Fanfic: Só Um Beijo - HOT(finalizada) | Tema: Poligamia

Dulce sentiu o corpo dela tremer. Estar tão perto deles, tê-los beijando-a nos lábios, o que não era apenas uma coisa amigável para fazer, a deixou desconfortável. Então vieram os pensamentos luxuriosos e a reação de seu maldito corpo a eles. Seus seios pareciam cheios, seu núcleo formigava, e ela se viu imaginando se Henry e Alfonso queriam beijá-la também.

Seu cuidado e preocupação por ela eram diferentes. Foi uma coisa de controle? Apesar de quão mandão e macho eram os homens, eles perguntaram o que ela gostaria de comer e então sugeriram a sopa e um sanduíche inteiro, não apenas meio sanduíche. Parecia que eles estavam preocupados com o peso dela. Ela nunca foi tão magra.

"Você precisa de um pouco de carne em seus ossos, Dulce, se você vai passar o inverno aqui", brincou Christopher.

Ela olhou para ele, músculos e mais músculos, em bom estado e em forma, capaz, e sua barriga apertou quando ela forçou uma resposta de seus lábios.

"Eu vou ficar bem", ela sussurrou.

"Você sempre foi tão magra?" Henry perguntou a ela. Seus olhos seguraram os dela, e quase parecia que ele podia ler sua mente. Esses homens eram mais poderosos, intimidantes do que os outros, mas ela se sentiu obrigada a responder, para não fugir daquele lugar e fugir. Essa foi a primeira vez. Especialmente depois do assalto.

Talvez esses meses que passaram, lembrando-se do que Memo havia feito com ela, a ajudassem a avançar e ganhasse a força que ela precisava. Talvez tenha sido essa cidade incrível e todas as pessoas que a fizeram se sentir importante, existente e mais do que apenas uma marionete, alguém para controlar. Às vezes, ela sentia como se a maior parte de sua vida tivesse sido gasta em um palco, com cordas amarradas e um mestre de marionetes encarregado de cada movimento e decisão dela. A analogia na cabeça dela fez com que ela esfregasse os braços e quase sentisse que as cordas tinham sumido, cortado e ela finalmente estava livre.

“Dulce?” Henry sussurrou seu nome e gentilmente passou a mão grande e quente ao longo da coxa dela sob a mesa. Suas pernas estavam cruzadas, e ainda assim ela sentiu o fogo começar a ferver entre eles. Henry tinha um jeito dele. Parecia quase como se ele estivesse interrogando-a, mas não de uma forma contundente. Ele aliviou suas perguntas lá e pareceu fazê-la relaxar um pouco. Para cada pergunta que uma delas faria, ela perguntou a si mesma. O problema era, eles estavam procurando informações para usar contra ela, para machucá-la algum tempo depois? Ou, eles estavam realmente apenas tentando conhecê-la porque se importavam?

“Eu tenho viajado muito até chegar a Pearl, na verdade. Estar na estrada, tentando conservar meu dinheiro, me fez ser cautelosa, eu acho. Eu preciso voltar aos trilhos com minhas refeições.”

"Você viajou de longe?" Christopher perguntou então pegou seu copo de chá doce e tomou um gole. Ele segurou o olhar dela com aqueles grandes olhos azuis dele. O homem era muito bonito.

"Do sul", ela respondeu. “E vocês? Vocês sempre moraram em Pearl?” perguntou ela, quando Cristian lhe deu uma expressão inquisitiva para sua resposta vaga sobre o sul.

“Nós crescemos na casa em que vivemos agora. Passamos alguns anos no serviço e depois voltamos para cá” disse Henry.

“Onde no sul você mora?” Perguntou Cristian.

Ela segurou seu olhar.

"Eu sinto muito. Eu prefiro não dizer,” ela sussurrou enquanto abaixava os olhos para o colo e apertava os dedos no colo. Henry se aproximou e cobriu as mãos com as dele, gentilmente apertando-as.

Cristian colocou a mão grande e quente sobre a coxa dela.

"Você não precisa ter medo de nos dizer. Vamos manter isso em segredo se você quiser. Estamos apenas tentando te conhecer,” Henry disse a ela.

"Por quê?" Ela perguntou, de cabeça baixa.

Cristian removeu a mão dele. Ela sentiu a perda de seu toque, o que realmente bagunçou sua mente, mas então sentiu a palma da mão contra sua bochecha quando ele inclinou o rosto para ele.

“Porque nós gostamos de você. Porque sentimos uma atração por você assim como você faz conosco. Queremos que você saiba que está segura conosco, que não vamos machucá-la, mas sim protegê-la. Agora, de onde você é no sul, e o que a trouxe para a cidade de Pearl, nossa casa?” ele sussurrou.

Ela estava perdida em seus olhos, no cheiro de sua colônia e na sensação de dois homens a tocando, protegendo-a ao mesmo tempo. Ela engoliu em seco quando olhou para Alfonso, que parecia feroz e irritado, depois para Christopher, que parecia firme. Ela se perguntou se essas eram expressões normais para eles. Parecia ser o caso.

