Fanfic: DESTINADOS/ Adaptada/ VONDY | Tema: VONDY

A comitiva, depois de parar no la Lochy, retornou a marchar. Depois de beijar sua mulher, Christopher cavalgou para se juntar a Alfonso e Christian, que fizeram brincadeiras e debocharam dele por causa de seu sorriso reluzente. Dulce junto com Lucca,  que a abraçava com ternura, respondia dentro da carroça às perguntas de Anahi, inquieta e sorridente. Até que seus irmãos adormeceram.

-Sentirei falta de minhas terras -murmurou Briana

E sem hesitar em suas palavras, diante dos olhos incrédulos de DUlce, ela lhe contou o que havia acontecido com seu irmão e  seus pais.

-Sinto muito -disse Dulce, abraçando-a depois de escutá-la.

-Todos passamos por momentos difíceis na vida -respondeu Briana com sua voz doce -Anthony me contou que sua vida também não foi fácil.

-Sempre foi complicada -disse Dulce com calor.

Nesse momento, Anahi se leventou com rapidez, pegou um cesto e vomitou.

-Eca! -gritou Lucc, pulando para o lado. -Que nojo!

-Por São Ninian! -exclamou Dulce preocupada -Anahi! Está bem?

Com as feições acizentadas Anahi respondeu:

-Um pouco enjoada por causa da viagem.

-Evan! - Dulce chamou o guerreiro que conduzia a carroça -Lucca vai se sentar com você na frente. -e olhando para seu irmão indicou: -Comporte-se. Anahi não se sente bem.

-Levante-se -disse Briana, ajudando-a -O ar vai lhe fazer bem.

-O que tem? -Dulce assustada por ver sua irmã branca como leite -Não se sente ben?

-Não sei -respondeu Anahi, abanando-se para não vomitar de novo -Estou enjoada. -Deve ser de tanto chacoalhar.

-Não quero alarmá-la -comentou Briana, mas acredita que existe a possibilidade de que esteja grávida?

-Oh... meu Deus! -exclamou Anahi com um sorriso levando as mãos ao rosto.

-Impossível -esclareceu Dulce -Estamos casadas há  um mês apenas.

Nesse momento, abriu-se a cortininha da carroça. Era Christopher.

-Que cheiro é esse?

Não foi preciso responder. Anahi pegou o cesto de novo e vomitou. Christopher, ao ver a angústia de sua mulher, mandou pararem.

-Por que paramos? -perguntou Alfonso com estranheza, aproximando-se.

Dulce pegou sua bolsa com rapidez e respondeu:

-Preciso aquecer água. -Tenho que dar a Anahi algo para acalamar seu estômago.

-Sua mulher não está bem - respondeu Chiristopher.

Desceu do cavalo para ajudar as mulheres a sair da carroça, mas antes de chegar a sua esposa, ela mesma  pulou.

-Levarei homens. vamos trazer algo para comer. -Anunciou Christian.

E olhando para Lucca, perguntou:

-Quer vir conosco, mocinho?

-Posso ir Dulce? -perguntou ele olhando para a irmã.

Preocupada com Anahi, ela assentiu com a cabeça.

-Não se preocupe, milady. Irei com eles -disse Evan com rapidez, seguindo o grupo de vinte homens que se afastava.

Alfonso, ao ver a aparência de Anahi, pegou-a no colo e a sentou debaixo de uma grande árvore, preocupado.

Uma vez ali, Briana colocou panos frescos na testa de Anahi e disse a Alfonso que fosse com  os homens. Ela e Dulce cuidariam da moça.

Inquieto por causa de sua mulher, ele ordenou a seus homens que montassem o acampamento. Passariam a noite ali. Um pouco depois, Alfonso observou Dulce abrir sua bolsa e de um saquinho extrair alguns pós amarelos, que verteu na panela de água fervente. E então apesar dos protestos iniciais de Anahi, obrigou-a a beber.

Quando Alfonso viu que sua mulher se levantava, aproximou-se e,  pegando-a no colo, levou-a até a pequena tenda de lona crua que seus homens haviam montado. Briana se afastou com Anthony.

Dulce e Christopher se entreolharam e, sem precisar dizer nada, comunicaram-se. Com um sorriso nos lábios começaram a se aproximar, mas uns gritos vindos do bosque atraíram sua atenção e, então, várias flechas cortaram o ar diante deles.

Christopher amaldiçoou, voando para Dulce enquanto sacava sua espada.

-O que está acontecendo? -gritou ela ao se sentir arrebatada por ele. -Oh... John está caído! -sussurrou parqalizada ao ver o cozinheiro tombando a poucos metros dela com uma flecha cravada nas costas.

-Corra e não pare! -exclamou Christopher puxando-a, buscando a proteção das árvores. Ao ver que Alfonso corria para ele, disse: -Escute querida, tem que chegar à tenda onde está Anahi. Ali ficará segura. Não saia por nada, está bem?

Ela assentiu e, dando-lhe um beijo rápido, correu para a  tenda. Enquanto isso, Christopher gritava para seus homens, sem perder de vista sua esposa até vê-la entrar na tenda cercada por vários homens.

-O que está acontecendo? -sussurrou Anahi ao ver sua irmã aflita.

-Estamos sendo atacados! -Dulce respondeu, exausta por causa da  corrida.

Mas ao ver o horror nos olhos de sua irmã, disse:

-Oh, mas fique tranquila, nossos homens já tem tudo sob controle. Onde está sua espada?

-Está aí -sussurrou Anahi apontando para  um pequeno baú.

Dulce o abriu.

