Fanfic: Broken Hearts - AyA | Tema: Rebelde (RBD), Anahí e Alfonso, AyA

O clima de euforia irradiava no ambiente. A grama em sua perfeita tonalidade verde destacava-se, e o sol naquela tarde de domingo reluzia causando uma sensação febril em todos. A cada instante, pessoas ocupavam os seus lugares, superlotando o estádio. Anahí, observava com olhar inquieto para seu filho no campo de futebol, o qual se preparava para o jogo. Ela sentia o quão importante era para Miguel vencer aquele jogo, e vê-lo assim tão atormentado a atingia completamente.

Notando a nítida preocupação de sua amiga, Dulce, tomou uma das mãos de sua amiga, e a afegou em sinal apoio.

— Ei, não fica assim, vai dar tudo certo. - Falou com voz dócil. — Até parece que você esqueceu que o meu afilhado é um craque do futebol. - Disse em tom divertido.

— Ah, Dul, o que faria sem você. - Respondeu colocando a sua mão livre em cima da sua amiga com um longo sorriso.

No entanto, no momento o qual seus olhos azuis encontrou-se com os verdes esmeraldas, a sua postura descontraída alterou-se ficando apreensiva. Alfonso, caminhava em direção a eles, trajando um jeans e usando uma camiseta preta justa ressaltando os músculos, além daquele maldito sorriso sedutor nos lábios.

— Que ótimo, ele estava demorando para aparecer. - Sussurrou enquanto bufava.

Ao aproximar do lugar que estavam sentados, o mesmo cumprimentou todos e sentou-se ao lado de Anahí. Como se fosse algo completamente normal, Poncho analisou-a, contemplando com os olhos ávidos o seu vestido jeans justo de alças, o qual valorizava as suas curvas, observando em seguida suas belas pernas torneadas e definidas, e por fim seus sapatos prada na cor nude.

Logo, Annie, ruborizou devido aquela análise vagarosa do perturbador Alfonso Herrera.

Ela estava com a convicção que na noite anterior havia conseguido o intimidar com aquelas palavras após fingir que estava prestes a beijá-lo, porém, se havia algo que ela deveria aprender que nada intimidaria Alfonso Herrera.

— Desculpe, mas você perdeu algo aqui? - Questionou com a feição áspera.

— Não sei se te falaram mas você está estonteante hoje, senhorita Portilla. - Elogiou em tom galante exibindo um longo sorriso.

— Você está me cantando? - Esbravejou aumentando seu tom de voz. Aquilo havia chamado atenção de Dulce e Christopher para a conversa. — Você ficou maluco? Ficar assim me elogiando? Eu estou noiva, sou uma mulher comprometida, então, me respeite. - Ordenou com olhos azuis raivosos.

— Você estar noiva não me impede de enaltecer a sua beleza. - Argumentou com os olhos cintilando deleite. Aquilo fez, com que, consequentemente, Dulce e Christopher gargalharem e Anahí o fuzilasse de ódio. — Agora fica caladinha porque o jogo já vai começar. - Pediu voltando a sua atenção ao campo a sua frente deixando uma Anahí exasperada.

Rapidamente, a atenção de todos foi para o jogo que havia dado o seu início com o árbitro apitando. Annie, controlou a sua fúria pelo o homem o qual estava ao seu lado e observou o campo de futebol a sua frente torcendo mentalmente para que seu Miguel fizesse um belo gol.

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A aflição e o tormento domavam a todos ali presentes, pois o jogo estava quase no final do segundo tempo e nenhum dos times havia feito algum gol. Anahí, em desespero, estava até comendo um pouco de pipoca compartilhando-a com Alfonso. Ela orava mentalmente, para que o time do Miguel conseguisse ganhar, todavia, a vitória parecia quase impossível naquele momento.

No entanto, ao conseguir driblar a bola dos pés de um dos adversários, Miguel disparou a correr manuseando a bola em seus pés ao passo que desviava dos jogadores do outro time que tentavam frustradamente não deixá-lo ir em direção ao gol. Após, uma última driblada em um jogador, Miguel ficou finalmente frente a frente ao goleiro, e lembrou-se do ensinamento de Alfonso. Respirou-se profundamente, e fez menção que chutaria para o lado esquerdo, entretanto, no último instante desviou a direção da bola a levando para lado contrário marcando assim um belo gol. E logo em seguida, o árbitro apitou anunciando o fim do jogo.

E a plateia entrou em vibração, comemorando aquele belíssimo gol, assim como o time em campo, o qual erguia Miguel em total euforia. Miguel, havia se tornado definitivamente, o herói para seu time.

Anahí, da arquibancada notava o quão radiante seu filho estava sendo o centro das atenções. Seus olhos azuis reluziam de orgulho e felicidade. Mas, ao notar o moreno ao seu lado um sentimento lhe dominou ao ver um longo e imenso sorriso nos lábios dele, pois assim como ela, Alfonso reluzia emocionado.

