Fanfic: Broken Hearts - AyA | Tema: Rebelde (RBD), Anahí e Alfonso, AyA

— Eu não estou me sentindo muito bem. - Falou a morena enquanto andava de um lado para o outro. — Não suporto ficar em lugares pequenos. - Esclareceu com a voz embriagada de pavor.

— Ficar andando de um lado para outro não vai resolver o seu problema. - Informou Alfonso encostando na parede de metal atrás de si. — A única solução é se acalmar- — Concluiu soltando um longo suspiro.

— Não ouse me pedir para ficar calma, Herrera. - Ordenou com a voz dura caminhando agora em direção ao moreno que contia uma expressão corporal serena para exasperação da mesma. — Isso só me faz ficar mais nervosa. Tenho claustrofobia, não suporto ficar em lugares fechados como esse. - Explicou com gestos com as mãos ao passo que aumentava seu tom de voz.

— Deu para perceber. - Respondeu dando de ombros. — Mas, ficar presa comigo deve estar sendo uma verdadeira tortura mesmo. - Disse e por fim um sorriso nasceu no canto de seus lábios.

— Cala boca. Você não está ajudando. - Pediu agora berrando. — Estou sem ar. - Declarou voltando a andar da direita a esquerda enquanto levava as mãos aos seus cabelos castanhos os alvorançando.

— Então, deixe-me ajudá-la a recuperar o ar.

Antes que Anahí pudesse esbravejar outras palavras, Alfonso havia sido mais ligeiro. A derrubou no chão metálico gelado e em seguida subiu em cima de seu frágil corpo. Após esse ato, ele aproximou-se suficiente do rosto de Annie que tinha uma expressão confusa e um ar quente saiu dos seus lábios convictos, o qual ele soprava espalhando-o em várias partes do delicado rosto da mesma.

— Ei, o que você está fazendo? - Indagou Annie aflita por tê-lo assim tão próximo de si.

— Estou apenas lhe dando ar para que você não morra presa aqui dentro comigo. - Respondeu tranquilamente continuando a soprar ar quente pela face dela.

— Me solta agora. - Esbravejou atingindo seu ápice de fúria.

Contudo, Poncho agarrou seus delicados braços os fazendo ficar ao lado do corpo dela, deixando-a ainda mais apavorada. Tê-lo ali em cima dela, tão próximo, sentindo o seu hálito a fazia ficar ainda mais sufocada. Anahí estava vulnerável a Alfonso e ela detestava isso.

— Para de se debater senão vou apertar ainda mais seu braço. - Avisou Poncho serenamente soprando pelo rosto da mesma. — Calma, senhorita, estou apenas lhe ajudando. - Falou sorrindo largamente, divertindo-se. Annie se debatia inutilmente debaixo dele.

— Sai de cima de mim. - Ordenou gritando tentando soltar-se das mãos robustas as que a prendiam. — A-G-O-R-A. - Soletrou em tom desesperado.

— Não te solto enquanto não ficar calma. - Comunicou a voz severa apertando ainda mais os braços dela.

Vendo que não conseguiria livrar-se daquela situação usando a força, Annie respirou profundamente, e tentou relaxar o corpo o qual estava agitado, controlando assim a sua fúria.

— Viu? Me acalmei. Agora será que você pode, por favor, sair de cima de mim? - Pediu com a voz ofegante.

Alfonso soltou os seus braços e aproximou-se ainda mais do rosto delicado dela. O peito de Annie subia e descia, e seu coração batia descompensado devido aquela aproximação perigosa. Sua respiração estava frenética, agitada. Seus olhos azuis cintilavam de ódio, incerteza, pavor. Um misto de todos aqueles sentimentos juntos. Os quais foram dignos de serem contemplados pelo olhar verde ávido.

— Você não me ouviu? Sai de cima de mim. - Mandou tentando forçar a sua voz, porém saiu somente um pedido fraco.

— Curioso. - Falou a expressão pensativa. — Porque você esta com a sua respiração tão agitada? - Questionou mirando o seu peito que subia e descia sob sua camisa social branca.

— Ora essa,não faça perguntas idiotas. - Rebateu soltando um riso irônico. — Porque você está apoiando todo o seu peso em cima de cima. E além disso, estamos nesse minúsculo lugar e eu tenho claustrofobia. - Explicou como se fosse algo óbvio.

— Pode ser isso. Mas também pode ser porque você ainda sente algo por mim. - Rebateu com um sorriso divertido. —E a minha presença assim tão próxima. - Interrompeu a sua sua fala colando suas testas, olhos azuis nos verdes e verdes no azuis. — Te deixe abalada. - Finalizou sussurrando a frase.

Anahí naquele instante ficou petrificada, a sua respiração ficou ainda mais descompensada misturando-se com a dele. Seu coração batia descontrolado em seu peito. Sua boca estava seca a procura dele.

Desde que havia conhecido Alfonso, aquele era o efeito que ele causava nela. Era incontrolável, inevitável e único. Jamais sentida por nenhum outro homem. Somente por ele. Era viciante. E ela lutava sempre para não sentir. Entretanto, era mais forte e poderoso. E apesar de terem passado doze anos esse sentimento parecia estar tão vivo quanto antigamente.

