Fanfics Brasil - Capítulo Dois. Incontrolável |+18+|

Fanfic: Incontrolável |+18+| | Tema: Vondy


Capítulo: Capítulo Dois.

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Capítulo  Dois


(...)


- Dulce não é? – Sentando-se me perguntou.


- Sim.


- Você e o Lopez se conhecem a muito tempo? - Perguntava me analisando.


Tudo que eu respondia era puro reflexo. Estava espantada com toda riqueza daquele homem. No caminho para o escritório tínhamos passado por tantos cômodos e obras de arte que achava que acabaria me perdendo.


- Há três anos. – Respondo.


- Pode sentar, minha jovem. – Avisa e só então percebo que estava em pé. Me sentia perdida no meio de toda aquela riqueza. – Você nem sequer sonha com o que ele faz, certo? – Novamente pergunta.


- Si... Quero dizer, não. Mas sei que ele é um bom homem. – Afirmo e o vejo sorrir.


Todos aqueles sorriso sarcásticos me deixavam nervosa.


- Longe de mim por fim ao seu conto de fadas, mas se fosse você não teria tanta certeza. – Ele dizia isso como quem escondia algo.


- Se sabe de algo me diga logo. – Irritei-me.


- Que jovem mais arisca. – Ri sarcasticamente. - Gosto de você, menina. – Levanta-se sorrindo.


- O seu gostar não me interessa. Estou aqui por Henry e por Dylan, se há algo que posso fazer para que eles não se envolvam mais com esse tipo de coisa irei fazer. – Concluo.


- Que tipo de coisa você acha que seus “protegidos” fazem? – Indaga sorrindo.


- Eu sei que mexem com drogas. Provavelmente servem como traficantes para seus negócios sujos. – Sarcasticamente dou um sorriso em sua direção.


- Arisca e corajosa, que bela garota. – Me elogia.


- Não quero seus elogios. – Dispenso aquela baboseira toda.


Simplesmente queria ir embora e ter a certeza de quem nenhum dos dois, Henry ou Dylan, iriam se meter com aquilo.


- Dulce, seu namoradinho e seu amiguinho são mais que meros traficantes.- Sendo bastante direto, ele solta aquilo de costas enquanto se servia de alguma bebida que não consegui identificar.


- Duvido. – Desafio ele, que simplesmente vem em minha direção carregando um copo cheio de whisky.


- Você acha que eles simplesmente são meros traficantes? Seja mais inteligente. Sei que você é. – Dá um gole em seu copo e senta-se na minha frente.


- Pra mim tudo isso é baboseira sua. – Me ajeito melhor na cadeira.


- Você sabe quem eu sou, Dulce? – Me olha diretamente nos olhos. – Sou o líder dos Camorra. Todos aqueles homens lá fora trabalham pra mim, e garanto que nenhum deles é somente traficante. – Ao ouvir ele falar dos Camorra meu sangue gela.


Camorra ou The camorra, era a maior gangue da cidade. Todos aqui sabiam o poder que ela tinha. Ainda quando estudava ouvia histórias de crimes cometidos por eles, a maioria selvagem, de natureza desumana. Toda vez que havia rixa entre gangues a cidade sofria fortemente, e era nesse momento que havia “recrutamento” de jovens.


Eles pegavam jovens sem condições e os chamava pra gangue. Perdi inúmeros amigos do orfanato por conta disso.


- Isso só pode ser mentira. – Incrédula respondo.


- Seu namoradinho presta serviços aqui há mais de cinco anos. – Continua a contar.- O Perroni também, na verdade é um dos membros mais antigos da gangue. – Termina.


- Nunca que o Dylan participaria disso. – Nego.


Dylan sempre soube a raiva que eu tenho dessa gangue e de tudo que envolva o mundo do crime. Vi garotos e garotas sofrerem e até morrerem nesse mundo sujo. Me negava a acreditar que ele seria capaz de se envolver nessa sujeira.


- Você acha que por que eles nunca falaram no que trabalhavam? – Me vejo confusa, porém decidida a não acreditar em nada disso.


- E onde eu entro nisso? – Mesmo que não acredite em nada preciso entender aonde eu possivelmente entro nesse jogo.


- Lopez é encarregado de fazer contato com novos parceiros ou de fazer servicinhos quando não pagam o que devem. Você simplesmente distrai os homens da segurança enquanto ele realiza todo o serviço. – Conta colocando os pés sobre a mesa.


