Fanfic: Doce Coisinha - Trendy, Vondy (finalizada/adaptada) | Tema: Triangulo Amoroso

Christopher

Manter minha cabeça reta seria um desafio. Quando eu a estava rastreando, era mais fácil me concentrar em fazer isso por Alfonso. Eu odiava que ele tivesse seu amor? Sim, mas desde que encerrei nossa amizade com meu movimento de pau, percebi que não o odiava. Ele tinha a mulher que eu queria. A única mulher que eu já quis completamente. Mas eu não o odeio. Eu senti falta dele. Quando precisava de conselhos, me pegava pensando em ligar para Alfonso. Ele sempre teve uma resposta. Eu não podia ligar para ele e isso doeu. Foi uma dor diferente do que perder Dulce, mas igualmente poderoso.

Essa tinha sido minha maneira de consertar isso. Eu tive que consertar o que perdi com o melhor amigo que já tive. No entanto, uma vez que ela saiu do local de fast food carregando aquela sacola de comida e seus olhos se fixaram em mim, eu senti. A atração para ela. Por que eu não pude seguir em frente e deixá-la ir? Ela estava bem no começo. Nós nunca poderíamos estar juntos. Não apenas porque éramos fodidamente relacionados. Mas por causa da merda distorcida que meus pais fizeram. Essa escuridão sempre estaria lá entre nós.

Quando olhei para ela sentada no banco do passageiro dormindo, era difícil lembrar de tudo isso. No silêncio de seu carro, tudo que eu conseguia lembrar era como era segurá-la. Como o sorriso dela consertou toda essa merda. E a sensação de fazer amor com ela. Saber como era estar dentro dela era a coisa mais difícil de esquecer. Eu duvidava que alguma vez fosse. Eu temia que só a visse quando estivesse dentro de outra pessoa. Que eu não seria capaz de realmente me entregar a mais ninguém.

Eu esperava que ela ficasse com Alfonso. Eu pensei que eles seriam uma coisa eterna. Ele era o tipo de pessoa que você sabia que podia confiar. Ele era sólido. Ele foi honesto. E ele a amava do jeito que eu amava. Por que ela fugiu, eu não sabia. Ele não me contou e eu não estava realmente convencido de que ele sabia. Tinha que haver um grande segredo. Dulce não era capaz de fugir por causa de um mal-entendido. Ela precisaria de um motivo. Está sozinha.

Ela bocejou e se espreguiçou, o que chamou minha atenção novamente. Eu mudei meus olhos para observá-la brevemente antes de olhar para a estrada na minha frente. Não era que ela fosse linda. Eu já estive com muitas mulheres bonitas. Era mais que sua beleza. Algo mais profundo e puro que não poderia ser falsificado. Foi lá que o atraiu. Fazendo você querer ser digno dela.

"Onde estamos?" Ela perguntou com uma voz rouca.

"Uma hora de Macon", respondi.

"Georgia!" Ela perguntou sentando-se rapidamente.

"Sim, eu disse que estávamos indo para o norte", lembrei a ela. Ao norte de Tallahassee estava a Geórgia.

“Mas eu preciso sair do estado. Finalmente. É por isso que eu fui para o sul. A Flórida estava perto, mas ainda estava longe de Savannah.” Ela parecia em pânico. Eu queria saber por que ela precisava sair de Savannah. O que a estava fazendo fazer isso? Eu sabia que Alfonso não era uma ameaça. Tinha que haver algo mais.

"Eu estava pensando no Tennessee, mas se isso for longe demais, podemos ir para o leste e seguir para a Carolina do Sul. Não muito longe, mas um estado diferente,” eu disse a ela.

Ela gemeu. “Isso está usando muito gás. Estou com orçamento limitado. Não podemos continuar dirigindo por todo o sudeste. Eu preciso tomar uma decisão e ir lá.”

Eu olhei para o tanque de gasolina. Eu o preenchi há uma hora. "Estou pagando pelo gás enquanto estou com você", disse a ela. "Não discuta comigo. Fiz a viagem mais longa do que você pretendia. O gás está em mim.”

