Fanfic: Incontrolável |+18+| | Tema: Vondy

Capítulo Seis

Pov Christopher

Quando chegamos na boate tive que ir direto com Poncho para o escritório resolver questões financeiras. Ficamos muito tempo resolvendo tudo até que finalmente tínhamos colocado tudo em ordem,como sempre Poncho decidiu ficar mais um tempo alí, pois tinha que mandar todos os documentos pro email, então o deixei sozinho e fui pro bar.

Passei direto do camarote onde Annie e Christian tinham ficado; queria ver o movimento e não ficar preso vendo tudo de cima.

No bar as coisas iam bem. Tudo parecia transcorrer normalmente, reparei que tinham várias pessoas dançando,até que a vi. A mulher em questão era uma beleza de se olhar; morena,de belas pernas e de um rosto, que rapidamente me lembrava uma boneca. Ela parecia muito feliz dançando com a amiga, até que foi se sentar em uma mesa no canto. Fiquei observando enquanto ela pedia ao garçom uma bebida e mexeu rapidamente no celular.

Assim que o garçom chegou para pegar o pedido dela pedi que entregasse um bilhete junto a bebida. Fiz questão de escrever rapidamente, em um pedaço de papel que o barman tinha me dado.

Continuei a olhando a todo momento. Vi a cara de confusão dela quando pegou o bilhete,porém pra minha surpresa a vi amassar e colocá-lo de lado. Decidi que era o meu momento.  Sai caminhando até a mesa dela, tendo cuidado de passar por trás.

Com cuidado me posiciono e sussurro em seu ouvido.

Quanto desprezo por um elogio. – No momento em que falo percebo o susto que ela leva. - Não precisa se assustar. Eu não mordo. – Termino e saio de trás dela.

De perto ela consegue ser ainda mais bonita. Além do corpo que se, sinceramente, se sobressai naquele vestido percebo o rosto delicado. Parecia uma perfeita boneca.

 - Isso é o que o lobo mau diz. – A ouço dizer e percebo que ela tinha se recuperado do susto anterior.

O seu interesse não passa despercebido. O vejo cintilar em seus olhos.

- Então você seria a minha chapeuzinho vermelho? – A pergunto tendo consciência que ostentava uma cara safada, porém ela já tinha me avaliado, então não haveria mal.

Se você acha. – Como se quisesse acabar o assunto por alí, a ouço dizer, mas isso não iria me parar.

Ela queria.Tava claro na forma como me olhava,no entanto estava procurando desviar e eu não iria deixar.

- Sozinha? – Pergunto a olhando diretamente em seus olhos.

- Tá vendo alguém nessa mesa além de você e eu? – Mentalmente anoto; gostosa, bonita, arisca e provocante. Essa garota é o que eu quero.

 - Sim. – Afirmo e sinto vontade de rir ao ver a cara confusa dela. Ponto pro papai aqui. - O clima entre a gente. – Digo e sei que é uma cantada ridícula,mas percebo o segurar de riso dela. Outro ponto pra mim.

- Cara, você deve ter coragem por que noção não tem nenhuma. - A escuto dizer, porém sou um cara paciente. Isso não iria me parar.

- Gatinha selvagem. – A chamo e finalmente a vejo sorrir totalmente. Mais um ponto pra mim. Eu sou o cara.

- Você ganhou,diz o que quer. – A escutar dizer isso me anima totalmente. Já estava pronto pra soltar mais uma cantada.

Me convenço que logo mais ela irá ceder e ir comigo pra cama,basta esperar.

- Você. – Solto bruscamente e vejo uma careta meio que de susto pousar em seu rosto.

Porém não havia o que eu pudesse fazer, afinal sou um cara que joga as cartas na mesa.

- Todos nós desejamos algo que não podemos ter. – Me olhando nos olhos diz.

- O que a gatinha deseja que não pode ter? – Decido apelar pro sarcasmo em busca de alguma resposta.

 - Muitas coisas. – Diz já se levantando da cadeira.

Percebo que para ela a conversa já havia terminado,mas pra mim não. Eu estava determinado a pelo menos consegui o número dela, por isso segurei seu pulso ao vê-la passar por mim.

- Gostei de você. –A olho diretamente e mordo os lábios num gesto instintivo.

- Prova de que tem um ótimo gosto. – Provocante ela responde tentando soltar o pulso, mas eu não queria deixá-la, afinal eu a queria em minha cama.

- Gostaria de saber seu nome. – A puxo pra perto e digo tentando parecer inocente.

Quando acredito que finalmente ela vai ceder totalmente e me dizer seu nome sou pego de surpresa;

- Querer não é poder, lobo mau. – Sussurra em meu ouvido e mordisca minha orelha no final me deixando confuso, o que faz com que afrouxe seu pulso e a deixe ir.

A vejo passar por mim e voltar pra pista de dança, mas decido continuar na mesa, afinal que porra tinha acontecido? Ela tinha mesmo me deixado com cara de pateta? Não podia acreditar. Maldita mulher!

Minutos depois saiu da mesa e vou direto pro bar pegando mais uma bebida e vejo uma das minhas “garotas” me olhando atentamente, e enfim decido esquecer aquela mulher. Se ela não quis, problema dela. 

Vou pro escritório com a minha nova acompanhante e passamos um tempo de amasso por ali, até que satisfeito a deixo e vou até ao camarote em busca dos outros.

