Fanfic: Comporte-se Mal - Vondy (adaptada-finalizada) | Tema: Vondy, HOT

Dulce

Amanda era o tipo de garota que eu podia ver com Christopher. Ela fazia mais sentido. Ela era do tipo que ele teria conseguido trabalhar. Ela o teria feito voltar para Sea Breeze uma e outra vez

Eu não era.

Eu era a aventura. Passei a maior parte do jogo torcendo por Brent, o menino do Alfonso e empurrando esses pensamentos para o fundo da minha mente. Amanda era a única da elite na multidão de Sea Breeze, que me deu uma chance. O resto deles prendiam o nariz no ar e me tratavam como... a filha de uma stripper.

Amanda era diferente. Assim como seu irmão, Marcus. Eles aceitavam todos. Então, eu me recusei a ficar com ciúmes de Christopher ter encontros com Amanda. Estávamos apenas saindo, de qualquer maneira. Ele iria embora em breve.

Brent pegou um passe, e eu esqueci meus problemas e pulei para torcer. Alfonso estava em pé, no campo, ao lado do treinador. Quando Brent veio correndo para a margem, ele correu direto para Alfonso e jogou os braços ao redor dele. Eu senti um nó na minha garganta e meus olhos lacrimejaram. Os irmãos mais novos de Preston sofreram muito quando sua mãe estava viva. A única razão pela qual eles haviam sobrevivido foi porque Preston fez questão de cuidar deles. Ele fez coisas que ele provavelmente nunca iria perdoar a si mesmo, a fim de fornecer-lhes o que eles precisavam.

Preston tinha pulado e descido as arquibancadas para o campo, quando vaiou e gritou. De alguma forma, eles fizeram este trabalho todo, e ver os sorrisos nos rostos felizes das crianças faria qualquer um chorar. Alfonso e Anahí eram excelentes pais.

Estendi a mão e limpei a lágrima que se soltou, antes de me sentar ao lado de Christopher. Eu podia sentir seus olhos em mim, e eu olhei para ele e sorri. A expressão curiosa em seu rosto me confundiu. Voltei minha atenção de volta para o campo.

— Quando isso acabar, você quer ir comer alguma coisa, — perguntou Christopher.

Olhando para trás, para ele, eu decidi que não havia nada que eu preferisse fazer. Ficar muito apegada a esse cara não era algo que eu poderia fazer, mas eu gostava de passar o tempo com ele. Ele não estava constantemente tentando me apalpar, e ele não falava comigo como se eu fosse inferior a ele. Ele era tão doce em público, como ele era em privado. E ele parecia gostar de mim. Na verdade, ele riu do meu sarcasmo e ele ficou quando eu estava brincando. Ele não rolava os olhos para mim ou me ignorava.

Era uma experiência única.

— Sim, soa bem, — eu respondi.

Ele sorriu e voltou sua atenção para o campo.

— Uh-oh, Dulce. Você pode querer ir buscar Alfonso, — disse Amanda em um tom preocupado.

Olhei para ela. Eu perguntei: — O quê? — Sua carranca estava focada em algo ou alguém. Eu segui o olhar para ver Hank atravessando o estacionamento ao lado de Carrie, que estava segurando a mão de seu menino. Ele estava apenas mal andando agora. Hank quase nunca ia a parte alguma com Carrie e seu filho. Normalmente, eu só o via com o menino. Eu estando aqui com Christopher, e ele estar aqui com Carrie, era o drama que eu não queria esta noite.

— O que é isso? — Perguntou Jason.

Eu afastei meu olhar do meu ex e sua pequena família. —Você está pronto para ir comer agora? — Eu perguntei. Era o início do terceiro quarto, mas ficar era uma má ideia. Eu não queria explicar Hank para Christopher.

— Estou com fome, — eu respondi, levantando-me e pegando o seu braço para puxa-lo também. Ele levantou-se ao meu lado de bom grado. Eu tentei não deixar meu lado se debruçar sobre o seu braço por muito tempo. Os músculos rígidos, definidos, sob a palma da mão era um pouco perturbador, por isso soltei a minha mão. — Vejo você mais tarde, Amanda. Vamos, Alfonso e Anahí, vão entender por que eu tive que sair.

Ela assentiu com a cabeça e me deu um sorriso compreensivo.

Quando chegamos ao fundo das arquibancadas, olhei para ver se Hank tinha me notado. Ou pior, se Carrie tinha. Ela me odiava e era muito verbal com seu ódio por mim. Eu não queria chegar perto, com Christopher aqui para ver e ouvir.

— Você vai me dizer o que está acontecendo, ou eu começo a adivinhar? — Disse Christopher, perto do meu ouvido.

