Fanfic: Comporte-se Mal - Vondy (adaptada-finalizada) | Tema: Vondy, HOT

Dulce

Sexta à noite eu passei mais tempo me preparando. Eu usava a minha saia mais curta e meu top mais apertado. Eu até complementei com as botas caras que Christopher tinha me comprado. Eu não tinha sido capaz de usá-las novamente. Mas eu estava cansada de agir como se fosse algum santuário para ele. Eu deveria estar desfrutando de algo de nosso tempo juntos.

Meu cabelo parecia bom hoje à noite, e eu coloquei maquiagem extra nos olhos para me dar um olhar sensual. Até agora todos saberiam que Krit e eu terminamos, e eu estava livre para paquerar e flertar com quem quisesse. Era a noite para mim, e eu planejava beber muito e dançar a noite toda.

Quando entrei no Live Bay, a noite já estava em pleno andamento. Eu parei no bar e peguei um uísque antes de ir para a mesa onde Alfonso estava me olhando com preocupação, uma carranca paternal. Eu só pisquei para ele, o que fez sua carranca se aprofundar. Mudei o meu olhar para Dewayne, que era a única outra pessoa na mesa agora. Lambendo meu lábio inferior sugestivamente, abaixei o copo e me inclinei para frente, sabendo que mesmo que ele me visse como a prima de Alfonso, ele ia olhar para os meus peitos.

— Quer dançar? — Perguntei.

— Não, — respondeu Alfonso, por ele.

— Claro que sim, — respondeu Dewayne.

— Levante-se e eu vou fazer você se sentar, — Alfonso avisou. Dewayne apenas riu e tomou um gole.

— O que você está fazendo, Dulce, — perguntou Alfonso.

— Bebendo, então dançando, — eu respondi com um sorriso que eu não sentia.

— Não é como você, — ele respondeu.

— Não. É exatamente como sou. Esta sou eu, Alfonso. Eu estou cansada de fingir ser outra pessoa. Agora, por que Dewayne não pode dançar comigo? — Eu perguntei, virando-me para amuar Dewayne, que parecia muito divertido.

— Pare de flertar com Dewayne, — disse Alfonso, irritado.

— Eu estou gostando. Por favor, deixe-a continuar, — disse Dewayne, inclinando-se para trás para olhar para mim com os olhos semicerrados, enquanto fumava um cigarro.

Talvez eu devesse ter cuidado com ele. Ele parecia que poderia ser mais do que eu poderia suportar. — Tudo bem. Eu vou dançar sozinha, — eu disse a eles, tomando um longo gole da minha bebida antes de me virar e sair para a pista de dança.

Fiz questão de balançar meus quadris apenas o suficiente para chamar a atenção. Eu não dancei sozinha por muito tempo.

Isso era o que eu tinha de bom. Eu tinha visto o controle de mamãe sobre os homens toda a minha vida. Ele vinha fácil para mim.

— Ouvi dizer que você e Krit acabaram, — disse uma voz profunda, enquanto dedos quentes circulavam meu braço. Virei-me para ver Justin Monroe. Ele tinha sido o quarterback senior na escola no meu ano de caloura.

— Sim, nós acabamos, — eu respondi com um bater de meus cílios e um sorriso lento. —Mas eu só quero dançar.

Justin sorriu. — Mostre o caminho, — disse ele.

Eu andei para o centro da multidão. Felizmente, esta era a canção de Green. Ele cantou um solo, então eu não tinha que ouvir Krit cantando, enquanto eu ajustava a minha vida depois de Christopher Uckermann.

Justin descansou as mãos nos meus quadris, e me movi com a música, enquanto sorria para ele. Ele era uma distração segura. Nada perigoso. Ele tinha se envolvido com a filha do pregador na cidade uma vez, mas tinha caído completamente. Não sei por que. Eu não andava em seu círculo, e eles eram mais velhos do que eu.

Green anunciou uma pausa, e eu parei de dançar quando o rádio assumiu a reprodução de música.

— Preciso de uma bebida, — eu disse a ele, e então eu o deixei lá enquanto eu voltei para a mesa. Eu não lhe pedi para vir comigo. Ele tinha acabado de ter uma dança, e ele seria um de muitos.

Alfonso estava balançando a cabeça para mim quando me viu chegando.

Peguei minha bebida. — O quê? — Eu bati.

— Você está criando problemas, — disse Alfonso.

Revirei os olhos e tomei um gole. — Eu estou dançando, — eu respondi.

— E lá vem ele, — Dewayne falou.

Olhei para trás, esperando ver Justin, mas Krit estava vindo em nossa direção, em seu lugar. Não esperava por ele. Ele normalmente tinha rapidinhas nos bastidores primeiro.

A mão de Krit enrolou no meu braço e me puxou para ele.

— Nós precisamos conversar. Agora. — Eu balancei minha cabeça.

— Eu vou fazer uma merda de cena, — Krit avisou.

—Nós discutimos isso. O que há de errado com você?

Duas meninas se aproximaram e agarraram Krit em ambos os braços e começaram a dizer-lhe o quão bom ele soou. Ele lhes deu de ombros soltos. — Obrigado. Agora vão, — disse ele, puxando-me novamente. — Eu preciso falar com você, amor. Não me obrigue a fazer isso aqui.

