Fanfic: Broken Hearts - AyA | Tema: Rebelde (RBD), Anahí e Alfonso, AyA

Anahí havia iniciado o seu trabalho no instante o qual os primeiros raios solares irradiaram Nova York. Ela, notoriamente, estava aprisionada em sua sala enquanto tornava-se refém de seu próprio trabalho naquela longa e interminável manhã. O relógio denunciava ser meio dia, tendo assim como resposta o seu estômago que implorava impetuosamente por comida.

A porta de seu escritório então abriu-se velozmente fazendo um barulho estrondoso, retirando a atenção da morena dos papéis a sua frente, fazendo-a observar a figura de seu pai a sua frente.

— Isso são modos de entrar na minha sala, pai? - Questionou Annie com a feição censurativa, logo voltando a sua atenção novamente aos papéis espalhados pela mesa.

— Pare agora o que você está fazendo e preste atenção em mim. - Ordenou Henrique fechando a porta atrás de si e caminhando até a poltrona vazia frente a mesa de sua filha. — Já tenho um plano para destruir Alfonso e o mandar embora para sempre de nossas vidas. - Relatou em tom entusiasmado.

— Sinceramente, no momento estou sobrecarregada de trabalho e não tenho tempo para escutar os seus planos. - Respondeu Anahí com desdém ignorando-o na tentativa de deixá-la em paz.

— Ora essa, se você deseja perder o Miguel para ele, então tudo bem. Todavia, não coloque a culpa em mim depois. - Alertou Henrique indiferente fingindo erguer de seu assento.

— Ta bom, pai, me diga o seu plano. - Disse a morena soltando um longo suspiro mirando-o à sua frente, dando lhe a sua total atenção.

— É simples, você vai se aproximar-se de Alfonso, fingir ser amiga dele, seduzi-lo e por último novamente quebrar o pobre coraçãozinho dele. - Explicou em tom divertido, com um longo sorriso maldoso nos lábios.

— Você fala como se fosse algo muito simples. Alfonso não é mais aquele pobre e inocente garoto, ele é muito esperto. Além disso, ele jamais cairia nesse seu plano, e nem se apaixonaria por mim novamente. - Alegou com a feição convicta. — Não depois de tudo que aconteceu. - Finalizou suspirando cansada dos planos mirabolantes de Henrique Portilla.

— Por favor, você é a Anahí Portilla, uma mulher poderosa, muito bela e sedutora. Se Alfonso nutriu por você algum sentimento no passado, é bem possível que volte a senti-lo, pois quando se ama alguém uma vez, pode se amar novamente. - Esclareceu tranquilamente. — Tenho certeza que consegue. E o nosso futuro, assim como o de Miguel depende disso. - Argumentou com o semblante preocupado.

— Mas pai, eu estou noiva, não posso me envolver com outro homem. - Contrapôs com se fosse um motivo óbvio.

— Ah, me cansei de você. - Relatou Henrique erguendo-se da poltrona com a voz alterada. — Se você quer perder o seu precioso filho, o problema é todo seu. Mas, estamos a beira da falência, e você sabe o quanto essa empresa é importante para mim. E não sei se você se lembra, mas foi você que me convenceu a assinar aqueles papéis para que Alfonso se tornasse sócio, ou seja, tudo será culpa sua. - Falou em tom dramático com os olhos azuis acusadores.

Henrique tinha consciência que suas chantagens e seu drama sempre funcionaria com Anahí. Então, bastava isso para convecê-la, era muito fácil.

— Pode parar com esse drama, pai. Eu vou fazer o que você está me pedindo, vou colocar esse plano em ação. - Declarou vencida. — Irei chamá-lo para almoçar neste exato momento. - Relatou erguendo-se de sua cadeira abandonando por algumas horas seu trabalho para alívio de seu pai.

