Fanfic: 💖Melodia💖💖Portiñon💖💖Adaptada💖💖FINALIZADA | Tema: Portiñon

Dulce ficou olhando para ela como se quisesse que ela adivinhasse o que pensava. Beijou-lhe os lábios com delicadeza e se aproximou devagar. Teve uma sensação estranha, como se aquilo não fosse durar por muito tempo.

- Você vai me perdoar um dia? – falou entre beijos.
- Dulce... – Anahí parou de beijá-la. – Deixe que as coisas aconteçam naturalmente. Não estamos aqui, juntas?
Vamos devagar e deixar que o tempo acerte o resto.

A morena sorriu e voltou a beijá-la, sentia seu corpo se acender, notou que Anahí também a queria. Estavam num amasso gostoso e perdidas em carícias quando o telefone de Dulce tocou, assustando Anahí. Era o rapaz querendo entregar o sanduíche.

- Ah moleque, isso é hora de ligar? – resmungou.
- É sim, eu to com fome.

Dulce olhou para Anahí, seus olhos denunciaram que sua fome era outra, mas não disse nada. Abriu a porta para o rapaz e pegou os sanduíches.

- Quanto foi? – Anahí perguntou quando ela chegou no quarto.
- Já paguei, não se preocupe.
- Não precisava, eu que quis o sanduíche.
- Mas eu também vou comer.
- Então quanto foi o meu pelo menos?
- Anahí, para com isso.
- Pare você! Gosto de pagar minhas contas, diga quanto é. – falou decidida.

Dulce pegou a notinha e entregou a ela, que pegou o dinheiro na bolsa e lhe deu. Não queria que Dulce pensasse que continuaria pagando as coisas para ela. Comeram num certo silêncio que só a TV ajudou a disfarçar.

- Desculpa, acho que é o costume. – Dulce falou. – Não só quando pagava antes, mas até hoje e não pense que eu ando pagando conta de outras mulheres. É que normalmente quando saio com amigos, os poucos que tenho ainda, eu que pago, quando saio com mamãe também.
- Tem que parar com essa mania, assim está acostumando mal as pessoas. – Anahí se virou para ela, ficando de pernas cruzadas e de frente. – Sempre notei que Chris, quando saíamos juntos se fazia de bobo na hora de pagar a conta. E você prontamente pagava como se quisesse impressionar, mas ao contrário disso só criou um mau costume por parte deles. Pela sua mãe não, acho que tem mais é que pagar mesmo. – riu e mexeu nos cabelos dela. – Agora os outros e principalmente os amigos mais próximos têm que aprender a dividir a conta com você.
- É difícil mudar depois de muito tempo.
- Vai ser mais difícil pra eles com certeza. Aí você vai ver quem são seus amigos de verdade. Tem que aprender a se dar valor, eles têm que gostar de você pelo que é e não pelo comodismo que dá a eles.

Dulce abaixou a cabeça fazendo um bico.

- Own, biquinho bonitinho. – beijou-lhe os lábios.

A morena aproveitou a posição de Anahí para puxá-la para seu colo, fazendo com que enlaçasse as pernas em sua cintura.

- Eu adorei seu cabelo. – falou sorrindo. – Achei moderno e lhe deu um ar sensual.
- É? – Anahí mexeu no cordão de Dulce, ainda era o mesmo que usava antigamente. – Cortei quando fui para São Paulo.
- Quando foi?
- Depois que me formei continuei trabalhando com Ucker, pouco tempo depois ele me ofereceu sociedade, só que eu não tinha grana pra entrar como sócia. Então fizemos um acordo: eu entrei com meu trabalho e fui pra São Paulo ficar no estúdio que ele tinha lá. Era menor que o daqui na época, depois se tornou maior, aí ele desfez o que tinha aqui.
- E agora voltou com o estúdio pra cá. – Dulce riu.
- Sim, porque na verdade estávamos levando músicos daqui para gravar lá e isso era dispendioso. Tendo um estúdio aqui o custo é mais baixo para a gravação, sem contar os contratos que fechamos para a criação de campanhas publicitárias. Cheguei em São Paulo perdidona, mas estava confiante.
- Eu a acompanhava sempre; buscava na internet e quando digitava seu nome apareciam várias coisas, trabalhos, parcerias, ficava orgulhosa.
- Estava me vigiando? – Anahí sorriu com malícia.
- É, digamos que sim. – Dulce a beijou. – Estou brincando, acompanhava porque queria saber sobre você, se estava bem. Perguntava a Poncho também.
- Sempre mantive contato com Poncho, mesmo distante nos falávamos pela internet, só com ele também.
- Angelique pelo visto sumiu. – Dulce ficou séria.
- É, Angelique teve muitos problemas. Engravidou, teve de parar a faculdade, atrasou muita coisa na vida dela. Filho é uma responsabilidade muito grande e ela só viu isso depois que Paulo nasceu.
- Como ela esta hoje?
- Fazendo casamentos, festas particulares, praticamente o que já fazia antes. Fica difícil seguir uma carreira com um filho pequeno. Rocco pelo visto saiu da área musical; estiveram na minha casa em São Paulo, ela me ligou para pedir pra ficar lá. Confesso que não me senti bem ao vê-la, me fez lembrar que quando precisei, ela virou as costas. Esta certo que ela também passava por uma fase complicada, mas não justifica.
- Fiquei muito triste com o que ela fez e que cara de pau pedir pra ficar na sua casa quando ela mesma lhe negou moradia antes.
- Não negou moradia Dulce, apenas nos separamos e só.
- E pra onde você foi?