E era por isso que, Annie sempre desejou um pai para Miguel, para que ele pudesse sentir o mesmo turbilhão de emoção que ela sentia, por serem pais daquela criança tão maravilhosa.

Ao perceber que estava sido observada rapidamente desviou o olhar de seu campo de visão e viu Miguel vir em sua direção. Imediatamente, desceu as arquibancadas encontrando-se com seu filho e recebendo dele um caloroso abraço.

— Filho, você foi demais. - Falou com a voz abalada pelas lágrimas as quais escorriam pelo seu delicado rosto. — Parabéns, meu querido.

Depois das palavras afetuosas, Miguel desprendeu-se do abraço sufocante de sua mãe e inesperadamente jogou-se nos braços Alfonso, o qual por instantes ficou petrificado pelo ato. Todavia, ao sentir o afeto o qual tinha naquele abraço, o mesmo sem pestanejar retribuiu aquele ato ficando assim ambos por alguns minutos. Lágrimas escorreram pela face de Alfonso, que há anos havia desejado aquilo.

— Parabéns, o seu gol foi o mais bonito que já vi. - Elogiou Alfonso não contendo as suas lágrimas. O coração impermeável de Alfonso tinha sido atingido pelo tufão chamado Miguel Portilla.

— E foi graças a você, porque você me ensinou a sua tática infalível. - Contrapôs com um longo sorriso dando uma piscada discreta ao moreno.

Ao soltar-se de Alfonso, o garoto foi abraçar agora seus padrinhos, e Alfonso aproveitou a deixa para limpar rapidamente as suas lágrimas. Não desejaria que ninguém as visse. Anahí ao seu lado, sentia-se incomodada pela cena a qual havia presenciado, o seu maior medo parecia estar realizando vendo Miguel tão próximo de Alfonso, aquilo seria um imenso problema.

Depois de toda comemoração, Anahí decidiu ir no restaurante favorito de Miguel e para sorte dela, Alfonso apesar do apelo insistente do garoto havia se recusado ir.

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Posteriormente ao jantar o qual havia sido repleto de comemorações, comidas deliciosas e sorrisos, Miguel estava deitado em sua confortável cama em seu quarto todo decorado nos tons em azul com branco combinando assim com a mobília que também possua a mesma cor. Anahí como sempre afagava seus cabelos loiros e contemplava o seu querido filho com um dos mais longos e belos sorrisos em sua feição.

— Mãe, o que você achou da minha performance no jogo? - Questionou com o olhar curioso. A curiosidade era o sobrenome de Miguel.

— O que eu achei? - Indagou fingindo o semblante pensativo . — Achei que foi demais. Maravilhoso. Espetacular. Esplêndido. Magnífico. Maravilhoso. Encantador. - A cada palavra dita a mesma espalhava pelo rosto do garoto vários beijos ao passo que ele gargalhava. — Ouso até dizer que você com certeza será o novo craque do futebol futuramente, querido. E olha que intuição de mãe nunca falha. - Concluiu entusiasmada após um último beijo na bochecha.

— Tomara que a senhora esteja certa. - Falou aumentando ainda mais seu sorriso. — E tudo isso foi devido ajuda do Alfonso. Ele me ensinou uma tática. - Sussurrou como se fosse um segredo enquanto gargalhava.

— Fico feliz por ele ter te ajudado, filho. - Esclareceu fingindo estar radiante,no entanto, por dentro um sentimento de aflição lhe domou.

— O Alfonso me disse que você e ele são amigos há muito tempo, é verdade? - Interrogou com os olhos verdes interessados e como resposta ela apenas concordou com a cabeça. — Há quanto tempo são amigos?

— Ah muito tempo, nem tem como dizer. - Respondeu com a voz neutra, aflita por mudar de assunto. — Você ligou para o tio Charlie para dar a notícia? - Questionou aliviada pela conversar ter mudado de direção.

— Sim, porém ele não atendeu. - Respondeu com a voz desgostosa.

— Ele não deve ter atendido porque deve estar ocupado no hospital. Amanhã você liga novamente. Mas, eu acho que já está na hora de dormir, pois está tarde, meu amor. - Esclareceu encostando levemente seu dedo no nariz pequeno dele.

— Ah, mãe, não quero. Estou sem sono. - Reclamou com a voz dócil enquanto fazia um biquinho fofo.

— Está muito tarde, querido, dorme. Amanhã você tem aula. - Pediu com a voz amável, fazendo carinho no rosto dele.

— Só durmo se me prometer que depois você vai levar e o Ted no central park para passear. - Exigiu com a voz ríspida. — Mas tem que ser você, nada de Peter.

— Ta bom, eu levo você para passear. - Respondeu vencida pela fofurice de seu filho com a expressão enfurecida.

— Promete? - Indagou erguendo a sua sobrancelha.