- Qual papel do Dy? – Não tão confiante pergunto.


- Perroni simplesmente entrega e recebe as mercadorias.


- O tiro... – Sussurro baixinho.


- Ele não foi muito cuidadoso ao receber a mercadoria, parece que tudo não passava de uma emboscada. Garoto de sorte. – Conclui e vejo a frieza em seus olhos.


- Não pode ser. – Balanço a cabeça em negativa.


Por mais que tudo parecesse se encaixar me recusava a acreditar. Era como se tudo viesse a baixo.


- Te contei tudo isso, minha jovem, por que desejo que se junte a nós. – Se levanta andando até minha cadeira.


- Só pode ser um pesadelo. – Sorrio em puro desespero. – Você acha mesmo que eu me uniria a isso? – Pergunto sarcástica.


- Acredito que sim. Você tem futuro aqui. – Toca meus ombros. – Vejo em você potencial. – Me olha diretamente nos olhos.


- Potencial  pra assassina? Assim como você vê no Henry? – Minha voz sobe alguns decibéis.


- Nunca. Você tem muito mais que ele. – A calmaria presente em sua voz me causa enjoo.


- Quero ir embora. – Minha voz engasga. Lágrimas começam a se formar.


- Pode ir, mas saiba que estarei a sua espera. – Anuncia soltando meus ombros e indo até a porta. – Pense no dinheiro que ganhará trabalhando pra mim. – Abre a porta.


Saio do escritório e ando desnorteadamente até a sala, ao chegar lá percebo Mai sentada no sofá com uma expressão de pura decepção.


- Dul, você tá bem? – Assim que me vê pergunta preocupada.


- Estou. – Minto.


- Dulce. – Me chama Dylan. – Desculpa. Nunca quis meter você ou a Mai nisso tudo. – Arrependimento puro. Isso que percebo nele.


- Agora é tarde. – Calmamente digo, mas sinto as lágrimas escorrerem. - Quero que você e Henry não se metam mais nisso. – Enxugo as lágrimas.


- Não há como. – Olhando em meus olhos ele simplesmente acaba comigo.


- NÃO HÁ COMO? DYLAN, OLHA ONDE VOCÊ SE METEU! OLHA ONDE NOS METEU. – Finalmente grito. – ESSE HOMEM É O LÍDER DOS CAMORRA. SABE QUANTOS AMIGOS TIVE QUE ENTERRAR POR CONTA DESSA MERDA? VÁRIOS. – Mais lágrimas descem, mas não me preocupo em enxuga-las.


- Dul, calma. – Ao meu lado Mai, que também chorava, pedia.


- SEU IRMÃO, MEU MELHOR AMIGO, DIZ QUE VAI CONTINUAR NO MEIO DE ALGO QUE VAI DESTRUÍ-LO, E VOCÊ ME PEDE CALMA? – Na cara dela vejo vários sentimentos, porém o de raiva vence.


- JUSTAMENTE O MEU IRMÃO. NÃO O SEU, MAS O MEU. VOCÊ SABE O QUANTO ISSO TÁ ME DOENDO? – Grita de volta.


Dylan aparece no meio de nós duas e nos abraça. Sempre fomos assim; nunca conseguíamos levar uma discussão adiante.


- Desculpa. Não queria meter vocês nisso. A culpa é minha. – Assume dentro do abraço, e vejo o corpo de Mai tremer com força.


- Vamos superar isso. – Baixinho digo.


- Não tem como. – Enxugando o rosto, Mai responde baixinho. – Dylan não pode sair. Não há como sair.


- Tem que haver um jeito. – Procuro pensar em qualquer coisa que nos ajude.


- Não há, Dul. Sou juramentado, a menos que morra não posso sair da gangue. – Explicando Dylan parece conformado.


(...)


Fomos pra casa, e depois de conversamos Dylan contou que não podia sair da gangue por que tinha passado pelo “ritual” de iniciação, que funcionava como um juramento em que todos que entravam deveriam passar. Ele não entrou em detalhes, mas disse que depois de fazer isso não tem como sair da gangue a menos que ocorra a morte. Ele era um membro juramentado no sangue.


Dylan contou tudo sobre a gangue, e disse que ela trabalhava para máfia italiana. Nos explicou todo o funcionamento do que acontecia. James era somente o líder de uma gangue, mas havia várias outras que também ajudavam a mesma máfia, e aquelas que não ajudavam eram vistas como inimiga.


