Fanfics Brasil - Dulce Maria O Professor Vondy

Fanfic: O Professor Vondy | Tema: Romance + Hot 🔥


Capítulo: Dulce Maria

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Levantei a cabeça novamente surpresa com as palavras do meu professor. Ele sorriu com aquele canto dos lábios e eu perdi o foco. Seus olhos estavam tão profundos nos meus que foi
impossível não me deixar envolver.


-Você é linda, Dulce!


A intensidade das suas palavras e a forma como ele mantinha suas mãos em mim, uma em meu rosto, com seus dedos alcançando a minha nuca, e a outra em minhas costas, tomando-a completamente para si, me impulsionaram a fazer com que eu nunca acreditei que seria capaz.
Antes que qualquer pensamento pudesse me deter, meus lábios já estavam nos dele. Apenas o primeiro contato foi o suficiente para mandar uma descarga elétrica em meu corpo digna de uma
tempestade. Eu nunca tinha beijado antes. Nem um selinho. Nada. Porém os lábios do meu professor
eram tão macios que me davam a sensação de "lugar comum”.
Foi apenas um segundo suspenso no ar enquanto nossos lábios se encostavam. Um único segundo antes que a tempestade descarregasse em nós dois toda sua eletricidade. Não tive tempo nem
de pensar no que fazer. Seus lábios se movimentaram nos meus. Suaves e exigentes. Sugando. Experimentando. Logo depois um conjunto de ações quase me fez perder o equilíbrio.
Sua língua abriu passagem, reivindicando um pouco mais da minha. Não foi uma tarefa difícil devo deixar claro. Minha língua parecia ter vontade própria e experimentar o sabor da dele era algo
desejado muito antes de eu ter consciência disso.
Nosso beijo ficou mais intenso
No mesmo instante, suas mãos percorreram meu corpo. A que antes estava em minhas costas para me amparar, me explorava com paixão, colando-me a ele, enquanto a que estava em meu rosto prendia seus lábios nos meus. Como tudo o que é bom dura pouco... Esta é a lei da vida
O professor Uckermann se afastou e deu alguns passos para trás, ofegante. Ele parecia confuso e eu
embasbacada com tantas sensações diferentes.
Foi bom? Não. Foi perfeito!

-Desculpe! - ele não me olhava. - Isso não... Desculpe, Dulce! Eu não tinha este direito.


Não conseguia encontrar uma palavra que pudesse expressar o que queria dizer. Meu corpo gritava: "O quê? Deixe para se desculpar amanha e venha aqui terminar o que começou". Enquanto
minha mente me alertava que eu havia ultrapassado um limite importante e que, por causa disso, tudo
poderia piorar ainda mais.


-Tudo bem- foi só o que consegui dizer, já colocando meus óculos.


-Nâo. Nao está tudo bem. Isso não deveria estar acontecendo.


Eu não queria ouvir o que ele me diria. Não queria quebrar o encanto da sensação que formigava em meu corpo. Além do mais, já sabia o que ele diria e, com certeza, não seria de
nenhuma utilidade. Minha única vontade era: escrever. Com propriedade. Com conhecimento de
causa. Eu queria escrever sobre o primeiro beijo entre os meus personagens. Por isso preferi pegar a minha bolsa e fugir. Que se dane o que ele fosse pensar. Apenas não
podia perder aquele sentimento. Precisava transcrevê-lo
Abri a porta e ainda consegui ouvir um fraco "Dulce ", mas nem eu queria ser impedida nem o meu professor pretendia fazê-lo. Por isso ganhei a rua e tratei de andar o mais rápido possível.
Tenho certeza de que o porteiro não entendeu porque eu andava parecendo uma louca, mas abriu o portão e me deixou passar sem nenhum problema
Assim que virei a esquina parei para respirar. Arqueei o corpo e sustentei o meu peso com as mãos nos joelhos. Eu estava ofegante, meu corpo queimando, cheio de vida, de novas sensações
maravilhosas que me davam vontade de gritar, rir, correr e chorar, tudo ao mesmo tempo. Olhei para trás com medo de ele estar por perto. Não queria que o professor Uckermann me visse de uma forma tão fora de controle. Por isso resolvi continuar caminhando.
Andei de encontro ao meu carro e em nenhum momento achei que a distância, o calor abafado ou até mesmo o sol que por vezes se infiltrava entre os prédios, casas e árvores, nada disso poderia
tirar a sensação gostosa em meus lábios.