Anahí percebeu que estava pisando em terreno difícil.

- Bom... – olhou para os lados. – Primeiro eu fui morar numa quitinete, acabei não dando conta de bancar, porque a banda acabou, a vaga na orquestra tive que largar, pois o pianista principal havia voltado. Daí fui pra casa de... – colocou os cabelos de Dulce atrás da orelha dela e beijou a ponta de seu nariz. - ...Fui pra casa de Vera.
- Ah é? – Dulce não quis demonstrar irritação.
- É. Ela me convidou e não vi alternativa, não tinha mais ninguém aqui. – Anahí sentia que as mãos de Dulce seguravam firme sua cintura. – Mas fiquei pouco tempo lá, ela que me apresentou Ucker e um tempo depois de começar a trabalhar com ele eu fui me ajeitando. Depois montei meu apartamento aqui, mas logo fui pra São Paulo, foi tudo meio rápido.
- Hum.
Anahí achou melhor não contar sobre o breve relacionamento com Vera, se tivesse que fazer isso seria em outro momento.

- Você teve algum relacionamento durante esse tempo? – Dulce perguntou.
- Por que quer saber?
- Curiosidade...
- Tive poucos relacionamentos, nenhum namoro pra ser mais específica. Me envolvia, depois percebia que não era a pessoa certa e logo acabava com tudo. Satisfeita?

Dulce levantou uma sobrancelha em sinal de desconfiança.

- Nada mais profundo?
- Não.
- Nem um lance mais envolvente?
- Não. – Anahí segurava o riso.
- Então não chegou a fazer aniversário de namoro.
- Não.
- Nem...
- Não. – sorriu.
- Ahh... – enfezou. – Melhor parar de perguntar. – pôs a mão na testa de Anahí para ver se estava com febre. – Acho que a febre sumiu de vez, graças a Deus. Está sentindo alguma coisa?
- Estou... – Anahí despistou.
- O que? – Dulce perguntou preocupada.
- Estou morrendo de vontade de lhe dar um beijo e você aí me fazendo perguntas descabidas.

A morena sorriu sem jeito e depois puxou Anahí pela nuca a beijando. O beijo ficou mais ardente, sentiu que Anahí a provocava esfregando seu corpo no dela e ficou difícil resistir.

- Você está me provocando... – Dulce falou entre um beijo e outro.

Anahí continuou se esfregando e beijando Dulce de forma sensual; queria atiçar seus instintos. Sentia sua respiração acelerar e as mãos percorrerem seu corpo lhe causando arrepios. Dulce estava em seu limite, mas não queria fazer nada precipitado e queria que fosse especial. Parou de repente segurando Anahí pelos ombros.

- Calma aí mocinha. – parou para pensar no que falaria. – Meu anjo, eu queria que a nossa... que a gente... bom, queria que fosse especial.
- E não vai ser? – Anahí falou calmamente.
- Aqui na cama seria legal?
- Dulce, se não for na cama, será aonde?! – riu - Está pensando em algum lugar diferente?
- Não, só queria que você gostasse. – baixou o olhar.
- É claro que vou. Por que pensa o contrário ou está em dúvida? É você que está aqui, não tenho dúvida de que vou gostar. – falou acariciando o rosto da morena.

Sentiu que Dulce ainda estava receosa, então pegou a mão dela e colocou dentro de seu short.

- Tanto estou gostando que to molhada. – falou em seu ouvido.

Dulce gemeu abafado sentindo o sexo de Anahí em seus dedos.

- Vou gostar mais ainda se você me beijar.

Suas bocas se uniram e daí em diante Dulce não se preocupou mais. Deitou Anahí na cama e possuiu aquele corpo que há anos desejava. Tirou sua roupa devagar, beijando cada pedacinho, aspirava seu perfume e depois mordia. Seu corpo estava mudado, mais musculoso, mas sem perder a feminilidade; a barriga estava definida e as pernas mais torneadas. Ficou fascinada com o que viu. Sentia suas mãos em seus cabelos, acariciando de maneira delicada, e não teve pressa em seus gestos. Retirou o short e depois a calcinha, riu da frase que estava escrita nela “área vip”. Quando descobriu seu sexo os pelos estavam cuidadosamente aparados, passou a língua em sua virilha e ouviu um gemido; depois levou a língua até o clitóris e lambeu até ouvir os gritos de prazer que lhe assanharam mais ainda. Dulce sentiu seu sexo latejar, abriu as pernas de Anahí e se posicionou entre elas com seus sexos em contato. Começou a se esfregar sentindo a loirinha rebolar, ela sorria de uma forma provocante ao mesmo tempo em que mordia seu queixo.