— Por favor, você acha que o sentia por você no passado ainda existe? - Indagou erguendo a sobrancelha controlando toda a sua vontade de jogar-se nos braços daquele homem maravilhoso o qual estava debruçado à sua frente — Não se iluda com isso porque o que eu sentia ficou no passado. - O olhar cintilante de Alfonso ficou obscuro naquele momento. — Agora com licença. - Concluiu empurrando com toda a sua força aquele corpo musculoso de cima dela.

O desejo de Anahí era naquele momento puxar novamente o corpo dele para cima de si, os unindo ate que não houvesse nenhum milimetro de distância que os separasse. E em seguida provar aqueles lábios que clamavam por ela, imergindo assim naquele profundo e sem volta abismo chamado Alfonso Herrera, no entanto, a razão lhe impedia daquele ato totalmente  louco e insensato. Não poderia se render a Alfonso como antigamente, não depois de tudo que ele havia feito. Havia imensa feridas na alma de Anahí as quais precisariam serem curadas antes dela entregar novamente seu coração.

Anahí sentou-se no chão e encostou o seu corpo na parede, passando as mãos pelos seus cabelos sedosos lutando contra a emoção, sentimentos que insistiam voltar a tona.

E do outro lado, Alfonso também tentava fazer o mesmo que Anahí, teria que bloquear todos aqueles sentimentos que lhe fizeram tão mal. Precisava ser o Alfonso impetuoso e ríspido de sempre.

— Me desculpa. - Murmurou Annie vencida pelos sentimentos. Alfonso imediatamente a encarou com os olhos verdes confusos. — Por ontem. - Elucidou em resposta após o moreno ter erguido uma das suas sobrancelhas — Você disse o que passou, o que sentiu por doze anos e eu simplesmente preferi ignorar. Pedi para não tocar mais no assunto do passado. - Disse com a voz frágil. Alfonso permaneceu em silêncio. — Sabia que tudo o que você sentiu, a dor, a tristeza, eu também senti intensamente. - Esclareceu o observando após um tempo mirar as portas à sua frente. Seus olhos azuis estavam marejados de lágrimas as quais ela insistia em aprisioná-las. — Eu entrei um abismo obscuro e profundo por anos. - Iniciou o seu relato encarando o chão lembrando-se o quão difícil foi aquela época.

— Annie. - Sussurrou Poncho tentando encontrar palavras para aquele momento.

— Pensei que não fosse sobreviver aquela dor dilacerante que sentia, entretanto, eu consegui, me reergui e todo esse tempo ignorei o passado pensando assim não sofrer novamente. - Houve uma pausa e suspiro doloroso. — Mas foi em vão, pois reapareceu na minha vida trazendo tudo à tona novamente. Então, vi que não conseguiria fugir novamente, teria que encarar de cabeça erguida, e por isso estou te pedindo desculpa por ter ignorado tudo .- Ela voltou a mira-lo e uma lágrima solitária escorreu em sua face.

— Obrigada. - Agradeceu tendo como resposta o olhar perturbado da morena. — Por você também dizer toda a verdade, o que você sentiu, pelo o que você passou. - A voz de Alfonso era serena. — Noite passada nem consegui dormir após revelar tudo e você simplesmente desprezar. Entretanto, agora sinto que podemos seguir em frente após ter esclarecido os nossos sentimentos. - Concluiu com um longo sorriso.

Nesse momento um sol alto chamou a atenção do casal que se encaravam com olhares cúmplices, e ao mirar o painel, os números começaram aparecer anunciando que o elevador havia voltado ao seu funcionamento habitual. Anahi soltou um suspiro aliviado assim como o moreno ao seu lado. Apesar de que ambos internamente desejavam ficar mais alguns segundos ali presos naquele cubículo.

Ao finalmente ter chegado no térreo e ter as portas abertas, Annie imediatamente saiu agradecendo mentalmente por estar livre novamente. Era realmente um bálsamo poder respirar o ar puro daquela noite libertando-se assim do hálito quente e do perfume inebriador de Alfonso Herrera.

— Droga, estou muito atrasada. - Praguejou após mirar seu relógio de pulso que marcava ser mais de sete da noite. Inesperadamente uma idéia atravessou a mente de Annie e então  sorriu em direção ao moreno que a analisava atenciosamente. — Estou indo buscar o Miguel no treino você quer ir comigo?

— Eu adoraria. - Respondeu ainda atônito pelo convite. 

 💔

Uma música alegre soava no ambiente. O cheiro de diversas comidas evidenciaram-se por meio do olfato das pessoas e o som de vozes sobressaiam no ambiente.

Como habitualmente naquela noite a lanchonete transbordavam de clientes. E sentados em uma mesa afastada da multidão, Anahí, Alfonso e Miguel saboreavam as comidas as suas frentes. Qualquer pessoa que os viesse ali sorridentes compartilhando a refeição naquela noite provavelmente pensaria que eles eram uma família unida e feliz, no entanto, havia um imenso abismo que os separavam daquele papel.

