Fanfics Brasil - Capítulo Dez. Incontrolável |+18+|

Fanfic: Incontrolável |+18+| | Tema: Vondy


Capítulo: Capítulo Dez.

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Capítulo  Dez


Ficar em uma sala sozinha com Henry sempre foi o desejo da garota de vinte e um anos, que ele deixou pra trás como se fosse um mero objeto, mas a mulher de cinco anos depois não sente mais nada. Claro que, o ver e perceber a cara de surpresa a cada elogio, palavra ou até mesmo gesto que eu fazia era imperdível, mas nada que me abalasse.


Quando terminamos demorei meses pra superar que o cara que amei durante quatro anos e que me prometia estar sempre junto, era somente um mauricinho castigado pelos pais por ser um completo mimado.


Me lembro da humilhação que passei, das noites em claro, dos choros, de cada palavra de consolo que ouvi e acima de tudo; dos olhares de pena que tinha que aceitar de todos. Aquele olhar de “coitadinha” era a pior coisa, e principalmente quando se estar numa pior.


No momento em que o vi entrar procurei alguma sensação de carinho, qualquer vestígio, no entanto não havia nada. O olhei por completo e nada me trazia aquela sensação de aceleração do pulso, as famosas “borboletas no estômago”. Parecia que elas haviam morrido. Era como se ele fosse um desconhecido cujo rosto me lembrava alguém familiar.


- Depois de tantos anos, aqui estamos nós. – Me tirando dos meus pensamentos, escuto a voz dele;


- Pois é. – Sem saber o que dizer, respondo.


- Sentiu minha falta? – Pergunta cínico com aquele sorrisinho detestável, que escorria convencimento.


- Com certeza. – Confirmo irônica e me sento em sua frente. - Você não consegue nem ao menos imaginar quão difícil foi viver sem sua ilustre presença, afinal minha vida depende exclusivamente da sua existência. – Completo e dou meu melhor sorriso de deboche.


Debochada, eu? Com certeza, querido.


- Pode não ser agora, mas houve uma época em que sua vida dependia da minha ilustre presença. – Afirma e me olha desafiante.


- Não confunda felicidade com vida. Houve sim uma época, muito ridícula por sinal, em que minha felicidade dependia da sua. No entanto hoje reconheço a imaturidade em se pensar dessa forma e o quanto isso pode machucar alguém. Principalmente se ela contar com um namorado mimadinho de merda. – Dobro minhas pernas debaixo da mesa, e me acomodo mais na cadeira.


- Parece que alguém aqui não superou muito bem as coisas. – Provocante diz, porém automaticamente um sorriso espoca na minha garganta e a sala é tomada pelo som da minha gargalhada.


- Meu Deus, cara. – Começo no intervalo de um riso. - Como eu nunca percebi o tamanho do seu ego? Por que ele é infinitamente maior que você. – Paro de sorrir e enxugo algumas lágrimas que desceram. - Por favor, não confunda minha acidez como sinal de alguém que não superou, porque se teve uma coisa que fiz nesses cinco anos foi superar você. – Termino e o vejo me olhar desconfiado.


- Quer dizer que nem ao menos uma vez você pensou em mim? – Provocador me pergunta. - Alguém como eu não se supera fácil. – Afirma convencido.


- Confesso que no começo foi difícil superar, mas não você e sim meus sentimento envolvidos, afinal ninguém é insubstituível muito menos você. – Me levanto e vou em direção ao balcão com bebidas.


- Parece que esses cinco anos fizeram bem a sua confiança. – Dá uma pausa e olho em sua direção antes de colocar whisky em meu copo. - Até está se assemelhando a uma mulher segura. Pena que só se assemelha mesmo, afinal lá no fundo nós dois sabemos que você continua a mesma Dulce que deixei pra trás a cinco anos...- Antes que possa completar o interrompo.


- Sabe Henry, a garota de cinco anos atrás te achava um homem seguro e perfeito, mas a mulher de hoje sabe que você só aparenta mesmo. – Terminando de me servir e fechando a garrafa, começo. - Não passa de um mauricinho de merda que sempre foi mimado pelos pais e que nunca sequer sonhou em ter alguma responsabilidade, e foi justamente por ser esse molequezinho de merda que você foi parar nos Camorras. – Paro dando um gole na minha bebida. - E que continua o mesmo moleque de sempre que não se conforma em me ver bem e mudada, então fica ai sentado, se achando o próximo Don da máfia italiana procurando alguma insegurança ou coisa que me faça parecer a mesma de anos atrás, e que cada vez que ver que não há mais nada igual procura me atacar com palavras que sugerem uma intimidade que não temos mais, graças a Deus. – Termino e ando de volta em direção a mesa, onde ele ainda sentado me olha com a raiva estampada em seu rosto.


