado.
- Ai, ele é. – Angelique suspirou.
- Viu?
- Eu caso com ele. Acho que encontrei o amor da minha vidinha mais ou menos. – falou rindo.
- Só não vá arrumar filhos agora hein Angelique.
- Eu sei, eu me cuido, às vezes. – olhou para Anahí. – Mas não acontece nada.
- Vai confiando. – Anahí advertiu.
- Você é que não precisa se preocupar. – falou quase ironizando.
- Essa é uma vantagem. – a loirinha sorriu.

Conversaram amenidades e por vezes Angelique ficou tentada a jogar alguma indireta para Anahí, mas se segurou. Só saíram do café depois que Dulce ligou dizendo que estava indo pra casa. Anahí deixou a amiga de volta no apartamento e foi embora.