Fanfic: Incontrolável |+18+| | Tema: Vondy

Capítulo Vinte

- Dulce Maria? – Ouço o tom de voz enojado da Catarine ao dizer meu nome assim que estamos frente a frente,

- A mesma em carne e osso. – Respondo sem tirar meu sorriso sarcástico do rosto.

- Prazer, Catarine Evans. – Como se fosse uma celebridade se apresenta, porém levanto minha sobrancelha em sinal de desafio e não entendimento.- Sou filha de Giovani Evans e ex noiva do Ucker, como você bem já deve saber. – Explica e sinto o deboche sutil em sua fala.

- Que legal, flor. – Faço uso de todo meu deboche com ela.

- Gostaria de dá parabéns pra nova namorada do meu ex. – Com deboche afirma e coloca um sorriso no rosto como se me desafiasse a dizer ao contrário.

- Obrigada, querida. – Agradeço.- Mas também quero lhe parabenizar por ser noiva do Henry. – No meu melhor número de inocência digo e a vejo surpresa. – Ô, perdão. Henry não lhe contou que fomos namorados durante anos? Que horror! Mas pelo que vejo temos gostos parecidos. – Comento sarcástica e escuto Mai querendo prender o riso logo ao meu lado.

- Henry nunca me disse sobre você. Sempre falamos de coisas importantes. – Parecendo inocente diz. E se eu não fosse quem sou talvez levasse na ingenuidade.

- Entendo. Eu e Christopher não somos adeptos a conversar, gostamos de gastar nosso tempo com coisas mais uteis, se é que você me entende. – Comento e faço questão de falar o mais baixo possível como se lhe contasse um segredo.

- Que peculiar. – Parecendo estar sem resposta, comenta.- E você quem é? – Pergunta olhando pra Mai.

- Maite Perroni Moretti, prazer. – Mai se apresenta sem esconder o sorriso falso do rosto.

- Prazer, querida. – Querendo pagar de boazinha, Catarine sorrir pra ela que somente assente.

- Catrine, agradeço a saudação pelo meu namoro com Christopher, mas tenho que ir. Tchau. – Digo e começo a caminhar em direção a saída, mas paro ao ouvir ela me chamar.

- É Catarine, Dulce. E espero que não se iluda muito, por que nós duas sabemos que eu sou a primeira na vida do Ucker. – Parecendo soberba diz, e tenho vontade de sorrir.

- Ser a primeira não quer dizer ser a única. – A corrijo e viro caminhando até a saída com Mai me seguindo a todo momento.

- Tu arrasou com a cara da nojentinha. – Assim que saímos do galpão, Mai comenta e lhe sorriu.

- Eu sei. – Afirmo e paro ao lado da minha moto.- Será que o Christopher ama mesmo ela? – Pergunto pra Mai, o que vinha passando pela minha cabeça desde que saímos.

- Talvez. Seria uma boa justificativa do porque ele tem esse ódio todo pelo Henry. – Explica parando ao meu lado e pendurando a bolsa de academia na moto.

Antes que eu pudesse perguntar a ela somos interrompidas pelo toque do telefone da mesma.

- Alô? ... Sim. Estamos no galpão. Sem problemas, chegamos ai em quinze minutos. – Desliga e guarda o celular na bolsa.- Era o Dy chamando a gente pra ir pra casa que ele queria pedir uma pizza e assistir uns filmes com a gente. – Comenta e fecha o zíper da bolsa.

- Acho ótimo. – Concordo e subo na moto. - Bora antes que ele desista da ideia. – Comento e ligo a moto partindo em seguida.

(...)

- Quem é vivo sempre aparece. – Entrando no apartamento comento ao ver Dylan jogado no sofá com uma cara de bunda.

- Ele se lembrou que tem família, Dulce. – Continuando meu “joguinho”, Mai diz ao mesmo tempo em que tira o tênis.

- Vocês duas são um pé no saco. – Comenta trocando de canal, mas para ao sentir a almofada que Mai jogou nele.- Muito maturo, Maite. – A repreende mas a mesma solta um risinho e dá de ombros em sinal de claro de não tá ligando.

- Mas ao que devemos a honra de poder compartilhar refeição com vossa majestade? – Debochada pergunto sentando ao lado de Mai no sofá, já que o folgado do Dylan estava deitado no outro.

