Fanfic: Só Um Beijo - HOT(finalizada) | Tema: Poligamia

Alfonso não pôde evitar. Sua reação ao seu trabalho foi genuína, e pareceu trazer um pouco as paredes que ele havia construído. Ele observou Dulce passar a mão ao longo da madeira na cadeira que ele fez, e então ela olhou para ele.

“Posso me sentar nela?” ela perguntou a ele, e ele balançou a cabeça, mantendo os braços cruzados na frente dele enquanto a observava.

Ela balançou na cadeira e fechou os olhos.

“Meu Deus, Alfonso, você é tão talentoso. Você provavelmente poderia abrir sua própria loja. Você vai colocar algumas dessas coisas em exibição para o festival do outono?” perguntou ela, e então se levantou.

"Não. Eu não deixo ninguém ver essas peças.” Ele soava irritado para seus próprios ouvidos, e Dulce também ouviu. Ela se aproximou, checou algumas das outras coisas.

"Entendi. Talvez você seja mais crítico com seu trabalho, porque você é o artista. Artistas nunca acham que seus projetos são perfeitos.”

"Eu não sou um artista. Eu já te disse isso antes”, ele respondeu. Ela estava de pé a poucos metros na frente dele e em frente à bancada de trabalho.

Ambos estavam em silêncio. Era como se ambos estivessem tentando lutar contra algo dentro deles. Ele sabia qual era o seu desligamento. O medo de machucá-la como ele machucou Lindsey, como se ele fosse capaz de ferir alguém quando estivesse perdido em um pesadelo.

"Eu acho que devemos voltar", ela começou a dizer, quando ele reagiu. Ele agarrou a mão dela e fechou o espaço entre eles. Suas mãos se moveram para sua cintura e ela se inclinou sobre a mesa ligeiramente, um olhar de preocupação em seu rosto.

Ele olhou para ela, e o marrom de seus olhos, o olhar apetitoso de seus lábios.

"Dulce, eu..."

Ele ficou em silêncio. O que ele poderia dizer a ela? O que ele estava tentando dizer a ela? Talvez avisá-la de seu comportamento violento e incapacidade de ser gentil? Ele queria ser gentil com ela. Ele queria acariciar sua pele, segurá-la em seus braços e protegê-la, possuí-la, mas ele temia suas próprias capacidades.

“Obrigada por me mostrar essas coisas que você fez. Estou impressionada,” ela sussurrou.

"Eu quero beijar você. Eu quero ser gentil com você e andar devagar.”

“Seus irmãos mencionaram que você estava no serviço. Que ramo?” Ela ignorou a afirmação dele, e ela parecia assustada, tímida, e despertou algo masculino e forte dentro dele. Ela precisava de proteção, compaixão e cuidado. Ela era uma jovem linda, e ele e seus irmãos eram mais velhos, intimidando homens. Ele queria aliviar sua mente e a sua própria.

"O Corpo de Fuzileiros Navais", ele sussurrou. Ela engoliu em seco. Ele se aproximou, pressionou seu corpo contra o dela e a sentiu tremer.

"Eu quero beijar você, Dulce, mas você parece com medo de mim."

Seus olhos vagaram por seus lábios, seu rosto e seu pau endureceu.

"Estou assustada. Estou com muito medo por muitas razões.”

Ele recuou e passou os dedos pelos cabelos.

"Você ouviu sobre ela, não é? Sobre Lindsey e o que eu fiz? Eu sabia. Eu sabia que é por isso que você está olhando para mim. Como se eu fosse algum monstro. Foi uma época ruim na minha vida. Eu tinha acabado de voltar de servir e estava todo fodido. Lindsey estava lá. Passamos a noite juntos e...”

Ele parou, passou as mãos pelos cabelos e depois bateu as palmas das mãos na bancada ao lado dela. Ele ficou chocado quando sentiu a mão ir para sua mão. Seus dedos delicados acariciaram sua mão grossa e calosa.

“O que aconteceu?” Ela perguntou a ele.

Ele se virou para olhá-la e ficou chocado ao ver a compaixão em seus olhos. Ele explicou em detalhes, sentindo seu coração pesado aliviar enquanto falava sobre o incidente com alguém pela primeira vez.

“Parece que você foi pego em um pesadelo e não tinha ideia do que estava fazendo. Seus irmãos estavam lá por você.”

"Mas e se eles não fossem? E se eu a matei? E se eu te machucar?”

Ele segurou seu olhar e viu o medo, a incerteza. Ele se levantou e ela segurou a mão dele.

“Alfonso, parece que ambos temos muitos medos. Você não é o único que foi ferido, marcado por alguém.”

Ele entrou na frente dela e segurou-a pelos quadris. "Alguém te machucou?", Ele perguntou. Suas sobrancelhas franziram e seu intestino se apertou.

"Muito mal. Tanto que tive que sair de casa e me esconder. Sua possessividade e proteção eram esmagadoras.”

"Quem é ele? Diga-me o nome dele.”

Ela balançou a cabeça.

"Não importa. Eu escapei e nunca vou voltar para lá. Talvez seja melhor se continuarmos amigos por agora”, disse ela. Ele sentiu-se mal do estômago. Ele estava fazendo com que ela se afastasse dele e de seus irmãos. Ele abaixou para um joelho e a segurou para ele. Ele pressionou o rosto na barriga dela por cima do suéter que ela usava.

"Não tenha medo de mim, de nós. Nós nunca lhe causaríamos dano.” Ela passou os dedos pelo cabelo dele e inclinou a cabeça para ela.

"Eu não sei se posso confiar em alguém novamente." Ele aliviou de volta e segurou suas bochechas entre as mãos.

“Você pode confiar em mim, nós. Nós vamos te proteger, Dulce.” Ele se inclinou para frente e beijou seus lábios suavemente. Quando ele os soltou, seus olhos permaneceram fechados, e então seus lábios se separaram. Ela olhou para ele.

“Você me faz sentir coisas. Coisas que eu não acho que posso lidar por causa do meu passado.”

Ele se perguntou o que isso significava quando a sentiu se afastar. Algo lhe dizia que precisava de tranquilidade, assim como ele.

“Bom e lento, Dulce. Vamos tomar nosso tempo e deixar as coisas acontecerem naturalmente. Um dia você vai nos contar o que aconteceu com você. Um dia você perceberá que somos homens bons e honestos e que isso não é sobre luxúria, sexo ou algo temporário.”

Ele se inclinou para frente e beijou sua testa, e ela o abraçou com força.

Um beijo na testa é muito mais doce que mil beijos nos lábios. Cheio de amor, respeito e compaixão. Eu nunca mais serei o mesmo homem.