Fanfic: DESTINADOS/ Adaptada/ VONDY | Tema: VONDY

Tendo adiado o máximo que pode a viagem, por fim Christopher decidiu partir com seu irmão, deixando Marlon e Dulce sozinhos no castelo.

-Serão apenas duas noites -disse Christopher sorrindo e brincando com sua mulher na cama.

Enquanto ele lhe fazia cócegas, ela esperneava, rindo.

-Tenho que ir. Fui informado de que ao leste de Stirling vários rebanhos de ovelhas pegaram sarna, e ontem tive notícias nada boas desses rebanhos. Por isso, preciso ver com meus próprio olhos o que está acontecendo.

-Tenho uma ideia -disse Dulce, montada em cima dele. -Por que não me leva com você e, assim, posso conhecer essa área também?

-Desta vez não pode ser querida -sorriu ele, maravilhado como sempre pela beleza selvagem e natural dela.

Ela estava sentada em cima dele, vestida somente com uma fina camisa de linho meio aberta, que deixava à mostra seu corpo esguio e seus se/ios redondos e duros.

-Mas prometo que da próxima vez eu a levarei.

-Há alguém ali que não deseja que conheça?-perguntou ela, mordendo o lábio.

Com um movimento, Christopher a fez rolar na cama até deixá-la debaixo dele.

-O que quer dizer com isso? --riu Christopher ao vê-la franzir a testa -Está se referindo a outra mulher? -perguntou ele com a voz rouca, mordendo-lhe o pescoço para fazê-la rir -Está com ciúme?

-Não! -disse ela, olhando- o nos olhos -Mas como nosso casamento acaba daqui alguns meses...

-Como pode pensar uma bobagem dessas? -disse ele, imobilizando-a sob si e olhando-a com seriedade -Eu não preciso de outra mulher que não seja você.

Só de pensar em perdê-la ele sofria, de modo que, com seblante preocupado, disse:

-Por acaso está pensando em acabar com nosso casamento, Dulce?

-Não em absoluto -sorriu ela ao sentir que ele ficava tenso. -Só estava comentando que o Handfasting acaba daqui a alguns meses.

-E se casará comigo de  novo -disse ele categórico.

E segurando-lhe os braços acima da cabeça, cravando seus olhos dourados lindos e inquietantes nela, disse:

-Não vou permitir que se afaste de mim.

Isso a animou. Apesar de não escutar de sua boca palavras românticas de amor.

-Então, pode ir com a certeza de que não ficarei com ciúme.

Sem querer mudar de assunto, Christopher, ainda em cima  ela, sussurrou:

-Pode ter certeza de que se casará comigo.

Ao vê-la sorrir. beijou-a e disse:

-Querida, eu lhe darei três razões para que não sinta ciúme: a primeira é que meus beijos são só para você; a segunda é que eu a adoro.

-E a terceira? -perguntou Dulce em um sussurro -Qual é a terceira?

-Ah... essa é a mais importante.

Riu sabendo que ela reclamria. E pegando-a pelos pulsos enquanto lhe abria as pernas, sussurrou:

-A terceira ainda não conheci ninguém que tenha a mesma cor de cabelo que meu cavalo.

-Como pode dizer isso? -gritou ela rindo.

E se abandonando em suas carícias, murmurou:

-Cada vez tenho mais certeza de que se casou comigo por causa de meu cabelo.

-Sim querida -suspirou ele, tornando-a beijá-la -Tem toda a razão.

Na manhã seguinte, junto com Marlon, Morgana e Lucca, Dulce, triste, mas com um sorriso nos lábios, despedia-se de Christopher. Ele piscou pra ela e saiua galope com alguns dos seus homens.

À tarde, ela desceu à cozinha mas, ao ver o constragimento da maioria das mulheres, voltou para o salão, onde ficou sentada olhando ao redor, sem saber realmente o que fazer.

Seus olhospousaram na tapeçaria horrorosa pendurada na lateral do salão diante da mesa principal. Essa tapeçaria de tons sinistros escurecia o lugar. além do mais, estava pendurada diante de umas janelas pequenas voltadas para a escada que levava aos quartos. Decidida, solicitou a ajuda de vários homens para tirá-la dali.

O salão se inundou de luz e deixou exposto um escudo de armas lavrado na própria pedra, que mais tarde ela soube que pertencia aos pais de Christopher.

-O que está acontedendo aqui? -disse Morgana ao entrar no salão -Por todos os diabos, quem ordenou que tirassem essa tapeçaria?

-Fui eu -respondeu Dulce, tirando o pó do cabelo -Algum problema?

-Essa tapeçaria -disse ela furiosa -Foi uma encomenda que Christopher fez a mim e a outra pessoa. -E creio que não vai agradar-lhe ver que tirou.

Dulce não estva disposta a dar o braço a torcer.