- Tava afim de comer e não queria comer só, então lembrei das minhas irmãzinhas e decidi chama-las pra dividir uma pizza, porém estou profundamente arrependido. – Diz brincando pra em seguida agarrar a almofada que jogo nele.

- Já pediu? – Massageando os pés, Mai pergunta ao meu lado.

- Sim. – Afirma.- Pedi quatro pizzas; uma de calabresa, outra de mussarela e duas de portuguesa. – Conta e assentimos.

- Vou tomar um banho e daqui a pouco volto. – Digo e vou até as escadas indo direto pro meu quarto. Precisava com urgência tirar aquele cheiro de suor do corpo.

Me despi e entrei no box selecionando a água o mais gelada possível, precisava pensar. A possibilidade de Christopher gostar de Catarine me deixou pensativa durante todo o tempo, por que era uma coisa bem  possível, afinal pelo que  entendi os dois eram prometidos desde que se entendiam por gente isso sem falar que mesmo que me custe admitir, ela tem uma beleza do tipo que só se encontra nas passarelas. Não que eu não me achasse bonita, pois sei que sou, mas como diz o ditado “ Dai a César o que é de César” e seguindo essa linha não posso bancar a invejosa e dizer que Catarine era feia.

Talvez eu esteja me importando muito com isso, porém a medida que tomava meu banho a necessidade de saber o porque de Christopher querer catucar Henry só crescia, e com isso a probabilidade de que a hipótese dele gostar de Catarine estivesse certa só fazia crescer.

Saindo enrolada num roupão e com uma toalha na cabeça, decido que provavelmente aquilo me incomodava pelo simples fato de que eu odiava servir de peão em qualquer jogo e principalmente em jogos amorosos. Precisava perguntar a Christopher a verdadeira causa por traz de tanto ódio por Henry. Antes de sair do quarto abro a bolsa da academia e retiro meu telefone o ligando logo em seguida.

- Achei que tinha sido engolida pelo ralo. – Assim que me vê entrando na sala, Dylan debocha e recebe um belo dedo do meio como resposta.

- As pizzas chegaram? – Pergunto ao mesmo tempo em que me jogo no sofá antes ocupado por mim e Mai.

- Sim. Tô só esperando a Mai. – Diz sentando no sofá oposto.- Como foi o jantar? – Pergunta enquanto se acomoda no sofá ficando de frente a mim.

- Foi bom. Rolou muita coisa pra uma só noite. – Menciono me lembrando de todo o “vuco-vuco” ocorrido. Também me lembro que não poderia contar a parte da discussão com Christopher, já que ele não devia saber de nada do acordo.

- Eu escutei que o James te indicou pra liderança da gangue. – Parecendo não se importar, comenta.

- Sim. Mas tem tanta coisa pra acontecer ainda. – Afirmo, mas deixo claro a possibilidade de não ser algo certo.

- Os homens estão felizes com a indicação, porém alguns estão meio digamos temerosos com a possível concretização da sucessão. – Aparentando certo desconforto em ter que me contar isso, fala meio incerto.

- Eu já desconfiava disso, mas espero que com o tempo tudo se resolva. Não quero pensar nisso agora. O importante no momento é conseguir assumir o posto. – Revelo a ele que parece ponderar o que falei.

- Eles farão testes físicos? – Vejo seu semblante preocupado ao falar disso e tenho uma enorme vontade de revirar os olhos, no entanto procuro respeitar a sua preocupação, afinal Dylan sempre se sentiu responsável pela entrada minha e de Mai nesse mundo.

- Talvez. Nada certo. – Escutando as minhas palavras ele parece aflito ainda mais.- Dy, relaxa. Se de fato isso tiver que acontecer eu irei passar por isso e pronto. Agora me fala da “vítima” da vez. – Risonha faço referência a mulher que ele vem dormindo algumas noites.

Ficamos os dois conversando sobre a mulher, a qual ele fez questão de não revelar o nome  pois segundo o mesmo ainda era algo recente demais pra dá nomes a envolvidos, e também lhe contei alguns fatos do jantar.

Não mencionei o fato da família Uckermann serem os do topo da pirâmide, mafiosa, e ele respeitou a minha decisão pois sabia que o correto é os membros que participaram do jantar não fazer comentários relacionado a identidades. Só falei que encontrei os meninos lá juntamente a Annie.

Depois de um tempo Mai chegou e ficamos assistindo filmes enquanto comíamos as pizzas, entretanto Dylan foi dormir dizendo que tinha que estar no escritório amanhã cedo e me avisou que fui convocada pra “missão” junto a ele.

