Fanfic: 💖Melodia💖💖Portiñon💖💖Adaptada💖💖FINALIZADA | Tema: Portiñon
Anahí ficou quieta só ouvindo.
- Sei que ela merece o que está passando, mas não está moleza viu.
- Ela ainda tem com quem dividir os problemas, a mãe mora perto e sabia do nosso relacionamento. Eu não tenho com quem conversar direito, tenho só você; Angelique depois que juntou com Rocco não deu mais as caras, mal nos vemos na faculdade. Às vezes até acho que ela me evita.
- Angelique me surpreendeu, sempre dizia ser sua amiga, achei a atitude dela muito egoísta. E Blanca não quis vir para o Rio ficar com Dulce, ela sabe que a filha errou e não vai passar a mão na cabeça dela por isso. Blanca te adora Anahí e ficou muito chateada com tudo isso.
- Eu gosto dela também.
- E quanto a mim, bom... – pensou para falar. – Eu ia te falar mais cedo, não tive oportunidade, mas não dá pra adiar. Estou indo semana que vem.
- Já?
- Como já? O carnaval passou, eu disse que seria logo depois.
- Nossa, eu ando tão distraída que nem estou vendo o tempo passar. Minha vida esta muito bagunçada, não sei como fazer voltar tudo ao normal.
- Não vai voltar como antes, mas pode ser melhor que antes. Não desanime Anahí, as situações na nossa vida aparecem para que possamos sempre aprimorar nosso conhecimento e melhorar enquanto ser humano.
- Sofrer pra crescer, bonito isso, mas só na teoria. Como vai ficar a banda?
- Sinceramente não sei, eu gostaria que continuasse, afinal fazemos shows há dois anos nesta formação, mas não depende de mim.
- Desejo boa sorte a você e não se esqueça de mim viu? – Anahí sorriu.
- Como esqueceria, você é minha amiga mais querida. – falou abraçando a loirinha.
A banda não durou um mês após a ida de Poncho; com a dificuldade de achar outro vocalista o grupo acabou se desfazendo. Pedro recebeu um convite para tocar em outro conjunto e Rocco estava às voltas com a gravidez de Angelique. Com isso mais uma preocupação Anahí tinha.
“Preciso arrumar o que fazer, senão o dinheiro acaba.”
Tinha feito umas economias, mas não podia confiar só nelas. Foi pra aula pensativa e preocupada. Mal conseguia prestar atenção, só tinha Dulce na cabeça e os problemas que vinham acontecendo. Lembrou-se dela falando. “Nunca se sinta sozinha, porque terá sempre a mim.”
- Então cadê você agora? – falou pra si mesma.
Encontrou com Angelique no corredor e se surpreendeu ao ver a barriguinha de grávida.
- Olha que bonitinha! Já está com barriguinha. Já sabe o sexo?
- Não, vou saber só o mês que vem. E aí? Tudo bem?
- Como sempre... levando.
- Você emagreceu muito Anahí, tem se alimentado direito?
- O suficiente pra ficar de pé. – sorriu sem graça.
- Deve estar sentindo falta da mordomia né? Até eu sentiria.
Angelique não poderia ter feito comentário mais idiota.
- Não sinto falta de coisas materiais, deveria saber disso, já que me conhece há tanto tempo.
- Desculpa, não quis ofender. Preciso ir, Rocco está me esperando.
- Tudo bem.
Despediram-se e quando Angelique virou as costas Anahí ficou olhando e pensando em como eram amigas e agora eram tão distantes. Foi pra casa se sentindo mal, cansada e frustrada. Não tinha mais o sorriso que encantava as pessoas. Ligou para a mãe e chorou desabafando no telefone, mas apenas o que ela poderia saber.
- Calma filha, as coisas vão se ajeitar. Lembra quando você foi e ficou preocupada com trabalho, logo arranjou um. Tudo tem seu tempo, tenha fé e se precisar sabe que podemos te ajudar.
As palavras eram reconfortantes, mas na prática não funcionava. Dormiu muito mal aquela noite pensando no que fazer da vida. No dia seguinte foi pra aula de piano empurrada, chegou na sala e Vera já a esperava com uma cara de quem iria dar alguma notícia.
- Anahí, minha querida, precisamos conversar.
“Lá vem.”
- Sim, o que?
- Ontem o pianista anterior da orquestra se apresentou, ele voltou da Europa.
Anahí sorriu com certo sarcasmo.
- Terei de sair da orquestra não é?
- Sim.
- Eu já imaginava. Tudo bem, depois converso com Ernesto e me despeço dele. Foi muito boa a experiência.
