Fanfic: A Estagiária Virgem - Trendy | Tema: Trendy, HOT

A porta do meu novo escritório me atinge nas costas quando ela se fecha muito rápido, e eu quase dou um mergulho no tapete - saltos, caixas e tudo. Claro, quando eu digo 'escritório' eu realmente quero dizer 'vassoura convertida pequena, fora da estrada fechada onde é fácil para o meu tio me esconder de seus colegas.' Eu suspiro, abaixando a pequena caixa de itens pessoais que eu trouxe de casa e a enorme caixa de novos arquivos de trabalho. É um ano. Apenas um ano. Um ano aqui, e posso mudar para uma empresa diferente. Um ano e eu posso deixar esta cidade e sair da casa do meu tio. Ele não me quer lá de qualquer maneira. Tudo que tenho que fazer é sobreviver.

Uma foto do meu pai vai para a escrivaninha, meu certificado de paralegal vai para a parede. Há um pequeno arquivo no canto, que eu não posso imaginar, para guardar tudo o que preciso neste trabalho, ao lado da lixeira. Isso é tudo o que esta pequena sala pode caber além de uma mesa. Eu deveria ser grata por ter um escritório como paralegal, mas quanto mais eu penso sobre isso, mais eu percebo que provavelmente é porque meu tio quer que eu fique fora de vista. Pelo menos há uma janela.

A porta se abre, sacudindo as dobradiças. Fala do diabo, é meu tio, Roger Espinoza. Ele é alto, com cabelos grisalhos e barba, e um brilho que poderia terminar de derreter as calotas polares. Esse mesmo brilho está procurando em torno do pequeno escritório. "Você está resolvido?"

"Sim, obrigada", eu digo, segurando um suspiro. Depois de tantos anos, eu deveria parar de esperar as pequenas cortesias e afeições que o termo 'família' geralmente implica - como perguntar como eu gosto do escritório ou como o meu primeiro dia foi tão longe - mas eu não posso deixar de desejar que as coisas fossem diferentes.

"Boa. Há uma pilha de arquivos na minha mesa. Eu preciso de cópias feitas para minha reunião com os parceiros às três. Confira a programação de quem estará lá e faça um conjunto completo para cada um.”

"Ok." Eu aceno e olho para o relógio. São duas horas agora. Deve ser muito tempo.

Ele se vira e sai sem dizer mais nada. Antes que eu possa pará-lo, uma onda de ansiedade cai sobre mim. Eu tento me convencer a sair disso. Você consegue fazer isso. Você consegue fazer isso. Você consegue fazer isso. Esse vai ser o meu mantra pelo resto do dia. Inferno, o resto deste ano.

Eu verifico o cronograma e conto sete parceiros presentes na reunião. Entro no escritório do meu tio e pego os arquivos - ele está ao telefone e nem me percebe - e percebo que posso estar errado em fazer esse trabalho em uma hora. A pilha de papel é enorme. Parece que pode haver três arquivos de casos separados. E embora eu saiba o que estou fazendo quando se trata de trabalho paralegal, meu jogo de copiadora não é forte. Não importa. Eu tenho que fazer isso.

Felizmente, a sala de cópias está vazia e não posso deixar de notar que ela realmente parece maior do que o meu escritório. Mas o que também noto é que há apenas uma copiadora para esse andar inteiro, e já posso imaginar as cópias de backup nos dias em que há casos urgentes. Eu realmente vou ter que ficar no topo das coisas se eu quiser manter esse emprego.

Eu murmuro para mim mesma quando coloco a copiadora em funcionamento. É doce e emotivo, algo em que trabalhei durante um dos meus últimos trabalhos como compositor. Eu realmente cantei o back-up disso também. É novo, mas me lembra dos clássicos. Tem uma vibe de tentações. Eu não posso esperar para comprar a música quando finalmente for lançada. Provavelmente quase tão perto de me ouvir no rádio quanto eu vou conseguir. Eu tento me livrar de qualquer sentimento melancólico persistente. Claramente esse navio partiu. Hora das calças da menina grande.

Estou na metade da pilha de arquivos quando ouço um barulho que nenhuma copiadora deveria fazer. Raspe isso, nenhuma máquina deveria fazer aquele som. É uma crise repugnante e grind seguido pelo guincho de engrenagens e o ponto final da copiadora.

Merda. Merda.

Eu verifico a tela e vejo que a energia da máquina ainda está ligada, por isso não está completamente frita. Paper Jam, a pequena tela diz. Sem brincadeiras. Deve ser um inferno de papel para fazer esse tipo de som. Tendo passado por muitas dificuldades técnicas semelhantes no passado, abro com confiança a gaveta da copiadora e sinto nas costas, certo de que posso consertar isso antes que se torne um problema real. Eu não encontro nada. Nenhum dos culpados usuais; nenhum papel amassado, nenhum fragmento preso no alimentador. Nada na segunda gaveta de papel também.

