Fanfic: DESTINADOS/ Adaptada/ VONDY | Tema: VONDY

Pouco depois, chegaram uns servos com baldes de água quente e encheram as banheiras. Anahi não queria se afastar, mas Dulce, que precisava de um tempo sozinha, convenceu sua irmã a desfrutar do banho quente.

Quando ficou sozinha, enquanto olhava pela janela, Dulce pensou em Christopher. Em seus olhos duros e sua atitude desagradável. Onde estava o homem atencioso e carinhoso que ela julgara ver nele?

De repente, a porta se abriu. Diante dela surgiu Chiristopher, olhando-a com frieza que a fez tremer.

-Ainda não se banhou? -perguntou ele, fechando a porta e apoiando o corpo nela.

-Já me banharei -respondeu ela com indiferença.

-Um banho lhe cairia bem -disse ele, cruzando os braços diante do peito. 

O cabelo de Dulce estava emaranhado e seus olhos inchados. Teria chorado?

-Poderia tirar toda esa sujeira da estrada e parecer uma mulher bela e decente. Se bem que, creio que...

-Eu nunca permiti que ninguém me humilhasse, e não permitirei que você faça isso -afirmou ela, fechando os  punhos enquanto caminhava para ele.

-Não vai permitir? -perguntou ele sorrindo com desdém, embora seu coração palpitasse com força.

-Não vou permitir que me trate com o desprezo com que me tratou diante de todo mundo! -gritou Dulce, olhando para ele com fúria.

Isso o impressionou, mas ele se absteve de demonstrar. Sua mulher era desleal, uma mentirosa, e pagaria por isso.

-O que fizemos minha irmã e eu para receber tal tratamento?

"Por São Ninian, como a desejo", pensou Christopher antes de responder.

-Por acaso eu -disse Christopher, abrindo os braços teatralmente, -Lord Christopher Uckermann, tenho que lhe dar algum tipo de explicação por meus atos? -rugiu ele tentando acovardá-la com sua imensa altura -Querida esposa, não se esqueça de que tenho direito de tomar o que quiser, quando quiser e como me apetecer. -Assim como tenho o poder de desprezar o que me desagrada, me aborrece ou me engana.

-Eu o odeio! -Nunca na vida me senti tão humilhada! -gritou ela, sem se importar com quem a escutasse.

Sem poder controlar seus atos, Christopher a pegou pela nuca com sua mão enorme e calosa, puxou-a para si e a beijou, selvagem. Sem piedade. Ao se sentir usada, Dulce deu-lhe um pisão no pé tão forte que fez Christopher soltá-la e se fastar.

-Eu não sou uma dessas va/dias a que está acostumado! -Não me toque.

-Eu a tocarei quendo desejar, harpia! -exclamou ele, pegando-a de novo para beijá-la.

Mas soltou-a quando ela lhe  mordeu o lábio com raiva.

-É minha mulher durante um ano e um dia!

-Para minha desgraça! -gritou Dulce, olhando-o com frieza -Um ano e um dia. Nem um dia a mais! -afirmou, respirando com dificuldade.

Christopher tocou o lábio e, ao ver o sangue, sorriu para Dulce com maldade.

-Pelo menos eu sei o que posso esperar das va/dias- disse sem tocá-la -Eu esperava muito de você, mas me decepcionou como ninguém nunca se atreveu a fazer. -Eu pretendia cuidar de você e respeitá-la como julgava que merecia, mas acada  instante que passa percebo meu erro. Acreditei que era especial, mas você é como a maioria das va/dias que conheço, pior até considerando o sangue sassenach que corre em suas veias.

Ao dizer isso e ver a dor nos olhos de Dulce, Christopher odiou a si mesmo por suas palavras duras. Não devia ter dito aquilo. Mas o mal já estava feito.