Fanfic: Broken Hearts - AyA | Tema: Rebelde (RBD), Anahí e Alfonso, AyA

— Any? Anahí? - Disse a sua melhor amiga com a voz serena, estalando os seus dedos frente aos olhos azuis paralisados. — Você está me ouvindo? - Indagou analisando a sua amiga a qual continuava petrificada no lugar.

Anahí apesar de estar ali sentada na sua poltrona executiva, a sua mente estava na maldita noite passada. As palavras ainda soavam pelos seus ouvidos e a dor a qual ela sentiu ainda estava presente no seu coração. Relembrar aquilo lhe trazia dor. Por ora Annie evitava Alfonso, pois não conseguiria o encarar após suas ofensas contra ela. Entretanto, em uma alguma hora se vingaria dele. E nesse dia seria olho por olho, dente por dente.

— Terra chamando Anahí. - Disse Dulce aumentando seu tom de voz despertando a morena de sua submersão aos pensamentos.

Annie piscou algumas vezes mirando a sua amiga a qual a analisava com o olhar interessado. A morena sorriu brevemente e pegou o copo de água o qual estava em cima da sua mesa e bebeu um pouco do líquido.

— Me desculpe estava perdida em meus pensamentos. - Explicou com a feição constrangida.

— Percebe-se. Posso saber no que você tanto pensava? - Questionou a ruiva com o semblante curioso.

— Nada. Somente no trabalho e no Miguel. - Respondeu dando de ombros enquanto observava alguns papéis a sua mesa.

— Anahí Portilla. Eu te conheço muito bem. Eu sei que não é isso que você estava pensando. Me diz a verdade. - Pediu com olhar censurativo, inclinando seu corpo para frente.

— Tem horas que eu te odeio por você me conhecer tanto, Dul. - Revelou com a voz rude deixando seus papéis de lado. — Era no Alfonso. - Confessou depois de um longo suspiro.

— No Alfonso Herrera? - Questionou sua amiga com a boca entreaberta tendo em seu semblante uma expressão incrédula. — Estava pensando em saliências com ele, dona Anahí? Me conte tudo. - Ordenou entusiasmada inclinando mais seu corpo para frente.

— Não diga bobagens, Dulce Maria. - Disse a repreendendo. — Noite passada nós ficamos presos no elevador, então por ficar presa em lugar tão pequeno e justamente com o Alfonso, eu revelei algumas coisas. Sobre o passado - Houve uma pausa. A expressão de Dulce iluminou-se ainda mais curiosa. — Revelei por tudo que passei, pelo o que eu sofri. Então, fomos na minha lanchonete favorita, eu, o Alfonso e o Miguel. Foi muito bom. Tipo um programa de família. - A ruiva soltou um pequeno suspiro de admiração diante a frase. — E teve uma hora que ele limpou um ketchup dos meus lábios e teve uma conexão inexplicável entre nos novamente, mas não houve nada porque eu o impedi. E de madrugada levantei para comer o bolo de chocolate e nos encontramos na piscina, conversamos e ele aproximou-se de mim novamente. - Houve outra pausa. Anahí podia recordar-se nitidamente os efeitos de Alfonso sobre ela naquele momento. — E ele ficou a milímetros da minha boca. Quase nos beijamos. Porém, ele mudou subitamente, os seus olhos tornaram se escuros. Ele me disse várias coisas e foi embora. - Concluiu Annie com a voz pesarosa.

— Ai. Meu. Deus. - Teve uma pausa em cada palavra dita. Dulce encostou na cadeira. — Vocês quase se beijaram! Não acredito. O que ele disse para você? - Questionou erguendo a sua sobrancelha.

— Não quero falar disso. - Falou com a voz fraca. — Vamos esquecer isso, finge que não te disse nada. - Pediu desviando seu olhar para qualquer canto do escritório. Queria fugir do olhar ávido de sua amiga.

— Porque você nunca quer falar quando o assunto é o Alfonso? - Interrogou com a voz severa. — Você tem que parar de ignorar esse assunto. Fazer isso não vai resolver as coisas. Você tem que o encarar de frente. Com todos os fantasmas do passado e do presente. Sem medo. - Aconselhou a ruiva com o semblante sério.

