Fanfic: Comporte-se Mal - Vondy (adaptada-finalizada) | Tema: Vondy, HOT

Dulce

Jogar minha atenção totalmente na escola e no trabalho foi a única coisa que me fez passar a próxima semana. Krit percebeu eu que estava me afastando, e ele estava me deixando. Eu não sabia por que, mas ele não estava segurando tão apertado após Christopher aparecer no Live Bay. Parte de mim sentia que deveria ir pedir desculpas a ele, dizer a ele que sentia muito sobre como eu estava agindo, mas eu não podia. Eu precisava de tempo para lidar.

Quando chegou sexta à noite, Krit chamou três vezes. Eu não respondi. Eu não estava com disposição para enfrentar o Live Bay hoje. Eu trouxe algumas coisas da loja para casa, para alterar. Focada nisso, eu quase ignorei meu telefone na quarta vez que ele tocou. Mas poderia ter sido Mamãe. Olhando por cima, para ele, vi o nome de Christopher na minha tela, e eu deixei cair as calças que eu estava segurando e peguei meu telefone.

Em pé no meu quarto, eu olhava para ele. Por que ele estava chamando? Eu não pensei sobre isso muito a sério. Eu apenas respondi.

— Olá, — eu disse, me perguntando se ele tinha me chamado acidentalmente. Talvez ele tivesse a intenção de chamar Daniela.

— Ei, você pode falar? — Sua voz profunda veio através da linha e meu interior ficou todo quente, apesar do meu melhor julgamento.

— Uh, eu... — Posso falar? Meu coração poderia lidar com isso? —Sim, com certeza.

Ele soltou um suspiro de alívio. — Ótimo. — Havia um sorriso em sua voz. Eu poderia visualizar a maneira como seus lábios enrolavam em diversão. — Sinto muito sobre o último fim de semana. Eu não deveria ter constrangido você no local assim. Eu só... Eu não estava preparado para vê-la novamente.

Eu queria rir com isso. Ele não estava preparado para me ver? Ah. Será que ele tem alguma ideia de como ele havia me afetado? — Você me surpreendeu, — eu respondi.

— Você me surpreendeu, também.

— Como eu te surpreendi? Certamente você sabia que seria mais do que provável que eu estivesse lá.

Sentei-me na beirada da cama, tentando acalmar minhas mãos trêmulas. Conversar com ele desse jeito estava me deixando nervosa. Era bobo e ridículo, e eu deveria ter terminado esta chamada, mas não o fiz.

— Eu não estava esperando... ele.

Oh. Então ele pensou que eu estava sentado aqui suspirando por ele. Mesmo que fosse por razões egoístas e isso me fez uma pessoa terrível, eu estava grata por Krit, no momento. Se Christopher esperava que eu ainda estivesse sozinha, eu estava feliz que ele viu que eu era desejável para algumas pessoas. — Por quê? — Eu perguntei, com a necessidade de ouvi-lo explicar.

— Eu não sei. — Ele soltou uma risada dura. — Eu sou um idiota.

Isso ainda não respondeu à minha pergunta. — Krit é diferente. Eu nunca imaginei algo sério com ele quando começou, mas seus sentimentos correram mais profundo do que eu pensava ser possível. Então, sim, ele me surpreendeu.

Christopher não respondeu de imediato. Eu queria perguntar-lhe o que ele estava pensando. Eu queria ver seu rosto e sentir seu cheiro limpo, tão diferente de Krit.

— Como está a escola? — Ele perguntou, por fim.

— Uh, bem. Eu acho, — eu respondi, confusa com sua mudança de tópico.

— Você acha? Claro que não é uma merda? A minha é uma merda.

Não, a minha não era uma merda. Era o último semestre e eu poderia ir para a faculdade júnior. O que significava que este era o último da minha educação universitária. Eu estaria recebendo meu grau de associado em dezembro.

— Por que a sua é uma merda, — eu perguntei, meus nervos, finalmente, acalmando quando me deitei na minha cama e relaxei.

— Eu estou fazendo o que meus pais querem que eu faça. Não o que eu quero fazer.

— O que você quer fazer?

— Eu quero ter tempo para decidir. Eu sou... Estou pensando em tomar o próximo semestre fora. Eles não sabem ainda, mas eu quero ser livre para viajar. Encontrar-me. Descobrir tudo. Tentei fazer isso neste verão... — Ele parou.

— Mas eu baguncei tudo, — eu terminei por ele. Ele não tinha voltado para Sea Breeze depois de nossa viagem a Nova York.

— Não. Eu errei isso. Nada disso foi você, Dulce. — Sua voz tinha ficado suave, como se ele quisesse me tranquilizar. O sorriso no meu rosto era ridículo, mas estava lá.

— Eu não esperava que você respondesse, — disse ele.

— Por quê?

— É uma noite de sexta-feira. Eu achei que você teria saído.

— Não. Vou ficar em casa hoje. Eu tenho trabalho a fazer, — eu disse a ele. Eu não queria dizer a ele que estava me escondendo desde que eu o tinha visto na última sexta. Isso não era algo que ele precisava saber.

— Trabalho como para a escola, — ele questionou.

— Não, eu agora estou trabalhando para uma costureira na cidade. Eu tenho algum trabalho que eu trouxe para casa.

— Você costura, — ele questionou. Eu o havia surpreendido.

Isso estava em sua voz.

— Sim. Eu também desenho roupas. Eu estou trabalhando em trajes de Natal agora, para o estúdio de dança local.

Ele fez um som abafado, como se ele tivesse bebido alguma coisa. — Você cria coisas? — ele perguntou, depois que recuperou o fôlego.

— Sim. O vestido vermelho que eu usava em Nova York, foi um que eu projetei e fiz.

— Puta merda, realmente? Isso é incrível. Esse vestido era... — Ele parou.

— Não é de grife e eu sei que não se encaixa, mas é a minha peça favorita. — Eu disse a ele. Ele não tinha que se sentir estranho.

— Não, você estava linda. Não havia outra menina lá que se comparasse.

Eu não sabia como responder a isso. Ele havia me mandado para casa sem um argumento, naquela noite.

— Eu preciso ir, — disse ele. — Jax enviou um carro para me pegar. Estou jantando com ele e Sadie esta noite, enquanto eles estão na cidade. Mas eu posso chamá-la de novo?

Será que ele pode me ligar de novo? Não. — Sim, — eu respondi.

— Tenha uma boa noite, Dulce, — disse ele, o sorriso de volta em sua voz.

— Sim, para você também, — eu respondi.

Depois que desliguei, eu olhei para o telefone por um longo tempo. Eu não deveria ter dito a ele que ele poderia ligar novamente. Será que iria mexer com a minha cabeça completamente? Eu poderia seguir em frente se ele me ligasse e me lembrasse de como me senti? Não. Isso seria impossível. A ferida nunca vai se curar. Eu tinha que dizer a ele da próxima vez que ele ligasse. Isso não ia funcionar.