Fanfic: Meio-irmão Anônimo *AyA*Ponny* | Tema: Ponny, AyA

Eu agarrei-lhe a cintura, segurando um pouco mais apertado, antes dele tirar uma mão do guidão e cobrir a minha mão.

Apenas esse pequeno toque teve o relaxamento em meu corpo, minha ansiedade diminuiu e a sensação de que isso estava certo, e ele também era certo, aumentou de novo e novamente.

Nós dois enfrentaríamos o futuro, porém era necessário enfrentar o presente.

Mas agora, era apenas ele e eu na parte de trás da sua moto, e eu meio que amava isso.

Mais tarde naquela noite, muito tempo depois do choque passado, e Alfonso ter me dado quatro alucinantes orgasmos... Eu relaxei no refúgio dos seus braços, com uma sensação de medo se enraizando na minha barriga.

— O casamento é amanhã.

— Sim. — ele respirou, com os dedos traçando círculos em volta do meu mamilo.

— Você vai embora, amanhã?

— Sim. — a palavra escapou de seus lábios sobre um suave sussurro.

— Eu já odeio o amanhã.

— Eu também.

As palavras se estenderam entre nós, com os pensamentos não ditos pendurados.

— Estar perdido com você foi algo espiritual, Anahí. Eu não sou o mesmo homem quando eu estou com você. Eu sou melhor.

Suas palavras eram como um espremedor para o meu coração.

Como nós chegamos aqui? Juntando os primeiros momentos roubados até o inevitável acidente e a queima do amor impossível?

— Eu nunca vi você vindo, preciosa. Você me pegou completamente de surpresa.

Eu me enrolei em seu corpo, ainda incapaz de lidar com a perda deste homem.

Lágrimas arderam em meus olhos, enquanto ele me colocou debaixo do braço pesado, acariciando o meu cabelo com os dedos calejados e sussurrando palavras doces em meu ouvido.

Tudo o que ele fez era para me fazer sentir melhor, mas de alguma forma ele fez pior.

Tudo piorou porque amanhã ele estava saindo, e o simples fato era que devíamos voltar para nossas vidas reais e esquecer que isso aconteceu.

Agora mais do que nunca.

Não podíamos nos apresentar às reuniões familiares de mãos dadas.

Não poderíamos viver sob o disfarce do amor, quando tanta disfunção cercava nosso relacionamento.

Acariciei o seu peito, desejando mais do que tudo que o que aconteceu hoje não tivesse acontecido, para que pudéssemos voltar a sermos nós mesmos, Anahí e Alfonso, dois estranhos que se encontraram em um bar e foderam em uma noite.

Mas, nós nunca seriamos apenas isso.

Nós éramos agora os meio-irmãos que haviam fodido, que haviam completado todas as peças desaparecidas e que se amavam?

Isso era verdade? Será que ele me ama?

Porque eu estava começando a pensar que eu poderia amá-lo, apenas quando tudo estava sendo desperdiçado?

— Um centavo pelos seus pensamentos.

— Apenas pensando demais novamente... — eu murmurei, tentando controlar as rachaduras da destruição em minha voz.

— Nós temos que treinar isso em você. — ele sussurrou suavemente, com a emoção fluindo através de suas palavras tanto quanto as minhas.

— É. — eu fiz uma careta e tentei desesperadamente não desmoronar em seus braços.

— Anahí? — ele murmurou contra a minha pele.

— Sim?

Seus dedos entrelaçaram nos meus, quando ele tomou seu tempo respondendo.

— Eu te amo mais do que eu pensei que eu poderia amar alguém. Eu só quero que você saiba disso.

Minha garganta doía com o caroço que eu estava tentando engolir, até que finalmente as barragens se romperam, e eu deixei algumas lágrimas teimosas escorrerem nas minhas bochechas.

Eu tentei escondê-las, mas não fiz um trabalho muito bom quando a umidade salgada em seu peito atraiu a atenção dele, para o meu rosto.

Ele me puxou para perto, com as mãos no meu cabelo, enquanto ele beijava as trilhas de lágrimas.

Alfonso virou o meu mundo de cabeça para baixo e acalmou o forte sentimento que apertava meu coração sempre que eu pensava em ele ir embora.

Ele conhecia a minha alma por dentro e por fora, e deixá-lo ir amanhã seria a coisa mais difícil que eu já tinha feito.