— Esse sanduíche está maravilhoso. - Murmurou Poncho com os olhos fechados, e com a expressão extasiada enquanto mastigava a comida.

— O sanduíche daqui é o melhor de Nova York. - Respondeu Miguel dando de ombros como se fosse óbvio.

— Então, como você foi o seu treino hoje, filho? - Questionou Annie ao passo que tomava um gole de seu suco.

— Foi bom, porém o próximo time que vamos jogar é ótimo, e estamos preocupados com isso. - Esclareceu o garoto em tom apreensivo.

— Não fique assim, vocês também são ótimos. - Disse Poncho rapidamente com um longo sorriso. — E se quiser eu posso treinar com você após a sua aula. - Ofereceu entusiasmado. Em resposta um longo sorriso estendeu-se no rosto do garoto. — Com meu treino garanto que você vai arrasar. - Afirmou piscando para Miguel.

— Eu iria adorar que você treinasse comigo. - Respondeu velozmente quase saltando de sua cadeira. O sorriso de Alfonso aumentou-se consideravelmente. — Vamos começar amanhã. - Miguel exigiu fingindo a voz dura.

— Como você quiser. - Falou levando as mãos aos cabelos loiros dele bagunçando-os levemente. 

Um som despertou-os do assunto chamando-lhes a sua atenção. Ao notar que era o seu celular  que tocava, Miguel o pegou do bolso e sorriu ao ver o nome "Charlie" escrito no visor.

— É o tio Charlie. - Revelou eufórico o menino.

— Há muito tempo o Miguel estava esperando essa ligação. - Explicou Annie observando seu filho levantar-se da cadeira e caminhar para um lugar mais reservado.

— Miguel gosta mesmo do Charlie, ne? - Indagou com pesar na voz ao passo que analisava o garoto em um canto falando disparado.

— Sim desde que o conheceu. Eu acho que ele viu no Charlie a figura masculina que sempre lhe faltou. - Expôs mordendo um pedaço de seu sanduíche, no entanto, ao notar a expressão lamentosa de Poncho algo lhe atingiu. — Me desculpe, as vezes falo sem pensar. Velhos hábitos não mudam, eu acho. - Desculpou-se com o semblante envergonhado.

Anahí há poucas horas atrás se divertiria ao tentar atingir Alfonso com a feição que Miguel possuia por Charlie, contudo após a conversa esclarecedora no elevador, ela por ora tentaria manter-se em paz com o moreno.

— Tudo bem. - Respondeu dando de ombros. 

O olhar de Alfonso foi em direção a Anahí que devorava a sua comida com o semblante tão maravilhado. E a cada mastigada um baixo suspiro saia por seus lábios rosados.

Ele não pode deixar de lembrar-se das tantas vezes que havia visto Annie com aquela expressão enquanto comia o seu sanduíche favorito. Vê-la assim tão extasiada lhe trazia doces recordações as quais pareciam estar muita vívidas em sua mente. 

— Há muito tempo que não via a devorar uma comida assim. - Falou ele imerso em suas lembranças — Acho que a última vez que a vi comer assim foi quando éramos adolescentes e amávamos ir naquela lanchonete no centro da cidade.

— Verdade. O sanduíche de lá era o melhor. - Relembrou após dar uma última mordida em sua comida.

Alfonso naquele instante não pode de notar um pequeno resquício de ketchup que havia ficado no canto dos lábios rosados de Anahí. Como por um impulso, ele pegou um guardanapo, inclinou-se sob o tampo da mesa e limpou vagarosamente o ketchup nos seus lábios.

No entanto, sem querer, um dos dedos tocou no rosto da morena fazendo com que a conexão palpável entre eles voltassem naquele segundo. Seus olhos se encontraram com dela, mergulhando em uma imensidão azul infinita. O ar para ambos pareceu escasso e um calor os atingiu impetuosamente. Como ímã seus olhares foram para as bocas do outro desejando ardentemente sentir o gosto dos lábios.

A razão impetuosamente atingiu Anahí, ela não deveria sentir algo por Alfonso, sentir desejo de beijá-lo ardemente, aquilo era errado. E ela havia decidido por ora dar uma trégua para ele, todavia essa trégua não implicaria em atirar-se nos braços do Herrera e ceder aos seus desejos.

— Obrigada por limpar. - Agradeceu afastando-se, encostando-se na cadeira fugindo rapidamente do toque quente dele.

— Não precisa agradecer. - Respondeu com sorriso tímido interrompendo a conexão entre eles. 

Meninas, perdão por ter ficado tanto tempo afastada. Mas fique sem internet por uns dias e depois eu mudei de casa, e com a mudança a minha vida virou uma verdadeira loucura. Porém, agora postarei sempreee. 

Gostaram do capitulo? O que acharam dessa aproximação de los`a??? Para quem quer mais cena deles "próximos" vai ter muitass cenas!!! Não esqueçam de comentar e favoritar. Esse é o meu incentivo para continuar. Nos vemos na quinta, mil beijos, Bella.