Fanfic: Comporte-se Mal - Vondy (adaptada-finalizada) | Tema: Vondy, HOT

Christopher

Mesmo que eu nunca falasse com Dulce novamente, eu precisava me vingar. Eu queria machucá-la tanto quanto ela me machucou. Quanto mais eu pensava sobre ela, se afastando de mim como se eu merecesse isso, só me deixava mais irritado. Era como se ela tivesse dado a porra de um ultimato que eu havia falhado, dizendo que eu estava tomando Jo para o baile estúpido. Eu não gostava de ser controlado. Meus pais estavam tentando me controlar toda a minha vida. Tudo o que eu já fiz foi lutar para ser livre. Dulce tinha sido mais uma pessoa que queria o controle sobre mim.

E eu tinha estado tão malditamente disposto a dar a ela também. De certa forma, eu tinha. Eu deixei que ela me quebrasse. Apaixonar-me não era algo que eu sempre quis. A única coisa que eu tinha do meu lado era o fato de que eu nunca tinha dito a ela que a amava. Ela não sabia que ela tinha me machucado tão mal quanto tinha. Meu orgulho ainda estava intacto. Não que isso me fizesse muito bem.

Após pensar em levar Jo ao meu apartamento para ter sexo assim que o baile acabasse, eu tinha falhado miseravelmente quando o tempo realmente chegou. Eu não podia suportar sequer tocá-la. Beijá-la tinha sido ruim. Faltou mais do que eu poderia possivelmente rotular. Ela estava mal em meus braços. Ela não se encaixava direito. Suas curvas não enviaram o meu coração em um frenesi selvagem, e a ideia de tê-la embaixo de mim não fizeram nada por mim.

Eu a tinha levado para casa e voltado para o meu apartamento para beber até dormir. Jo ligou no dia seguinte e no próximo. Ao beijá-la, eu a tinha levado a acreditar que eu estava atraído por ela. Como diabos ela pensou isso, depois do beijo que nós compartilhamos, eu não tinha certeza. Era como se não tivesse estado lá para aquele beijo? Tinha sido calma e enfadonha. Eu me concentrei em ignorá-la na escola e enviando-lhe um correio de voz, mas ela não ia desistir tão facilmente.

Duas semanas depois, Winston estava parado do lado de fora do meu apartamento quando cheguei em casa da aula. Winston era um dos guarda-costas de Jax e tinha estado com Jax desde o início de sua fama.  Eu nem sequer olhei para ele quando fui para a porta.

—Boa tarde, Sr. Uckermann, — disse Winston educadamente. Não era culpa dele que o meu irmão estava lá, nem foi culpa dele que meu irmão pagava o apartamento. Eu balancei a cabeça.

— Olá, Winston, — eu respondi e entrei.

Jax estava em pé, diante das altas janelas com vista para a pequena cidade, com um refrigerante na mão. Ele se virou para olhar para mim e sorriu. — Você não está respondendo às minhas chamadas. O que você esperava? – ele disse.

Eu joguei meus livros sobre a mesa. — Eu não sei, talvez alguma porra de privacidade, — eu respondi, irritado.

Jax soltou um assobio. — Sua língua tomou uma espiral descendente.

Os comentários espirituosos do meu irmão estavam apenas deixando-me mais chateado que ele estar aqui sem avisar.

— Eu não estou com vontade de falar. Com qualquer um, — eu bati.

Jax assentiu e caminhou até sentar-se no banco do bar mais próximo a ele. — É a Mamãe? Ouvi-a, basicamente, planejar o seu casamento com Jo.

— Ela pode esquecer essa merda. Jo precisa cheirar em outro lugar.

— Você a levou ao baile, — disse Jax, quando ele me estudou por uma reação. Eu sabia o que ele estava fazendo. Ele sempre tentava me descobrir lendo minhas expressões faciais. Na maioria das vezes ele era preciso.

— Não significava nada. Eu fiz o que disse que ia fazer, e agora já fiz.

— Você acabou com Dulce? — ele perguntou, e eu senti meu corpo inteiro tenso ao ouvir o som de seu nome. Eu não o tinha dito ou ouvido em três semanas. E eu não estava pronto para ouvi-lo agora.

— Não, — eu disse, afastando-me dele e para o outro lado da sala, caso eu começasse a jogar coisas. Ela estava viva em meus sonhos à noite. Assombrando-me. Deixando-me louco. Eu não queria reconhecer sua existência, enquanto eu estava acordado.

— Não o quê? Perguntar sobre Dulce?

Eu fechei minhas mãos ao meu lado e olhei para a parede em frente a mim. Ele estava tentando empurrar meus botões. Não havia razão para reagir. Se ele pensava que tinha chegado a mim, ele iria cantar seu nome até cansar.

— Isso é mais, — eu rosnei.

— Ela terminou?

Ele não ia deixar-me.

— Pela primeira vez em sua vida maldita, não me empurre. Deixe isso pra lá.

Ele não respondeu, e eu fiquei ali preparado para ele dizer mais. Quando ele não o fez, eu forcei minhas mãos a abrirem e relaxarem. Essa reação era ridícula. Eu tinha que pegar o controle disto.

Ouvi Jax levantar-se e eu me virei para olhar para ele. Ele colocou o copo no balcão, então encontrei o seu olhar e ele acenou com a cabeça. — Vou deixá-lo com a sua miséria, uma vez que parece ser a sua coisa. Eu tenho a resposta que eu vim buscar.

Eu não respondi quando ele atravessou a sala e abriu a porta. Ele ia realmente só sair. Eu comecei a dizer adeus, mas depois daquele encontro parecia vazio.

Jax parou e olhou para mim. — Você nunca esteve com fome.  As decisões que você teve que fazer em sua vida não significavam vida ou morte. E você nunca teve de desistir de alguma coisa, porque você não tinha outra escolha. Ser o meu irmão não tem sido fácil. Eu entendo isso. Ter nossa mãe obcecada com o seu futuro é uma merda. Mas você não conhece o medo real. Tem sido fácil para você exatamente como tem sido para mim. Quando alguém nos ama o suficiente, pode até mentir para nos proteger. Não se esqueça disso, — disse ele antes de fechar a porta.

Eu fiquei lá e repetindo suas palavras na minha cabeça. Será que ele pensa que eu não sabia que eu tinha dado um passeio fácil na vida? Isso foi sua tentativa de sabedoria fraternal? Eu não preciso dele me contando que meus problemas não eram nada em comparação com o resto do mundo. E por que diabos ele estava falando de mentir para proteger alguém que você ama?  Quem estava mentindo? Ele? A Mamãe? De mim? Eu balancei minha cabeça e abri a porta da geladeira, em seguida, fechei-a.

Eu estava inquieto. As palavras de Jax iam me comer. Ele quis dizer alguma coisa com elas. Jax não dizia essas merdas sem motivo. Eu peguei meu telefone e comecei a chamar Sadie. Ela era a única pessoa que conhecia a sua cabeça. Ela saberia do que ele estava falando. Mas então ela diria a ele que eu tinha chamado.

Rolando através dos nomes em meu telefone e meu dedo pairou sobre o nome de Amanda. Ela sabe sobre Dulce.

Não!

Eu não ia perguntar-lhe sobre Dulce. E ouvir sobre seu relacionamento com Krit era mais do que eu poderia suportar. Meu coração não estava nem perto de estar pronto para isso, ainda. Joguei meu telefone e fui para o chuveiro.