Fanfics Brasil - Capítulo Dezenove. Incontrolável |+18+|

Fanfic: Incontrolável |+18+| | Tema: Vondy


Capítulo: Capítulo Dezenove.

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Capítulo Dezenove


- Bom dia, filha. – Escuto James me desejar assim que percebe minha entrada no escritório.


- Bom dia. – Retruco e caminho em sua direção me sentando na cadeira em sua frente.


- Melhor? – Pergunta desviando o olhar dos papeis em sua mão.


- Sim. – Respondo e faço uma pausa ao mesmo tempo em que ele retira os óculos, que usa somente pra leituras, e o coloca na mesa juntamente com os papeis de sua mão.


- Pronta pra conversar sobre o nada? – Mesmo usando seu tom compreensivo e despreocupado percebo que ainda sim, ele estava temoroso.


- Se eu disser que o nada é mesmo nada, você vai acreditar? – Tento usar meu tom brincalhão para evitar perguntas das quais eu sei que ele adoraria ter respostas.


- Sabemos que não...- Responde sério, mas logo vejo seu rosto se suavizar para que logo em seguida ele alcance minhas mãos, que estavam na mesa, e as junte com as suas.- Porém como bom pai me vejo na obrigação de lhe dá espaço. – Completa e sinto meus olhos marejarem.


Sei que parece besteira ficar com os olhos cheios d’água por uma simples fala, mas pra uma pessoa que cresceu em um orfanato e não tem muitas recordações desse tipo de afeto, isso; esse carinho verdadeiro recíproco era um redemoinho de sensações.


- Odeio você e  esse seu jeito paternal dos infernos. – Solto minha mão da dele pra que possa secar a lágrima que insistiu em descer.


- Sabemos o quanto você o odeia. – Afirma risonho, sabendo que no final tudo não passava de uma provocação. – Regina me disse que esteve no orfanato. – Comenta e se escora na mesa ficando apoiado na mesma e me olhando sentada.


- Sim. – Confirmo.- Acredita que a Alicia ficou mocinha? – Meio abobada pergunto, mas vejo a cara de vergonha dele e procuro segurar o riso.


- Era mesmo necessário eu saber disso? – Parecendo fielmente envergonhado pergunta.


- Sim. – Afirmo e o olho seriamente.- Precisamos conversar. – Solto o que finalmente eu tinha ido fazer ali.


- Precisamos mesmo. – Me olha e como se pensasse em como começar a conversa faz uma pausa, na qual seu rosto se contrai em uma expressão de desgosto.- Conversei com Victor sobre a sua indicação a líder dos Camorra. Devo dizer que não estou satisfeito com as possibilidades, mas estou feliz por saber que talvez possa deixar a gangue sabendo que ela está em boas mãos. – Termina dando um sorriso aliviado, mas algo muito sutil que mais parecia um tremor no lábio.


- James, pode falar toda a verdade. – Peço sabendo que havia muito mais por trás.


- Bom, como você sabe pra que possa assumir a gangue precisa que os outros integrantes concordem com a sua liderança, mas provavelmente você terá que ser submetida a testes físicos. – Olho em seu rosto e noto os sinais de aflição.


- Por mim tudo bem. – Despreocupadamente dou de ombros.


- Dulce, não estamos falando de um ritual comum de iniciação, mas sim o de liderança. Perto desses testes o de iniciação parece brincadeira. – Parecendo bravo diz, mas sei que no fundo tudo não passa de medo. Medo de que eu não possa suportar tudo aquilo de novo, e desta vez pior.


Penso no ritual de iniciação e me sinto temerosa. Não foi fácil passar por tudo aquilo; passar dias com fome, vê gente morrendo na sua frente, matar gente a sangue frio, levar todas aquelas surras e aguentar aqueles castigos físicos desumanos. No entanto não havia nada que eu pudesse fazer se não aceitar.


- James, eu sei bem que não vai ser fácil. Sei que terá momentos em que eu pensarei em desistir, no entanto quando eu entrei aqui estava disposta a ser a melhor seja lá no que fosse. Quem tá na chuva é pra se molhar. Eu não estou aqui a brincadeira, e vai ser isso que eu irei provar pra quem quer que seja. – Desabafo o olhando diretamente nos olhos buscando passar confiança a cada palavra dita.


