Fanfic: Comporte-se Mal - Vondy (adaptada-finalizada) | Tema: Vondy, HOT

Dulce

Agarrei-me à árvore na minha frente, enquanto eu vomitava uma e outra, até o meu estômago estar completamente vazio. Meu rosto estava molhado de lágrimas e minha garganta queimava. Nada disso importava. Toda vez que eu tinha repetido a mentira que eu tinha dito a Christopher, eu vomitava de novo. Meu plano para acabar com as coisas com ele tinha sido muito diferente na minha cabeça. Eu tinha trabalhado no que diria para ele por dois dias, enquanto eu ignorava os seus apelos.

Quando chegou o momento de realmente dizer-lhe algo que eu sabia que iria afastá-lo, eu não tinha percebido como ele iria me destruir completamente. Tinha sido um último recurso, mas a determinação em sua voz tinha sido mais feroz do que eu esperava. Ele não iria desaparecer facilmente. Ele só me fez amá-lo mais.

Então eu lhe tinha dito uma mentira que rasgou meu coração. Ele não disse mais uma palavra. Nem mesmo um adeus. Seu silêncio tinha sido suficiente. Eu sabia que ele estava acabado. Eu tinha acertado. Ele não iria me perdoar por algo parecido.

Krit nem sabia que eu o tinha usado. Eu não o tinha visto em duas semanas. E uma vez que eu me mudei, eu não estaria vendo-o de jeito nenhum.

Quando eu voltei para dentro, eu não disse a mamãe sobre o meu telefonema. Eu só entrei no chuveiro e deixar as lágrimas caírem silenciosamente. Esta era a minha sorte na vida, e depois de hoje eu não sentiria pena de mim novamente. Não havia tempo para isso. Isso não nos levaria a lugar nenhum; e eu não tinha sido criada para ser fraca.

O resto da semana passou rapidamente. Depois de deixar todas as minhas aulas, eu tinha parado o meu trabalho e deixado o nosso senhorio saber que seria até o final do mês, que era segunda-feira.

Mamãe queria que eu dissesse a Alfonso, mas eu não ia dizer. Ainda não. Ele tinha uma família para cuidar. Esta era a nossa batalha, de mais ninguém. Eu diria a Alfonso, eventualmente, mas não antes de nos mudarmos e eu estar trabalhando. Ele iria tentar impedir isso. E eu não ia deixar. Era o único caminho. Sexta-feira eu levei Mamãe ao médico, em seguida, dirigi mais de quinze minutos para a grande cidade de Mobile. Era tão diferente de Sea Breeze, mas eu senti como se estivesse escondida de todos. Ninguém me conhecia. Era mais fácil dessa maneira.

Dirigi-me ao Delilah com o vestido mais apertado que eu tinha e um par de sapatos de salto agulha. Aqui não era como o Jugs. A clientela era de classe mais abastada e tinha mais dinheiro para gastar. O que significava que eles tinham altos padrões para as suas meninas. Eu estava começando no topo, mas eu percebi que eu não poderia fazer o corte, então eu tinha uma lista de outros clubes para ir experimentar, se este não funcionasse.

Era um estabelecimento de vinte e quatro horas uma vez que muitos empresários passavam aqui durante a sua jornada de trabalho para relaxar, então fui instruída pela senhora com quem falei ao telefone para vir pela porta de trás e bater.

Fiz o que me foi dito e, a porta abriu-se. Um homem grande que era, sem dúvida um segurança, me olhou de cima a baixo e, em seguida, afastou-se. — Dee está esperando, — disse ele sem perguntar o meu nome. Devo ter sido o único compromisso da tarde. Isso era um bom sinal.

— Obrigada, — eu respondi.

— Por aqui, — ele disse, e se virou para ir por um corredor. Segui rapidamente atrás dele. A música do clube podia ser ouvida daqui. A batida sexy me deixou nervosa. Eu nunca tinha imaginado que eu estaria fazendo isso. Mamãe sempre disse que queria o melhor para mim, então eu esperava por mais também. A vida tinha um jeito engraçado de provar que você está errada.

— Aqui, — ele disse, abrindo outra porta e deu um passo atrás para me deixar entrar. — Dee estará com você em um momento. Você pode sentar, — ele me disse antes de fechar a porta.