— Ele é assunto do meu passado. Não gosto de falar disso. E por favor, não insista mais nisso. - Esclareceu com a voz dura. — Agora mudando de assunto, na próxima semana vou começar a escolher os vestidos das madrinhas e preciso que você vá comigo. - Ordenou como uma rainha que dá ordens aos seus súditos.

Entretanto, antes que Dulce pudesse retrucar a porta do escritório foi aberta inesperadamente revelando Henrique com a expressão apreensiva atraindo imediatamente atenção de ambas por respostas àquele ato.

— Filha, será que posso conversar com você? - Indagou com a voz séria. — A sós? - Concluiu levando seu olhar ríspido a ruiva a qual permanecia sentada.

Percebendo a sua deixa, Dulce foi até a sua amiga lhe deu um singelo beijo na bochecha e saiu do escritório em silêncio deixando ali pai e filha se encarando intensamente.

— O que é tão importante para você espantar a minha amiga assim? - Questionou com a voz dura.

— Problemas. Sérios problemas. - Respondeu sentando-se na poltrona a frente da mesa. Anahí somente respirou profundamente. — Durante essa semana vieram vários magnatas para se tornarem sócios da empresa, mas nenhum no final se tornou. Não sei o porque eles não vão ate o final com o negocio. E precisamos de mais sócios. - Explicou com a voz preocupada. — Sem eles a empresa vai a falência.

— Porque sempre sou eu que tenho que resolver os problemas, pai? - Interrogou com a voz exausta. — Eu tenho a solução. - Esclareceu tranquilamente. E como se fosse um bálsamo para os ouvidos de Henrique ele sorriu largamente. — Como o aniversário da empresa está chegando, e todo ano fazemos uma festa para toda socialite nova iorquina, a gente poderia fazer um baile, porém um baile diferente. - Houve um pausa. Annie o encarou com olhar pensativo enquanto dedilhava seus dedos na sua mesa de madeira. — Um baile de máscaras. Como nos filmes. - A resposta veio na sua cabeça como uma solução divina. — Algo totalmente diferente do que estamos acostumados das festa de Nova York. Assim poderíamos atrair possíveis sócios. O que acha? - Indagou com a expressão entusiasmada com sua ideia brilhante.

— Agora sei o porque você é a dona da empresa. É incrível a sua ideia, filha. - Elogiou fascinado. — Como o aniversário da empresa é na próxima semana então tenho que começar a planejar. Tem muito o que fazer. - Falou erguendo-se da cadeira e caminhando velozmente para a porta. No entanto, antes que ele girasse a maçaneta, Henrique virou-se novamente. — Eu vi o que aconteceu noite passada. O que Alfonso disse para você, Any. - Revelou atraindo o olhar receoso da morena. — Foi cruel. E vi você evitando ele hoje. Mas você não deveria se afastar dele. Deveria fingir ser amiga dele como estava fazendo e vingar-se pelo que ele te fez. - Aconselhou com a voz sombria. — Um Portilla jamais fica humilhado, fica por baixo. Nós somos superiores a todos. Você deve se vingar dele e o destruir. É assim que Portilla age. - Concluiu com um sorriso maquiavélico. — Pense nisso, querida. - Pediu e em seguida abriu a porta e saiu, deixando uma Anahí imersa em seus pensamentos.

💔

A lua cintilava sobre o céu negro. Um vento gelado percorria pelo jardim florido da mansão Portilla’s. Entretanto, apesar do frio iminente, Alfonso e Miguel não se importavam com ele. Seus corpos estavam agitados e o suor escorria incansavelmente pelos rostos deles devido ao esforço físico feito. Assim como o prometido, Poncho havia iniciado o treino em casa com seu filho e o entusiasmo de tê-lo tão aproximo de si lhe contagiava.

Após um ultimo drible, Miguel chutou na rede e marcou um belo gol. E em seguida, começou a correr pelo campo movido pela felicidade.

— Ok, eu desisto. Não aguento mais jogar. - Revelou ofegante apoiando as suas mãos em seu joelho em busca de algum ar.

— Ah, você desistiu tão fácil. - Fingiu lamento ficando ao lado do moreno. — Como fui? - Indagou com a feição curiosa.

— Foi ótimo. Tem que melhor em alguns dribles, mas o resto está excelente. - Esclareceu sentando-se na grama debaixo de um imenso coqueiro.

— Obrigada. Nem sei como te agradecer. - Disse agradecido com um longo sorriso. — Eu posso te pedir uma coisa? - Questionou apreensivo sentando-se ao lado do homem.