- Tenho orgulho de você, menina. – Declara e me olha firmemente.- Mas nós dois sabemos que você não é essa durona que faz parecer. Você é puro coração, Dulce. Não entrou aqui por querer, mas por precisar. Entrou querendo salvar os que amava, mesmo eles não merecendo e é isso que me deixa admirado. – Aparentando estar com um bolo na garganta, termina e automaticamente me levanto rapidamente da cadeira e o abraço firmemente.


- Você é um pai pra mim. – Sussurro quando estamos abraçados.


- Você é minha filha, Dul. – Retruca.- Ainda irão marcar a data da reunião. – Avisa e sou um sorriso em seu ombro.


- Eu sei. – Afirmo.- Tente não morrer de preocupação até lá. – Brincalhona digo e sinto um sorriso se formar em meu ombro.


- Você é folgada, menina. – Declara e assinto apoiando minha cabeça em seu ombro.


(...)


- Mai, faz uns vinte minutos que você disse que tava saindo. Dá pra se apressar por favor? – Impaciente grito pra Maite, que parece estar se arrumando pra um desfile invés do que pra uma academia.


- Culpa sua. Por mim íamos na academia do condomínio. Não sei pra que vamos pra a academia do galpão. – Grita de dentro do banheiro e reviro os olhos.


Fazia quase uma hora que ela havia me mandado uma mensagem pra que fossemos a academia, o problema é que ela queria ir para a que ficava no condomínio, mas eu queria ir pra do galpão.


- Na próxima vamos para a do condomínio, satisfeita? – Grito de volta e decido fazer um rabo de cavalo alto no meu cabelo enquanto me analiso no espelho de fora do banheiro.


- Acho bom mesmo. – Diz saindo do banheiro e parando pra se olhar no espelho. Ela usava uma calça aranha preta de tecido bolha, que se agarrava totalmente ao corpo dela e um top preto frente única do mesmo tecido que completava o conjunto com a calça e os tênis de malhar dela.


- Pronta? – Pergunto ao ver que ela terminou de prender o cabelo em um rabo de cavalo igual ao meu.


- Si... – Para de falar ao me olhar da cabeça aos pés, porém finjo não entender seu olhar de espanto.


- Que foi, Maite? – Reviro os olhos e ponho a mão na cintura com impaciência.


- Tu vai malhar vestida assim? – Aponta na direção da minha roupa parecendo chocada e dou uma risada.


Me olho no espelho e não vejo nada demais. Estava usando um short fitness preto curto e um top frente única também preto igual ao dela com um tênis pra malhar.


- Não vejo nada demais aqui. – Aviso e desvio o olhar do espelho pra que pudesse olhar pra ela.


- Tu é uma vadia mesmo, Dulce Maria. – Declara risonha e saímos juntas do banheiro carregando nossas bolsas de academia.


No caminho apostamos corrida; eu com a minha kawasaki ninja 650 e ela com a dela. Devo dizer que quase ganhei da vadia, porém ela tinha pego um atalho saindo na frente.


- Trapaceira. – A xingo enquanto desço da moto e tiro o capacete.


- Esperta, isso sim. – Me corrigi dando língua e indo na minha frente até o galpão.


Entramos e depois de nos aquecermos um pouco fomos pra as esteiras que ficavam lado a lado. Passamos quase uma hora malhando pra porra, até que meu telefone apita avisando que tinha chegado uma mensagem no WhatsApp.


Alguém já falou que você fica uma gostosa com esse short?


P.S: Ainda espero a resposta da minha mensagem.”


 Leio e fico em choque ao perceber que a mensagem era de Christopher, mas fico ainda pior quando noto que ele deveria estar ali. Maite percebe minha cara de espanto, e por estar ao meu lado puxa o telefone da minha mão lendo rapidamente a mensagem,


- O Don cuzão tá aqui? – Aparentando o mesmo espanto que eu, pergunta.


- Ao que parece sim. – Respondo, porém com a cabeça voando.


- Ele só pode tá te seguindo. – Comenta olhando ao redor como se procurasse ele.


Decido deixar minha surpresa de lado e mandar uma mensagem pra o idiota.


“Me seguindo, baby?


P.s: Deixarei a resposta no vácuo.”


 Termino de digitar e mando rapidamente pra que em seguida colocar o telefone no apoio da esteira.


- Onde será que ele tá? – Escuto Mai curiosa perguntar.


- Provavelmente em um lugar onde dê pra nos ver, afinal eu não o vi. – Respondo querendo parecer indiferente e volto a ligar a esteira na velocidade baixa.