Vera ficou com o coração apertado, sabia que muita coisa estava acontecendo com a loirinha, mas nada podia fazer naquele momento. Anahí não soube como tocou naquele piano, estava tão desanimada que nem para as próximas aulas do dia ficou para assistir. Foi pra casa se sentindo muito mal.
Algumas semanas depois quando a situação estava realmente complicada e o dinheiro tinha acabado é que ela se desesperou. Correu atrás de alguns conjuntos ou bandas que estavam precisando de pianista, mas nunca tinha vaga. Ela sempre chegava atrasada ou nunca era o que estavam procurando. Um dia tentou levar a aula numa boa, mas não conseguiu. Começou a chorar e assustou a professora.
- Que foi Anahí? O que você tem? Anda tão abatida, desanimada, estou tão preocupada com você?
- Estou totalmente enrolada. Saí do apartamento que dividia com minha amiga, não toco mais na banda e por último perdi a vaga na orquestra. Não sei o que fazer e preciso trabalhar pra me sustentar aqui, mas por algum motivo não consigo me encaixar em grupo nenhum. – desabafou. – Incrível como as pessoas te elogiam e enchem a bola, mas quando precisa delas, as mesmas viram as costas.
- Calma. – Vera pediu.
- Calma?! O que todo mundo me diz é pra ter calma! Não aguento mais isso. Está tudo acontecendo ao mesmo tempo. – começou a chorar desesperadamente.
Vera a abraçou e alisou seus cabelos, sabia bem o motivo de alguns alunos a evitarem. Na faculdade já rolava um boato fortíssimo sobre Anahí ser gay. E a maioria dos alunos se mostrava preconceituoso e não a queria por perto. Quando sentiu que havia se acalmado sentou de frente a ela e conversou calmamente.
- Olha, vou te dar uma boa notícia então. Eu já havia conversado com Marconi sobre você e acho que posso ajudá-la em algo que gosta.
- O que? – enxugou as lágrimas com as mãos.
- Você me disse que gosta de fazer arranjos, de criar e está fazendo aulas de composição. Tenho um amigo que trabalha na UNIRIO e estão precisando de um instrumentista no estúdio dele. Vou te encaixar lá. Você precisa aprender outro instrumento, mas isso será moleza.
- Eu não sei tocar mais nada além de piano.
- Vai aprender violão e flauta. E quanto ao seu apartamento se não der conta venha morar comigo. Eu moro sozinha e você pode ficar na minha casa até se arranjar.
Anahí se surpreendeu com o convite, mas não disse nada a respeito. Pelo menos se sentiu mais aliviada em ter novamente o apoio de alguém no Rio.
Vera entrou em contato com Cristopher, o tal amigo e não demorou muito para que Anahí começasse a trabalhar no estúdio, primeiro como uma experiência, mas em pouco tempo ele tinha gostado da garota.
- Ela é boa Vera... tem futuro hein? – falou com Vera e Marconi.
- Ai, perdi a aluna! – Vera fez uma cara desolada.
- Eu disse que ela nos abandonaria.
- Vou registrá-la e acertar o salário direitinho.
Como ainda estava recebendo pouco, Anahí realmente teve que se mudar da quitinete e acabou indo para a casa de Vera. Era uma casa em estilo colonial, ficava na Urca e era bem aconchegante. Simples e bem decorada, parecia-se muito com a professora. E foi lá que tiveram o primeiro envolvimento. Anahí havia chegado do estúdio de Ucker e encontrou Vera na cozinha preparando o jantar.
- O cheiro esta bom, hein?
- Fiz um jantar pra comemorar o trabalho novo.
- Queria agradecer por tudo que está fazendo por mim. – sorriu segurando as mãos dela.
- Fico feliz que você esteja bem e sorrindo novamente. Ver seu rosto assim é a melhor forma de agradecimento. – se aproximou mais.
Anahí sentiu que ela queria agradar e se deixou levar pelo sentimento. Aconteceu uma única vez e para o espanto da loirinha, Vera se mostrou delicada e sensível, mas Anahí ainda não estava pronta para um novo relacionamento e muito menos gostava de Vera para tal. A professora entendeu e não mais insistiu. Passaram a conviver como grandes amigas depois disso.
O tempo foi passando e aos poucos Anahí foi retomando sua vida e ficando mais estável. Morou com Vera por quase um ano sem seus pais saberem, não foi tão difícil esconder, pois eles não voltaram mais ao Rio. Angelique ganhou neném, se chamou Paulo, homenagem ao pai. Anahí foi visitá-la em Jaú, a amiga havia dado a luz na cidade natal e ficaria lá por um tempo. Trancou a faculdade para se dedicar ao filho. Rocco fez o mesmo e foi morar com ela, arranjou emprego na escola de música da cidade e ajudava nas despesas, mas quem bancava mesmo era o pai de Angelique.
