Fanfic: Nuestro Amor - Portiñon | Tema: Rebelde, Portinon

ADAPTAÇÃO AUTORIZADA PELA AUTORA!

POV Dulce Maria

— Dulce! — Maite, minha melhor amiga entrou em meu quarto completamente animada e por um momento achei que ela havia ganhado na loteria — A agência de babás ligou e você tem uma entrevista de emprego.
— Legal — Deitei minha cabeça no travesseiro novamente. Eu estava feliz por ter aparecido uma entrevista de emprego sim, mas ficar animada como Maite, era exagero. — E por que o ânimo?
— Porque essa entrevista é nada mais nada menos que na casa de Anahí Portilla! — Ela gritou e eu arregalei os olhos, me sentando rapidamente na cama com as mãos na boca.
— Como é? — Gritei.
— Foi exatamente isso o que você ouviu.
— Mas como eles me chamaram para essa entrevista? Eu tenho tão pouco tempo de trabalho como babá. E eu sei que há tantas por aí que tem muitos anos disso, deveriam chamar elas.
— Dulce, nas três casas que você trabalhou os pais e as crianças sempre falaram muito bem de você. Sem contar que você tem um talento para crianças que parece até que você tem alguma magiazinha aí.
— Nada a ver, eu apenas amo crianças. Eu sou apenas eu quando estou com elas, não tem segredo nenhum. — Eu disse ainda incrédula com o que Maite havia me contado.
Eu nunca fui muito de ficar bajulando famosas e muito menos sonhava em ser uma ou invejava. Mas o fato de terem me selecionado para uma entrevista de emprego para cuidar da filha de Anahí Portilla era demais, e não fazia sentido nenhum em minha cabeça. Eu era uma simples babá, duvido muito que eu seja escolhida. Sei que há várias outras com muito mais competência do que eu, isso era óbvio.
— Não importa. O fato é que amanhã às 12h30min, você tem uma entrevista com Anahí Portilla. E eu tenho certeza que você será escolhida, eu posso até apostar isso. Você é pura como uma criança, Dulce. Não há ninguém no mundo com mais dom do que você, acredite.
— Tudo bem, tudo bem — Eu continuava não concordando com ela, mas resolvi não discutir e parar aquela conversa por aqui. Eu tinha que me preparar psicologicamente para o dia seguinte, ouvi dizerem que o olhar de Anahí intimida. E isso não deve ser nada confortável.
— Vai continuar aí olhando para o nada? — Maite me despertou de meus pensamentos e eu a olhei arqueando as sobrancelhas.
— Eu só acho que estou no meu quarto, May.
— Tudo bem, já entendi. Estou saindo. — Ela disse se retirando do meu quarto, me fazendo rir.

