Fanfic: DESTINADOS/ Adaptada/ VONDY | Tema: VONDY

-Eu sei! -suspirou ela, balançando o cabelo. -Có-có-có-có se contar a Christopher nunca mais falo com você na vida.

-Christopher não sabe que faz isso? -perguntou Christian, morrendo de rir pela graça de sua cunhada falando e fazendo coisas.

-Por todos os santos, Christian! -disse ela, levantando as mãos para o céu -Acha que seu  irmão me permitiria fazer isso?

-Está bem.... -concordo -assentiu ele, dobrado ao meio de tanto rir.

De repente parou de rir e olhou para ela, muito sério.

-Você disse que Maite também joga?

-Foi ela que nos ensinou -comentou Dulce com ar angelical -Sério, Christian não conte a Christopher, está bem?

-Eu lhe dou minha palavra -disse ele, pensando em Maite em pé no lombo de uma cavalo -Prometo que não direi nada.

E após uma tarde divertida voltaram os três ao castelo, onde Marlon sorriu ao veê-los retornar, ansioso por sua companhia.

No dia em que Christopher voltou de viagem, a recepção que sua mulher lhe deu encheu-lhe o coração de satisfação. E demonstrou a todos o amor que confessavam um ao outro. Apesar de que Christopher ainda não havia sido capaz de dizer as palavras que Dulce tanto desejava escutar: "eu te amo".

Durante dias desfrutaram de maravilhosos passeios pelos arredores de Donan. Certa manhã, Christopher a levou até um lugar onde os cervos passeavam com tranquilidade entre as árvores, e Dulce se assustou ao ver a agressividade dos machos lutando por suas fêmeas, desafiando seus rivais com poderosos rugidos.

Durante esses passeio, Dulce mostrou a seu marido sua destreza na arte de caçar, quando, em várias ocasiões, montada em Stoirm ou a pé pegava seu arco e flecha e, com uma facilidade incrível, atingia um coelho ou uma ave. Mas nunca repetiu o que havia feito diante de Christian. Sabia que seu marido não riria disso.

Outro dia, quando passavam por um pequeno lago, ela o surpreendeu ao dizer que aquele solo era úmido e perigoso, pois notara a presença de linho silvestre de folha estreita.

A felicidade que Marlon notava no rosto de seu neto aquecia seu coração. Em especial em duas ocasiões, quando a chuva e os trovões caíam com força e vira Dulce dançando e rindo debaixo d'água, enquanto Christopher alegre, apoiado na parede do castelo ficava encharcado observando-a e sorrindo.

Haviam ficado para trás seus silêncios prolongados olhando para o fogo, recordando marian, aquela mulher terrível que quase havia acabado com ele. Agora ele sorria muito e estava feliz - apesar das constantes discussões dos dois. Discussões que para Marlon eram divertidas.

O velho estava feliz com Dulce no castelo, mas ainda lhe parecia inacreditável que seu neto sério e rigoroso tivesse se apaixonado por aquela maluca, respondona e bem-humorada.

Christopher com o passar dos meses ainda se surpreendia observando sua linda mulher. Vê-la dançar com Christian e falar com Lucca ou rir com  Marlon enchia-o de felicidade.

Mas, apesar de amá-la muito, ainda era incapaz de permitir que essas palavras saíssem de su boca. Desejava dizer-lhe, mas o medo da dor o impedia. Por sua vez, Dulce, que vivia a melhor época de sua vida, sentia-se feliz e plena cercada por todos eles. às vezes observava disfarçadamente e via seu marido olhando-a.

Sabia que ele a observava, e por seus gestos, seus sorrisos ou seus beijos, sabia que ele desejava lhe dizer algo. Será que a amava? E se assim fosse, por que não dizia?

Em seus momentos de solidão, ela pensava nessa possibilidade, mas nunca falava sobre isso com ele. Sentia pânico com a possibilidade de ouvi-lo dizer que nunca a amaria. Em várias ocasiões pensou se Christopher teria contado ao avô que eram casados não diante dos olhos de Deus, e sim mediante um Handfasting, que acabaria em alguns meses.

E não podia evitar se perguntar se, passado esse tempo, Christopher ainda ia querer ficar com ela.

O inverno cruel chegou às Highlands. Quase tudo ficou coberto de neve. E a felicidade ficou completa quando certa manhã, Dulce recebeu uma carta de Anahi. Estava Grávida!

-Acho que plantarei algumas das minhas ervas aqui -disse Dulce a Sara.

