Fanfic: Broken Hearts - AyA | Tema: Rebelde (RBD), Anahí e Alfonso, AyA

Uma música clássica soava no ambiente. Todas as paredes naquele lugar eram claras, proporcionando assim uma certa luminosidade ao lugar. Haviam inúmeros vestidos de diferente cores e tamanhos expostos nas várias araras ao redor da sala e frente a eles tinham vários sofás brancos confortáveis, no qual em um deles, Anahí estava sentada em uma postura elegante segurando uma taça de champanhe pela metade.

Um tapete na cor bege estava estendido bem ao centro da sala e tinha um imenso espelho que ocupava quase a parede inteira, o qual ficava bem de frente ao sofá que Anahí estava acomodada. Debaixo de um imponente lustre de cristais estava Dulce María, experimentando o décimo vestido naquela manhã. A ruiva estava exausta, porém, ela sabia que não sairia dali tão cedo enquanto Anahí não encontrasse o vestido perfeito para ela.

— Então, Annie, o que achou? - Indagou com a voz exaurida. — Eu gostei desse. - Alertou com um sorriso tentando terminar com aquela tortura.

Anahí somente continuou analisá-la com olhar impetuoso atento a todos detalhes daquele longo vestido azul. Dulce respirou profundamente sentindo os seus pés latejarem devido ao tempo que ficara em pé. Annie estava a torturando lentamente com todos aqueles vestidos. Ela não aguentava mais.

Annie, levantou-se do seu assento e caminhou em direção a sua amiga, a qual permanecia intacta frente ao espelho com a expressão levemente nervosa. A morena rodeou a ruiva analisando minuciosamente a roupa. Após isso, ela parou frente a Dulce que a olhava aguardando a sua opinião. Ela respirou profundamente e bebeu um pequeno gole de seu champanhe. Aquela demorava estava deixando Dulce enlouquecida.

— Então? - Questionou diante do silêncio de sua amiga, erguendo a sobrancelha, com o semblante aflito.

— Eu gostei. - Anunciou com olhar sereno. — Esse será o seu vestido de madrinha. - Completou com a voz entusiasmada.

— Finalmente você se decidiu. - Falou após um suspiro de alívio. Rapidamente, Dulce saiu em direção ao vestuário retirar aquela roupa.

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O ambiente estava superlotado de pessoas as quais conversavam entusiasmadas. Uma música alegre agora soava no plano de fundo. Sentadas em uma mesa mais afastada, Dulce e Anahí degustavam o seu café favorito enquanto conversavam sobre o futuro casamento.

— Agora mudando de assunto, como foi o seu encontro com Alfonso Herrera? - Indagou Dulce com o semblante curioso inclinando o seu corpo levemente sobre a mesa.

— Foi muito bom. No sábado jantamos em um restaurante e no domingo passeamos pelo Central Park e fomos no Empire State Building. - Informou o itinerário em tom indiferente bebendo seu café cremoso.

— E não rolou nada não? - Questionou com olhos brilhosos. — Um beijo talvez? - Perguntou erguendo a sobrancelha.

— É nessas horas que eu odeio você por me conhecer tanto. - Expôs com a voz nervosa após um suspiro. Dulce sorriu largamente diante da resposta. — Nos beijamos no topo do Empire State Building. - Informou com a voz pouca amistosa analisando a mesa, tentando não transparecer nenhum sentimento ou reação do dia anterior.

Contudo, a verdade era que Annie, tinha tido uma longa noite, pois não conseguiria dormir, ainda bem, que para sua sorte existia a maquiagem para disfarçar as olheiras.

Ela somente conseguia lembrar do beijo inúmeras e inúmeras vezes. Aquilo ficara preso a sua mente durante o tempo todo. E apesar de não admitir, o beijo tinha sido totalmente diferente, pois nele tinha paixão, saudade, desejo. Um misto de todos esses sentimentos. Há muito anos não tivera um beijo assim tão intenso como aquele. E juntamente com isso, veio todas as lembranças do passado, as quais ela sempre tentou esquecer.

— Eu sabia que isso iria acontecer. - Disse aumentando o seu tom de voz. — Você vive dizendo que o odeia, que não sente mais nada por ele e blá,blá. Contudo, bem lá no fundo desse seu coração de gelo, você ainda sente algo por ele, mesmo que seja uma simples atração. - Argumentou disparada, eufórica, eu diria.