Os olhos de Hank me encontraram naquele momento. Eu parei de andar e peguei a mão de Christopher. Merda. A raiva nos olhos de Hank não era coisa boa. Isso ia ser uma grande bagunça. Eu me virei para Christopher. — O cara da caminhonete que eu bati. Ele está aqui, — eu expliquei.

Os olhos de Christopher rolaram ao redor, e em seguida, um sorriso surgiu em seus lábios. — Ainda bem que eu não estou dirigindo o Porsche.

Isso não era engraçado. Por que ele tinha que parecer assim, malditamente sexy e divertido?

— Sim, bem, ele sabe que era eu. Vamos.

A mão de Christopher encontrou a minha, me surpreendendo. Olhei para nossas mãos, enquanto seus dedos se enfiaram nos meus.  O que ele estava fazendo?

— Você vai ficar bem. Eu prometo, — ele disse, com uma voz firme, calma que me acalmou. Mesmo que ele não soubesse como insano Hank poderia ser.

— Obrigada, — eu sussurrei, endireitando-me, enquanto caminhávamos em direção ao estacionamento. Hank tinha parado de andar. Eu não ia fazer contato visual com ele. Talvez ele apenas nos deixasse caminhar sem dizer nada.

Christopher não disse nada até chegarmos mais perto, mas o olhar aquecido de Hank parecia que estava queimando um buraco na minha cabeça. Ele estava chateado. Eu nem sequer olhei para Carrie. Eu sabia que ela iria gritar, se eu lhe desse alguma razão para pensar que eu queria Hank.

Ouvi o grunhido de raiva de Hank. — Cale a boca. — Fantástico. Carrie estava dizendo algo sobre eu estar aqui. Eu peguei o meu ritmo, e Christopher apertou a minha mão,  mas se recusou  a andar mais rápido. Ele obrigou-me a manter o ritmo constante.

— Pegue o bebê, Hank. Eu quero dizer isso. Se você falar com essa puta, eu vou a pé. Eu não vou tê-lo. Eu juro que eu não vou. — Carrie estava falando alto o suficiente para que as pessoas ao  nosso redor pudessem ouvi-la. Ela adorava fazer cenas.

— Cale a boca, vadia, — ele gritou, e eu estremeci. Eu sabia como isso parecia. As palavras de raiva de Hank. Eu também sabia como o punho de Hank parecia. Certamente ela percebeu que empurra-lo não era seguro.

— Desculpe-nos, — disse Christopher, bem quanto nós passamos por eles. Christopher se moveu para o outro lado de modo que ele estava entre eles e eu. Não era mesmo óbvio, ele fez isso com uma facilidade tão casual.

— Quem diabos é você? — Hank perguntou, e eu pensei que Christopher estava para ignorá-lo. Mas ele não o fez.

Ele parou, e me mudei para ficar atrás dele antes de ele se virou para olhar para Hank. — Desculpe-me, — ele respondeu. A borda de advertência em sua voz me surpreendeu. Christopher sempre foi tão agradável e descontraído.

Hank deu um passo para nós, e eu tentei passar na frente de Christopher, mas sua mão em cima de mim apertou com força, enquanto ele me puxou de volta para trás. A única maneira que eu poderia ficar livre era se eu o empurrasse. Eu não ia fazer isso, a menos que eu precisasse, para manter Hank longe de bater nele.

— Eu perguntei quem diabos você é, — ele rosnou.

— Eu não vejo como isso possa ser da sua conta, — Christopher respondeu.

As mãos de Hank fecharam punhos ao seu lado e seu rosto ficou vermelho. —Dulce é da minha conta, e se você não tirar a merda da sua mão da dela, agora, eu vou removê-la do seu corpo.

Ok, eu tinha que fazer algo. Carrie estava gritando com ele, e ele ia esbofeteá-la ou socar Christopher.

— Última vez que verifiquei Dulce não era sua, — a voz de Dewayne advertiu. —Não é sua por um longo tempo, agora. Por que você não pega o seu bebê e a mãe dele, e seguem em frente, lembrando sempre de quem diabos são os seus amigos. — Eu olhei para trás, para ver a sua fria expressão ‘assustadora como inferno’ focada em Hank.

— Fique fora disso, Dewayne. Não é da sua conta, — Hank rosnou.

— Eu estive procurando uma razão para esmagar seu rosto por um ano agora. Vá em frente e me irrite, — Dewayne respondeu, passando por nós e indo para Hank.

— Por favor, o irrite. Eu adoraria vê-lo bater o seu rabo, — Preston falou lentamente, enquanto ele caminhava até nós. Amanda deve ter ido dizer-lhe o que estava acontecendo. O sorriso de playboy que ele sempre usava tinha ido embora. Seus olhos estavam fixos em Hank. — Seu menino está chorando.  Melhor cuidar disso.