— Prometo. - Falou erguendo a sua mão como resposta. — Agora, dorme. Boa noite, meu filho. Eu te amo. - Despediu-se depositando um singelo beijo na testa de Miguel o fazendo fechar seus olhos verdes.

Antes de deixar o quarto, ela desligou a luz e fechou a porta deixando-o ali quase imerso em seus sonhos.

Annie continuou caminhando pelo imenso corredor a passos silenciosos, pois já se passava de meia noite e todos ali presentes estavam em um sono profundo. Ao aproximar-se da sacada naquele andar, ela ficou ali inerte vislumbrando o jardim abaixo de si. Entretanto, apesar de estar ali, Annie estava distante, submersa em seus pensamentos. Na verdade, ela pensava a todo instante no pedido de seu filho. Um sentimento de melancolia lhe dominou ao notar que estava na maioria das vezes ausente na vida de seu filho e aquele pedido foi apenas uma comprovação que aquilo era a verdade. Precisava fazer-se urgentemente mais presente na vida de Miguel. Não poderia perder o seu bem mais precioso assim.

Ela se esforçaria ao máximo para sempre estar na vida dele a partir de agora.

Como se fosse por mágica, uma voz conhecida e aveludada sobressaiu sobre o ambiente em silêncio fazendo com que Anahí petrificasse no lugar devido a sua aparição inesperada.

— Boa noite, Anahí. - Cumprimentou Alfonso educadamente.

— Que susto. - Disse levando a mão ao coração o qual estava disparado. — Não se assusta uma pessoa assim. Cadê os seus modos? - Questionou com a feição exaltada.

— Desculpe, mas eles ficaram no quarto. - Zombou com um leve sorriso no canto dos lábios, tendo como resposta o olhar azul fuzilador. — Vi você aqui sozinha e pensei em te fazer companhia. - Explicou ficando ao seu lado também observando o jardim.

— Bom, sinto muito, entretanto a sua companhia eu dispenso. Boa noite. - Contrapôs com semblante indiferente e fazendo menção de caminhar, entretanto, Poncho segurou seu braço interrompendo a sua fuga.

— Eu vi você conversando com Miguel e o colocando para dormir. - Esclareceu como se aquilo fosse resposta para ele estar ali.

— Ah, ótimo, além de ser mal educado também é bisbilhoteiro. - Acusou com a voz áspera revirando os olhos.

— Desculpa, mas não resistir em ver a cena de mãe e filho. - Contra argumentou em tom debochado. — Fique aqui, vamos conversar, lembra-se que no restaurante combinamos de nos aproximar-se e sermos amigos. — Pediu com a voz gentil. Droga, ela havia concordado com aquilo no dia que havia sido proposto.

— Eu fico, mas por favor, você poderia soltar o meu braço. - Solicitou com a voz amável.

Ao soltar o delicado braço dela, a mesma aproximou-se da sacada ficando lado a lado com o moreno.

— Hoje o Miguel foi incrível, jogando daquele jeito. - Aquilo não era uma pergunta e assim uma afirmação concreta dele.

— Sim foi, o Miguel é um garoto maravilhoso. - Falou com um brilho típico no olhar de uma mãe.

— Eu percebi. Como eu pude ficar tanto tempo longe do meu filho. - Disse com a voz pesarosa.

— Por favor, não diga isso aqui. Alguém pode escutar. - Contestou com a feição hostil.

— Olha, só porque estou hospedado em sua ilustre mansão, não vou medir as minhas palavras. - Contra atacou com a voz robusta a mirando. — E eu não entendo porque depois de 12 anos você esconde a verdade de Miguel. - A sua expressão estava indignada e seus olhos tinham um brilho sombrio. — O que você vem dizendo para ele todos esses anos? Qual foi a mentira? - Questionou erguendo as sobrancelhas em tom inquisidor.

— Eu disse que o pai dele era um cretino, pois na hora que soube da gravidez, ele foi embora. - Revelou dura sem mais delongas ficando frente a frente a ele.

Um sorriso irônico estendeu-se no rosto robusto do homem. Ele virou-se com um sorriso de escárnio e então voltou a mira-la com o semblante nervoso.

— Que eu sabia foi o contrário, foi você que foi embora sem se despedir e não o cretino do pai dele. - Rebateu aumentando a sua voz. — Aposto que você tenta sempre colocar Charlie no papel de pai.

— Ah, ótimo vamos voltar novamente nessa história. - Bufou com a feição nervosa. — E sim, na hora que eu me casar com Charlie ele se tornará pai de Miguel, você querendo ou não. - Respondeu convicta com um longo sorriso sarcástico. — Aliás, Charlie já está fazendo esse papel, pois Miguel o venera. - Finalizou, dando um gole final em Alfonso.

Os olhos azuis e verdes, fitavam, fuzilavam-se. Era um misto de ódio, fúria e ressentimento. E ali petrificados no olhar do outro uma guerra interna iniciava-se trazendo um passado distante tão ignorado por ambos para o presente.