Fanfic: A vida como ela é - Vondy | Tema: Rebelde

“Uma ideia é como um vírus altamente contagiante, que pode crescer, crescer para te formar ou para te destruir.”

O quarto permaneceu silencioso apreciando apenas aquele momento cada um preso em seus próprios pensamentos.

Ele analisava calado a beleza da bebê que se preparava para dormir novamente depois que foi saciada a sua fome.

Ucker: Ela dormiu novamente – Disse interrompendo meus pensamentos, entregando-me outra vez – Acho melhor... eu ir embora, pensar nisso tudo. Só esfriar a cabeça. Digerir, sabe? – Acenei com a cabeça por um minuto tendo pena da confusão que se tornava agora sua vida.

Antes dele chegar até a maçaneta, a porta foi aberta e por ela passou mamãe que nos olhou e como de costume pousou seu olhar em minha irmã deitada na cama.

Ucker: Você! – Falou irritado, mas parecia conter sua raiva ao máximo dentro de si – Eu sei que Ruby é minha filha e de Francisca! – Contou – Mentiu facilmente para mim, mas não irá ser tão provavél que driblará a justiça, Alexandra.

Alexandra: O que sua filha é? Essas suas fontes são muito erradas, meu caro. Sinto muito lhe dizer – Sorriu ironicamente para mim – E que provas tem ao falar isso? – Questionou – Afinal para dizer uma sandices dessas contra a minha pessoa inclusive acharia bom que tivesse provas mais que concretas dessas acusações, Christopher – Desafiou.

Ucker: Veremos se são tão sandices assim! Não tem o que temer já que está tão certa disso – Falou.

Alexandra: Depois de tudo que fiz por todos, inclusive por você que conheço-lhe desde a barriga de sua mãe para agora escutar isso. É demais pra mim! Como o ser humano consegue ser tão ingrato – Disse e gemeu de dor colocando a mão no peito – Eu realmente acredito que não merecia isso – Gemeu novamente apoiando-se na parede fechando os olhos por uns intantes.

Dul: Ucker, por favor só vai embora – Pedi, realmente preocupada com o estado de saúde dela já que depois do acidente não tem passado mal algumas vezes – A doutora disse que o estado de saúde dela está frágil no momento, com tudo acontecendo. Terão outro momento para falar sobre isso. Só vai embora pra não piorar – Pedi novamente vendo que ele havia hesitado, mas dessa vez fez como eu pedi – Mãe, o que está sentindo? – Perguntei, ajudando-a se sentar na cadeira e depositando um pouco de água num copo que lhe entreguei. Fazer essas simples tarefas não foi tão fácil sozinha apenas com uma mão enquanto a outra continuava segurando a Ruby.

Caminhei até a porta que ainda estava aberta chamando uma enfermeira que não demorou para vim á nosso socorro.

Alexandra: Eu não preciso de nada disso. Só que minha filha acorde trazendo-me alegria dentro de tantas decepções que recebo dia após dia desse minha vida – Disse recusando-se á tomar um comprimido ao qual a enfermeira lhe entregou com a finalidade de abaixar a pressão que no momento da discussão estava alta.

Dul: Mãe, por favor faça o que a enfermeira recomendou. Lhe fará bem e evitará mais um membro da família hospitalizado – Falei.

Alexandra: O que me fará bem é que sua irmã acorde. Apenas isso! – Retrucou – É isso que você queria que eu ficasse numa cama de hospital assim como Francisca não é? – Acusou-me não dando tempo para negar firmemente – Saiba que é a sua culpa que ela está desse jeito! Aposto como você provocou esse acidente de propósito e agora está fazendo esse papel deploravél de boa moça como sempre. Nunca cai nisso e não é agora que vou cair. Cada vez vejo o quão decepcionante você é, Dulce Maria. É a sua culpa que estou passando por todo esse sofrimento!

Se fosse em outros tempos á deixaria julgar-me como sempre, mas não agora que estou passando por tanta coisa. Tentando retomar a situação o melhor possível e ainda estar ferida fisicamente e psicologimente.

