Fanfics Brasil - Topa me dar umas aulas? The Deal: Sem querer me apaixonei.

Fanfic: The Deal: Sem querer me apaixonei. | Tema: Herroni


Capítulo: Topa me dar umas aulas?

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Ela ergue as sobrancelhas de novo.


— Meio atiradinho da sua parte, não? A gente nem se conhece.


Reviro os olhos.


— Não estou pedindo para você tirar a roupa, gata. Só quero dar uma olhada na sua prova.


— Gata? Tchau, atiradinho; oi, presunçoso.


— Você prefere senhorita? Ou madame? Usaria seu nome, mas não sei.


— Claro que não. — Ela suspira.  — É Maite —, e, após uma pausa forçada: — Alfonso.


Tá, eu sabia que começava M.


E também não me passou despercebido o jeito como ela pronunciou o meu nome, como se dissesse: Está vendo, eu sei o seu, babaca!


Ela pega o restante dos livros e se levanta, mas não lhe entrego a prova. Em vez disso, fico em pé e começo a passar as páginas. Ao correr os olhos por suas respostas, meu humor despenca ainda mais, porque se esse é o tipo de análise que Lizaldi espera, estou ferrado. Caramba, estou estudando história por um motivo — lido com fatos. Preto no branco. Tal coisa aconteceu a tal pessoa e aqui está o resultado.


As respostas de Maite giram em torno de baboseira teórica e de como os filósofos responderiam a diversos dilemas morais.


— Obrigado. — Devolvo a prova e, enfiando os polegares nos passadores da calça jeans, arrisco: — Ei, escuta. Você… acha que poderia… — Dou de ombros. — Você sabe…


 Ela treme os lábios como se estivesse fazendo força para não rir.


— Na verdade, não sei, não.


Solto um suspiro.


— Topa me dar umas aulas?


Seus olhos castanhos — os olhos castanhos mais escuros que já vi, delineados por grossos cílios pretos — vão de surpresos a céticos em segundos.


— Eu pago —, acrescento, às pressas.


— Ah. Hmm. Bom, é claro que eu cobraria. Mas…— Ela balança a cabeça. — Desculpa. Não posso.


Disfarço a decepção.


— Vamos lá, quebra essa pra mim. Se eu me sair mal na segunda chamada, minha média vai pro saco. Por favor?


Abro um sorriso, o que faz minhas covinhas aparecerem, e isso nunca falha em derreter corações.


— Isso costuma funcionar? —, ela pergunta, curiosa.


— O quê?


— Esse sorriso de menino pidão… te ajuda a conseguir as coisas?


—Sempre —, respondo, sem hesitar.


— Quase sempre —, me corrige.— Olha, sinto muito, mas realmente não tenho tempo. Já estou conciliando trabalho e estudo, e com o festival de inverno chegando, vou ter ainda menos tempo.


— Festival de inverno? —, pergunto, sem entender.


— Ah, esqueci. Se não for sobre hóquei, então você não sabe o que é.


— Quem está sendo presunçosa agora? Você nem me conhece.


Após uma pausa, ela solta um suspiro.


— Estou cursando música, entendeu? E o departamento de artes organiza duas apresentações por ano, o festival de inverno e o de primavera. O de inverno garante uma bolsa de cinco mil dólares. É um evento grande, na verdade. Gente importante do mercado viaja o país inteiro para acompanhar. Agentes, produtores, caça-talentos… Então, por mais que adore a ideia de ajudar você…


— Adora coisa nenhuma —, resmungo. — Você está com uma cara de que nem queria estar falando comigo.


O movimento de desdém que ela faz com os ombros é de tirar do sério.


— Está na hora do meu ensaio. É uma pena que você vá reprovar nessa matéria, mas, para você se sentir melhor, todo mundo vai.


Estreito os olhos.


— Menos você.


—Está fora do meu controle. Lizaldi parece gostar do meu tipo de baboseira. É um dom.


— Bom, quero esse dom. Por favor, mestre, me ensina a arte da baboseira.


Estou a dois passos de me jogar de joelhos no chão e implorar, mas Maite segue até a porta.


— Tem um grupo de estudos, sabia? Posso passar o telefone…


— Já estou no grupo de estudos —, murmuro.


— Ah. Nesse caso não posso fazer muito mais por você. Boa sorte com a segunda chamada. Gato.


Ela dispara em direção à porta e me deixa para trás, encarando o vazio, frustrado. Inacreditável. Todas as meninas da faculdade dariam um braço para me ajudar. Mas essa? Foge como se eu estivesse sugerindo que a gente matasse um gato e fizesse um sacrifício ao demônio.


Agora estou de volta ao ponto em que estava antes de “Maite que começa com M” me dar um lampejo mínimo de esperança.


Totalmente ferrado.



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Autor(a): ThammyPerroni

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 6



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  • poly_ Postado em 31/08/2018 - 11:02:51

    Tô amando, continuaa logooo!!!

  • mariana_medina Postado em 04/08/2018 - 10:00:51

    Aaaaaaaa adoreeeeeei kkkkkkkkkkk

  • mylene_herroni Postado em 01/08/2018 - 13:32:58

    "Assim que chegamos à porta, ela tropeça em absolutamente coisa nenhuma e seus livros se espalham no chão." EU NA VIDA KKKKKKKKKKKKKKK

    • ThammyPerroni Postado em 01/08/2018 - 14:03:34

      Kkkkkkkk somos 2 então

  • mylene_herroni Postado em 01/08/2018 - 13:18:09

    Eu ja tô amandoooo! Continuaaaa

    • ThammyPerroni Postado em 01/08/2018 - 14:03:00

      Aja que bom fico feliz amore. Seja bem vinda.


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