Fanfic: DESTINADOS/ Adaptada/ VONDY | Tema: VONDY

Enquanto isso, sentia um nó no estômago ao recordar as palavras de Morgana: "Quando Lady Marian entrar neste castelo, Christopher a esquecerá"

-Creio que é melhor entrarmos -sorriu Lady Marian, melosa, situando-se entre Christopher e seu irmão.

Tocando a boca com ingenuidade, disse a Christopher:

-Tenho certeza de que sua mulher deseja tomar um banho para recuperar a dignidade perdida.

-Dignidade perdida? -disse Dulce, arregalando os olhos e buscando suplicante a ajuda do marido.

Mas, neste momento, ele só tinha olhos para a  outra mulher.

-Lady Dulce -observou Robert de Bruce com interesse -Sempre valorizei o excelente gosto de meu bom amigo Christopher para mulheres, de modo que não duvido de que sob toda essa sujeira que a cobre encontrarei uma bela mulher.

Essas palavras fizeram Christopher olhá-lo com advertência, coisa que Robert de Bruce notou.

-Espero agradar-lhe, meu senhor.

Dulce apontou para o castelo, controlando sua raiva e frustração e disse:

-Fariam o favor de entrar? -Tenho certeza de que Fiorna e Edwina já puseram cerveja bem gelada nas mesas.

Lady Marian dedicando a Christopher um olhar insinuante que fez Dulce ferver por dentro, entrou, seguida de seu irmão, Robert e Miller.

Neste momento, Christopher se dirigiu a Dulce ofendido:

-Como pode se apresentar assim? -rugiu ele indignado

-E você, como permitiu que essa arrogante dissesse que perdi minha dignidade? -gritou Dulce sem o escutar, magoada pelo que havia acontecido.

-Cale-se mulher! -Não insulte nossos convidados! -disse ele com uma expressão dura. -Não pode se comportar como o que é?

Confuso, ele não notou o estranho olhar que sua mulher lhe dirigia. A decepção e a desconfiança haviam se instalado em  seus olhos, mas ele não era capaz de enxergar.

-Volto ao meu lar, e em vez de encontrar uma mulher adorável, encontro pouco mais que uma mendiga que com sua aparência me envergonha diante de nosso rei e meus convidados.

-Christopher! -bradou o velho Marlon ao ouvi-lo.

Sua adoração crescente por Dulce não lhe permitia ouvir seu neto falar com ela com tanta dureza.

-Não é justo que fale assim com sua mulher, não vou permitir.

-Cale-se vovô! -Ela é minha mulher, e quem permite isso ou não sou eu.

Até sua mulher se encolheu diante de seu tom de sua voz feroz.

-O que não é justo é que ela me envergonhe constantemente.

Olhou para Dulce, que estava aturdida, e gritou, partindo seu coração:

-Acaso pretende que também  nosso rei ria de mim?

-Eu nuca faria isso -sussurrou ela, tão  magoada que era incapaz de pensar com clareza.

-Não grite com ela! - suplicou  Lucca de súbito, angustiado -Foi culpa minha! -Ela tentou me pegar para me levar a banheira e, sem querer, eu a derrubei  e a fiz cair no barro. Depois, ela me derrubou. -Eu joguei barro no cabelo dela, e ela esfregou lama no meu rosto, e....

-Por todos os santos! -murmurou Marlon, preocupado com a palidez de Dulce. -Porque fez isso Lucca?

-Porque estou cansado de ter que me lavar todos os dias- suspirou o menino -Ela gosta que eu cheire a flores.

-Melhor que cheirar a sujeira -disse Alfonso, com a intenção de aplacar os ânimos.

-Lucca -censurou-o Christian carinhosamente, vendo o olhar  duro que seu irmão dirigia a sua mulher -Dulce não merece que se comporte assim com ela.

O menino, assustado pela quietude de sua irmã mais velha, começou a chorar.

-Claro que não -disse Anahi, tomando a mão de sua irmã pálida -Não me parece certo que ela arque com a culpa do que  aconteceu -E olhando para Christopher -Eu conheço meu irmão, e creio que você também sabe como ele é. -Justamente por isso não devia falar assim com Dulce.