Na “pirâmide” do poder a gangue ainda era pequena quando comparada a máfia em si. Quando perguntei sobre quem mandava na máfia Dylan disse não saber. Só quem conhecia o Don e o Capo o líder de cada gangue.


Contei que James havia me oferecido a entrada na gangue e Dylan parecia temeroso juntamente a Maite, porém disseram que quem sabia era eu. Na noite daquele dia pensei em toda minha vida, e foi então que decidi que iria entrar nos Camorra.


Com o dinheiro que ganharia poderia ajudar o orfanato e finalmente ter a vida de luxo que sempre quis ter. Iria contra as minhas virtudes, porém nenhuma delas encheria minha barriga. Essa era a dura realidade.


Maite entrou comigo na gangue, segundo ela não tinha sentido todos entrarem e ela não. Assim entramos juntas na gangue. Passamos pelo treinamento e “ritual” de iniciação.


Depois de dois anos ali dentro me tornei a queridinha de James. O velho me adorava, simples assim. Não havia segundas intenções era somente carinho mesmo, o que era recíproco.


No início trabalhei com Dylan nas mercadorias, depois consegui recrutar jovens e por fim cheguei ao cargo de Henry; Comecei a cobrar dívidas e fazer “parcerias”.


Henry e eu terminamos nosso relacionamento. Na verdade ele terminou comigo. Ao que parece ele era filho de um associado, assim que chamávamos empresários, políticos e quem mais fosse da alta sociedade que se envolvesse com a máfia, porém por ter feito uma merda das grandes o querido paizinho dele, jogou ele na sarjeta pra trabalhar na gangue.


Na época quando o confrontei ele me disse tudo isso, simplesmente por que o paizinho decidiu o recolocar lá em cima da pirâmide, novamente. Ele simplesmente não ficaria mais com os pequenos, mas sim com os grandes. Diferente de nós “soldados” ele não era juramentado. Vantagem de ser associado.


O lado bom disso foi que consegui ajudar mais o orfanato, e também convenci James a ajudar. Pagamos a reforma de todo o orfanato com a condição de que poderíamos recrutar os jovens, porém só permiti que isso fosse feito com os de dezoito anos e aqueles que de fato quisessem. Não podia fazer muito, mas podia ajudar.


Enfim, dentro da gangue eu evolui cada vez mais. Estava decidida a ser a melhor no que fazia, e assim foi. Fechei parcerias com tantas gangues o quanto possível, recebi altas e boas mercadorias, cobrava sem medo o que se devia. Evolui tanto que atualmente, sou o braço direito de James.




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Autor(a): Anja Candy

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

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Capítulo Três Itália, dias atuais. Me olhando no espelho termino de arrumar meu cabelo, e penso o quanto mudei desde que entrei na gangue. No início parecia um passarinho fora do ninho, hoje em dia sou o próprio ninho. Termino de me arrumar e confiro minha roupa pela última vez antes de sair do quarto. - Tá atrasada. – ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 94



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  • besavinon Postado em 28/04/2019 - 23:04:22

    Abandonou?

  • dulcete.vondy Postado em 14/02/2019 - 00:32:07

    porque abandonou :///

  • dulcete.vondy Postado em 23/01/2019 - 15:12:53

    Continuaaaaaa :/

  • dulcete.vondy Postado em 14/01/2019 - 23:27:16

    Continua por favorrrr

  • besavinon Postado em 11/01/2019 - 21:17:54

    Up

  • vitory07 Postado em 27/12/2018 - 10:37:22

    To amando essa história. Continua logo.

  • besavinon Postado em 25/11/2018 - 23:18:02

    Deu ruim, mano

  • capitania_12 Postado em 16/11/2018 - 23:40:04

    Continua

    • Anja Candy Postado em 17/11/2018 - 01:21:26

      Continuando!

  • 🌹Queen🌹 Postado em 14/11/2018 - 12:19:46

    Odeio a catherine , é isto , boa noite!

    • Anja Candy Postado em 17/11/2018 - 01:21:08

      Rainha, somos duas e devo dizer que ela ainda vai ser motivo de muito b.o!

  • besavinon Postado em 12/11/2018 - 22:10:27

    Barraco atual × ex Adorooooooooooooooo

    • Anja Candy Postado em 14/11/2018 - 00:01:23

      Gatinha, não foi dessa vez que teve barraco, mas lá na frente quem sabe? Agora é só um momento de reconhecimento do inimigo kkkkks eu adorei escrever esse momento...Adorei! Beijão!


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