Olhei ao redor da sala e percebi que era uma sala de cor branco sólido com uma cadeira de couro vermelho de espaldar reto. Sem janelas e nada nas paredes. Notei um alto-falante no teto. Tudo parecia ser uma sala de espera estranha.

A porta se abriu e uma mulher que era mais velha do que a minha mãe, mas parecia bem preservada, entrou. Ela estava usando um vestido azul-real apertado que fez meu decote parecer lamentável. Os saltos estavam cobertos de espinhos. Seu cabelo vermelho longo era puxado para o lado, e ela tinha surpreendentes olhos verdes. Se isto era o que eles esperavam, estava fora do meu alcance.

— Você é Dulce? — Ela perguntou, olhando para o meu corpo de uma forma que nenhuma outra mulher jamais olhou. Ela estava literalmente me estudando.

— Sim, — eu respondi, grata por não ter gaguejado.

— E você tem identificação para provar que você tem vinte? — ela perguntou, erguendo o olhar para o meu.

Eu balancei a cabeça e comecei a abrir minha bolsa.

— Agora não. Eu só quero ter certeza de que tem, — disse ela, estendendo a mão. — Eu sou Delilah. Ou mais conhecida por aqui como Dee. — Ela deixou cair o olhar de volta para os meus seios. — Você tem bom corpo. Você vai fazer a porra de um assassinato. Os homens aqui vão comer você. Uma cara de anjo, com o corpo que é a fantasia de todos. Mas eu preciso que você passe no teste. Não é possível ter todos excitados e então você estragar isso, — disse ela com um sorriso.

Ela se virou e abriu a porta. Um homem alto, atraente e mais velho, entrou. Seu cabelo era cinza e distinto, e, embora ele estivesse vestindo uma camisa comum, era óbvio que seu corpo era bem construído. Olhos castanhos encontraram os meus e eu consegui devolver o sorriso.

— Este é Garrison. Ele é dono da metade do lugar. Nós nos casamos uma vez, mas nós somos melhores parceiros de negócios. Eu acho as mulheres e ele as testa. Você me impressionou. Agora você deve impressioná-lo.

Garrison foi até a cadeira vermelha e sentou-se. — É um prazer te conhecer Dulce, — ele disse em uma voz profunda e suave.

Eu queria responder, mas eu estava tão insegura sobre o teste que ela queria dizer, que eu não conseguia encontrar palavras. Olhei para Delilah. Ela acenou com a mão para Garrison. — A música será iniciada em um momento, e você tem que dar-lhe uma lap dance. Garrison não vai tocar você, assim como os convidados não estão autorizados a tocar em você. A menos, é claro, que peçam permissão a você e paguem por isso, — ela terminou com uma piscadela.

Eu não iria deixar ninguém tocar em mim. Isso não fazia parte da descrição do trabalho. Eu também não tinha sido preparada para lap dances. Isso era perto e pessoal.

— Não fique nervosa. Somos apenas nós. Com este rosto e corpo, você não vai ter que fazer muito para fazê-los felizes. Ouça a música e esqueça o homem. Mova-se para a música e aprecie a forma como ele se sente. Faça porque a dança é boa, não porque alguém está te observando. Não é sobre eles.

Mas era sobre eles, e eu não gostaria de estar fazendo isso em seu colo. Eu estava para hiperventilar.

— Respire querida. Não entre em pânico comigo. Você pode fazer isso, — disse ele encorajador.

— Eu não tinha percebido que eu tinha que fazer... Quero dizer, dançar tão perto, — eu finalmente disse.

— Se você mudou de ideia eu vou ficar desapontado, porque eu acho que você vai se tornar uma das favoritas aqui, mas eu vou deixar você sair. Tudo bem se você acha que isso não é para você.

Minha mãe precisava de mim. Eu tinha que ganhar dinheiro suficiente para nos levar por isso. Então eu poderia sair. Eu poderia arrumar outro emprego. Isto não era para sempre. Ninguém ia me tocar. Eu só tinha que esquecer que eles estavam olhando para mim nua. Eu não conseguia me concentrar nisso.

— Eu posso fazer isso, — eu disse, mais para mim do que para ele.

Ele acenou com a cabeça. — Ok, então. Vamos começar com o stripping. Eu preciso ver o que temos por baixo do pouco tecido que você tem sobre você.

Oh merda. Ele queria me despir para ele e dançar nua em seu colo? Meu coração acelerou de novo, e eu torci minhas mãos nervosamente diante de mim. Não havia outra maneira. Este era o único trabalho que eu poderia fazer e ganhar esse tipo de dinheiro. Minha mãe tinha feito muito pior por mim.