-Mas é horrorosa! -disse diante da mulher, fazendo rir os homens e as  mulheres que a recolhiam -Essa coisa feia foi Christopher quem encomendou?

-Sim - respondeu a mulher, muito digna, tossindo devido ao pó.

-Pois ele devia estar bebado -Dulce disse, e de novo fez rir todos os presentes.

Menos Morgana. Irada por sentir menosprezada, sendo que pretendia ser a senhora do castelo, a mulher voltou ao ataque.

-Ele sempre lhe teve muito apreço, porque foi Lady Marian e eu que a compramos.

Ouvindo isso, todos ficaram sem fala.

-Lady Marian? -Ah, sim... -respondeu Dulce, dissimulada.

Não queria dar a impressão de que não sabia nada dela - embora fosse verdade. E, sem pensar duas vezes, disse, conquistando a simpatia de todos os que estavam ali:

-Pois se foi ela que a comprou, mais uma razão para querê-la fora de minha vista. -Levem-na para algum lugar onde eu não a veja novamente, ou podem queimá-la.

Morgana sem acreditar diante daquela decisão, gritou:

-Deveria perguntar antes de tomar decisões!

Isso foi um desafio a Dulce, que se postando diante da mulher sibilou:

-Sinceramente, Morgana, duvido que, deva lhe perguntar alguma coisa, visto que a senhora deste castelo sou eu.

Cortou-a de tal forma que Morgana não sabia o que responder. A  humilhação que Morgana sentiu nesse momento foi tanta que, sem dizer nada, saiu espavorida do salão, deixando Dulce terrivelmente confusa e sem  saber se o que havia acabado de fazer estava certo ou errado.

Nauquela noite, quando Marlon apareceu e Dulce lhe contou o que havia acontecido, ele caiu na gargalhada, elogiando-a pelo bom gosto de ter tirado aquela coisa horrosa do salão. Essas palavras a deixaram mais tranquila. Saber que Marlon não  dava importância aquilo a fez intuir que Christopher também não se incomodaria.

No fim da noite, tendo sentido muito a ausência de Christopher, ela adormeceu, exausta. Até que sentiu alguém a chacoalhando para acordá-la.

-O que está acontecendo? -perguntou, mal humorada pelos chacoalhões. 

-Milady, acorde.

Era a voz de Sara, que chorava, assustada.

-Acorde por favor!

-Está bem -assentiu ao notar a angústia de Sara -O que  aconteceu?

-Uns homens estão mantendo o velho Marlon no salão - disse chorosa -Entraram de madrugada, capturaram as sentinelas, e estão destruindo o castelo.

-Como? -gritou Dulce, acordando de vez -E onde estão nossos homens?

-Alguns foram com seu marido,  e o resto está, em suas casas -disse Sara retorcendo as mãos -O problema é que esses homens tomaram os postos das sentinelas, e estão mandando constantemente os sinais necessários para que a guarda da aldeia continue tranquila.

-Temos que fazer algo para avisá-los -sussurrou Dulce, pensando no que fazer -Onde está Lucca?

-Em seu quarto dormindo.

-Por todos os santos, Sara! -exclamou Dulce, levantando-se da cama com o  cabelo revirado e vestindo um roupão azul -Não sei o que fazer!

-Oh, Deus -gemeu a criada, nervosa -Eles vão matar a todos nós.

Amarrando com força o cinto do roupão, Dulce disse.

-Marlon não consentiria.

-Milady, escutei um desses homens perguntar por você.

Olahndo-a com  rapidez, Dulce perguntou:

-Por mim?

-Sim -assentiu a moça asssustada -Aquele sem-vergonha disse: "Onde estáa morena que matou meu irmão e feriu um dos meus homens? -E pelo que os ouvi gritar esses homens devem conhê-la de alguma ataque apo´s o casamento.

Dulce, afastando o cabelo do rosto, assentiu.

-Creio que sei quem são - respondeu ao recordar os homens que o haviam atacado quando estavam na tenda de Alfonso.

Sem perder tempo, pegou sua espada.

-Quantos são?

-Eu vi uns vinte, e tenho medo de que matem o velho Marlon.

-Eu sei como sair sem que ninguém me veja -disse de súbito Lucca, atras delas.

-Lucca meu tesouro! -Dulce correu para abraçá-lo -Que faz acordado?

-Ouvi barulho e me levantei -confessou ele, olhando-as com impaciência -Ouviram? -Eu sei como sair sem ser visto.

-Como? -perguntou Dulce.

-Marlon me  mostrou que atrás da tapeçaria do quarto dele existe uma câmara secreta -informou o menino com osolhos arregalados. -Ele disse que utilizava a câmara quando precisava entrar ou sair com urgência no castelo para pegar as navegações, emm sua épocca de guerreiro.