- Como se sente abrindo a perna pra um velhote? – Me xinga, mas sinto somente pena.


- Se hoje abro a perna pra um velhote é por que ele sabe fazer direito ao contrário de certos mauricinhos juvenis que não sabem nem por onde ir. – O provoco na mesma moeda, sem ligar em justificar que James e eu somos somente parceiros.


- Você ainda vai rastejar pra ser minha de novo. – Se levanta e afirma.


- Se é que algum dia eu fui. – Respondo dando novamente um gole no meu whisky.


- Espero que esteja tão autoconfiante assim quando eu votar contra sua liderança aos Camorra. – Diz se referindo a votação que seria feita caso eu viesse a assumir no lugar de James.


- Deveria saber que ameaças não me colocam medo, Henry. – Termino minha bebida e deixo o copo vazio repousar na mesa.


- Isso não foi uma ameaça, e sim um aviso. – Me corrigi raivoso.


- Gostaria de saber o que você ganha com tudo isso. Parece que foi você quem não superou nosso fim, o que é engraçado já que foi uma decisão sua que determinou que assim seria.– Me levanto ficando na altura dele.


- Ganho o prazer de saber que você não está tão poderosa quanto acha, por simplesmente abrir a perna pra um velhote que tem idade pra ser seu pai. – Responde e rio.


- James não é tão velho. – Afirmo risonha.


- Isso não interessa. – Me corta e fico calada o analisando. – Você não vai liderar os Camorra. – Afirma desafiante.


- É o que veremos.- Em mesmo tom respondo.


- Vai mesmo querer entrar nessa disputa de poder comigo?– Como se desconfiasse de que eu seria capaz de ganhar pergunta.- Nessa competição as apostas são altas, querida Dulce. – Debochado avisa.


Penso se de fato devo aceitar esse “desafio” afinal de contas, Henry é filho de associados e prometido da filha de um dos mais poderosos empresários aqui dentro, porém em contrapartida sou a queridinha de James, líder da maior organização dentro da máfia, além de ter feito em cinco anos um trabalho de pelo menos dez.


- Não entro pra disputar, mas sim com o prêmio já em mãos, querido. – Respondo provocante e percebo o arqueio de suas sobrancelhas em dúvida.


- É o que veremos. – Concorda se virando em direção a porta. - Espero que tenha boas armas, Dulce, pois não irei aliviar em nome de nossa história. – Diz de costas segurando a maçaneta da porta.


- O que você considera história, eu considero ser somente um capítulo. – Falo e o vejo sair em seguida.


Houve uma época em que o ver sair daquela forma me deixaria desesperada. Mas como eu mesma já disse; Outra época, não hoje e muito menos agora.


Sinto a porta abrir e viro em sua direção esperando que fosse James, porém me surpreendo ao ver o lobo mau, que dizer; Christopher. Me repreendo mentalmente por fazer uso desse apelido ridículo.


- Finalmente temos uma chance a sós. – Assim que adentra a sala, diz em tom malicioso.


- Parece que sim. – Incerta respondo.


- Quem diria que nos encontraríamos depois daquela noite? O mundo é mesmo muito pequeno. – Parecendo satisfeito dizia. O tempo todo seu tom de deboche e prazer não deixa de ser nítido.


- Para a infelicidade de muitos, sim. – Concordo e decido me sentar.


Puxo uma cadeira que estava colocada junto a mesa e me sento, automaticamente seus olhos parecem varrer o meu corpo. Me sinto inspecionada.


- Meu rosto é mais em cima. – Provocante digo, mas me censuro em seguida.


- Sei bem onde fica seu rosto, Dulce. – Afirma e desvia o olhar pra o meu rosto.


- Posso saber ao que devo a honra de sua ilustre companhia? – Deixo o deboche fluir mesmo que eu saiba não ser o mais adequado.


- Acredito que nossa conversa de outra noite não chegou a um fim justo. – Arqueia as sobrancelhas em desafio, o que me dá uma vontade louca de jogar o copo vazio naquele rostinho idiota.


