Fanfics Brasil - Capítulo Um. Incontrolável |+18+|

Fanfic: Incontrolável |+18+| | Tema: Vondy


Capítulo: Capítulo Um.

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Capítulo Um


Dulce.

“A vida não é um mar de rosas.” Essa foi a primeira lição que aprendi desde que cheguei ao orfanato. Na verdade, posso dizer que essa foi a primeira lição que aprendi na vida. Pura verdade. Acostumada a perder pessoas, essa é minha  sina.

Não que hoje em dia isso interfira em muitas coisas, afinal entender isso me fez a pessoa que sou hoje. Me orgulho do que sou, mas não dos caminhos que segui.

Hoje, sou uma mulher forte que sabe que lastimar não adianta em nada. Passei minha vida toda morando no orfanato, mesmo depois que levaram meu irmão; eu continuei. Claro que, meu comportamento nada gentil contribuiu pra que isso ocorresse, porém eu era somente uma criança sem família, casa ou amigos.

Cresci vendo crianças serem adotadas e abandonadas. Posso dizer que vivi em uma roleta onde uns entravam e outros saiam. Quase fui adotada três vezes, no entanto sempre que chegava na parte onde tinha que conviver com os casais, eu simplesmente surtava.

Não queria ser adotada, contudo doía a dor da rejeição, mesmo que eu a causasse. Por isso depois de tentativas falhas decidi fazer do orfanato meu lar.  Fiz amigos dos mais diversos tipos. Tinha crianças que assim como eu não queriam ser adotadas ou simplesmente já tinham desistido de tal ideia, então ficávamos todos juntos.

Ao decorrer dos tempos passei a cuidar das crianças que chegavam, e até fiz amizade com a diretora do orfanato, Regina. Ela era uma verdadeira mãezona pra todas as crianças. Sempre simpática e sorridente. Incrível. Mesmo vendo o orfanato ruir a cada dia ela continuava a lutar por cada um de nós.

Percebi que o orfanato era o mais próximo de um lar que teria, então tratei de dá o meu máximo sempre. Mesmo com muitas amizades feitas nenhuma se compara a que eu fiz com a Mai.

Mai ou Maite é a minha verdadeira irmã de outra mãe. Quando nos conhecemos tínhamos a mesma idade e a mesma triste história; tínhamos perdido tudo. Os pais dela simplesmente decidiram abandonar ela e o irmão, Dylan, e como se isso não fosse o suficiente o serviço social não conseguiu achar um abrigo com duas vagas, o que acabou fazendo com que eles se separassem.

Diferente de mim ela sabe o nome de seus pais e carrega o sobrenome dos dois; Maite Perroni Moretti, enquanto eu sou somente; Dulce Saviñon. Filha de um cara que só sei o nome e de mãe “completa”.  Digamos que Mai e eu fizemos tudo juntas, até que ela achou Dylan, ou melhor; até que ele a achou.

Como o orfanato fica no bairro considerado extremamente pobre e perigoso, as opções de sustento por aqui eram quase zero. Ao completar dezoito anos o orfanato meio que te colocava pra fora, em outras palavras; ao fazer dezoito anos você já respondia por si próprio, logo o estado não tinha mais obrigação legal com você. Sabendo disso cada vez que chegávamos mais perto dos dezoito, Mai e eu ficávamos em estado de terror. Mas tirando os momentos em que pensávamos nisso tudo ficava bem.

Aos meus dezessete anos comecei a trabalhar escondido na lanchonete do bairro pra tentar ajudar nas despesas do orfanato. Muitas vezes faltava aula na escola pra poder fazer hora extra, Regina achava que o dinheiro vinha da venda dos biscoitos que Mai dizia vender na escola. Tudo mentira. Escondidas, trabalhávamos juntas.

Foi trabalhando nessa lanchonete que conheci minha primeira paixão na adolescência; Henry. Ele era um garoto lindo do tipo que eu jurava nunca dar bola pra mim, não que eu fosse feia, mas ele era uma coisinha dos deuses aos olhos de qualquer adolescente. Quando ele começou a demonstrar interesse em mim foi um grande alvoroço. Mai, que na época já conhecia Dylan, dizia que os dois eram grandes amigos e que Henry era a escolha certa de garoto. Depois de tanto insistir acabei namorando com Henry durante 3 anos.

Quando completamos dezoito anos Maite e eu não sabíamos o que fazer. Ela tinha Dylan, que esperava ansiosamente ela completar seus dezoito e tirá-la do orfanato, mas eu não tinha ninguém; somente Henry. Então quando ele me disse que estaria ao meu lado e me ajudaria em tudo foi como se  eu visse nele meu príncipe encantado. Faltava somente o cavalo branco.

Fizemos dezoito anos e saímos as duas do orfanato indo morar junto; eu, ela e Dylan. Porém ele passava a maior parte do tempo fora de casa, então era como se fossemos só nós. Assim continuamos a trabalhar, todavia o dinheiro que recebíamos na lanchonete não dava pra nada. Quero dizer, nós tínhamos despesas e ainda dávamos uma parte pra o orfanato, afinal de contas ali era o nosso lar e sempre seria.