“Eu morava na Carolina do Sul. Uma cidade tradicional do sul com charme e sofisticação, mas nada como Pearl. Por favor, Cristian, por favor, não conte a ninguém, e não me faça muitas perguntas. Eu não estou pronta para respondê-las. Ela abaixou a cabeça e engoliu em seco. As coisas aconteceram lá. Coisas que me forçaram da minha casa, da área.”

"Coisas, Dulce?" Henry empurrou. Ela não achou ofensa ou raiva, ela sabia que ele era um investigador, um detetive, e isso a fez tremer um pouco mais, mas ela esperava que seu intestino estivesse certo e o homem não a investigasse.

Ela foi salva pelo servidor, quando a garçonete trouxe sua comida.

* * * *

As respostas vagas de Dulce e respostas nervosas colocam Alfonso no limite. Ele observou Dulce, absorvendo sua beleza, sua fragilidade enquanto tentava conter as informações em suas respostas. Ela estava andando em cascas de ovos, segurando-se, pensando em suas respostas antes de falar como se estivesse tentando acompanhar suas mentiras. Isso o fez pensar se alguma coisa que ela estava dizendo era verdade ou inventada.

Ela comeu devagar, tomando seu tempo, e ele não podia deixar de pensar que ela estava empacando para que eles não insistissem em mais respostas. Apesar de seus próprios problemas e receios de se envolver romanticamente em sua vida, ele se sentiu compelido a ser seu guardião. Ele não sabia por que, mas tinha a sensação de que ela estava com algum tipo de problema e sentia que estava sozinha, em vez de totalmente apoiada. Ele não tinha certeza do que poderia ter acontecido com essa jovem mulher, mas ele queria saber. Ele queria protegê-la, e essa foi a primeira vez para ele.

Ele terminou seu almoço e recostou-se, observando-a brincar com o último pedaço de crosta de seu sanduíche. Sua sopa de macarrão de galinha estava toda terminada e sua coloração já parecia melhor. Por que ela não estava cuidando de si mesma? O que ela estava pensando tanto que ela não comeu hoje até agora?

"Sua coloração já melhorou", Alfonso disse a ela, e ela soltou o pedaço de massa e sentou-se na cadeira. Ela pegou o copo de chá doce e tomou um gole.

Ela colocou para baixo.

“Eu te disse que eu poderia cuidar de mim mesma. Eu estava nervosa esta manhã em chegar à cidade e participar da reunião. Eu não conheço muita gente aqui, e bem, eu sou meio tímida,” ela disse a ele, segurando o olhar dele, mas não com confiança. Ela realmente era tímida, mas na casa da sra. Higgins quando falava sobre decorar, remodelar e suas ideias, parecia confiante e segura de si mesma. O que foi que a fez parecer intimidada?

"Você parecia mais confiante no lugar da Sra. Higgins quando estava falando sobre redesenhar seus quartos e trabalhar conosco para fazer a construção."

“Isso foi diferente. Eu amo desenhar e decorar.”

"Por que você ama isso?" Christopher perguntou a ela.

Ela olhou para ele.

“Fico feliz em ter um espaço limpo e vazio e transformá-lo no quarto ideal de alguém. Às vezes, as pessoas imaginam como querem um espaço, mas não sabem como obter o visual ou, às vezes, não sabem o que querem. De qualquer maneira, eu gosto de completar o projeto e vê-los mais do que satisfeitos com o resultado final.”

“Eu posso me relacionar com isso. Pego um pedaço de madeira, nu, chato e olho para ele, as linhas, as camadas de idade e começo a transformá-lo em algo mais,” disse Alfonso.

"Como um balanço de banco ao ar livre para a nossa varanda da frente", disse Christopher e sorriu. Um sorriso autêntico e orgulhoso. Parecia que esses irmãos se importavam um com o outro, eram próximos e apoiavam. Isso deve ser legal.

"Você é uma artista, Alfonso?", Ela perguntou a ele.

Os outros riram e Henry recostou-se e sorriu.

"Eu não o acusaria disso se fosse você."

"Pare com isso", respondeu Alfonso.

"O que? Você não se considera uma artista?” Ela perguntou, curiosa sobre ele, sobre cada um deles.

"Eu apenas gosto de esculpir madeira e criar coisas."

"Alfonso tem pessoas implorando para comprar suas esculturas acabadas, mas elas se sentam no celeiro em casa e ele não vai desistir delas por algum motivo louco", Cristian disse a ela.

"Eu não vou desistir deles porque eles são meus e levaram muito tempo e trabalho para criar. Talvez um dia eu vá,” ele adicionou.

"De jeito nenhum. Não pode ver isso acontecendo. São peças lindas, Dulce. Você deveria vê-los,” Christopher disse a ela.

"Eu adoraria, a menos que isso o perturbe, Alfonso."