— Hank, por favor, vamos, — Carrie pediu, puxando seu braço. Sua feiura para mim foi embora, agora que eles foram imprensados entre dois dos melhores amigos de meu primo.

— Não acabou, Dulce. Não vai acabar nunca, baby. Você sabe disso, — disse Hank, olhando diretamente para mim.

Eu me endireitei meus ombros e olhou para Hank sobre o ombro de Christopher desde que ele não me deixaria ficar em torno dele.

— Isto já acabou, Hank.

Ele balançou a cabeça. — Estamos no jogo final, bebê. Lembra- se. Nós íamos foder no jogo final. Sempre foi assim.

Eu tinha-lhe dito isso uma vez. Quando eu era jovem e tola. Quando eu pensei que ele realmente ia me machucar. Não mais. Eu não queria essa vida. E eu não o amava mais.

— Não. Ele é o seu fim de jogo, — eu respondi, apontando para o menino agora nos braços de Carrie. — Vamos, — eu disse, puxando o braço de Christopher. Eu não tinha dúvida de que ele ia querer me levar para casa agora e me deixar. Essa bagunça com Hank iria fazer qualquer cara fugir de mim. Mas eu queria sair de qualquer maneira. Eu não poderia ficar aqui.

Christopher assentiu e se virou, ainda segurando minha mão com força na sua, enquanto caminhávamos de volta ao seu  Hummer, sem uma palavra. Eu queria pedir desculpas, mas como poderia explicar isso? Admitir que eu tinha sido apaixonada pelo homem louco, isso diria muito sobre mim.

Ele abriu a porta e me ajudou a entrar, antes de fechá-la e andou para entrar em banco do motorista. Quando ele entrou e fechou a porta, ele não botou o cinto de segurança. Em vez disso, ele olhou para mim. Eu me preparei para o seu cair fora. Eu poderia lidar com isso. Eu estava acostumada com isso.

— Eu gostaria de ter conseguido a chance de ver sua caminhonete depois de bater a merda fora dela, — disse ele.

Eu sentei lá e olhei para ele. O quê? Eu estava confusa.

Um pequeno sorriso surgiu em seus lábios. Toda a preocupação e stress que tinha me enrolado apertado foi liberada. Deixei escapar a respiração que estava segurando.

Sua expressão se suavizou. — Eu quero um bom hambúrguer. Você está bem com isso, ou você quer mais alguma coisa?

Ele não estava me levando para casa. Eu me inclinei para trás e sorriu para ele. — Hambúrgueres estão bons para mim.

— Você é do local. Onde posso obter um bom hambúrguer? — Ele disse, quando ligou o motor e trocou a marcha à ré.

— Pickle Shack, — eu respondi.

— Coloque o cinto de segurança, — disse ele com uma piscadela, em seguida, retirou-se para a estrada.

Meu coração deu uma pequena oscilada. Assustada com a minha reação, peguei o cinto de segurança e coloquei-o.

— Você quer falar sobre isso lá atrás? – Ele perguntou.

Ele não parecia com raiva, nem estava exigindo. Eu não tinha certeza do que fazer com ele. Ele era tão diferente. Eu não queria explicar Hank para ele. Eu nunca queria que ele visse Hank novamente. Essa parte da minha vida era embaraçosa.  — Na verdade não, — eu respondi honestamente.

Christopher assentiu. — Tudo bem. Como você se sente sobre uma noite nadando, legalmente?

Eu estudei o seu perfil por um momento. Será que ele estava realmente deixando para lá e não ia fazer mais perguntas? Eu tinha estado preparada para ele tentar um pouco mais firme, mas ele estava mudando de assunto completamente.

— Eu sou boa em ficar do lado certo da lei, se possível, — eu respondi, perguntando onde ele estava indo com isso. Eu não faria natação no golfo à noite, no entanto. Mas, novamente, ele poderia, eventualmente, mudar de ideia.

— Então, você poderia ir para a casa do meu irmão depois de comer? Ele tem uma piscina aquecida.

Casa do seu irmão. Como na casa de férias de Jax Uckermann? Eu estava nervosa. Com um cara. Pela primeira vez na minha vida, um cara estava me deixando nervosa. Ele estava me pedindo para ir para a sua casa. Não a parte de trás de seu Hummer. — Sim, eu gostaria muito. — Eu esperava que ele não tivesse ouvido a minha pequena gagueira. Eu não estava acostumada a isso.

— Eu me ofereceria para levá-la de volta para sua casa para que você possa pegar um maiô, mas eu gosto da outra opção, — disse ele, o que fez o meu coração bater mais rápido no meu peito.