- Então se trata disso? De dar um fim justo a nossa conversa? – Incrédula  pergunto.


- Digamos que esse é o caminho. – Não gosto do seu tom de voz; sinto um ar de mistério junto a um de certeza absoluta. Como se ele soubesse de algo que eu não tenho conhecimento.


- Christopher, né? – Pergunto querendo confirmar seu nome, quando na verdade já o sei. O faço como meio de conseguir mais tempo pra o que viria a seguir. - Gosto de jogar as claras. Se tem algo a dizer seja claro e objetivo. Não curto jogos as sombras. – Despejo tudo, logo depois que ele confirma seu nome.


- Gosto do seu jeito. É extremamente cativante. – Inicia sorridente, mas logo seu semblante fica sério. - Assim que terminou a reunião tive uma conversa estimulante com meu irmão, Christian. – Sinto minha atenção ser puxada diretamente.


- Devo acreditar que essa conversa é de meu interesse? – Sinto meu tom de voz hostil soar livremente.


- Claro. Afinal há uns meses atrás nossos pai nos chamou pra conversar sobre a proposta de um “recrutamento juvenil reformado” – Sinto um arrepio passar pelo meu corpo.- Parece que a nova administração dos Camorras propunha algumas mudanças no processo de recrutar esses jovens, mas o que mais foi surpreendente é que a organização já havia decidido seguir esse método a muito tempo. Só que agora desejava expandir essa proposta. – Ao final me vejo perdida.


Há alguns meses atrás, James e eu, havíamos discutido a ideia de propor umas alterações no recrutamento de jovens de todas as organizações da máfia, já que nos Camorra a proposta deu certo.


- Interessante isto, não? – Maldoso pergunta e tenho vontade de pular no pescoço desse imbecil.


- Muito. – Murmuro na falta de algo melhor a dizer.


Sinto que qualquer coisa que falasse seria o suficiente pra minha paciência ir pros ares.


- E sabe o mais interessante? Haverá uma reunião pra aprovar o projeto ou não. Da mesma forma que terá uma reunião pra a sua futura liderança nos Camorra, e acho que concordamos que seria uma pena que uma organização tão antiga caísse nas mãos erradas... – Seu tom de voz sugere ameaça e seus olhos um desafio. Era isso; o cara tava querendo me chantagear. Puta que pariu!


- Chantagem? É sério isso? – Faço minha maior cara de incredulidade. Não era possível que ele quisesse me chantagear. É muito surreal.


- Não chame de chantagem. Faz parecer sujo. – Seu tom demonstra uma zombaria incontestável. Grande filho da puta.


- E o que você ganha com isso, afinal não creio que sua “ chantagem” – Faço aspas com as mãos ao falar.- É simplesmente em busca de um fim justo pra uma conversinha de boate. – Tento desviar o assunto daquele caminho de ameaças.


- Claro que ganho; Vê o idiota do Lopez mordido. – Responde satisfeito com um sorriso hostil.- Só de pensar sinto até umas borboletinhas aqui dentro. – Afirma apontando pra sua barriga. O cara era pura ironia e deboche.


Mas pra infelicidade dele eu também era;


- Isso é paixão. Cuidado pra não tá se apaixonando pelo Henry. – Irônica inicio. - Ódio e amor vivem lado a lado. – Concluo e sorrio satisfeita em ver sua cara de raiva. Um ponto pra Dulcinha, aqui.


- Então temos um acordo... – Desvia da minha provocação.


- Que acordo? – Confusa pergunto.


-Você será minha acompanhante e em troca ganhará apoio infinito. – Responde, porém não me sinto convencida a aceitar.


- Tudo isso pra deixar Henry com raiva? – Sinto uma raiva subir pelo meu corpo.


- Não. – Nega sorridente.- Tudo isso pra vê o filho da puta pagar pelo que me fez. – Rancoroso esclarece, e na hora a história da noiva roubada me vem a cabeça.


Parece que ele não havia superado que Henry tivesse roubado a sua “prometida”, que pena. Mas me recuso a fazer parte disso!


- Caso eu não aceite? – Enquanto pergunto peço mentalmente que haja uma alternativa.