— Primeiramente, fale mais baixo Dulce. Sou uma pessoa pública e você está praticamente berrando sobre o beijo - Ordenou com a voz ríspida, olhando para os lados para ver se alguém estava prestando atenção na conversa alheia, todavia, todos estavam distraídos em suas conversas e bebidas. — Nós nos beijamos, porém, não sinto nada pelo Alfonso. Ele me beijou abruptamente e não teve como não corresponder. - Explicou como se justificasse mais para si do que para sua amiga. Dulce cerrou os olhos castanhos duvidando daquelas palavras. — Eu só beijei e ponto. Todavia, tudo que eu sentia por ele ficou no passado. Eu estou noiva do Charlie. - Argumentou com voz tranquila.

— Sinceramente, Annie, você pode negar o quanto quiser, dizer que não significou nada ou que não sente nada pelo Alfonso. Pode até ignorá-lo. - Contrapôs serenamente. Aquelas palavras seriam a profecia da vida dela. — Contudo, a atração, o desejo iminente que vocês sentem um pelo outro em algum momento de tanto ser ignorado, ocultado, vai explodir e vai ser colocado à fogo. E então nenhum ódio, rancor ou casamento vão impedir de vocês iniciarem um romance avassalador. - Esclareceu a observando sem desviar atenção dos olhos azuis os quais ficaram estupefatos diante a sua fala. — Eu sinto a atração de vocês, o clima fica diferente, fica pesado quando vocês estão no mesmo lugar, vocês são como dois ímãs que se atraem. E não vai demorar muito para que finalmente se assumem e se entreguem como antigamente. Nada e ninguém vai poder impedir isso. - Finalizou encostando-se na cadeira impassível bebendo um gole de seu cappuccino.

— Ah, por favor, Dulce, não delira. - Rebateu com a voz levemente alterada. Dulce sorriu brevemente. Aquela era a fase de negação. — Eu não me sinto atraída e nem tenho sentimentos por Alfonso. Eu estou noiva e gosto do Charlie. Não vou ter um caso com Herrera. Somente sinto um ódio profundo por ele e ponto. - Esclareceu com a voz falsamente calma, todavia, o seu coração pulsava diante aquelas palavras. Ela estava tenebrosa diante elas, pois tinha um imenso medo de serem verdadeiras. — Agora, com licença, porque tenho que voltar a empresa para trabalhar. - Falou erguendo-se da cadeira, pegando seu café e depositando um beijo na bochecha da ruiva. — E você está lendo muito livro de romance, mocinha. Sugiro que pare de ficar imaginando as coisas. - Avisou com breve sorriso antes de deixá-la sozinha na cafeteria.

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Durante todo o percurso até a sua empresa, Annie ficou com aquelas palavras a incomodando, a perturbando. Será que tudo aquilo que Dulce disse era a mais pura verdade? Ela depois de doze longos anos sentia alguma atração, ou pior algum sentimento por Alfonso? E se nutrisse algo era apenas uma questão de tempo para que se entregasse por completo para Poncho? Será que realmente quando estavam juntos havia uma iminente atração?

Droga, eram tantas perguntas sem nenhuma resposta plausível. E isso a estava deixando totalmente perdida.

Porém, havia algo que não poderia negar, ela sentiu algo diferente quando o beijou, algo que jamais sentiu com seu noivo. Era intenso, forte e viciante. Annie, também sentia algo inexplicável toda vez que ele se aproximava dela e a mesma sentia o seu cheiro intenso ou o seu hálito quente. Isso era um fato incontestável.

Todavia, todos esses fatos não eram suficientes para que a mesma sucumbisse ao Alfonso. Ele a magoou profundamente e ela não o perdoaria. Então, teria que ser mais forte e não resistir ao charme do Herrera.

Realmente, Dulce, estava lendo muitos livros de romance e estava imaginando sentimentos onde não existia. E nessa loucura, a sua amiga estava a deixando completamente maluca, é claro.

Contudo, ao entrar em sua sala a pessoa a qual não queria ver tão cedo se materializou ali e estava sentado no sofá no canto de sua sala, com uma postura descontraída trajando o seu terno de grife perfeitamente cortado. A única reação de Anahí foi ficar paralisada enquanto Poncho possuía um longo sorriso nos lábios.

— O quê faz aqui, Herrera? - Questionou Anahí com o semblante sério.

— O seu pai me pediu para que viesse aqui para juntos revermos a lista de possíveis sócios e acionistas da empresa. Porém, ao chegar e ver o seu escritório vazio, resolvi esperar você chegar. - Explicou serenamente ajeitando a sua gravata cinza como se o incomodasse e levantando-se em seguida.

Uma fúria lhe domou. Seu pai não havia pedido para Alfonso ir em sua sala apenas para ver uma maldita lista, aquele era um plano para que pudessem aproximá-la de Alfonso. Ele ainda continuava com a ideia delirante de fazer Poncho apaixonar-se novamente por ela.

