Fanfic: 💖Melodia💖💖Portiñon💖💖Adaptada💖💖FINALIZADA | Tema: Portiñon
Patrícia era uma velha amiga dos tempos da faculdade, porém se formou somente para prestar concurso e atualmente trabalhava em Brasília, pouco vinha ao Rio. Dulce aproveitou que ela estava na cidade e a convidou para jantar. Ambas eram gays, mas nunca se envolveram, o que tornou a relação entre as duas uma boa amizade.
Como Anahí falava pouco, Maitê puxou assunto com ela.
- Morde o pé da mesa pra disfarçar a sua raiva.
- Ih Maitê, pare de me encher. Não quero saber de Dulce, ela pode comer a cidade inteira se ela quiser.
A secretária assustou com o palavreado da loirinha.
- Que é isso? Desde quando fala dessa forma?
- Perdão, me excedi. Acho que vou embora, quer ir?
- Sim, não quero deixar Sarah muito tempo sozinha em casa, ela ainda está se adaptando aqui, fez poucos amigos.
As duas se despediram de todos e quando saíram passaram pela mesa de Dulce e Patrícia. Maitê aproveitou e piscou para ela, mostrando que havia dado certo a nova tática.
Na sexta-feira, tanto Anahí quanto Ucker foram para o estúdio terminar de conversar com o técnico e ajeitar os últimos detalhes. Ao saírem de lá se encontraram com Bernardo, que os olhou com soberba e resmungou algo inaudível.
- Que cara feia, isso pra mim é fome. – Ucker riu.
- Não sei hein, esse cara cheira a encrenca sempre.
- Eu acredito em Dulce e Christian. Se disseram que ele não pode com a gente, então fico tranquilo.
Anahí admirava o jeito otimista em Ucker e reconhecia que era contagiante. Dentro do programado o estúdio começaria a funcionar em meados da semana seguinte. Estavam ansiosos com a inauguração. Não fariam festa nem nada, seria uma ramificação do que já tinha em São Paulo. À tarde os dois se sentaram com Maitê para fazer os últimos acertos de pessoal.
- Gente, acho que esses dois aqui como atendentes serão bons. – Maitê mostrava o currículo. – Têm boa aparência e ambos falam inglês, sendo que a moça também fala alemão. O rapaz é músico. Acho que isso é uma vantagem.
- E quanto aos operadores de som? – Ucker perguntou.
- Diogo volta nessa semana. E vou trabalhar com mais dois que me indiciaram lá na faculdade. – Anahí falou. – Não são alunos, mas me pareceram competentes, vou arriscar.
- Tudo bem, se por acaso não der certo, por hora eu mando um de São Paulo pra cá.
- Acho que não vai precisar.
Depois de acertarem tudo Ucker se despediu e voltou para São Paulo desejando boa sorte a Anahí.
Dulce estava entrando no prédio de seu escritório quando viu Anahí.
- Algum problema? Bernardo fez alguma coisa? – perguntou preocupada.
- Problema nenhum.
Entraram no elevador.
- Eu vim pra falar com você. Quero que pare de mandar presentes pra mim, se pensa que vai me comprar com isso, desista. Por favor, não insista. Não quero você em minha vida, não preciso dos presentes que me manda, nunca precisei antes, não é agora que vou precisar. Que adiantou me encher de presentes caros, se quando quis me trair não pensou duas vezes? – foi dura com as palavras deixando Dulce um pouco envergonhada.
- Tudo bem, se lhe incomoda tanto eu vou parar. Não precisava ser tão grosseira.
Dulce saiu do elevador e deixou a loirinha para trás. Entrou em sua sala e chorou como criança. Enfiou a cabeça no trabalho depois e tentou esquecer o incidente, mas se tivesse olhado para trás teria visto os olhos de Anahí cheios de lágrimas.
Passaram o final de semana uma pensando na outra. Anahí trancada no quarto e Dulce em Mauá chorando no colo da mãe.
- Eu disse que teria de se preparar para um não. – Blanca consolava a filha. – Ela é teimosa e tem orgulho, não é fácil perdoar uma traição.
- Achei que poderia mudar as coisas. Ela me magoou com aquelas palavras.
- Não depende só de você filha. E você também a magoou e não com palavras, mas atitudes.
Dulce estava desolada e sem esperança. Nada parecia amolecer o coração de Anahí. Passou o final de semana fazendo caminhada, pensando na vida e meditando sobre suas atitudes. Deveria deixar Anahí de lado então e seguir seu rumo, parar de pensar nela seria o melhor a fazer. E ficaria o resto da vida sozinha, não queria mais ninguém.