Trabalhávamos na lanchonete a noite e durante o dia ajudávamos Regina no orfanato. Algumas vezes Henry me chamava pra ajuda-lo no emprego dele, não que eu soubesse no que ele trabalhava ao certo. Ele e Dylan eram muito sigilosos sempre que falavam sobre esse emprego. Quando me levava com ele Henry pedia que eu ficasse conversando com  umas pessoas enquanto ele resolvia outra coisas, no final íamos os dois embora e ele me dava um dinheiro por ter ajudado. Nunca entendi no que de fato eu o ajudava, mas seguia calada.

Até o dia em que ao chegarmos do trabalho, eu e Mai, vimos Dylan deitado no sofá da sala com o braço sangrando muito. Ele havia levado um tiro de raspão no braço. No começo achamos que era por engano, contudo ao passar da noite homens passaram a ir até o apartamento dele. Homens parecidos com aqueles que foram a minha casa quando perdi  meu pai.

Durante o tempo todo Dylan e todos os outros homens desconversavam, bastava eu ou Mai estar por perto. Nada era de fato dito. Nós duas ficamos bastante confusas, porém cuidamos dele e após todos os homens irem embora fomos nos deitar.

No dia seguinte Henry apareceu na porta do apartamento. Inicialmente ele entrou e ficou conversando com Dylan em sussurros, mas assim que fingi ir pro quarto  a conversa se tornou clara, límpida.

- Como você foi deixar isso acontecer, cara? – Perguntava Henry. – Falamos pra você ter cuidado dessa vez. – Acrescentou.

- Foi uma emboscada. Eles já estavam de tocaia quando cheguei. – Respondeu Dylan.

Os dois estavam sentados no sofá da sala .

- James vai ficar uma fera quando souber. – Avisava em tom de preocupação.

- O que eu podia fazer? Eram cinco contra um.

- Não sei. Quando James chegar vocês conversam. –Respondeu. – Elas desconfiam de alguma coisa? – Perguntou , e pelo que me parecia o elas era eu e Mai.

- Acredito que não. Todos que vieram foram muito discretos. – Respondeu  e consegui ver a expressão aliviada de Henry.

- A mercadoria tá contigo ainda? – Perguntou  em seguida.

- Sim. Deixei no meu quarto. – Retruca e segura o braço ferido.

Não precisei ouvir o restante da conversa. Sempre muito curiosa, fui ao quarto de Dylan e achei as drogas escondidas. Não em pouca quantidade, mas sim o suficiente pra encher uma mala de viagem. Aquilo foi um choque.

Não precisava ser um Sherlock Holmes pra saber que Dylan e Henry não trabalhavam da forma mais honesta.

Ainda nessa noite eu acordei Maite, e contei a ela o que tinha achado no quarto de Dylan. Tive que acalmá-la para que não fosse tirar satisfação, mas prometemos no dia seguinte conversar com Dylan.

Ao amanhecer quando tomávamos café falamos com ele, porém  tudo que saía de sua boca era mentira. Sabíamos por que convivíamos com ele durante tanto tempo que nada daquilo nos convencia. Aquele papo de que a droga não era dele não colava.

Indo mais a fundo descobrimos que na verdade o tal “James” da conversa era um bandido da cidade conhecido por ter um padrão de vida no mínimo luxuoso. E sabendo que naquela noite Dylan ia se encontrar com ele, nós o seguimos. Paramos em um bairro mais sinistro que o nosso.

Vimos Dylan entrar em uma mansão cercada por homens, aqueles mesmos homens que tinham  ido até o apartamento um dia antes. Ele os cumprimentou e entrou, desaparecendo em seguida. Entrar era o nosso problema, e como nunca fomos das mais sãs decidimos simplesmente dizer a um dos cara que queríamos falar com James.

Dizer que os cara ficaram surpresos foi pouco. Eles tinham me visto um dia antes, sabiam quem eu era. Não tinha como negar. Nos deixaram entrar e foram chamar o tal do James. Quando o cara entrou  na sala junto a Dylan, só posso dizer que ele era assustador.

- O que as belezas fazem  por aqui? – Perguntou  parecendo desconfiado em ver duas garotas no meio de sua sala.

- Queríamos falar com o meu irmão. – Respondeu  Mai demonstrando raiva e medo.

- Então essa bela jovem é sua irmã, Perroni? – Encarou a nós e a ele como se nos relacionasse somente com o olhar.

- Sim. – O encara enquanto responde. – O que vocês fazem aqui? – Nos perguntou , Dylan.

- Viemos saber o que tanto meu irmãozinho faz fora de casa.- Tomando a frente Mai se pronuncia com um sarcasmo incomum.

- Dul, vai pra casa e leva a Maite junto. – Me olha com os olhos suplicantes. – Depois conversamos. – Completa e fico sem saber o que fazer.

- Ora, que isso? O assunto está ficando interessante, Perroni. – Comenta o  homem  parecendo se divertir com toda aquela situação.

