Fanfic: Comporte-se Mal - Vondy (adaptada-finalizada) | Tema: Vondy, HOT

Dulce

Mamãe estava andando para lá e para cá na minha frente, enquanto ela fumava seu terceiro cigarro em uma fileira. — Eu não posso acreditar que você deixou que o menino passasse a noite. Ver sua caminhonete estacionado do lado de fora quando cheguei em casa... — Ela balançou a cabeça, em seguida, tomou outra longa tragada.

— Mamãe, ele estava desmaiado no sofá. Não é como se eu lhe aconchegasse na minha cama, — eu respondi, desejando que ela se sentasse. Nunca foi uma coisa boa quando Mamãe estava andando. Era um milagre que ela não colocou uma bala em Hank ontem à noite.

— Ele é lixo, Dulce. Você sabe disso. O que está errado com você? Eu pensei que você finalmente tinha conseguido tirá-lo fora de seu sistema. Ele tem um filho, pelo amor de Deus. O que mais ele tem que fazer para você antes de você acordar, inferno?

Passei a mão pelo meu cabelo emaranhado e suspirei. Ela não estava me ouvindo. Ela não acreditava que eu tinha deixado Hank dormir porque tinha bebido. Ela pensou que significava algo mais.

— Eu não quero Hank. Acabou. Mas ele precisava dormir. Eu não vejo mal nenhum nisso.

— Qualquer mal nisso? Realmente, menina? Isso é o que você vai dizer? Preciso lembrá-la que, quando aquele menino encaixar, ele vai balançar os punhos, como se você fosse o seu maldito saco de pancadas? Eu não vou dizer isso de novo. Eu não vou. Eu vou para a cadeia por atirar em seu rabo, antes de deixá-lo voltar para a sua vida.

Ela nunca entendeu Hank. Ninguém entendia. Nem mesmo a mulher com quem teve um filho. — Eu cansei de salvá-lo. Ele não pode ser salvo. Eu sei disso.

Mamãe esmagou o cigarro no pequeno prato em cima da mesa e caminhou até a cafeteira. — Eu já lhe disse uma vez, quando vocês eram crianças, que ele iria acabar na cadeia um dia ou ele ia acabar morto. Você nunca me ouviu, e ele te machucou de novo e de novo.

Hank tinha sido um ponto de discórdia entre Mamãe e eu, pela maior parte da minha vida. Mamãe me queria o mais longe possível dele. Eu, no entanto, não conseguia virar as costas para ele. — Eu sei.

Ficamos ali sentadas em silêncio enquanto ela afundou-se na cadeira em frente a mim. — Você é linda. Você sempre teve aquele olhar. Use aqueles olhares, bebê. Use-os para dar o fora desta vida. Não desperdice com os gostos de Hank. Esta não é uma vida que eu quero para você.

— Eu saí com o irmão de Jax Uckermann ontem à noite, — eu soltei. Eu não ia dizer-lhe isso. Eu duvidava que um dia eu iria ver Christopher novamente. Eu já havia tentado levá-lo a fazer um movimento sobre mim e ele se afastou repetidamente. Ele tinha sido tão educado sobre isso, também. Como se ele não quisesse ferir meus sentimentos. O que só tinha feito isso muito pior.

— Jax Uckermann, a estrela do rock? Seu irmão? — Mamãe perguntou, para esclarecer.

Eu balancei a cabeça.

— Então foi com ele que você foi nadar nua na noite passada?

Revirando os olhos, tomei um gole de café. Com certeza, Mamãe já teria ouvido falar sobre isso. — Walt foi ao Jugs ontem à noite? — Perguntei.

Ela assentiu com a cabeça. — Sim. Disse-me que ele lhe deu outro aviso. Eu o mandei ir embora, no entanto. Ele perdoou você.

Eu não queria pensar em como Mamãe o fez ir embora. Eu tentei não pensar sobre essa parte de sua vida.

— Então ele não estava aqui quando o estúpido do Hank apareceu? — ela perguntou.

Não, Christopher não estava aqui. Ele tinha me deixado e correu. Eu balancei minha cabeça.

— Você o convidou a entrar?

Eu podia ouvir as perguntas não formuladas em sua voz. Ela queria saber se eu tinha dormido com ele. Levantei-me e fui até a pia, em seguida, enxaguei meu copo antes de coloca-lo para baixo.