Eu não fiz contato visual com ele. Em vez disso, ouviu a batida da música, e eu me concentrei em meu corpo em movimento de uma forma que eu sabia que os homens gostavam. Isso era algo que eu sabia fazer. Eu descartei o vestido lentamente, em seguida, deixei-o cair para frente apenas o suficiente para provocar a sua queda fora. Ele via mulheres nuas o tempo todo. Eu poderia fazer isso. Eram apenas os meus seios.

Eu levantei minhas mãos no ar e dancei até o vestido fazer o seu caminho pelo meu corpo e, em seguida, caiu em torno de meus tornozelos, no chão. Eu não estava usando um sutiã, e a minúscula calcinha preta que eu tinha, não ia a lugar nenhum. Garrison recostou-se na cadeira, e seus olhos pareciam apreciativos sobre meu corpo. Eu bloqueei isso.

Eu só tinha visto uma dança na televisão uma vez, então eu não tinha certeza de que eu sabia exatamente o que fazer. Eu percebi que eu iria dançar em cima dele, sem tocá-lo.

Fechando os olhos, eu deixei minha cabeça cair para trás enquanto eu me movia entre suas pernas e dancei. Eu não pensei sobre o fato de que eu estava de topless, com um homem estranho, em uma sala e eu estava tentando transformá-lo. Eu apenas fiz o que era bom.

— Coloque as mãos sobre o encosto da cadeira e incline-se próximo, sem tocar, — Garrison disse, em um sussurro rouco.

Abri os olhos e fiz o que ele disse. Meu peito estava perto de seu rosto, mas eu não olhei para isso. Eu continuei a dançar.

— Coloque o seu pé no meu joelho, — disse ele. Fiz uma pausa.

– Isso é toque, — eu respondi.

— A parte inferior do seu sapato no meu joelho não está tocando realmente, — ele respondeu, sorrindo para mim.

Fiz o que me foi dito, e suas narinas tremeram quando ele tomou uma respiração profunda. — Ok, isso é bom, — disse ele com firmeza.

A partir do olhar tenso em seu rosto eu estava com medo de que eu tinha feito algo errado. — Se eu errei, eu posso tentar novamente. Foi a minha primeira vez, — eu comecei a explicar, e ele balançou a cabeça e soltou uma risada aliviada.

— Você está contratada, Dulce. Isso foi perfeito. Você vai ter este lugar tão cheio, que não teremos quaisquer malditos lugares vagos.

Garrison se levantou e caminhou rapidamente pela sala e abriu a porta. — Você pode se vestir. Vou mandar Dee entrar. — Ele correu para fora, e eu peguei o meu vestido e coloquei-o novamente. Quando comecei a fechá-lo, Dee abriu a porta.

Ela estava sorrindo triunfante. — Estou impressionada. Tem anos desde que uma menina afetou Garrison em seu trabalho.  Bravo. Vamos para o meu escritório e obter o seu documento e seu horário de trabalho preenchido.

Segui-a pelo corredor.

Gemidos altos e batidas enchiam o corredor, enquanto descíamos. Olhei para a porta que passamos, e eu não tive nenhuma dúvida em minha mente que alguém estava fazendo sexo. Será que algumas das meninas faziam isso também? Eu não estava bem com isso. Eu era uma só para olhar e não tocar. Eu precisava ter certeza de que eles entendessem isso.

— Eu lhe disse que você o fez funcionar. Ainda bem que Farrah estava aqui para ajudá-lo a queimar algumas calorias, — disse Dee, abrindo uma porta para que eu a seguisse.

Voltei a olhar para a sala, quando um gemido masculino alto ecoou pelas paredes. — Isso é Garrison? — eu perguntei, certificando-se que eu tinha ouvido direito.

— Sim. Ele estava suando e tremendo quando saiu da sala. Ele agarrou a primeira garota que ele sabia que iria transar com ele e arrastou-a para o seu escritório. Não se preocupe, no entanto, ele só fode com as que o querem. Ele não vai tocar em você.

O nó doente com que eu vivi nestes dias, estava de volta. Isso era terrível. Meu mundo estava mudando, e eu percebi que o meu desejo de me sentir segura era uma fantasia de infância. Esta era a minha vida.