- James isso é assunto nosso, não as envolva. – Pedia Dylan parecendo temeroso, mas com raiva do homem..

- Como se o jovem  Lopez  já não o tivesse feito. – Respondeu dando um sorrisinho de lado.

Na hora meus ouvidos pareciam ter ampliado a sua audição. A simples menção ao sobrenome de Henry me causou arrepios junto de um  interesse.

- Ela não sabe? – Perguntava olhando fixamente para Dylan.

A situação se tornava cada vez mais estranha.

- Do que eu não sei? – Me pronuncio.

- Seu lindo namoradinho não a contou dos trabalhinhos dele? – Perguntava com um sorriso sarcástico se ampliando. – Devo dizer que você o ajuda muito. – Completou e olhei para Dylan em busca de respostas.

- No que eu o ajudo?

Sabe aquele momento em  que se você pudesse não teria falado nada? Pois é, sempre que me lembro desse momento penso a mesma coisa; Era melhor ter ficado calada.

Saber que seu namorado e o seu melhor amigo são envolvidos com drogas já torna tudo uma completa situação de merda, mas perceber que talvez há muito mais que isso é sem comparação.

- Quanta ingenuidade a sua. – Afirmava James. Ainda olhando para Dylan percebo o pavor que escorria dele. – Você não faz noção de como serve de distração enquanto seu namoradinho faz negócios. -  Acrescenta.

Percebendo a minha cara de quem ainda não tinha entendido muito, James parecia determinado a contar tudo, mas Dylan não parecia querer isso.

- James, se Henry souber que você contou qualquer coisa sobre isso...- Começou a dizer Dylan, sendo interrompido logo em seguida.

- Não quero saber o que esse mauricinho acha que pode fazer. – Virando-se  para mim em seguida. – Minha jovem, se quiser saber de tudo basta me seguir até o escritório. – Terminou .

Eu sabia que as vezes a ignorância era uma dádiva, mas a curiosidade era maior. Queria ter respostas e as poderia ter, bastava seguir aquele homem.

- Dul, não liga pra ele. Vamos. – Pedia Dylan seguindo o homem com o olhar, coisa que eu e Mai também fazíamos.

Mas eu já tinha tomado uma decisão; iria até o fim. Já tinha começado a mexer nas coisas então iria até o final. Se houvesse uma maneira de tirar eles daquilo, eu iria descobrir.

- Desculpa, Dy, mas dessa vez não vai rolar. –Avisei baixinho.

- Dulce? – Me chamou Mai fazendo com que eu parasse de andar. – Toma cuidado. Vamos ficar te esperando aqui. – Disse e assenti seguindo em frente.

Naquele momento senti que ela queria tanto quanto eu saber do que se passava  e tirar os dois daquele meio.

- Eu quero saber de tudo, Dylan. – Ainda consegui ouvir ela dizer, porém  nada mais que isso. 


Olá gente, aqui vai o primeiro capítulo da fanfic espero que gostem e me desculpem por qualquer erro ortográfico, mas estou escrevendo pelo telefone.  Comentem!



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Autor(a): Anja Candy

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

Prévia do próximo capítulo

Capítulo  Dois (...) - Dulce não é? – Sentando-se me perguntou. - Sim. - Você e o Lopez se conhecem a muito tempo? - Perguntava me analisando. Tudo que eu respondia era puro reflexo. Estava espantada com toda riqueza daquele homem. No caminho para o escritório tínhamos passado por tantos cômodos e obras de arte q ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 94



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  • besavinon Postado em 28/04/2019 - 23:04:22

    Abandonou?

  • dulcete.vondy Postado em 14/02/2019 - 00:32:07

    porque abandonou :///

  • dulcete.vondy Postado em 23/01/2019 - 15:12:53

    Continuaaaaaa :/

  • dulcete.vondy Postado em 14/01/2019 - 23:27:16

    Continua por favorrrr

  • besavinon Postado em 11/01/2019 - 21:17:54

    Up

  • vitory07 Postado em 27/12/2018 - 10:37:22

    To amando essa história. Continua logo.

  • besavinon Postado em 25/11/2018 - 23:18:02

    Deu ruim, mano

  • capitania_12 Postado em 16/11/2018 - 23:40:04

    Continua

    • Anja Candy Postado em 17/11/2018 - 01:21:26

      Continuando!

  • 🌹Queen🌹 Postado em 14/11/2018 - 12:19:46

    Odeio a catherine , é isto , boa noite!

    • Anja Candy Postado em 17/11/2018 - 01:21:08

      Rainha, somos duas e devo dizer que ela ainda vai ser motivo de muito b.o!

  • besavinon Postado em 12/11/2018 - 22:10:27

    Barraco atual × ex Adorooooooooooooooo

    • Anja Candy Postado em 14/11/2018 - 00:01:23

      Gatinha, não foi dessa vez que teve barraco, mas lá na frente quem sabe? Agora é só um momento de reconhecimento do inimigo kkkkks eu adorei escrever esse momento...Adorei! Beijão!


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