Na segunda a tarde Anahí foi para o estúdio cedo, conversou com os dois novos funcionários e deu instruções de como deveriam trabalhar. Depois foi para sua sala e também fez uns acertos com os dois garotos que havia chamado para a experiência como operadores de som.
- Temos uma gravação na semana que vem. A banda é do Rio mesmo e o cantor é bem enjoado com relação à altura dos instrumentos, costuma pedir pra repassar várias vezes, então fiquem atentos. Serão supervisionados por Diogo. Por essa semana estamos ainda com o movimento menor, está sendo tudo marcado para mais adiante, enquanto isso podem se familiarizar com os equipamentos.
- Agradecemos a oportunidade dona Anahí, estamos empolgados em começar. – falou um dos rapazes.
- Se quiserem continuar trabalhando aqui, me chame de Anahí. – a loirinha falou sério e depois riu. – Se me chamar de dona mais uma vez serei obrigada a chamar o segurança e te colocar pra fora. – brincou. – Nem fiz trinta ainda rapaz.
Os rapazes estavam animados com a oportunidade e ainda de trabalhar com Diogo que era um músico muito conceituado. Anahí saía do estúdio para almoçar e viu Bernardo se aproximando.
- Boa tarde senhorita Anahí. – ele vinha acompanhado de mais dois homens. – Viemos interditar esse botequim.
- O que? – Anahí assustou.
- Disse que não ia deixar por menos e trouxe um engenheiro e um Policial para que esse muquifo seja fechado. Eu disse que não queria músicos neste prédio e continuo não querendo. Vá montar suas tralhas em outro lugar. Eu não trabalho no mesmo lugar que essa ralé. – falava alto e debochado.
- Pra fazer isso terá de passar por cima de mim.
Assim que ela falou os dois atendentes vieram lhe dar apoio moral.
- Isso será moleza.
Bernardo foi com os dois homens para cima de Anahí e os atendentes, a loirinha tentava manter a firmeza, mas por dentro se sentia frágil como uma criança. Mais dois seguranças apareceram para reforçar o comboio que o advogado trazia. Quando pegou no braço dela sentiu uma mão em seu pescoço.
- Seus pais não lhe ensinaram que é feio agredir uma mulher? – Dulce falou por trás dele. – É claro que não aprendeu isso, você não tem pais, deve ser de uma chocadeira.
Dulce apareceu com um delegado e um jornalista, conhecidos dela.
- Eu prometi a mim mesma que se encostasse um dedo nela eu não responderia por meu juízo. Posso saber com que direito você está importunando minha cliente? Tem algum documento plausível que justifique sua atitude boçal? – apertava o pescoço dele.
Bernardo se desvencilhou.
- Dulce! Eu não vou admitir que um estúdio seja montado neste prédio onde só tem escritórios de renome. Aqui não é lugar de bagunça e música é coisa de gente que não tem o que fazer, ao contrário das pessoas que trabalham aqui.
- Acho que não conhece minha cliente. É dona de um dos maiores estúdios desse país e é dele que saem os melhores artistas que a mídia divulga. Admitir é um verbo muito pessoal não é meu caro? Já que sua tolerância para com o próximo é bem curta.
- Se quiser, eu tiro esse estúdio daqui.
- Tira mesmo? – falou o delegado. – Meu nome é Francisco, sou delegado. Gostaria de saber se tem algum tipo de mandato ou qualquer documento que impeça o funcionamento do local.
- Eu tenho... eu consegui um embargo e ainda assim eles insistiram. – Bernardo já gaguejava e pegava o celular para ligar para alguém. – Vou falar com meu...
- Seu pai? – Dulce o interrompeu. – Sim, ligue pra ele e diga que a imprensa está aqui e vai adorar revê-lo.
Bernardo desligou o celular e olhou para Dulce com um ódio quase palpável.
- O seu embargo foi forjado e eu descobri mais esse deslize seu. Já conversei com um juiz e me certifiquei de que este estúdio é totalmente aceitável já que segue no âmbito legal as normas exigidas. Tudo isso acompanhado por um engenheiro e um técnico de som com certificado e garantia de qualidade de serviço. – Dulce mostrou uma pasta contendo tudo o que falava. – Fique com essa cópia para poder ler com calma. E, além disso, estou pedindo judicialmente uma liminar que impeça você de chegar perto do estúdio e de Anahí por pelo menos cinco metros. É exatamente a distância da porta do seu escritório até aqui e do andar de baixo para o de cima. Se subir em uma cadeira já estará violando a lei. Se eu fosse você não faria isso.
Bernardo estava indignado, mas totalmente sem palavras.