— É claro. - Respondeu de imediato

— Você poderia também treinar o time? - Indagou com a voz baixa — É porque só eu treinando não vai adiantar, pois todo time também tem que estar ótimo no jogo. - Justificou abaixando a cabeça passando a mão pela grama verde molhada.

— Eu me sentiria honrado por treinar todo o time. Mas a sua mãe não vai se importar com onze garoto na mansão não? - Interrogou erguendo as sobrancelhas.

— Ela já esta acostumada. Vem muitos colegas meus aqui. - Respondeu dando de ombros tranquilamente. — Sabe, você leva tanto jeito com pré adolescentes como eu, você tem filho? - Questionou erguendo a cabeça o olhando interessado.

Naquele momento, Alfonso engoliu seco. Uma vontade violenta de dizer a verdade lhe dominou. Revelar que ele tinha sim e seu amado filho era ele. E finalmente, depois de longos anos ter um abraço afetuoso de pai para filho. Esse sem dúvida era o seu maior sonho. Contudo, como toda ação gera uma reação, e a sua reação, a sua imensa consequência, seria a Anahí. Pois antes de ter Miguel para sempre, precisaria vingar-se de Anahí e de seu pai. Ele não conseguiria prosseguir com sua vida sem antes ter cumprindo o seu objetivo que o fez vir para NY: destruir a família Portilla. Somente depois de cumprir seu propósito, ele revelaria toda a verdade a Miguel e colocaria ponto final em toda essa história.

Então, usando todas as suas forças, Poncho respirou profundamente e sorriu para o garoto o qual aguardava a resposta com olhos verdes atentos.

— Tenho, porém nunca cheguei a conhecê-lo, pois a mãe dele foi embora da minha vida ainda com ele no ventre dela. - Falou controlando a sua fúria e a sua vontade de dizer toda a verdade.

— O meu pai também foi assim. - Expôs com a voz lamentosa. — Quando soube da minha existência não quis saber de mim e foi embora. Mas ainda bem que tem o Charlie na minha vida. E como ele está casando com minha mae no fim do ano, portanto vai ser meu futuro pai. - Explicou com a voz agora entusiasmada.

Aquela narração havia sido como se uma faca tivesse enfiada no coração de Alfonso. Seu coração doía ao ouvir que Charlie era seu futuro pai de seu filho. Um ódio súbito lhe domou ao ouvir pela voz doce de Miguel a mentira que a sua mãe havia lhe contado. Dor e raiva lhe atingia. Um misto de sentimentos perigosos e flamejantes.

No entanto, antes que pudesse falar, um grito surgiu no ambiente chamando atenção de ambos para onde havia saído. Ao erguerem a cabeça se depararam com Anahí na sacada com a expressão séria.

— Miguel, vem para dentro de casa. Esta na hora de fazer a lição. - Ordenou rispidamente.

Miguel imediatamente levantou-se da grama e falou com o semblante lamentoso.

— Esta na hora de entrar. Porém, obrigada mesmo pelo treino, Alfonso.

— De nada. Eu gosto muito de passar meu tempo com você. - Informou sorridente. — E pode apartir de hoje me chamar de Poncho. - Pediu docilmente.

— Ta bom, Poncho. Boa noite. - Despediu-se com um abraço inesperado para surpresa do moreno.

Miguel rapidamente soltou-se dele, e saiu correndo pelo jardim deixando ali um Alfonso intacto com as lembranças daquele gesto afetuoso de seu querido filho.  E mal via a hora de ser realmente chamado de "pai" por ele. 

Meninas, me desculpe por não ter postado sábado. Mas meu fim de semana é muito tumultuado, então as vezes não da para postar, sorry. 

Esse capítulo não ficou muito bom  (ja peço desculpas por isso também), pois  estava sem inspiração e não tive tempo suficiente para escreve-lo. Mas, vou recompensa-las. Se vocês comentarem muitoo, na quinta ou na sexta (tenho que ver o dia que vai dar para escrever) postarei 2 CAPÍTULOS SEGUIDOS. 

Agradeço imensamente pelos comentários divertidos (pelas opiniões, principalmente) e pelas favoritadas! Vocês são meu maior incentivo. Amo vocês!!! E leitores novos sejam super bem vindos.

Nos vemos quinta ou sexta, milhões de beijinhos, Bella.