Com o trabalho no estúdio Anahí só ia à faculdade para assistir aula e fazer provas. Dedicava-se completamente nas gravações dando o seu melhor, algo que não passou despercebido por Ucker, que cada vez mais a envolvia nos projetos. Anahí passou a ser essencial para que tudo desse certo nas produções do estúdio. Meses antes dela se formar é que havia juntado dinheiro suficiente para morar sozinha e mobilhar o apartamento. Na véspera de sua formatura os pais vieram ao Rio para assistir a apresentação. Havia se formado com aproveitamento máximo na faculdade e foi a última aluna a se apresentar tocando com Vera e depois com Marconi. Quando a música acabou os dois professores a abraçaram com carinho, mas foi Vera quem lhe deu um beijo na testa num gesto carinhoso.
- Você foi divina, tenho muito orgulho de você.
- Obrigada! Eu não teria conseguido se não estivesse ao meu lado me ajudando. – aquela frase a fez lembrar-se de Dulce que por tantas vezes a ajudara e incentivara. Ficou emocionada e não conseguiu conter as lágrimas.
Sua família veio a abraçar e depois Poncho, que tinha vindo somente para sua formatura e Christian que há muito não via.
- Ei! Os dois sumidos, obrigada por virem.
- Quando recebi o convite comprei logo minha passagem. – Poncho falou.
- Eu desmarquei uma audiência em São Paulo para vir, sua importante. – Christian brincou.
- Que maravilha! Hoje vamos comemorar.
- Mas é claro!
- Comemorar? Oba! – Angelique veio chegando e com neném no colo.
- Angelique, quanto tempo! – Anahí realmente se surpreendera, pois nunca mais tinha visto a amiga desde que o filho tinha nascido – Paulo já deve estar andando.
- Você é desleixada! – Angelique brincou. – Nunca mais me visitou.
- Falta de tempo, tenho trabalhado muito e no último período as coisas apertaram de verdade.
- Anahí parabéns! Estou muito feliz por você, viu?
- E você Angelique, quando se forma? – Poncho perguntou.
- Daqui a dois anos e vocês vêm pra minha formatura se Deus quiser.
- Claro, estaremos aqui.
- Agora vamos comemorar.
Autor(a): suzyrufino
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 131
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tryciarg89 Postado em 05/08/2023 - 22:41:33
Linda,amei a história
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siempreportinon Postado em 12/12/2018 - 15:19:48
Uau! Terminei de ler agora, história maravilhosa, muito bem escrita. Amei do início ao fim. Parabéns!!! Uma terceira temporada seria ótimo =)
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Juh Postado em 05/11/2018 - 23:16:48
Finalmente os pais dela abriram os olhos MDS, aí fico imaginando os bebês é babando sozinha hahahahaha
suzyrufino Postado em 09/11/2018 - 23:02:35
Vencer!!!!
suzyrufino Postado em 06/11/2018 - 20:25:57
O amor vende tudo. S2
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Juh Postado em 02/11/2018 - 02:26:47
Continuaaaaaa
suzyrufino Postado em 05/11/2018 - 09:41:27
To postando.
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Lene Jauregui Postado em 01/11/2018 - 23:37:30
Continua negah,esta maravilhosa a sua web. Esperando ansiosamente o proximo capitulo. Bjs
suzyrufino Postado em 05/11/2018 - 09:41:11
Ola lane... estoi postando. Agradeço por le. Bjs.
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Juh Postado em 31/10/2018 - 00:38:35
CONTINUAAAAAAAAAA
suzyrufino Postado em 01/11/2018 - 01:33:27
Vou posta sim. Ainda esta acordada??
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Juh Postado em 31/10/2018 - 00:38:15
AI MDSSSSSS VEEEM BEBES <3
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Juh Postado em 22/10/2018 - 23:52:23
Eu amo coisas mentoladas tbm AF hahahahah
suzyrufino Postado em 23/10/2018 - 15:12:59
Uhmmmn.... Kkkk... Eu tb gosto. ;P
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Juh Postado em 22/10/2018 - 23:51:50
Ela não vai perder os bebês né?!!!!! Mdsssssss
suzyrufino Postado em 23/10/2018 - 15:11:50
A autora n iria fazer isso com a gente neh.
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Juh Postado em 19/10/2018 - 01:11:36
Parar aí é muita sacanagem hahahahahha
suzyrufino Postado em 19/10/2018 - 19:14:13
Kkkkkk... Tem que ter um pouco de suspense. :P