💔

Anahí mirou-se no espelho mais uma última vez antes de revelar a sua entrada na sala de Alfonso. Verificou sua maquiagem discreta feita pela manhã e retocou o seu batom rosado distribuindo uma camada generosa em seus lábios. Após isso, guardou seu pequeno espelho em sua bolsa, respirou profundamente e em seguida, girou a maçaneta prateada anunciando a sua entrada no escritório de Alfonso.

Ao adentrar no ambiente, fechou a porta atrás de si e ao virar-se deparou-se com os olhos verdes confusos a mirando.

— Me desculpe interromper o seu trabalho, mas vim convidá-lo para almoçar comigo. - O intimou com um longo sorriso.

— Você? Anahí, me convidando para almoçar? - Indagou com a feição divertida. — Acho que você não se encontra em bom estado de saúde. - Completou soltando um pequeno riso.

— Ora, não menospreze o meu convite de tal maneira. Chega ser ofensivo. - Contrapôs fingindo expressão pesarosa. — Como é a sua primeira vez Nova York, pensei em chamá-lo para almoçarmos em um restaurante próximo daqui a qual a comida é excelente. - Argumentou aproximando-se da mesa onde estava Alfonso. — Por favor, aceite pelo nossos velhos. - Concluiu implorando com os olhos azuis brilhantes.

— Desculpe, entretanto, prefiro ficar aqui trabalhando. - Rebateu Alfonso com a expressão severa.

— Então, aceite pelo nosso filho. - Pediu forçando um sorriso genuíno.

— Agora você admite que ele também é meu filho? - Indagou com o semblante estupefato.

Anahí respirou profundamente. Alfonso já estava a deixando nervosa com aqueles argumentos negatórios. Ela estava prestes a desistir de ser benevolente, voltar para seu trabalho e não sair mais da sua sala, entretanto, precisava fazer aquele sacrifício pelo seu pai, havia prometo que seguiria aquele plano. Seu pai e seu filho dependiam daquele plano, a sua vida dependia daquilo.

Portanto, teria que ser uma ótima atriz e conquistar novamente o coração de Alfonso o qual um dia já pertenceu a ela. Talvez não fosse tão difícil conseguir assim, bastava somente ser antiga Anahí, a qual Alfonso amou. Todavia, havia somente um problema, uma falha, nesse plano: jamais conseguiria ser aquela Anahí meiga, alegre e dócil de antigamente, pois ela havia morrido no dia que deixou aquela pequena cidade com seu coração quebrado em pequenos pedaços.

— Olha, eu sei que tivemos um passado complicado e doloroso para ambos. Porém, por algum motivo você reapareceu em minha vida, e agora não somos só nós dois, temos o Miguel. - Iniciou a sua fala a expressão tranquila. — E por ele temos que resolver os nossos problemas, o nosso passado, e proporcionar um futuro tranquilo a ele. Então, penso que a melhor maneira seja recomeçarmos. Aceita almoçar comigo, assim podemos conversar e tentar resolver nossos assuntos pendentes. - Terminou com o olhar meigo, o qual foi o xeque mate para Alfonso aceitar.

— Você me convenceu, vou almoçar com você, mas só que em consideração ao nosso filho. - Pretextou com olhar sincero.

💔

Em uma mesa afastados da aglomeração a qual havia sobrecarregado o restaurante e bem distantes dos olhares interessados naquela cena a qual se sucedia, Anahí e Alfonso almoçava tranquilamente enquanto degustava um vinho importado.

As vozes entusiasmadas das pessoas aos seu redor, era o único som o qual soava no ambiente, já que, desde que haviam sentado em suas cadeiras, Anahí e Alfonso não havia dito nenhuma alguma palavra.

Após engolir uma garfada de seu risoli, Annie observou Alfonso o qual estava distraído com seu prato a sua frente. Perturbada pela falta de palavras entre eles, ela havia decidido conversar interrompendo assim o silêncio perturbador entre eles.

— Sinceramente, não suporto mais esse silêncio entre nós. - Iniciou tendo atenção dos olhos esmeraldas para si. — Para resolvermos os nossos problemas, temos que conversar. Então, vamos a primeira pergunta. - Houve uma hesitação por poucos segundos e logo em seguida ela perguntou motivada pela coragem — Por que você demorou dez anos para reaparecer na nossas vidas?