- Acho que já falei muito. – Dulce olhou para ele. – Pode se retirar agora? Caso contrário eu chamarei reforço.
O rapaz olhou para Anahí que estava paralisada, se sentiu ofendida com as palavras de Bernardo. Sempre soube da má fama dos músicos em geral, mas nunca gostara disso. O advogado se retirou com os homens que havia levado.
- Está tudo bem agora. Ele não vai mais falar com você, nem pra dar bom dia. – Dulce falou sorrindo para Anahí.
- Obrigada. Achei que ele fosse... sei lá... me bater.
- Nem se fosse esclerosado. Se te encosta a mão estava morto uma hora dessas. Bernardo só late alto, mas é covarde. – Dulce se voltou para o delegado e agradeceu. – Obrigada Francisco, fez pressão nele. Você também Lucas.
- Posso publicar uma nota sobre o assunto?
- Claro, faça como achar melhor.
- Acho que vou indo, tenho ainda algumas coisas a resolver. – Anahí falou. – Obrigada por me ajudar, não teria conseguido sem você. – olhou nos olhos de Dulce.
- Eu a acompanho até lá embaixo.
As duas desceram e ao se despedirem Dulce falou com tranquilidade.
- Anahí, não ligue para o que ele falou. Bernardo só sabe diminuir e ofender as pessoas, é o esporte predileto dele.
- E faz muito bem. – Anahí falou cabisbaixa. – Bom, preciso ir. Mais uma vez obrigada pela ajuda, depois manda a conta. – sorriu.
- Anahí. – Dulce a chamou num impulso.
- Oi?
- Boa sorte com o estúdio. Tenho certeza que vai fazer sucesso, seu trabalho é o melhor. – sorriu.
- Obrigada.
Dulce entrou no carro e Anahí também. A promotora ficou pensando no que tinha acontecido. Jamais em sua vida teria defendido alguém que nem confiança dava a ela, como Anahí andava fazendo.
“Você a ama sua idiota.”
Autor(a): suzyrufino
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Anahí se sentia cansada, seu corpo parecia ter sido atropelado. No caminho pra casa ligou para Ucker e o deixou a par do que tinha acontecido tranquilizando-o ao mesmo tempo. Resolveu ir pra casa mais cedo para descansar e pediu para que Maitê resolvesse qualquer pendência em relação ao estúdio e reorganizasse seus compromissos. Tomou ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 131
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tryciarg89 Postado em 05/08/2023 - 22:41:33
Linda,amei a história
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siempreportinon Postado em 12/12/2018 - 15:19:48
Uau! Terminei de ler agora, história maravilhosa, muito bem escrita. Amei do início ao fim. Parabéns!!! Uma terceira temporada seria ótimo =)
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Juh Postado em 05/11/2018 - 23:16:48
Finalmente os pais dela abriram os olhos MDS, aí fico imaginando os bebês é babando sozinha hahahahaha
suzyrufino Postado em 09/11/2018 - 23:02:35
Vencer!!!!
suzyrufino Postado em 06/11/2018 - 20:25:57
O amor vende tudo. S2
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Juh Postado em 02/11/2018 - 02:26:47
Continuaaaaaa
suzyrufino Postado em 05/11/2018 - 09:41:27
To postando.
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Lene Jauregui Postado em 01/11/2018 - 23:37:30
Continua negah,esta maravilhosa a sua web. Esperando ansiosamente o proximo capitulo. Bjs
suzyrufino Postado em 05/11/2018 - 09:41:11
Ola lane... estoi postando. Agradeço por le. Bjs.
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Juh Postado em 31/10/2018 - 00:38:35
CONTINUAAAAAAAAAA
suzyrufino Postado em 01/11/2018 - 01:33:27
Vou posta sim. Ainda esta acordada??
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Juh Postado em 31/10/2018 - 00:38:15
AI MDSSSSSS VEEEM BEBES <3
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Juh Postado em 22/10/2018 - 23:52:23
Eu amo coisas mentoladas tbm AF hahahahah
suzyrufino Postado em 23/10/2018 - 15:12:59
Uhmmmn.... Kkkk... Eu tb gosto. ;P
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Juh Postado em 22/10/2018 - 23:51:50
Ela não vai perder os bebês né?!!!!! Mdsssssss
suzyrufino Postado em 23/10/2018 - 15:11:50
A autora n iria fazer isso com a gente neh.
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Juh Postado em 19/10/2018 - 01:11:36
Parar aí é muita sacanagem hahahahahha
suzyrufino Postado em 19/10/2018 - 19:14:13
Kkkkkk... Tem que ter um pouco de suspense. :P