Para minha surpresa só encontro Christian, Poncho e um outro cara que parecia ser amigo dos dois. Os três estavam no sofá conversando enquanto bebiam. Ao me vê Chris me chama e vou até eles;

- Cadê a Annie? – Assim que me aproximo pergunto aos dois, ignorando a presença do outro homem.

- Foi dançar. – A resposta que recebo de Christian é tão vaga que tenho vontade de jogá-lo camarote à baixo.

- Com? – Pergunto querendo saber se tinha pelo menos um dos homens a acompanhando.

- As meninas. – O outro homem se pronuncia e desvio meu olhar dos meninos para ele.

- Que meninas? – Novamente pergunto e olho para Poncho e Christian. Com que diabos eles deixam Annie ir dançar em uma boate cheia com sei lá quem?!

- Minha irmã e a amiga dela. – Recebo a resposta do homem e decido que jogarei ele juntamente a Christian.

Percebendo meu nervosismo Poncho decidi se pronunciar.

- Relaxa,Ucker. Ela tá bem. – Diz querendo me acalmar. – Tem homens lá embaixo com ela. – Completa e sinto um alívio me tomar.

Anahí é a garota dos meus olhos. Desde pequeno aprendi a defende-la de todos juntamente a Christian. Por ser a caçula e única irmã sempre fomos o mais protetor o possível em relação a ela.

Com um aceno decido me acalmar, e me sento no sofá de frente a eles.

- Esse é Dylan. – Apresenta Christian me oferecendo uma bebida.

- Prazer. – Murmuro de volta aceitando a bebida oferecida.

 Passo a maior parte do tempo somente ouvindo a conversa deles. Não faço questão de participar, minha cabeça tá no desgraçado que insistia em não contar quem era o mandante de todos aqueles estragos feitos.

- De onde vocês se conhecem? – Inesperadamente pergunto,e vejo o assunto entre os três acabarem.

- Dylan faz parte dos Camorra, o conheci quando fiz uma entrega diretamente a ele. – Conta Christian, e pela falta de detalhes percebo que ele não contou ao Dylan quem de fato éramos.Melhor assim.

- Trabalha a muito tempo nos Camorra? – Minha atenção é desviada pra Dylan.

- Sim. – Responde brevemente e parece querer calcular quanto tempo.  -Acredito que uns quinze anos. Completa duvidoso.

- Muito tempo. – Digo mais pra mim do que pra ele.

- E você? – Pergunta e percebo sua curiosidade pairar no ar.

- Também trabalho a muito tempo. – Respondo, mas tenho vontade de rir.

- Pra qual delas? – Novamente pergunta e entendo que quer saber pra qual das organizações eu trabalhava.

Percebendo que não poderia de fato responder aquela pergunta, Chris decide interromper.

- Acho que já deu por hoje. – Fala deixando claro que estava na hora de irmos.

- Também acho. – Concordo e me levanto.

- Vou procurar Annie. Me encontrem lá fora. – Diz Poncho já descendo as escadas que iam em direção a pista.

- Foi um prazer te ver novamente, Chavez. – Dylan cumprimenta Chris e depois olha em minha direção. – Foi um prazer te conhecer também,cara. – Me cumprimenta e assinto em sua direção.

(...)

Depois do que parecia horas dentro do carro ouvindo Poncho tentar acalmar uma Annie totalmente bêbada, chegamos em casa e entramos rapidamente.

- Pre...Preciamo flacer de nobo. – Parecendo estar com a língua enrolada diz uma Annie toda mole nos braços de Poncho.

Cara de paciência tremenda.

- Faremos, amor. – Afirmava subindo as escadas com ela em seus braços.

- Ele ama mesmo ela. – Desvio o olhar de Poncho, e olho para Christian jogado no sofá.

- Pois é. – Concordo me jogando ao seu lado.

- Acredita que ela quase vomitou nele quando ele foi buscá-la? – Risonho Chris me conta.

- Coitado. – Lamento pelo meu amigo, mas tenho vontade de rir. – Ela vai ser o fim dele. – Me entrego ao riso em seguida.

- Se ela não acabar com ele vai lhe causar belos cabelos brancos. – Concorda rindo.

- Você não contou ao tal Dylan quem somos. – Mudo de assunto e o vejo se acomodar no sofá como se aquilo o incomodasse.

- Gosto muito dele e até confio, porém todo cuidado é pouco. – Conta e assinto.

- As garotas que dançaram com Annie...- Começo querendo saber mais das acompanhantes do Dylan.

- Como ele disse; É a irmã e a amiga dela.- Afirma. – As conheci hoje e me pareciam serem de confiança. – Termina abraçando uma almofada deixada ali.

- Não sei. – Digo desconfiado.

- Não sabe? – Confuso pergunta.

- A Annie nunca bebeu tanto quanto hoje, não sei se essas garotas são boas influências pra ela. – Conto o que de fato vinha achando.

- Christopher, a Annie sequer sai muito de casa. Não é como se ela tivesse tido muitas oportunidades de beber. – Defende as tais garotas, e sou obrigado a concordar.

Sei que fazendo parte desta família, Anahí,não teria muitas chances de não se envolver com tudo isso, porém até onde eu pudesse evitar ela seria poupada de se meter ativamente nessas coisas.

Divulgação:  CRIMINAL

https://fanfics.com.br/fanfic/58400/criminal-vondy-vondy

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