- Bom, caso não aceite os Camorra serão da liderança de Henry sem falar no recrutamento pra jovens, que talvez, e digo somente talvez, passe a não ser mais tão cordial com a vontade alheia. – A ameaça faz meu sangue correr rápido nas veias. Quem ele acha que é pra me ameaçar envolvendo a vida de várias outras pessoas?


- Você é um completo imbecil . – O xingo querendo correr de dar sua reposta.


- Pense bem, Dulce. Terá apoio ilimitado aqui dentro junto da liderança dos Camorra, tudo isso por bem dizer nada. – Mesmo com todas as ameaças ainda me sinto reclinada a recusar, até que ele dá sua cartada final; - Pense nas crianças daquele pobre orfanato, que poderiam ficar sem lar por um terrível descuido. – Entendo rapidamente sua ameaça.


Não havia alternativas.


- Eu seria somente sua acompanhante? – Conformada pergunto.


- Talvez algumas coisinhas a mais. – Sugestivo diz, e sinto uma raiva crescer em tamanha dimensão que dou um tapa em seu rosto.


Na hora fico preocupada, pois como num choque vejo seu rosto ficar vermelho com a marca de meus dedos a colorindo.


- Irei ignorar seu comportamento somente por que sei que gato selvagem quando intimidado costuma ferir. – Brincalhão afirma. Noto que apesar de aparentar calma seus olhos trazem raiva. - Espero sua reposta amanhã. – Dito isso parece ir em direção a porta, mas o chamo;


- Por que isso, Christopher? – O pergunto usando o seu nome.


- É uma questão de unir o útil e o agradável . – Dito isso sai e me deixa sozinha na sala.


Diferente de quando Henry saiu, me sinto um caco emocional. Pensar em todas aquelas crianças sem tetos era apavorante, e pensar os Camorra nas mãos de qualquer outro me parecia injusto.


A solução seria aceitar, mas decido que esperaria até amanhã. Até lá iria em busca de qualquer coisa que pudesse ajudar essa situação se reverter.


Como prometido segue abaixo as fotos dos personagens principais;


Christopher Alexander Uckermann


Ucker


Dulce Maria Saviñón


Dulce


Anahí Uckermann Castillo


Anahí


Alfonso Herrera Martinez


poncho


Maite Perroni Moretti


maite


Christian Uckermann Castillo:christian


Segue mais um capítulo com foto de cada personagem principal. Me desculpem pela demora, mas por conta da rotina muitas vezes fica difícil postar diariamente no entanto eu não irei abandonar a fanfic. 


Comentem!!



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Autor(a): Anja Candy

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Gente, tô passando aqui somente pra avisar que a fanfic não será cancelada e que ainda neste fim de semana terá capítulo novo(na verdade será dois capítulos.)  Estava afastada devido a uma correria que estava tendo na minha vida, mas graças a Deus estou pronta pra voltar a postar. Espero ansiosamente seus coment&a ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 94



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  • besavinon Postado em 28/04/2019 - 23:04:22

    Abandonou?

  • dulcete.vondy Postado em 14/02/2019 - 00:32:07

    porque abandonou :///

  • dulcete.vondy Postado em 23/01/2019 - 15:12:53

    Continuaaaaaa :/

  • dulcete.vondy Postado em 14/01/2019 - 23:27:16

    Continua por favorrrr

  • besavinon Postado em 11/01/2019 - 21:17:54

    Up

  • vitory07 Postado em 27/12/2018 - 10:37:22

    To amando essa história. Continua logo.

  • besavinon Postado em 25/11/2018 - 23:18:02

    Deu ruim, mano

  • capitania_12 Postado em 16/11/2018 - 23:40:04

    Continua

    • Anja Candy Postado em 17/11/2018 - 01:21:26

      Continuando!

  • 🌹Queen🌹 Postado em 14/11/2018 - 12:19:46

    Odeio a catherine , é isto , boa noite!

    • Anja Candy Postado em 17/11/2018 - 01:21:08

      Rainha, somos duas e devo dizer que ela ainda vai ser motivo de muito b.o!

  • besavinon Postado em 12/11/2018 - 22:10:27

    Barraco atual × ex Adorooooooooooooooo

    • Anja Candy Postado em 14/11/2018 - 00:01:23

      Gatinha, não foi dessa vez que teve barraco, mas lá na frente quem sabe? Agora é só um momento de reconhecimento do inimigo kkkkks eu adorei escrever esse momento...Adorei! Beijão!


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