Estavam em um pequeno terreno livre que havia atrás do castelo. E completou:

-Será um lugar ótimo.

-Será necessário fazer uma boa limpeza, milady -sugeriu Sara, olhando para o pedacinho de terra coberto de ervas daninhas e neve -Mas me parece um lugar sensacional. -Na primavera e no verão, o sol baterá boa parte do dia.

-Você conhece os benefícios das ervas?

-Não exatamente -sorriu Sara, andando ao lado de sua senhora -Até poucos anos atrás, Melvita, mãe de Morgana, era quem melhor conhecia os segredos das plantas. -mas, desde sua morte, Susan, a cozinheira, é a única que recorda que ervas utilizar para uma dor de barriga. -Por isso, milady, quando alguém aqui adoece gravemente, vamos até Inverness.

-A mãe de Morgana? -perguntou Dulce com estranheza -E Morgana não aprendeu com a mãe?

-Que ninguém nos ouça, milady -disse Sara, olhando ao redor -Mas creio que ela sabe mais do que diz.

Isso chamou atenção de Dulce. Afastando uma mecha preta de cabelo do rosto, perguntou:

-É mesmo? -Por que diz isso?

-Milady, eu não sou de acreditar nos falatórios  das pessoas - explicou Sara, incomodada pelo que havia dito -Mas vi coisas que me fazem acreditar no que digo.

Recolhendo seu vestido cinza, Dulce tornou a  perguntar;

-Coisas como o que?

Ao ver a moça, disse, tomando-lhe a mão:

-Ainda não confia em mim, Sara?

-Sim, milady. -Mas nunca contei isso a ninguém, apesar do que ouvi. -Há algum tempo, certa tarde, quando eu estava nas torres tomando ar -explicou a moça -Vi Morgana sair escondida com um saco, enterrou perto do lago. _no dia seguinte, fui até lá, levantei umas pedras, e dentro do saco - sussurrou baixinho -Encontrei colchas manchadas de sangue seco.- Dois dias depois, aquilo havia desaparecido do esconderijo.

-Sangue seco? -repetiu Dulce sem entender do que se tratava.

-Sim. -E ao ver aquilo, eu entendi muitas coisas -Ela deu de ombros pesarosa -Uma semana antes, Morgana passou vários dias indisposta. -Como tive pena porque ninguém se preocupava com ela, tentei ajudá-la e pouco que pude. -Recordo que uma tarde fui a seu quarto para lhe levar água fresca. -Morgana estava profundamente adormecida, mas, por sua cara, vi que estava com dor. -Assustada, aproximei-me e peguei um pedaço de linho limpo. -Enxuguei-lhe o suor da testa, mas vi que ela tremia -Fui atéa lareira para avivar o fogo. -Então, encontrei um recipiente que nunca havia visto antes. -Continha uma mistura grossa de odor pestilento. -Quando me afastei da lareira, vi em sua arca vários saquinhos abertos com diversas ervas. -Fui até um dos saquinhos e vi umas  pequenas flores secas amarelas agrupadas em buquezinhos, que exalavam um cheiro muito desagradável. -Então, Morgana começou a se mexer e, assustada, saí correndo do quarto.

-Não entendo -sussurrou Dulce, escutando-a com atenção -O que isso tem a ver com o que me contou antes?

-Eu creio -murmurou Sara -Que ela estava grávida. -E tomou algo para perder o bebê. -E as colchas com sangue que eu vi eram a prova de tudo isso.

-Por São Ninian! -disse Dulce surpresa -Acha que ela é capaz disso?

A jovem Sara, com um olhar grave, assentiu.

-Disso e de muito mais, milady. -Além do mais, tenho certeza de que ela aquece a cama do velho Marlon.

Dulce também tinha essa certeza, mas não queria falar disso.

-Como pode dizer isso?

-Quando limpo o quarto do velho, encontro cabelos loiros e longos entre os lençóis, além de um ou outro gram´p ou jóia que só ela tem. -Em muitas ocasiões, vi a xícara que Marlon tem no quarto manchada com restos de alguma beberagem e, sabendo que ela guarda em seu baú saquinhos com ervas eu...

-Oh, meu Deus!!! -sussurrou Dulce, horrorizada ao entender o que Sara queria lhe dizer. -Acha realmente que essa mulher seria capaz de fazer algo tão terrível?

-Com toda certeza, sim -Morgana é uma pessoa ambiciosa de riquezas e poder, e aúnica maneira de conseguir isso é por meio do velho Marlon, pois sabe que por Christopher e Christian nunca conseguirá.

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