— Porque não queria reaparecer como aquele antigo Alfonso, o qual era tão pobre que às vezes passava fome. Queria aparecer quando tivesse bem sucedido, e preparado para conhecer meu filho. - Respondeu tranquilamente enquanto tomava um gole de seu vinho.

— Você não deveria ter vergonha de quem você era, pois mesmo vindo de uma família a qual tinha situação financeira precária, você sempre foi um garoto incrível. Dinheiro não é coisa mais importante do mundo. - Argumentou totalmente sincera. Aquela era uma genuína verdade para Anahí.

— É, mas isso não foi capaz de impedi-la de ir embora da minha vida. - Contrapôs ele com a voz severa e acusadora.

— Eu tive meus motivos, Alfonso. - Rebateu desviando o olhar, ajeitando-se na cadeira incomoda com o rumo que aquela conversa havia tomado.

— Motivos esses que nunca soube. Já que você foi embora sem ao menos despedir e se explicar. - Insistiu ele no assunto, inclinando-se para frente com os olhos verdes ávidos a qualquer detalhe a sua frente.

— E nunca saberá. - Respondeu Annie o mirando com olhos azuis convictos. — Vamos mudar de assunto, por favor. - Pediu bebendo um pouco de seu vinho na tentativa de tranquilizá-la.

— Ora essa, foi você que me chamou para esse almoço para assim falarmos de nosso passado. - Alegou a feição confusa.

— O passado o qual me referia não era o nosso e sim o Miguel. - Esclareceu com a voz dura. — Sobre o Miguel, eu não irei me importar de você se aproximar dele, porém, você em hipótese alguma pode dizer que você é o pai dele.

— E porque você mudou de ideia? - Questionou erguendo a sobrancelha tentando compreender as palavras daquela mulher a sua frente. — Há pouco dias atrás você não queria que eu me aproximasse dele. - Acusou com os olhos esmeraldas interessados.

— Porque o Miguel merece conhecer seu pai, ainda é cedo para isso, porém em alguma hora isso acontecerá. Até lá é importante, você sempre estar presente na vida dele. - Esclareceu consciente de suas palavras, as quais eram mentirosas. Ela usaria como alvo, o desejo o qual Alfonso nutria por Miguel de aproximar-se e tornar-se um verdadeiro pai para o menino. Aquilo provavelmente seria um ponto fraco dele e ela usaria utilizaria aquilo para conquistar os seus objetivos. Sem a mínima piedade. Naquele jogo apenas um poderia ganhar e ela já poderia ver a sua vitória.

Alfonso, analisou a mulher a sua frente, a qual sorria para ele. Precisava sempre estar atento às palavras e ações de seus alvos para nunca ser enganado pelos planos e armadilhas deles. No entanto, o desejo o qual assolava o coração dele ardemente era ter o seu filho sempre próximo dele, e ser chamado de pai pelo mesmo. Então, aquela era uma oportunidade a qual ele não poderia deixar escapar pelos seus dedos. Aceitaria sem pestanejar. Todavia, se fosse apenas uma armadilha de Anahí, ela teria responderia pelos seus atos. Já que o mesmo também tinha planos e cartas na manga.

— Eu acredito na sua palavra. - Falou a observando astuto. A morena respirou aliviada diante a sua resposta. — E obrigada. Acho que deveríamos esquecer tudo o que aconteceu, e tentarmos ser amigos em consideração ao nosso filho. - Sugeriu com um sorriso nos lábios. Aquilo era uma apenas estratégia para o seu plano.

— Sim, ótima ideia. - Respondeu com um sorriso mais longo ainda.

Anahí e Alfonso havia colocado em prática suas estratégias e seus planos em ação. Agora, nessa guerra somente um venceria. E eles já haviam colocado suas armaduras e estavam preparados para essa guerra.