Meu. Deus!


Eu beijei! E nao beijei qualquer pessoa. Eu beijei o meu professor. Puta que pariu!
Mantive a mão nos lábios, os dedos acariciando a pele, como se quisesse manter o gosto, a sensação e a delicadeza dos dele. Tão macios. Quentes. Meu corpo estava estranho e meu estômago
parecia estar com problemas.
Ri sozinha e com vontade.
Corri para casa
Miranda estava sentada no sofá com dois livros abertos e um caderno no colo
Miranda era minha amiga desde que eu me entendo por gente. Ela está em minha vida há... Sei lá, minha vida toda? Sim, praticamente desde que nasci. Tínhamos a mesma idade e éramos absurdamente diferentes. Como ela era brasileira e baiana, possuía todos os atributos que uma mulher deseja. Seus cabelos cacheados eram bem tratados e desciam até a cintura. Sua pele era


bronzeada, assim como a do meu professor, só que Miranda não precisava de horas ao sol para
conseguir esta proeza. Os olhos grandes, castanhos como amêndoas possuíam uma expressividade
capaz de paralisar qualquer pessoa. O corpo era lindo, delineado, tudo em seu devido lugar, seios e
bunda na medida certa
Nós morávamos juntas e sozinhas, desde que fomos aprovadas na UERJ. Ela não sabia o que
cursar e acabou me acompanhando em letras, mas como não estava satisfeita, já planejava trabalhar
com o meu pai assim que terminasse o curso
Meus pais não moravam em lugar nenhum e em todos os lugares ao mesmo tempo. No momento
estavam estabelecidos em São Paulo, mas viajavam pelo mundo e nunca permaneciam muito tempo
em um mesmo lugar. Eles criaram Miranda que era filha de uma de suas empregadas de confiança, a
mesma que cuidava de mim quando eles precisavam viajar, ou seja, quase sempre
Quando tia Margarida morreu, isso quando tínhamos apenas 12 anos, meus pais assumiram
Miranda, afinal de contas eram os seus padrinhos
pressa chamou a sua atenção
respondi.


-Dulce, é sério! Aconteceu alguma coisa? Comeu alguma comida estragada?

Tentei ignorar a minha amiga e alcançar o meu objetivo o mais rápido possível, mas minha pressa chamou sua atenção.


-Onde é o incêndio? - gritou vendo-me passar correndo em direção ao meu quarto. Não respondi.


Sentei em minha cama puxando o notebook. Abri, digitei a senha, conectei o pen drive achei o arquivo e procurei a página certa.


-O que aconteceu? - Miranda já estava a minha porta. - Você está com uma cara ótima, apesar dos olhos vermelhos. Andou chorando ou fumando maconha?


-Nâo uso drogas, Miranda -revirei os olhos.


-Ok. Então estava chorando. O que aconteceu?


-Estou em um momento mega, hiper, criativo.


-Ah! Ok! Momento criativo "hot", ou momento criativo "dawn"?


Que doida! Tive que rir. Minha amiga era a melhor de todas as amigas que poderia existir, no entanto não podia contar que beijei o professor delícia dos seus sonhos. Seria uma traição imperdoável. Foi apenas um beijo, nada mais. Ela não precisava saber disso


-Jonathan ligou - ela aguardou alguma reação. Eu queria somente escrever. - Disse que não
vem hoje - balancei a cabeça concordando. - Ok! Vou deixá-la sozinha. Já vi que suas palavras estão
para o papel e nao para os ouvidos .