- Acho melhor olhar pra cima, Dulce. – Olhando pra um ponto fixo, Mai avisa.- Encontrei o Don Cuzão. – Afirma e maneia a cabeça no sentido da plataforma de vidro que circulava todo o primeiro andar do galpão, onde normalmente ficava os escritórios.


Olho na direção que ela disse e o vejo me olhando fixamente com um sorriso cafajeste. Meu telefone apita em seguida e o retiro do apoio;


“Não preciso seguir o que é meu.


P.s: Irei ignorar esse gesto grosseiro”


Leio e nem percebo que Mai também olhava o visor do meu telefone. Digito rapidamente uma resposta;


“Procurando o que é seu por aqui.


P.s: Me erra.”


 Mando a mensagem e viro pra Mai que tinha um risinho safado no rosto.


- Acho que você é do Don cuzão, Maria. – Afirma rindo e dou um tapa em seu braço com força.


- Teu rabo. – Digo querendo terminar o assunto, mas antes que eu possa dizer qualquer coisa o telefone apita novamente e o desbloqueio.


“ Te ver suada assim me deu algumas ideias, o que acha de colocarmos em prática?”  Leio e dou novamente um tapa em Maite que ria enquanto lia a mensagem.


- Ui, ele gosta de sexo pegajoso. – Debocha e dá uma risada estrondosa.


- Me erra, Mai. – Peço e digito outra mensagem desligando o telefone em seguida e saindo da esteira. Mas antes que eu pense em sair dali sinto meu corpo estancar.


- Dul, o que houve? – Escuto a pergunta de Mai que soa preocupada.


- Ela. – Digo ainda sem desviar da figura que caminhava em minha direção com toda a elegância possível.


- Ela quem? – Ainda sem entender pergunta olhando pro mesmo ponto em que eu olhava.


- A ex noiva do Chistopher. – Sussurro e a olho rapidamente, e noto que a mesma também olhava pra figura que vinha em nossa direção.


- Acho que ela não tá de muito bom humor. – Comenta olhando o rosto de Catarine que enquanto caminhava na nossa direção tinha uma expressão no mínimo azeda no rosto.


- Parece que as coisas vão esquentar. – Sussurro pondo um risinho desafiante no rosto.


Olá Gentê, bom aqui tá mais um capítulo e devo dizer que a partir de agora a fanfic está de fato incontrolável e imperdível, por isso peço que cada leitora deixe pelo menos um "continua" pra estimular a criação de conteúdo. 


COMENTEM!!



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Autor(a): Anja Candy

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

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Capítulo Vinte - Dulce Maria? – Ouço o tom de voz enojado da Catarine ao dizer meu nome assim que estamos frente a frente, - A mesma em carne e osso. – Respondo sem tirar meu sorriso sarcástico do rosto. - Prazer, Catarine Evans. – Como se fosse uma celebridade se apresenta, porém levanto minha sobrancelha em sinal de desafio ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 94



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  • besavinon Postado em 28/04/2019 - 23:04:22

    Abandonou?

  • dulcete.vondy Postado em 14/02/2019 - 00:32:07

    porque abandonou :///

  • dulcete.vondy Postado em 23/01/2019 - 15:12:53

    Continuaaaaaa :/

  • dulcete.vondy Postado em 14/01/2019 - 23:27:16

    Continua por favorrrr

  • besavinon Postado em 11/01/2019 - 21:17:54

    Up

  • vitory07 Postado em 27/12/2018 - 10:37:22

    To amando essa história. Continua logo.

  • besavinon Postado em 25/11/2018 - 23:18:02

    Deu ruim, mano

  • capitania_12 Postado em 16/11/2018 - 23:40:04

    Continua

    • Anja Candy Postado em 17/11/2018 - 01:21:26

      Continuando!

  • 🌹Queen🌹 Postado em 14/11/2018 - 12:19:46

    Odeio a catherine , é isto , boa noite!

    • Anja Candy Postado em 17/11/2018 - 01:21:08

      Rainha, somos duas e devo dizer que ela ainda vai ser motivo de muito b.o!

  • besavinon Postado em 12/11/2018 - 22:10:27

    Barraco atual × ex Adorooooooooooooooo

    • Anja Candy Postado em 14/11/2018 - 00:01:23

      Gatinha, não foi dessa vez que teve barraco, mas lá na frente quem sabe? Agora é só um momento de reconhecimento do inimigo kkkkks eu adorei escrever esse momento...Adorei! Beijão!


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