— E você fez? — Ela repetiu.

— Fora da minha liga, — eu respondi, desejando que eu não tivesse contado a ela sobre ele. Ela esperava que ele me chamasse. Ela se perguntava como eu tinha bagunçado isso. Mamãe não entendia que eu não podia simplesmente fazer todos os homens caírem aos meus pés. Christopher não seria minha passagem desta vida. Ela não podia ter esperanças.

— Ninguém está fora de sua liga, — ela respondeu com raiva.

Comecei a discutir, quando meu telefone tocou. Segurando minha respiração, eu o peguei da mesa e olhei para ele. Eu tinha me mandado uma mensagem do telefone de Christopher noite passada, então eu tenho o número dele também. Não que eu alguma vez tivesse a intenção de usá-lo.

O nome dele se iluminou minha tela. Ele estava me ligando.  Ele disse que iria ligar, mas eu não tinha acreditado que ele o faria. Por que ele estava ligando?

— É ele? — A voz de mamãe me tirou dos meus pensamentos, e eu olhei para sua expressão curiosa. Eu simplesmente assenti.

— Bem, você vai responder ou só olhar para ele?

Ela estava certa. Eu precisava responder. Eu queria responder. Não era? Nervosa, eu deslizei meu dedo na tela e levantou o telefone no meu ouvido. — Olá.

Uma pausa. Uma apenas o tempo suficiente para fazer com que meu estômago caísse. Eu tinha esperado muito tempo para responder.

— Dulce? — A voz de Christopher respondeu do outro lado. Era ele.

— Sim.

— Ei, é Christopher. Parece que você deixou seu bastão no meu carro de novo, — disse ele, em um tom divertido.

Minha pequena quantidade de alegria despencou. Claro. Ele estava chamando sobre o bastão. Foi por isso que ele tinha voltado ontem. — Oh. Eu sou... É. Desculpe por isso.

— O que você está fazendo hoje? – Ele questionou.

— Eu tenho uma aula. Eu estou tomando alguns cursos de verão, — eu respondi.

Ele não respondeu de imediato. Era quase como se ele estivesse surpreso. — E depois? Hoje à noite?

Eu sabia que devia dizer-lhe que ele poderia deixar o bastão fora e que a minha mãe estaria aqui. Mas eu não queria. Eu queria vê-lo novamente. — Eu tenho que ir ao jogo de futebol do filho do meu primo. Ele tem onze anos e ele me pediu para ir. Alfonso também viria me pegar e me arrastar pelo meu cabelo, se ele achasse que eu ia deixar o garoto chateado. Mas... — Eu parei. Devo convidá-lo?  Isso era estúpido? Era um jogo do campeonato de futebol juvenil.

—Eu gosto de futebol, — disse Christopher.

— Oh, bem, então gostaria de vir... comigo? — Eu nunca tinha estado tão nervosa com um cara na minha vida. Mas então, eu nunca convidei nenhum cara para algo que não envolvesse acabar comigo na traseira de sua caminhonete depois.

— Adoraria. A que horas devo buscá-la?

Ele não ia me encontrar lá. Ele ia me levar. Olhei para minha mãe, que me olhava com um sorriso satisfeito no rosto. Eu não conseguia pensar como ela. Ele só iria me machucar. Eu tinha que lembra-la que era disso que eu estava falando. Ele não era permanente.

— Seis, — eu finalmente disse a ele.

— Eu te vejo às seis, — respondeu ele. —Tenha um bom dia, Dulce.

— Uh, sim, um bom dia para você também, — eu gaguejei, antes de desligar o telefone e deixá-lo cair para a mesa.

— Então, ele convidou-se para o jogo. Acho que ele não está tão fora da sua liga, afinal. Mas ele é apenas diversão. Aproveite-o menina, mas lembre-se que ele é apenas um homem. Ele vai se casar com uma menina com um fundo fiduciário. Cuidado com o coração.

Eu olhei para ela, de repente, confusa. — Eu pensei que você gostaria que eu desembarcasse em um homem rico.

Ela franziu o cenho. — Há ricos e há os podres de ricos. Ele é apenas o seu Logan. Não se esqueça disso.

Quem era Logan? Eu comecei a perguntar e mudei de ideia. Ouvir a lógica da minha mãe poderia confundir alguém. Mamãe não confiava nos homens.