- DUL... – Me assusto ao ouvir Mai gritar da cozinha, já que eu estava na sala concentrada no filme que passava.

- QUE FOI, PORRA? – Grito de volta procurando me acalmar do susto, mas sem tirar os olhos da Tv.

- Abri teu whatsapp. – Pede assim que volta pra sala e se senta ao meu lado.

- Pra? – Ainda sem tirar os olhos da Tv, pergunto.

- Abre logo, cassete. – Fala e pego meu celular na mesinha de centro.

Assim que conecto com a wi-fi de casa ele começa a apitar com diversas notificações, como Mai pediu que eu abrisse o whatsapp eu o faço e vejo que me colocaram num grupo. Assim que o abro vejo que o mesmo foi criado por Annie que o nomeou de T.E.D.

- Que porra é T.E.D? – Olho pra Mai com uma cara de pura confusão.

- “Três Espiãs Demais.” – Responde e assim que nos olhamos tentamos segurar o riso, mas fica meio impossível.

- Anahí não é muito normal. – Declara e assinto.

- Pra que ela criou esse grupo? – Sem entender a necessidade real da criação de um grupo pra somente nos três, pergunto.

- Segundo ela pra que possamos ficar conectadas. – Revira os olhos e retruca.

- Meu Deus. – Digo.

Logo em seguida aparece uma mensagem nova no grupo de Annie.

“O que acharam do grupo?” – Pergunta e Mai que tinha ido pra o outro sofá me olha antes de começar a digitar.

“ Legal.” – Leio a mensagem dela, e quando a olho a mesma dá de ombros.

“ Gostei da ideia, Annie. Mas pra que criar um grupo só pra nós três?”

“Por que eu queria ter mais contato com vocês. O que estão fazendo?”

“ Tô olhando pra cara de bunda da Dulce.” – Manda Mai e dou dedo pra ela.

 “ Vocês moram juntas?”

“infelizmente, sim” -  Respondo

“ Que máximo. Queria muito morar com uma amiga.”

“ Não é esse mar de flores que parece. Te garanto.” -  Mai manda e em seguida mando um emoji concordando com ela.

“ Eu acho que gostaria de toda forma. Só o fato de ter amigas, pra mim já seria algo maravilhoso.” – Assim que lemos  mensagem, nos olhamos rapidamente.

Annie era uma garota carente e isso  ficava cada vez mais claro no decorrer da conversa do grupo, e até mesmo pessoalmente. Me lembro da noite na balada como ela parecia tão animada em tá meio liberta. Isso me fazia ver que de certa forma, Maite e eu agora éramos as pessoas mais perto de amigas que ela poderia vir a ter.

“Dul, como foi o encontro com a Catarine?” – Me espanto ao ver a mensagem que Annie tinha mandado.

“Como tu sabe que a gente se encontrou hoje?” – Digito rapidamente.

“Ela veio aqui na mansão atrás do Christopher e eu falei que ele tava no galpão da academia. E quando voltou da academia a pouco, ele me contou que vocês se encontraram com ela.”

“ Tua cunhada é bem nojentinha, Annie.” -  Assim que leio a mensagem de Mai dou uma risada.

“Ex. Ex cunhada. Ou se esqueceu que minha cunhada agora é a Dul?

“ Eu não sou sua cunhada.” – Afirmo.

“ Ainda...” – Logo que leio a mensagem de Annie, um flash vem na minha cabeça e percebo que não haveria como Catarine saber que Christopher e eu estávamos tenho qualquer coisa então percebo que somente Annie poderia ter contado a ela.

“Anahí, por acaso você falou pra ela sobre mim e Christopher?”

“Depende. Talvez.”

“ Anahí!”

“Tá bom, eu talvez tenha falado que vocês estão saindo juntos e que estão namorando.”

“ Anahí, não estamos namorando.”

“Mas logo vão estar...” – Desisto de discutir com Annie e decido deixar pra lá.

Ficamos o resto da noite as três conversando, até que combinamos de sair as três juntas pro shopping e fomos dormir.   

Gentê, tô EXTREMAMENTE feliz com os comentários do último capítulo e espero que continuem comentando por que isso me faz querer sempre querer escrever mais. E preparem os corações porque os próximos capítulos vão ser emocionantes. 

COMENTEM!!