As meninas se afastaram, franzindo o cenho para mim. Eu apontei o meu copo em suas costas, em retirada. — Você deveria ir buscá-las. Aposto que elas vão fazer um ménage à trois, — eu disse.

— Foda-se, Dulce, — gemeu Alfonso.

Krit pegou no meu rosto, e eu senti Alfonso se mover atrás de mim. — Segurança, — Alfonso avisou.

— É isso que você quer amor? Você quer que eu saia e vá foder alguém nos bastidores? — Ele queria que eu dissesse não. Eu podia ouvi-lo em sua voz. Mas ele precisava de mim para dizer que sim.

— Sim, isso é o que eu quero, — eu respondi, e ele deu um passo atrás como se eu o tivesse esbofeteado.

Ele limpou o polegar sobre seu lábio inferior e balançou a cabeça em descrença. — É isso aí, amor. É isso aí. Eu estou feito. — Ele jogou as mãos para cima e saiu. Eu não o olhei ir. Voltei para a mesa e encontrei os olhos de Dewayne.

— Ele vai superar isso. Você fez a coisa certa. Ele não é para você, — disse Dewayne.

— Eu só espero que possamos ser amigos de novo um dia. — Eu disse. Eu não deveria ter deixado as coisas ficarem fora de mão com ele. Eu também não devia ter vindo aqui. Eu não pertenço a este lugar. Eu não quero mais isso. Eu deixei o meu copo. — Eu vou embora, — eu disse.

— Você está bem? — Perguntou Alfonso.

Eu olhei para ele. — Sim. Não. Eu não sei. Eu só... — Eu olhei em volta para o lugar. — Eu não quero mais fazer isso, — eu disse a ele. — Eu quero mais agora.

Alfonso me puxou para um abraço. —Você vai ter mais, — ele sussurrou em meu cabelo.

Eu me afastei e forcei um sorriso. — Eu espero que sim.

Virando-se para sair, eu caminhei até a porta e ignorei as pessoas que chamavam o meu nome. Eu só precisava de ar fresco e de tempo sozinha. Logo antes de eu chegar à porta, ela abriu e Christopher Uckermann entrou, seus olhos prenderam em mim, e ficamos ali olhando um para o outro. Eu não tinha falado com ele durante toda a semana. Não, desde a sua ligação.

Ele deu um passo para trás e abriu a porta para mim. Atravessei, mantendo minha cabeça baixa. Devo dizer alguma coisa? Ou ele vai ficar dentro sem dizer uma palavra?

A porta se fechou atrás de mim. Virei-me para ver Christopher do lado de fora. Ele acenou com a cabeça em direção ao estacionamento. — Podemos conversar?

Tudo o que eu podia fazer era acenar. Mesmo que eu devesse sair daqui e me proteger.

Nós caminhamos para o seu Hummer. Desta vez não havia limusine, nenhum motorista. Apenas ele. Ele abriu a porta para mim, e eu subi, percebendo que isso era algo que Krit nunca tinha feito. Abrir a porta do carro. Eu sentia falta disso.

Agradeci-lhe, e ele apenas sorriu, antes de fechar a porta e caminhando até o lado do motorista. O Hummer cheirava como ele. Eu respirei profundamente e gostei, antes que ele abrisse a porta e subisse.

— Você estava indo embora? – Ele questionou.

Eu me virei para olhar para ele, e ver seu rosto só fez meu coração acelerar. Seu olhar estava focado em mim, e apenas estar tão perto dele fez tudo parecer melhor.

— Sim, — eu respondi, não sei o quanto eu deveria dizer a ele. Ele olhou para fora da janela, depois de volta para mim.

— Será que ele vai te procurar? — Eu balancei minha cabeça.

— Não. Acabamos isso... fosse o que fosse.

Ele arregalou os olhos e os ombros visivelmente relaxado.

— Por quê?

Será que ele quer que eu diga a ele que era por causa dele? Não que eu dissesse. Dei de ombros. – Não deu certo, eu acho, — eu respondi.

Christopher assentiu, como se concordasse. Eu mordi de volta um sorriso.

— Onde você estava indo?

— Para casa, — eu respondi honestamente, mesmo que isso me fizesse soar patética.

— Será que eu poderia convencê-la a voltar para a minha casa?

Deus, como eu queria dizer que sim. Ele poderia me convencer de tudo, se ele se esforçasse o suficiente. Mas o pesar do que viria quando ele saísse e não ligasse... A dor era algo muito fresco. Eu não estava pronta para isso de novo. — Eu não sei se isso é uma boa ideia.

Christopher inclinou-se para mim e manteve seu olhar intenso focado em mim. — Por quê?

— Porque você vai me fazer sentir sua falta. — Eu disse antes que eu pudesse me parar.

Ele estendeu a mão e tocou a minha mão. — É por isso que eu quero falar. A maneira que nós deixamos as coisas... Eu não gosto disso.

Eu não respondi. Eu não queria entendê-lo mal.

— Eu sinto falta de você, Dulce, — ele disse em um sussurro rouco. Essa foi a minha ruína.

— Tudo bem.

Ele ergueu as sobrancelhas. — Tudo bem... você vai voltar para a minha casa?

Eu balancei a cabeça e ele soltou um suspiro. — Bom. Eu estava tentando pesar minhas opções e sequestro parecia arriscado. — O sorriso no seu rosto trouxe o primeiro sorriso verdadeiro para o meu, em uma semana.