— Eu saí para ver assuntos do meu casamento. - Esclareceu com os olhos azuis impassíveis. — E pode deixar que eu mesmo analiso essa lista. - Ordenou caminhando em direção a sua mesa e sentando-se na sua cadeira executiva.

— Mas, o seu casamento é só em dezembro e ainda estamos na metade do ano. - Expôs com uma sobrancelha erguida aproximado-se da mesa enquanto falava.

— O meu casamento só será em dezembro, porém tem muitas coisas a serem planejadas e resolvidas até lá. - Informou impaciente tentando não prolongar aquela conversa. — Você pode continuar o seu trabalho, eu mesma dou uma olhada nessa lista. - Determinou com a voz autoritária.

— O seu próprio pai me pediu para te ajudar nessa tarefa, então, não sairei daqui enquanto não terminarmos. - Esclareceu educadamente sentando-se em uma cadeira ao lado da mesma.

Nesse instante, a morena retraiu-se em seu assento, desejando mentalmente que Alfonso fosse embora e a deixasse sozinha com aquela maldita lista. Apesar de negar, a presença de Poncho lhe intimidava. Estar tão perto dele a deixava totalmente confusa e a mercê da sua colônia inebriante, da sua voz aveludada e o do seu hálito quente. E a mesma não sabia se conseguiria resistir a ele se o mesmo tentasse algo. Ela sentia-se fraca e impotente diante do Herrera assim como antigamente. 

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Após longas horas de trabalho, Anahí e Alfonso estavam quase terminando de analisar a interminável lista para alívio da morena. O todo tempo, a morena deu a sua total atenção aos papéis a sua frente, sem desviar atenção para um belo homem com olhos esmeraldas brilhosos ao seu lado. Além disso, Annie possuía um semblante pouco amistoso para evitar que Poncho aproveitasse a deixa para conversarem outro assunto.

— Me desculpe. - Pediu com a voz baixa inesperadamente. Annie juntou as suas sobrancelhas com a feição incompreensível. — Por ter te beijado. - Completou a observando intensamente. Annie, então correspondeu o olhar. — Não deveria ter te beijado, aquilo foi um erro. Me vi envolto pelas palavras, pelas lembranças e fiz aquilo por impulso. - Esclareceu com a voz estável, a qual não tinha nenhum resquício de sentimentos.

Annie engoliu seco diante aquela revelação. Com toda certeza ele estava se desculpando, pois sentia algum remorso ou arrependimento. A palavra erro ecoava em sua mente. Era aquilo que aquele beijo significava para ele, um evidente erro. Nada mais que aquilo.

Uma mágoa lhe dominou ao ouvir toda aquela explicação, entretanto, não poderia deixar aquele sentimento transparecer. Não para Alfonso Herrera. Talvez pudesse deixar vir à tona quando estivesse sozinha, para assim poder se inundar em suas próprias lágrimas.

— Também concordo que foi um terrível erro, Alfonso. - Rebateu com a voz segura. Poncho somente sorriu fraco desejando que ela não concordasse com seus argumentos. — Eu estou noiva. E nós ficamos envoltos naquele momento, todavia, sabia que não significou nada para mim. - Informou determinada em transformar aquelas palavras em verdade.

Alfonso, sentiu como se uma faca afiada estivesse atravessado seu coração. Apesar de sua vingança obscura, ele não conseguia esquecer o beijo que haviam compartilhado e esperava que Annie também não tivesse esquecido. No entanto, tudo desmoronou ao ouvir a confissão dela. O beijo não significou nada para ela.

— Para mim também não significou nada, pois tudo ficou no passado assim como o nosso amor. Prometo não beija-la mais. - Avisou com os olhos carregados de indiferença, desviando o olhar para os papéis novamente. Annie apenas meneou com a cabeça assimilando aquilo, tentando ficar com a feição neutra diante tudo aquilo que foi dito.

Todavia, apesar de suas expressões imparciais, seus corações sangravam em seu peito. Uma dor dilacerante lhe dominavam. Era quase insuportável e fingir indiferença era a pior parte.

— Ah, quase me esqueci de falar. - Disse subitamente antes de encerrar o assunto, piscando seus olhos para espantar as lágrimas que insistiam em aparecer. — Fui na feira de profissões do Miguel. - Comunicou com um breve sorriso.

— Eu sei. Na verdade, o Miguel me contou assim que chegou da escola. - Anunciou com um sorriso também. — Eu nunca o vi tão feliz e sorridente. Muito obrigado por ter ido. - Agradeceu com os olhos brilhosos de gratidão.

— Não precisa agradecer, eu sou o pai dele e é o mínimo que poderia fazer por ele. - Argumentou dando de ombro com um sorriso largo.