-Para o pen drive, para ser mais exata - ela riu e saiu fechando a porta
Jonathan, ou Johnny, como o chamávamos, era o meu outro lado.
Um amigo há tanto tempo
quanto Miranda, mas ele era mais novo, apesar de parecer mais velho. Tinha vinte anos e toda a confiança do meu pai.
Meus pais também eram seus padrinhos e a história dele era bem estranha. Eles estavam em São Paulo, em nossa casa, quando minha mãe notou a movimentação na ala dos empregados. Ao se aproximar percebeu a presença de uma criança que fazia a maior bagunça. Tinha apenas três anos estava todo sujo e comia tudo o que encontrava pela frente
Os empregados explicaram que ele apareceu na porta pedindo comida e que o porteiro o levou para dentro. Tiveram medo de que meus pais ficassem aborrecidos, então pretendiam apenas
alimentá-lo e o mandariam embora
Johnny não sabia quem eram os pais, onde morava, o que fazia ali. Não sabia nada. Meus pais chamaram a polícia, mas abrigaram o menino moreno de olhos negros que cativava a todos. Um
tempo depois, sem conseguir qualquer notícia sobre seus pais ou responsáveis, acabaram se acostumando com a sua presença.
Meu pai principalmente, que logo gostou de ter um menino andando atrás dele e copiando tudo o que ele fazia.
Imitando Miranda, Johnny passou a chamá-los de padrinhos e minha mãe não conseguiu mais se desfazer dele. Usando da sua influência conseguiram a guarda do garoto e desde então ele passou a
ser o meu cão de guarda, ou melhor-amigo-irmão-mais-velho, como eu costumava dizer.
Ele também morava no Rio e também estudava na UERJ, mas fazia administração, já que nunca
levou jeito para medicina, como meu pai queria. Não morava no mesmo apartamento que Miranda e
eu, outra regra louca do meu pai. Ele morava bem pertinho, algumas ruas antes, em um apartamento
que mais parecia um antro de festas e situações indecorosas.
Bem fez meu pai em nos manter em ambientes separados.
Suspirei pesado e me entreguei ao que minha mente tanto pedia. Eu ainda estava com as lembranças frescas e consegui colocar para fora toda a essência daquele beijo.


E que beijo!


O tempo passou e eu continuava escrevendo. Em poucas horas eu havia modificado os dois primeiros capítulos do meu romance. Tudo por causa de um beijo. Então esta era a chave? O
professor Uckermann tinha razão. Eu precisava viver os momentos. Somente imaginá-los não era o suficiente.
Só que o tempo corria contra mim. Se eu quisesse me formar, além de também provar ao arrogante do meu professor, que eu era capaz de escrever algo erótico, precisava correr. E foi o que
fiz. Não naquele dia. Escrever esgotava as minhas forças. Meu corpo implorava por descanso e minha mente por mais momentos de sonho com aquele beijo.
nviei o e-mail para que ele pudesse reavaliar os meus capítulos e me deitei.


No dia seguinte teríamos aula. Precisava repor minhas energias para mais uma batalha. Infelizmente Miranda não
estava disposta a me deixar com os meus sonhos, por isso a porta abriu e ela apareceu.


-Vou pedir uma pizza - sorriu como uma criança travessa. - Vegetariana. Topa?


-Eca!


-Eu preciso comer salada, então pizza com salada é tudo o que eu mais quero aqui - riu travessa


- Se Deus quisesse que eu comesse folha me faria um lagarto.


E começamos a rir.
A noite seria longa. 



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Autor(a): lalita_vondy

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 393



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  • aM.Dourado Postado em 14/04/2020 - 11:10:46

    Não acredito que vc desistiu mesmo de continuar a história

  • gaby.albuquerque Postado em 03/10/2019 - 22:52:37

    Cadê vc desistiu da fic? Estou mega ansiosa e curiosa não me deixa assim não plissssssssssssssssssssssssssssssss.... Continuaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa Logoooooooooooooooooooooooooooooo

  • mandinha.bb Postado em 21/08/2019 - 00:20:36

    Cadê vc desistiu da fic? Estou mega ansiosa e curiosa não me deixa assim não plissssssssssssssssssssssssssssssss.... Continuaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa Logoooooooooooooooooooooooooooooo

  • camilly Postado em 13/08/2019 - 10:38:54

    Continuaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa Plissssssssssssssssssssssssssssssss

  • carolcasti Postado em 31/07/2019 - 12:13:05

    Ansiosa e curiosa por mais.... Continuaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa Plissssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssss

  • julizinha... Postado em 31/07/2019 - 09:32:37

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  • mimila Postado em 22/07/2019 - 15:43:03

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  • linevondy Postado em 18/07/2019 - 09:38:23

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  • linevondy Postado em 18/07/2019 - 09:37:34

    Ucker Não querendo trair a Dul *--* awnn o homem está apaixonadoo

  • linevondy Postado em 18/07/2019 - 09:37:08

    Espero que essa conversa com os meninos não faça o Ucker terminar ou se distanciar da Dul con medo da mídia :/


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