Fanfic: Incontrolável |+18+| | Tema: Vondy

Capítulo Quatro

Ao ser deixada sozinha no escritório, Dulce decidiu terminar os contratos que faltavam, e ir a procura de Maite, logo a encontrando na “cozinha” do galpão sentada no colo de algum zé ninguém, ao qual Dulce não sabia o nome.

- Me poupem. – Assim que entrou passou pelos dois indo até a geladeira.

O homem que tinha Maite no colo, no susto, quase a deixou cair.

- Vai se foder.- Xinga Mai ao quase parar no chão.

- Olha a boquinha suja. – Advertiu Dulce tirando a cabeça de dentro da geladeira trazendo uma cerveja nas mãos.

- Sério, isso? – Perguntou Mai ao ser repreendida pela amiga. – Saviñon boca porca, querendo corrigir alguém? Quanta hipocrisia. – Sorrindo sarcasticamente, se acomodou novamente no colo do homem.

- Ô queridinho, dá licença. – Percebendo que o homem não tinha se tocado ainda que a conversa em frente era particular, Dul resolve se pronunciar.

Olhando torto pra ela, o homem decidi se levantar e ir embora.

- Acabou de se tornar uma empata foda. – Sentando na cadeira, Mai diz.

- Olha minha cara de quem se importa. Preciso da tua ajuda. – Fazendo a maior cara de inocente possível anuncia e joga uma cerveja em direção a Maite.

- Cara de pau. – A xinga aceitando a bebida.

- James me chamou pro jantar geral. – Como se não fosse nada conta, dando um gole em sua cerveja.

- ELE TE CHAMOU PRA O JANTAR GERAL? – Grita incrédula.

- Foi isso que eu acabei de dizer.

- E você fala nessa maior frieza? Garota, se você não demonstrar um pouco de entusiasmo por realizar meu sonho serei obrigada a te bater. – Diz euforicamente deixando a bebida de lado.

- Não é lá grande coisa. – Desfazendo do evento, Dulce senta na cadeira em frente a outra.

- Teu cu. – Xingando, Mai pega a garrafa.

- Tanto faz. – Diz dando de ombros e terminando a cerveja.

- Que seja. Onde eu entro nisso? – Ansiosamente pergunta.

- Preciso comprar um vestido e essas coisas. – Coloca a garrafa, agora vazia, na mesa.

- Quando vai ser? – Olhando pra amiga pergunta brincando com a bebida.

- Daqui a dois dias. – Conta já se levantando. – Por isso preciso da sua ajuda agora. – Terminando de dá a volta na mesa pega a mão de Mai, que segurava a cerveja, e a puxa com tudo.

- Tem que ser agora? – Com uma manha na voz, pergunta.

- Com certeza. – Sem dá chances pra que a amiga revide, Dulce a puxa até saírem da cozinha.

As duas foram até onde seus veículos estavam e em seguida foram em direção ao shopping.

POV ANAHÍ

- Mas Poncho, não custa nada você ficar comigo essa noite. – Peço pro meu “noivo” imbecil, que não vá com o meu irmão, também imbecil, pra boate.

Como a maioria das sexta- feiras hoje era o dia em que Christopher, iria pra boate receber as finanças e se embebedar à vontade. O problema é que o Poncho tinha que ir junto e isso me deixa aflita.

Sabia que ele não faria nada demais, porém eu queria que ele ficasse comigo essa noite.

- Annie, você sabe que tenho que ajudar o Ucker. – Calmamente explica vindo em minha direção com os braços abertos.

- Eu sei. – Abafadamente respondo em meio ao seu abraço apertado.

- Então, pra que isso? – Ainda me abraçando pergunta

- Não sei. – Como uma criança me aperto mais a ele.

Mesmo sendo “prometidos”, Poncho e eu, sempre nos amamos. Quando a máfia mexicana propôs que meu pai consolidasse a aliança entre eles com o meu casamento com Poncho, pra nenhum de nós dois foi algo penoso.

Nós já nos conhecíamos e algumas vezes ficávamos de amassos, a diferença é que teríamos que formalizar isso. No começo senti Poncho temeroso quanto a isso, mas depois acabamos nos acostumando com a ideia e decidimos ficar junto de uma vez.

- Quer ir junto? – Quando escuto o convite, me sinto vitoriosa.

- Se não for incomodar. – Como quem não quer nada respondo.

A verdade é que queria sim ir, mas estava esperando o convite do meu querido noivo.

- Sairemos daqui a pouco.  – Avisa após me soltar e ir em direção  a porta do quarto.

Quando Poncho me deixa sozinha corro em direção ao meu closet e tiro todas as roupas de lá em procura de algo que me sirva. Após o jantar, Christopher, Poncho e Christian começam a me apressar, mas ignoro os três fielmente.

Vestindo uma blusa branca e uma saia florida com um salto alto, saio quase que correndo do quarto, pois não queria abusar dos três patetas, mesmo que estivesse ignorando toda aquela pressa.

- Não sei pra que tu chamou ela, cara. – Entrando silenciosamente escuto Christopher dizer a Poncho.

- Ela tava com uma cara tão triste, não vi mal algum. – Responde Poncho, e só posso pensar em como amo ele.

- Ainda se deixa levar pelas artimanhas da Annie? – Do jeito que Christian diz sinto vontade de jogar um sapato na cabeça dele. – Tá ferrado. – Antes que meu imbecil irmão complete entro na sala.

- Podemos ir agora. – Digo fazendo minha entrada triunfal.

- Finalmente. – Sussurra Ucker.

- Falou algo, Christopher? – Inocentemente pergunto.

- Não.

Sabia que ele iria dizer que não. Juntamente a Christian e a todos que me arrodeiam, Ucker parece evitar discutir comigo. Dizem que sou abre aspas “tão chata” fecha aspas, que preferem não discutir. Pura mentira. Sou um doce de pessoa.

Chegamos na boate, e como era de se esperar a fila dava volta, mas lógico que nós entramos e fomos pro camarote. Quer dizer, eu fui pro camarote junto ao Chris enquanto Poncho e Ucker foram ao escritório.

- Quer uma bebida, Annie? – Por cima de toda música alta ouço a voz de Chris se sobrepor.

- Claro. – Entusiasmada respondo.

Por ser filha de quem era, e ter todo um envolvimento eu não pude sair muito durante a adolescência, e tão pouco quando fiquei mais velha. Sempre estava arrodeada por seguranças.

Não haveria graça em sair pra qualquer lugar com seguranças ao meu redor, por isso foram raras as ocasiões em que sair pra uma boate e tudo aqui me parecia foda!

- Feliz? – Com as bebidas já em mão, Chris senta ao meu lado no sofá.

- Com certeza. – Grito soltando uma risada.

- Vamos dançar. – Anuncia Chris me puxando pela mão.

Dos meus dois irmãos, o Chris é o mais alto astral. Quando éramos pequenos sempre estávamos juntos, e aprontávamos muito. Nas raras ocasiões em que não estava aprendendo algo sobre ser um “Don”, Christopher se unia a gente. Ele era o nosso herói. Sempre que íamos levar uma bronca, ele aparecia ou quando alguém fazia algo com um de nós.

Por conta da responsabilidade que tinha, Ucker sempre foi o mais sério de nós três, mas isso nunca fez com que nos separássemos, ao contrário; Se tínhamos um problema corríamos pra ele.

Uma vez um moleque da escola puxou as minha maria-chiquinhas e ele deu a maior bronca no garoto junto ao Chris. Os dois sempre foram meus heróis.