Fanfic: DESTINADOS/ Adaptada/ VONDY | Tema: VONDY

Voltando-se para Anahi, Christopher perguntou:

-Sabe aonde ela pode ter ido?

-Não sei -murmurou Anahi com os inchados de tanto chorar -Ela não me disse, mas tenho certeza de que ela sabia onde encontrar Lucca.

-Tem certeza de que ela não lhe disse? -perguntou Alfonso desesperado pela situação que se havia criado.

-Claro que tenho certeza! -gritou  Anahi, olhando-o com raiva -Acaso pensa que se eu soubesse onde está minha irmã não a ajudaria?

-Está bem meu tesouro. -Não fique assim -assentiu Alfonso

Christopher saiu pela porta principal. Desesperado, sem saber o que fazer, ele saiu para deixar que a chuva o ensopasse.

-Onde está, meu amor? -Aonde pode ter ído? -sussurrou com desespero enquanto os trovões não paravam de ressoar.

Após uma galopada extenuante, quando o sol começou a surgir Dulce chegou à pequena aldeia que Kieran lhe havia indicado. Os aldeões viram um cavaleiro em seu cavalo e, sem lhe dar muita atenção, pensaram que era apenas um jovem que passava por ali.

Com os nervos a flor da pele, ansiosa para saber se Lucca estava ali, ao descer de Stoirm entrou sem bater na casa indicada por Kieran.

-Bom dia -saudou com voz grave, sem tirar o capuz, para se fazer passar por um homem -Estou procurando Caleb Wallace

-Quem o procura? -perguntou o ruivo que afiava uma espada.

-Um parente de Lucca Philiphs -respondeu.

Viu o homem olhar para o fundo do aposento, como modo de advertência.

-Eu sou Caleb Wallace -disse o ruivo, deixando a espada sobre a mesa -Que quer de mim?

-Isto -disse ela, estendendo o mapa que Kieran lhe havia dado.

Jogando o capuz para trás, Dulce viu o ruivo medar de expressão ao escobrir que se tratava de uma mulher.

-Sou Dulce Uckermann. Ou melhor Dulce Philiphs, amiga de Kieran. Ele me disse que se o quisesse encontrar bastava vir até aqui.

-Graças a Deus! -sorriu o ruivo -Estávamos esperando por você.

Neste momento, o riso de Lucca chegou aos ouvidos de Dulce, que, com lágrimas nos olhos, se abaixou para receber o irmão.

Lucca correu para ela de braços abertos.

-Você veio Dulce! -sorriu Lucca, abraçando-a -Eu sabia que você me encontraria.

Petisco, o cachorro, correu para saudá-la.

-Nunca mais saia para ir a lado algum sem me avisar -censurou-o Dulce, apertando-o contra seu corpo -Está bem, meu tesouro?

-Tudo bem! -disse o menino -Não farei mais isso. -Eu sabia que me encontraria, por isso falei de Kieran em nossa última conversa.

Pegando um pequeno mapa parecido com o dela, Lucca disse com um sorriso que a desarmou:

-Lord Draco e eu chegamos sem nenhuma dificuldade. Caleb, ao ver que eu estava sozinho, decidiu esperar dois dias, caso alguém viesse me procurar.

-Obrigada, Caleb -disse Dulce com um sorriso, segurando com força a mão de seu irmão.

-Pareceu-me estranho que um menino tão pequeno não viesse acompanhado de um adulto -sorriu Caleb, notando a beleza daquela morena.

-Da última vez que falei com Kieran, ele me pediu que se um dia uma mulher e um menino me procurassem, que os ajudasse.

-Quando viu Kieran? -perguntou Dulce com curiosidade.

-Antes das fortes nevadas, milady. -Nõs nos conhecemos há muito tempo. -Embora não nos vejamos com frequência, sabemos que podemos contar um com o outro. -Há algum tempo, recebi uma carta ele: precisava de mim para resolver uns problemas referentes a seu irmão. -Fui em seu auxílio. -Então, ele mencionou que se algum de vocês aparecesse por aqui, devia ajudá-los e levá-los até ele.

Dulce suspirou e sorriu. Havia encontrado Lucca. Não queria pensar me mais nada.

-Então aonde devemos ir?

-Eu os levarei até perto de Aberdeen -respondeu o ruivo.

Ao ver a cara de cansada de Dulce, que parecia cansada com aquelas bolsas escuras sob os olhos, disse: 

-Creio que deveriam descansar esta noite. Amanhã, sairemos ao amanhecer.

-Não -negou ela rapidamente.

Queria se afastar o máximo possível de Christopher. Temia que ele a encontrasse e que de novo ela acreditasse nele.

-Prefiro partir quanto antes. -Mas preciso que envie uma carta a minha irmã Anahi dizendo-lhe que encontrei Lucca.

O ruivo assentiu.

-Para onde quer que envie?

-Ela está agora em Donan, mas ali vai ser difícil entregá-la. È melhor levá-la ao castelo de Urquhart.