Dul: CHEGA MÃE – Gritei irritada com as asneiras que falava – Não cansa não de me culpar por tudo que acontece de ruim em sua vida? Não cansa de julgar ás pessoa? E ainda possível errado. Sei que está sofrendo, aliás todos nós estamos por tudo isso, mas não lhe dar o direito em nenhum momento de acusar-me de provocar esse fatal acidente, fatalidade. Eu nunca faria nada pra machucar minha irmã, contudo menos eu – Que não seja intencionalmente, pensei pra mim mesma. Eu tinha a tendência de sabotar eu mesma – E ainda mais que estou gostando de ver Chica neste estado ou você. Qualquer pessoa que seja! Eu não tenho que ficar aqui ouvindo isso, sinceramente! Estou ferida, em choque e ainda tentando processar tudo que houve – Respondi, suspirando.

Alexandra: Você faz mal em tudo que toca, garota – Disse com raiva – A prova viva é sua irmã, eu e como se não bastasse agora Ruby.

Dul: O que quer dizer? Eu repito nunca faria mal á ninguém! Contudo menos a uma bebê – Retruquei ficando cansada desse papo que julgava desnecessário.

Alexandra: Não mesmo? Então o que acabou de fazer? Revelou para o Christopher que ele é pai dela. Ultrapassando o desejo de sua irmã e o meu. Não ver que o que fizemos, o que eu fiz foi o melhor pra todos? Para poupar de maiores problemas? Mas tinha que meter o bedelho aonde não é chamada, como sempre – Respondeu dando um sorriso irônico.

Dul: Contei mesmo! – Admiti – O que tinha que ter sido feito muito antes! Esconder a paternidade de Ruby nunca foi um desejo de Chica! E não vejo como isso possa ser um problema e se caso for iremos superar quando chegar á hora – Respondi colocando a bolsa em meu ombro.

Alexandra: Vejo que não entende é nada. És, uma verdadeira ignorante!

Dul: Aí é que está, eu entendo perfeitamente, mamãe – Depositei um beijo na testa de minha irmã e sai do quarto querendo desaparecer daquele hospital o mais rápido possível.

Quando tive a ideia de ir lá hoje não pensei que poderia terminar de forma tão ruim.

Não que eu não estivesse já acostumada com a maneira e o jeito que Alexandra Savinón me tratava, mas por mais que eu não tentasse sempre ressenti disso.

Não compreendia o porquê de tanta hostilidade direcionada para mim.

Isso foi desde criança. Sempre fui negada qualquer afeto ou atenção de sua parte.

Quer dizer somente dava-me atenção para repreender-me, zombar de mim. Até mesmo na frente das pessoas, estranhos.

Quando ocorria em público era o pior de tudo para mim, sentia-me tão mal, inútil que por um tempo decidi parar de ir nas festas sabendo que seria alvo mais uma vez de comentários horrendos de minha própria mãe que deveria de ser minha âncora, mas era o contrário.

Era o iceberg.

Tão fria quanto.

Só era diferente, até mesmo amavél pra Chica e nada mais, raramente para meu pai também.

Chica defendia-me e tentava convencer-me desculpas de modo como se o dia de mamãe não tivesse sido tão agradavél para ser comigo, mas no fundo eu sabia e sentia.

O problema sempre foi eu e comigo.

Eu era a raiz e ela tinha que cortar o mal pela raiz.

Essa era a mensagem que ela deixava sempre pra mim através de suas palavras, gestos.

Vovó Diná era a presença mais próxima de uma mãe para mim, ela ocupou de bom grado o lugar da maternidade que minha mãe não fez nenhuma questão de reivindicar.

E pra falar a verdade acho que nunca vai.

Hey, povo

Gostaram? O que acharam dessa afronta entre Ucker e a mamã Savinón? Rendeu hein! O que será que ele irá fazer á respeito disso? Palpites? E Alexandra e Dul? Que que isso, minha gente :O

Alexandra é muito má com a nossa vida :( 

Como uma mãe pode ser assim, hein? O que estão achando de tudo?

Até mais!

:Kiss