- Eu amo você. – Dulce olhava em seus olhos.

Anahí abriu mais as pernas e rebolou mais rápido, não demoraram a gozar. A TV estava ligada e passava um show, tocava uma música da Vanessa da Matta e as duas se sentiram levadas pela melodia.

“Fique mais, que eu gostei de ter você. Não vou mais querer ninguém, agora que sei quem me faz bem...”

- Sonhei tanto com esse dia que agora custo a acreditar que estou aqui. – Dulce falou.
- Se eu te beliscar você vai acreditar? – Anahí brincou.
- Não teria uma maneira mais romântica?

Anahí então a beijou com doçura, mas depois quis esquentar o clima de novo. Procurou o sexo de Dulce e colocou sua mão no clitóris, sentiu que encharcou rapidamente.

- Eu fiz isso daqui? – perguntou ingenuamente e sem parar com os dedos.
- Ahan... ahh...

Dulce posicionou os joelhos sobre a cama e abriu mais as pernas. Anahí escorregou os dedos para dentro de sua vagina e a penetrou mantendo o polegar no clitóris. Sentiu os músculos contraírem aos seus toques e quando Dulce gozou diminuiu os movimentos aos poucos, fazendo-a gozar mais uma vez.

- Gostosa. – falou em seu ouvido.

A morena ficou parada respirando descompassadamente. Deixou seu corpo cair ao lado do de Anahí e repousou a cabeça em seu peito. Sentiu que ela estava diferente, mais decidida, parecia mais confiante. Não quis pensar muito, só queria curtir a loirinha novamente.

- Estou fora de forma. – falou cansada.

Anahí se apoiou no cotovelo e ficou olhando para ela com um sorriso bobo no rosto.

- Preciso voltar a malhar e claro largar aquele bendito.
- Bendito? – Anahí perguntou.
- O cigarro.

A loirinha arregalou os olhos.

- Você está fumando Dulce?
- Não! Quero dizer estou... bom... na verdade... estava... agora menos do que antes.
- Como pode isso? Quando? Por quê?
- Muitas perguntas, calma... Depois que terminamos eu comecei a fumar, achei que seria uma fase, mas não foi, toda vez que ficava triste ou chateada eu fumava e com isso me viciei, mas estou parando.

Anahí sentou na cama e a olhou.

- Eu não quero vê-la fumando. – falou seriamente. – Acho o cúmulo você, que sempre foi adepta do esporte e da boa saúde, ter começado a fumar. Poderia ter feito qualquer coisa, até engordado, mas fumar não.

Dulce a olhava morrendo de vergonha. Chegou a abaixar a cabeça, mas vez ou outra a olhava, desconcertada.

- Não admito que fume perto de mim, portanto vai parar nem que seja forçada. Há quanto tempo não encosta num cigarro?
- Desde manhã; depois vim almoçar com você e fiquei aqui direto. – falou cabisbaixa.
- Então foi a última vez que viu um cigarro na sua frente. Não vai mais fumar, está me ouvindo? – falou com autoritarismo.
- Ta bom amor. – Dulce falou quase num sussurro.

Anahí ponderou e viu que estava exigindo demais, afinal cada um sabe dos seus motivos para fazer ou não alguma coisa. Segurou o rosto da morena e viu que seus olhos estavam cheios de lágrimas.

- Não chora, me desculpe. Acho que não tenho o direito de exigir isso de você.
- Você está certa Anahí, não devia ter começado a fumar. Depois ficou difícil parar, mas eu juro que estou tentando. Mamãe também tem me ajudado.
- Também vou te ajudar viu? – beijou-lhe os lábios. – Vai largar esse vicio horroroso.
- Obrigada. – falou ainda se sentindo sem graça.
- Quer fazer um trato comigo? – Anahí tentou animá-la. – Sou boa fazendo isso. – subiu para sentar no colo de Dulce. – Toda vez que sentir vontade de fumar, eu faço alguma coisa para a vontade passar. – falou insinuante.
- Qualquer coisa? – Dulce percorreu a lateral do corpo dela com as mãos.
- Ahan. – mordeu o queixo da morena. – É só me falar. – beijou a ponta do nariz. – Que eu dou um jeitinho. – mais beijo. – Nessa vontade aí. – outro beijo.
- Acho que to com vontade agora.
- Ah é? Safada, não vai me enganar viu. – Anahí começou a empurrá-la para deitar na cama.
- Juro que não. – Dulce fez sinal com os dedos.
- Então vamos dar um jeito nisso.