Nesse instante, como por destino eu diria, uma brisa suave adentrou na sala através da janela de vidro atrás deles. Com a entrada do ar, os inúmeros papéis que estavam em sua mesa voaram espalhando-se por debaixo da mesa para aflição do mesmos.

— Que droga. Os papéis. - Esbravejou a morena com a voz alterada, furiosa.

Annie, por impulso abaixou-se, ainda sentada na sua poltrona, e começou a pegar todos os papéis debaixo da sua mesa, não dando tempo e nem espaço para que Alfonso pudesse ajudá-la. E para que pudesse recolher todos, ela jogou o seu corpo para o lado para que assim pudesse alcançá-los. Entretanto, como estava totalmente distraída tentando pegá-los, Any estava praticamente colada ao corpo de Alfonso que ainda continuava intacto.

— Anahí. - Chamou Poncho com a voz severa. — Anahí? - Chamou mais uma vez não obtendo atenção da mesma. Ele queria alertá-la que a ela estava praticamente no colo dele enquanto pegava os papéis e isso o estava deixando-o desconfortável, no entanto, a morena continuou dispersa a tudo.

E quando finalmente conseguiu reuni-los em um monte, Annie ergueu a cabeça pronta para voltar a sua posição confortável, todavia, como estava muito próxima a Alfonso, praticamente unida a ele, ao erguer a sua cabeça deparou-se inesperadamente com a imensa protuberância dele.

Rapidamente, Annie sobressaltou-se ao ficar tão perto da sua protuberância, ainda mais porque ele estava tão volumoso. A fazendo lembrar-se instintivamente, das noites de amor, os quais eles tiveram no passado. Recordou-se do quão Alfonso era extremamente viril e fogoso na cama. E o cumprimento de seu membro fazia jus o quanto ele era ótimo sobre quatro paredes.

Entretanto, ao notar no que estava lembrando, Annie repreendeu-se imediatamente. E ao observar mais uma vez o seu membro tão perto de seu rosto, a mesma velozmente ergueu-se de súbito levando a sua cabeça de encontro com a mesa de escritório, causando um imenso barulho e dor.

— Ai, minha cabeça. - Exclamou levemente irritada encostando-se na cadeira, levando a mão onde doia.

— Com o barulho que fez e a força, com certeza deve ter se machucado muito. Deixe-me ver. - Pediu pacientemente. Annie abaixou a cabeça de novo e Alfonso analisou os seus cabelos castanhos sedosos. — Não está sangrando somente você ganhou uma montanha em sua cabeça. - Avisou em tom divertido afastando-se dela. Anahí, meneou com cabeça ainda confusa por todos os acontecimentos.

— Me desculpe por ter visto, bom, por ter visto você sabe o que... - Pediu com a feição ruborizada lembrando-se do ocorrido de poucos minutos atrás.

— Tudo bem. Foi um acidente. Eu tentei te avisar que você estava praticamente em cima mim, mas você estava muito distraída. - Respondeu com a voz tranquila, porém ele estava constrangido.

Uma luz surgiu na mente de Anahí naquele segundo. Talvez a protuberância dele estava tão grande, devido estar em cima dele no momento de recolher os papéis, e esse contato teria o excitado.

Diante da sua possível descoberta, a morena ruborizou ainda mais. Ele tinha ficado excitado por sua causa? Devido ela estar tão próximo dele?Anahí não pode deixar de sorrir ao saber que ainda causava esse efeito nele.

— Eu vou para minha sala, pois tenho que trabalhar. Tenha um bom dia. - Despediu-se cordialmente saindo vagarosamente da sala.

A morena sorriu ainda mais. Alfonso estava fugindo dela devido ao constrangimento. Ela exercia ainda algo nele depois de doze longos anos. 

Meninas, alguém com folego após essa cena? Bom, admito que tirei a ideia da Any dar de cara com o membro de Alfonso, de um livro que li, porque eu me diverti e ri muito dessa cena. 

Quero pedir desculpas por ter ficado alguns dias sem postar. Eu infelizmente durante essas três semanas em diante estarei em época de prova na faculdade (me desejem sorte porque vou precisar haha), então, já aviso, que não poderei postar com frequência. TENTAREI, postar dois ou três capítulos por semana, mas não vou fazer compromisso em relação a isso. 

Bom, finalmente o baile já é no próximo capitulo!!! Estou muito ansiosa para que vocês leem o que preparei para esse evento (ja aviso: serão TRÊS capitulo seguidos para o baile, ou seja, muitas coisas aconteceram). Deixem nos comentários a opnião de vcs sobre o que vai acontecer nesse baile!

Eu pretendendo postar mais um capitulo na quinta. Portanto, quero muitos comentários porque amados o tão esperado baile chegouu. Milhões de beijos, Bella.