-Não se preocupe, milady -assentiu Caleb, entregando-lhe um pedaço de papel -Amanhã mesmo essa carta estará no castelo. - Nós nos asseguramos de que os criados a encontrem e façam  a carta chegar quanto antes a sua irmã.

-Obrigada -Dulce disse.

E escreveu: "Lucca está comigo. Nós a amamos". Dobrou o papel e o entregou.

-Vou entregar sua carta a um dos homens agora mesmo -disse o ruivo.

E voltando-se para recolher suas coisas, acrescentou:

-Quando voltar, partiremos para Alberdeen.

Quando ficaram sozinhos, Lucca olhou para Dulce.

-Onde está seu cabelo? -perguntou com curiosidade -Teve que cortá-lo por causa das lêndeas?

Dulce sorriu.

-Não, meu tesouro. -Eu o cortei porque estava cansada de usá-lo tão comprido.

-Está mais bonita agora -disse Lucca, pondo atrás d aorelha dela uma mecha preta que lhe caía sobre o rosto -Tenho certeza de que se Christopher lhe visse agora iria se apaixonar de novo por você.

O coração de Dulce se apertou, mas sua mente respondeu:"Se antes não se apaixonou por mim, agora muito menos". Mas, com um sorriso, ajudou seu irmão a vestir o agasalho antes de sair de novo no clima gelado das Highlands.

*

Vários dias depois, após muita chuva e muito frio, chegaram a uma casa grande, onde as pessoas só viram entrar dois homens e uma criança. Caleb, que caminhava à frente, foi o primeiro a entrar no salão. Kieran escrevia sentado a uma mesa.

-Tem um pouco de cerveja para um amigo? -disse Caleb, surpreendendo-o.

-Caleb! -bem-vindo a sua casa -riu Kieran ao vê-lo.

Seu sorriso se coongelou ao ver atrás dele Dulce e o menino.

-Por todos os santos!

Passado o primeiro momento de confusão, Kieran abraçou Lucca, que rapidamente lhe contou como havia chegado a Caleb sozinho. Depois, Kieran pediu a seu amigo que levasse o menino até a cozinha para comer um pedaço de bolo.

-Venha aqui Dulce -sussurrou Kieran.

Ela sem poder conter mais seua dor, sua angústia e seu cansaço, jogou-se em seus braços para chorar desconsoladamente. Depois de  descarregar sua tristeza diante de Kieran, que a consolou com carinho. conseguiu parar de chorar.

-Não consigo acreditar no que está me contando. -disse Kieran -Como Christopher vai preferir viver com uma mulher como Marian a viver com você? -Ela o usou para chegar à cama de Robert de Bruce.

-Acredite -disse Dulce, enxugando as lágrimas -Porque é verdade. Ele a ama, sempre a amou, e já não há lugar para mim em sua vida e em sua casa. Por que ficar? -Acaso devo esperar que ele me humilhe diante de todos?

Para Kieran era difícil entender tudo aquilo.

-Dulce, é possível que esteja enganada -replicou, comovido ao vê-la tão arrasada e vulnerável. -Da última vez que falei com ele, Christopher admitiu que conhecer  você foi a melhor coisa que lhe aconteceu.

Escutar isso fez Dulce começar a chorar de novo.

-Pois lamento dizer que ele mentiu para você também -afirmou -Kieran, por favor, preciso que me esconda. -Faltam três meses para acabar o prazo de nosso Handfasting. -Quando passar esse tempo, quero voltar para Dunstaffnage. -Preciso esquecê-lo, tanto como ele a mim.

-Tem certeza? -perguntou Kieran, preocupado, com a falta de vitalidade nos olhos dela. -Creio que devia falar com ele. -Podemos lhe mandar uma carta dizendo que está aqui. -Tenho ceerteza de que Christopher a está procurando desesperado.

-Não quero que o avise! -ela gritou, recomeçando a chorar -Se vim, foi porque uma vez me disse que tinha em você um amigo para o que necessitasse. -Se não for assim, de nada  adianta que eu continue em sua casa.

Incapaz de negar-lhe ajuda, Kieran decidiu protegê-la, certo de que quando Christopher ou qualquer Uckermann soubesse, isso lhe acarretaria mais de um problema.

-Está bem, Dulce. -Eu a ajudarei -assentiu ele, tomando-lhe a mão -Quando anoitecer, eu a levarei a um lugar bem tranquilo onde ninguém a encontrará. -Mas, passados esses três meses, prometa-me que vai voltar a Dunstaffnage. -Não pode viver a vida toda escondida.

-Eu prometo, mas agora.... quero esquecê-lo! -ela gemeu, e começou a chorar de novo.

Kieran se sentia um tolo. Não sabia o que fazer para acabar com  tanto choro e soluços.

-Preciso esquecê-lo! -Eu o odeio!

-Fique tranquila, Dulce -sussurrou Kieran, abraçando-a com ternura.

Mas duvidava que Christopher realmente a quisesse esquecer.