Parei em frente a enorme mansão e a admirei por um tempo, era incrivelmente linda e grande. Anahí Portilla era uma mulher de sorte e eu espero que ela saiba reconhecer isso. Aposto que apenas um cômodo dessa casa tem o tamanho do meu apartamento inteiro.
Ajeitei meu cabelo que estava preso em um rabo de cavalo antes de adentrar pelos portões da mansão, que estava escoltada com dois seguranças que pelo que eu percebi, já sabiam quem eu era assim que eu disse meu nome.
Por incrível que pareça, eu não estava com medo e muito menos nervosa. Minha calmaria estava me surpreendendo, e eu estava feliz por isso. Eu ficava imaginando como seria a menininha, já que não havia fotos recentes da menina e eu não faço a menor ideia do porquê. Já li em alguma revista, que a menina não morava mais com a mãe porque Anahí não tinha tempo para a pequena, por isso ela estava com a avó. Porém, o endereço da avó nunca foi descoberto, isso é, se realmente fosse verdade essa história.
A enorme porta da casa foi aberta assim que eu toquei o interfone. Fui atendida por uma senhora que parecia muito simpática.
— Olá, menina. — Ela disse sorridente. Sua voz era calma, me lembrava minha avó — Meu nome é Maria, sou eu quem cuida dessa casa. Você deve ser Dulce, a menina que irá fazer a entrevista com a Anahí para ser babá da Melanie, certo? — Me surpreendi com a informalidade de Maria quando ela citou o nome de Anahí. Pelo jeito deveria trabalhar aqui a muito tempo.
— Isso mesmo, senhora. — Sorri.
— Não, não. Não me chame de senhora, me chame apenas de Maria. Por favor.
— Tudo bem, Maria.
— Bem, entre. Fique à vontade. — Ela abriu passagem para que eu passasse e assim eu fiz — Eu irei chamar Anahí e Melanie.
— Obrigada. — Sorri tímida, e em seguida ela saiu. Me encolhi segurando minha pequena bolsa nas mãos e olhando tudo em minha volta. A sala era incrivelmente linda, nela havia uma tv gigante, o sofá era branco e as paredes também. Havia uma enorme janela ao lado da porta, onde era possível ver a rua e era a luz que atravessava a janela que fazia a sala ser bem iluminada. Se apenas a sala já me deixava boquiaberta, eu mal poderia esperar para ver os outros cômodos.
— Boa tarde — Fui despertada por uma voz feminina e olhei para escada que ficava a minha frente. Anahí descia as escadas sorridente, me olhando um pouco surpresa, talvez estava esperando alguém mais velho, mais experiente.
— Boa tarde, senhorita Anahí. — Estendi a mão para a mulher que agora estava em minha frente e ela apertou-a.
— Bem, resolvi descer sem a Mel, para lhe conhecer melhor. Quero saber direito quem irá cuidar dela. E devo adiantar que se contratada, você terá que passar a semana aqui.
— Até o final de semana? — Perguntei. Afinal, isso era uma prisão ou um trabalho?
— De preferência, sim. Você não será proibida de sair aos finais de semana, mas eu preferiria se você ficasse aqui também aos finais de semana. Eu pagarei a mais para você, se quiser. Eu tenho muitos afazeres, e muitas vezes preciso viajar, uma babá que fique até nos finais de semana seria maravilhoso.
— Bem, por mim tudo bem. Mas se eu sair poderei levar ela?
— Sim. Mas antes precisarei saber se você é realmente de confiança, nós sabemos bem que as coisas não estão fáceis ultimamente e eu como mãe, não posso te dar toda essa liberdade com a minha filha se lhe conhecer direito antes, certo? — Anahí estava séria, eu não conseguia decifrar nenhuma emoção em seu rosto. Não conseguia saber nem se ela estava gostando de mim.
— Concordo totalmente. Você está certíssima! Mas pode ter certeza que eu sou de confiança, senhorita Anahí.
— É isso que eu quero que você me mostre se for contratada, quero poder confiar em você — Ela continuava séria — Venha, sente-se aqui — Ela caminhou até o sofá e se sentou, me olhou esperando que eu fizesse o mesmo e eu fiz — Agora quero saber sobre você, não tive tempo de ler o currículo que mandaram para cá.
— Bem — Comecei — Meu nome é Dulce Saviñón. Tenho 19 anos, já trabalhei em 3 casas como babá. — Ela me interrompeu.
— E por que foi demitida?
— Todos se mudaram. Na última casa que eu trabalhei, até ganhei uma proposta do casal para que eu fosse com eles, mas eu não quis.
— Entendi.
Eu poderia apostar que Anahí tinha duvidado de mim, quando perguntou o porquê das minhas demissões. Ela deveria achar que eu deveria ter aprontado alguma e havia sido demitida com motivos, porém as coisas não haviam sido assim e eu não pude sentir se o "entendi" dela havia sido com "desconfiança" por ter pensado o contrário ou não.
Anahí parecia querer ser a dona da razão, seu ar superior e seu jeito sério me levavam a pensar isso. E eu poderia apostar que a mesma odiava ser contrariada.
— Por que você trabalha como babá? — Ela perguntou após algum tempo em silêncio.
— Eu amo crianças.
— Certo — Ela pareceu pensar um pouco — Irei chamar Melanie para lhe conhecer — Apenas assenti com a cabeça e ela se levantou e foi para o andar de cima.
Anahí parecia amar a filha e ser muito protetora. Daquelas mães que quase não vive sem ela, porém por causa do trabalho acaba sendo um pouco obrigada a ficar longe, e por isso quer uma babá que dê o carinho que ela poderia dar se estivesse presente todos os dias. Isso me fez admira-la.
Pude ouvir passos apressados da escada e me levantei, logo a menininha apareceu e estava sorridente. Ela sorriu ao me ver e correu até onde eu estava, erguendo os bracinhos, peguei-a no colo e ela me abraçou. Me assustei com a atitude da menina, mas sorri achando-a fofa.
— Meu nome é Melanie, mas me chame de Mel. E o seu?
— Meu nome é Dulce, mas pode me chamar de Dul. Quantos anos você tem, Mel?
— Eu tenho cinco. Nossa! — Ela segurou meu rosto — Como seus olhos são lindos — Ela olhava atentamente.
— Você acha? — Perguntei sem tirar o sorriso bobo do rosto.
— Acho sim, com toda a certeza.
— Seus olhos também são lindos, princesa. — Sorri, admirando-a. Mel parecia com sua mãe, os olhos eram da mesma cor e a cor do cabelo também. O sorriso também era parecido.
— Você acha mesmo? — Seus olhinhos brilhavam. Mel era adorável.
— Acho sim! Você é linda!
— Meu Deus! Mamãe precisa te contratar — Ela disse animada, me fazendo rir.
— E eu irei. — Assustei-me com a voz de Anahí e olhei na direção da escada onde ela estava parada cruzando os braços — Você está contratada, Dulce. Todas as babás que passaram por aqui nunca foram muito atenciosas com a Melanie, e você sim. Também nunca a vi tão animada. Está contratadíssima!
Melanie soltou um grito animada, me fazendo rir.
— Obrigada, senhorita Anahí.
— Espero que você não me decepcione — Ela disse ainda séria.
— Não irei — Disse convicta de minhas palavras.