Fanfics Brasil - Um passo de cada vez. The Deal: Sem querer me apaixonei.

Fanfic: The Deal: Sem querer me apaixonei. | Tema: Herroni


Capítulo: Um passo de cada vez.

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Atletas não são muito o meu tipo, mas alguma coisa nele me faz agir como idiota.


— Você está dando bandeira de novo.


A provocação de Ana Brenda me faz corar. Ela já me flagrou babando por William algumas vezes e é uma das poucas pessoas para quem admiti minha queda por ele.


Annie, que mora comigo, também sabe, mas meus outros amigos? Nem pensar. A maior parte deles está fazendo especialização em música ou teatro, então acho que isso faz de nós o grupinho de artistas. Ou talvez de emos. Tirando Annie, que tem um relacionamento desses que vai e volta com um membro de uma fraternidade desde o primeiro ano, meus amigos gostam de se divertir às custas da elite de Briar. Em geral, não participo (prefiro pensar que estou acima do hábito de fazer fofoca dos outros), mas… convenhamos, a maioria dos alunos populares são uns babacas completos.


Alfonso Herrera, por exemplo, o outro atleta estrela da turma. Anda por aí como se fosse o dono do pedaço. E acho que é um pouco. Basta ele estalar os dedos e uma menina desesperada aparece aos seus pés. Ou pula no seu colo. Ou enfia a língua na sua goela.


Hoje, no entanto, não está com cara de todo-poderoso. Quase todo mundo já foi embora, incluindo Lizaldi, mas Alfonso não levantou do lugar e está com os punhos cerrados em volta da prova.


Também deve ter reprovado, mas não tenho muita pena do cara. A Briar é conhecida por duas coisas: hóquei e futebol americano, o que não surpreende, já que Massachusetts é o lar tanto dos Patriots quanto dos Bruins. Os atletas da Briar quase sempre viram profissionais e, enquanto estão aqui, recebem tudo de mão beijada — até as notas.


Tudo bem, pode ser que isso faça de mim uma pessoa um tantinho vingativa, mas dá uma sensação de triunfo saber que Lizaldi vai reprovar o capitão do nosso vitorioso time de hóquei junto com todo mundo.


— Topa tomar um café? —, pergunta Ana Brenda, recolhendo os livros.


— Não posso. Tenho ensaio em vinte minutos. — Fico em pé, mas não a acompanho até a porta. — Pode ir. Preciso dar uma olhada na agenda antes de sair. Não lembro que dia é a minha próxima reunião com a professora assistente.


Outra “vantagem” de estar na turma de Lizaldi: além da palestra semanal, somos obrigados a fazer duas seções de trinta minutos por semana com a professora assistente, Dana, que pelo menos tem todas as qualidades que faltam a Lizaldi. Como senso de humor.


— Beleza —, diz Ana Brenda. — Vejo você depois.


— Até mais —, respondo.


Ao som da minha voz, William para na porta e vira a cabeça.


Ai. Meu. Deus.


É impossível não ficar com a cara toda vermelha. É a primeira vez que fazemos um simples contato visual, e não sei como responder. Digo oi? Aceno? Sorrio?


No final, decido-me por cumprimentá-lo com um pequeno aceno. Pronto. Descontraído e casual, condizente com uma universitária sofisticada do terceiro ano.


Seus lábios se curvam num leve sorriso, e meu coração dá um pulo. William acena de volta e vai embora.


Fico olhando a entrada do auditório vazia. Meu pulso dispara porque puta merda. Depois de seis semanas respirando o mesmo ar neste lugar abafado, finalmente William notou que existo.


Queria ter coragem o suficiente para ir atrás dele. Talvez convidá-lo para um café. Ou um jantar. Ou um café da manhã… espere aí, gente da minha idade toma café da manhã?


Mas meus pés fincam no piso laminado e polido. Porque sou uma covarde. Isso aí, uma covarde total e completa. Tenho pânico de que ele diga não — mas mais ainda de que diga sim.


Quando comecei esta faculdade, estava tudo bem na minha vida. Com meus problemas deixados para trás e a guarda baixa, estava pronta para ficar com outras pessoas. E foi o que fiz. Saí com vários caras, mas, tirando meu ex-namorado, Derrick, nenhum deles fez meu corpo formigar como William Levy, e isso me tira do sério.


Um passo de cada vez.


É assim mesmo. Seguir em frente com um passo de cada vez. Era o conselho preferido da minha psicóloga, e não posso negar que a estratégia tenha me ajudado muito. Se concentrar nas pequenas vitórias, era o que Carolina sempre dizia.


Então… a vitória de hoje… Acenei para William, e ele sorriu para mim. Na próxima aula, talvez eu sorria de volta. E na outra quem sabe eu não levanto a ideia do café, do jantar ou do café da manhã.


Respiro fundo e desço o corredor, me agarrando a essa sensação de vitória, por menor que seja.


Um passo de cada vez.



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Autor(a): ThammyPerroni

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Reprovei. Não acredito que reprovei. Por quinze anos, John Lane distribuiu notas dez como se fossem balas. Mas justo no ano em que eu faço a matéria, Lane bate as botas e tenho que me contentar com Renata Lizaldi. É oficial. A mulher é minha arqui-inimiga. Só de ver sua letrinha rebuscada — que preenche cada milímetro ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 6



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  • poly_ Postado em 31/08/2018 - 11:02:51

    Tô amando, continuaa logooo!!!

  • mariana_medina Postado em 04/08/2018 - 10:00:51

    Aaaaaaaa adoreeeeeei kkkkkkkkkkk

  • mylene_herroni Postado em 01/08/2018 - 13:32:58

    "Assim que chegamos à porta, ela tropeça em absolutamente coisa nenhuma e seus livros se espalham no chão." EU NA VIDA KKKKKKKKKKKKKKK

    • ThammyPerroni Postado em 01/08/2018 - 14:03:34

      Kkkkkkkk somos 2 então

  • mylene_herroni Postado em 01/08/2018 - 13:18:09

    Eu ja tô amandoooo! Continuaaaa

    • ThammyPerroni Postado em 01/08/2018 - 14:03:00

      Aja que bom fico feliz amore. Seja bem vinda.


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