-Oh, meu Deus! -soluçou Briana, entrando nesse momento.

-Onde está Lucca? -perguntou Anahi, levantando-se.

-Foi com Christian, Evan e um grupo de guerreiros em  busca de comida.

-Que horror! -gritou Briana, histérica. -Quem são esses homens?

-Não sabemos. -Sente-se com Anahi, e, por favor, cale-se -pediu Dulce concentrada nos sons de fora, de onde procediam  gritos, barulho de metal e xingamentos.

Do lado de fora da tenda, Christopher, alfonso e seus homens  enfrentavam uma quadrilha de ladrões. O Falcão comandava a luta, mas vigiava para que a tenda onde estava sua mulher continuasse a salvo. Desejou que Christian não demorasse muito para voltar e se amaldiçoou ao perceber que seu autocontrole estava falhando.

Alfonso, que acabava de afundar  a espada no corpo de seu atacante, sentiu algo atravessar seu ombro. Uma flecha o havia atingido. Mas, tirando forças da própria dor, continuou lutando.

Quando Christopher notou que seu amigo estava ferido, correu em seu socorro. Tirando de cima dele um adversário, empurrou-o para trás de uma árvore para que pudessem descansaar bem protegido. Ele conhecia muito bem essa dor. A seguir, encarou outro ladrão que se aproximava com cara de louco. Recuperando o autocontrole, Christopher se concentrou no ataque, esquceu o resto e começou a lutar com sua ferocidade habitual que  tanto seus adversários temiam.

-Vou ter um troço se não sair daqui -disse Dulce, inquieta dentro da tenda.

-Não se atreva a sair! -gritou Anahi, bem no momento que um lado da tenda se abria cortado por uma  adaga.

Diante delas apareceu um homem baixinho, de aspecto rude e desalinhado.

-Pelas barbas de São Fergus! - riu ele, olhando para as mulheres com desejo -Os prisioneiros será bem substancioso desta vez.

-Se nos tocar -ameaçou Dulce, pondo-se na frente das outras duas -Juro que corto seu pescoço.

-Fala sério, mulherzinha? E fará isso sozinha ou acompanhada?

-Preferia acompanhada, mas, se tiver que fazê-lo sozinha tudo bem.

Para impressionar Dulce, o homem atacou com um movimento rápido. Mas quem se surpreendeu foi ele, quando Dulce o ameaçou com sua adaga, fazendo-o se afastar-se . O olhar sádico do adversário, já recuperado da surpresa, voltou a seu rosto.

-Tome cuidado, porque porcos como você não são adversários para mim -sibilou Dulce.

-Cadela! -gritou o homem.

E com todas as suas forças passou a atacar brutalmente Dulce. Ela, sem nenhum esforço, demonstrou que tinha muito mais agilidade e rapidez que ele.

Nessse momento, entrou um segundo homem. Era mais alto e mais jovem que o primeiro, e ao vê-lo lutar com a mulher, gritou:

Balducci! -Que diabos está fazendo?

-Quero levar esta como parte dos prisioneiros! -grunhiu o baixinho suado -Seu irmão me deu  permissão.

-O que vai levar é isto! -gritou Dulce, afundando sua espada no flanco do homem.

Com a espada suja de sangue, ela gritou para o recém  chegado:

-Se não quiser acabar igual, saia daqui agora mesmo!

-Fique tranquila cigana! -murmurou o mais alto enquanto ajudava seu companheiro a se levantar para sair da tenda -Gosto de sua coragem, mulher!

-Saia daqui antes que eu o mate ou chegue meu marido, Christopher Uckermann!

Ouvindo isso o ladrão ficou paralisado.

-Agora entendo.... é a mulher  de Uckermann! -rugiu o homem diante de Dulce que estava preparada para lutar de novo.

Mas um movimento de Briana a fez voltar a cabeça. Nesse momento, o mais jovem aproveitou para empurrá-la, tirar-lhe a espada e tomá-la, com sua arma na garganta dela.

Briana desmaiou e Anahi nem pensou:

-Se você se mexer, não terei outro remédio a não ser cortar este lindo pescoço -disse o alto com descaramento, pondo a mãos nos seios dela.

-Não toque em minha irmã! -gritou Anahi, aproximando-se.

-Volte a seu lugar, se não quiser ver rolar a linda cabeça de sua irmã -disse o homem. E perguntou a Dulce: -E você, de que  está rindo?

-Estou rindo só de pensar -murmurou ela olhando-o nos olhos enquanto trocava de mão  a adaga que anahi havia acabado de lhe dar ao se aproximar -Em seu sangue escorrendo de suas  veias.

E, apertando com força a adaga, cravou-a na última costela do homem, como Max lhe havia ensinado. Ao sentir a pontada, o jovem se mexeu, passando perigosamente a espada pelo pescoço de Dulce e  provocando um corte.

-Malditos sejam os Uckermann! -gemeu o bandido, convulsionando antes de  cair morto no chão.

-Dulce -soluçou Anahi ao ver-lhe o pescoço -Está sangrando!

-Fique tranquila. -É um corte pequeno, não se assuste. -sussurrou Dulce, notando o sangue correr por seu pescoço, mas sem deixar de apertar na mão a adaga ensaguentada.

Briana se sentou no chão repentinamente, mas, quando olhou para Dulce e viu o sangue, revirou os olhos de novo e caiu para trás.

-Sabe de uma coisa? -Dulce tentou sorrir para sua irmã preocupada, dando um pontapé no homem que havia falecido a seus pés -Em momentos comoestes, fico feliz por vovô ter nos criado como guerreiros, e não como mulheres assustadas.