Merda. Eu olho para o relógio, rapidamente perdendo a calma. Eu tenho trinta minutos até a reunião e não há tempo para isso. Eu acho que não tenho escolha. Eu chuto meus calcanhares para o lado e levanto a minha saia lápis até as minhas pernas. Dia errado para usar esta saia.

Eu pego as gavetas de papel por todo o caminho e as empilho para o lado. Olhando para dentro das entranhas da máquina, acho que posso ver apenas o canto inferior de um pedaço de papel no mecanismo de rolamento. Eu abro a porta para expor o resto da máquina - POOF!

Ok, aparentemente, é mais do que apenas um congestionamento de papel. Eu pisco para tirar o toner dos meus olhos. Claro que isso aconteceria no meu primeiro dia, na minha primeira missão. É tão perfeito que nem consigo pensar em um palavrão apropriado. Pelo menos eu vejo qual é o principal problema. Um monte de papéis que ficaram presos grudaram nas engrenagens, torcendo para fazer tudo parar. Toner ser amaldiçoado, vou fazer esta máquina funcionar novamente.

O único problema é que o papel não quer se mover. Quero dizer, está realmente preso. Eu continuo arrancando pequenos pedaços acidentalmente porque a bagunça simplesmente não quer se mexer. Finalmente, enfio os dois braços na máquina, agarro qualquer pedaço de papel em que possa agarrar e puxo.

O jornal solta tudo de uma vez e eu vou me esparramando de costas na minha bunda. Sobre a máquina fazendo chilrear e clicando em sons de reset, eu ouço risos. Riso masculino.

Caro deus, apenas me mate agora.

"Se eu soubesse que tipo de visão eu estaria recebendo, eu visitaria este andar com mais frequência."

Eu viro minha cabeça e...

Encarando. Você está encarando, Dulce.

Mas quando alguém parece assim, é quase rude não olhar, certo?

Cabelos castanhos ondulados, olhos castanhos e maçãs do rosto que pertencem a uma revista e não à sala de cópias. A sala de cópias.

De repente, percebo o que ele está vendo - por que ele está sorrindo. Eu estou descalça, esparramada no chão com a minha saia quase até meus quadris, meu rosto e peito cobertos por um spray fino de pó de toner. Eu posso sentir todo o sangue correndo para o meu rosto.

Diga alguma coisa, você definitivamente diz algo certo agora.

Não, claro que não. Não há voz lá. Ele ainda parece divertido embora.

"Você precisa de ajuda?" Ele pergunta, estendendo a mão.

Eu agarro, usando seu aperto firme para ficar em pé menos que graciosamente. "Obrigada", eu digo, puxando minha saia para baixo ao normal.

Ele ri: “Não tem problema. Mas eu tenho que perguntar, houve realmente um problema com a copiadora ou você estava se preparando para algo mais íntimo?”

"Hum... não", eu digo, meu pulso chutando, "Foi uma obstrução de papel. Muito ruim.”

"Bem, se eu ficar atolado, ligo para você me ajudar a relaxar."

Ele ainda está segurando minha mão. Meus dedos correm ao longo de seu pulso e sinto o músculo liso sob sua pele antes que eu possa me parar, e ele sorri. Eu forço minha voz para fora. "Eu não sou tão bom com copiadoras."

"Quem disse que eu estava falando sobre a minha copiadora ficar preso?" Ele vai até o bebedouro e enche um dos copos de papel, e então entrega-o junto com o lenço. Ele realmente carrega um lenço. "Aqui. Parece que você pode precisar disso.”

Eu olho para baixo. Porcaria. Eu rapidamente escovo o máximo de pó que posso da minha camisa, sabendo que se eu tocar o toner com a água, será um desastre completo. Minha pele, no entanto, é uma história diferente. Molhei o lenço e limpei rapidamente o peito e o pescoço. Nada diz profissionalismo como tinta em cima de você.

"Qual é o seu nome?", Ele pergunta, e eu olho para cima para descobrir que é a vez dele olhar. Em mim. Meu peito inteiro agora úmido, minha camisa abotoada aberta no pescoço.

Eu pulo em meus saltos altos e tento pegar as bandejas de papel o mais suavemente possível, embora eu não possa ignorar que estou dando a ele uma outra visão da minha bunda. "Dulce(Naomi)", eu digo quando a máquina volta à vida novamente agora que tem papel.

"Aqui, espere", diz ele, e pega o lenço da minha mão.

Então ele se move para o meu espaço e quando eu olho em seus olhos, de repente eu não consigo respirar. "O que você está fazendo?"

Ele sorri um pouco enquanto levanta o pano. "Você tem um pouco de toner no seu rosto e eu não vejo um espelho aqui."

"Certo."

Ele gentilmente limpa meu rosto com o pano úmido, em minhas bochechas e até meu queixo. Ele arrasta o meu lábio inferior e acho que meu coração para. Eu não estou tão perto de alguém há muito tempo. Ok, talvez eu nunca tenha chegado tão perto. Eu me vejo olhando para aqueles olhos novamente, e me permito ficar um pouco perdido, pensar que este momento significa mais do que realmente faz.