Ela levantou o lado da boca em um sorriso, mas ela não discutiu. Ela estava preocupada com dinheiro. Mais uma vez, por que ela deixaria um emprego que parecia amar e a segurança do apartamento de Alfonso? O que a faria correr? Comecei a perguntar e me parei. Ela não ia me dizer, era inútil bisbilhotar.

"Com fome?", Perguntei. Fazia quatro horas desde o café da manhã e isso não tinha sido muito. Eu esperava que ela puxasse um biscoito de frango. Era por isso que aquele lugar era famoso. Mas ela tinha pepitas e maçãs grelhadas. Não é exatamente o enchimento.

Ela assentiu. "Sim."

Comecei a procurar uma saída com boa comida. Ou pelo menos comida decente. Não haveria muitas opções nesse trecho interestadual. Não até chegarmos mais perto de uma cidade grande. "Por que você está de bom humor?", Perguntei.

Ela encolheu os ombros. "Qualquer coisa. Eu não sou exigente."

Eu já sabia disso, mas odiava ser o escolhido.

"Mexicano?", Perguntei.

Ela não disse nada e eu olhei para ela e ela estava mordendo o lábio inferior. Eu pensei que ela gostava de mexicano, mas a estranha expressão nervosa que ela estava fazendo me fez pensar que ela mudou de ideia.

“Talvez não seja mexicano então. E o italiano? Macarrão parece bom?” perguntei olhando para ela novamente para ver sua reação.

Ela pareceu aliviada e soltou o lábio que estava mastigando. "Isso parece bom", ela respondeu. Eu não perguntei o que o mexicano a provocou, mas isso iria me incomodar.

"Acho que há um lugar italiano à frente. Vi o sinal a alguns quilômetros de volta. Eles têm bons palitos de pão. Não existe há anos. Desde meus primeiros dias de faculdade.”

Ela não disse nada. Eu mandei uma mensagem para Alfonso enquanto estava pegando gasolina e avisei que a encontrara e estávamos indo para o norte de Tallahassee. Eu não estava pronto para ser seu amigo novamente. Eu tive que trabalhar com minhas próprias merdas e aceitar isso. O que eu estava fazendo e por quê. Então eu poderia encará-lo e pedir desculpas. Tente salvar uma amizade que eu nunca pensei que ficaria sem.

Ele simplesmente mandou uma mensagem. "Obrigado." Nada mais. Sem perguntas. Honestamente, sua indiferença me irritou. Ele não queria saber como ela era? Se ela estava chateada? Triste? Com dor? Qualquer coisa? Porra, ele era um bom homem. Eu sabia. Mas quando ele te exclui, ele fez isso completamente. Ele estava planejando fazer isso com ela? Poderia ele? E se ele fizesse, eu seria capaz de escolher entre os dois?

Eu olhei para o perfil lateral dela. Ela estava sozinha neste mundo. Eu não sabia detalhes, mas sabia que ela não estava deixando Savannah facilmente. Heidi era muito importante para ela. Tinha que haver uma boa razão. E eu não acreditava que era culpa dela. Alfonso era quem eu sabia que podia ser tão malditamente escuro que era difícil estar perto dele. Ele poderia desligar e se retirar. Era mais fácil acreditar que ele cometera um erro. Ele a fez acreditar que não era desejada. Do que pensar que ela tinha feito qualquer coisa para causar isso.

A amizade dele era algo que eu precisava nesta vida. Eu sabia disso agora melhor do que antes. Ficar sem isso não tinha sido fácil. Mas amar Dulce era o mesmo. Ficar sem ela não foi fácil. Se eu tivesse que escolher um, seria a escolha mais difícil da minha vida.

"Christopher", ela disse quase em voz baixa.

"Sim?"

“Eu preciso que você encoste. Agora.” Havia pânico em sua voz. Coloquei um pisca-pisca e diminuí a velocidade para sair da estrada. Não era seguro estar do lado da interestadual, mas não a questionei. No momento em que parei o carro, ela abriu a porta, pulou e imediatamente dobrou a cintura e começou a vomitar. De novo e de novo.

Eu a observei um segundo antes de afundar. Começou a fazer sentido. Alcançando a maçaneta da porta, saí do carro e caminhei até ela. As circunstâncias para sua corrida, a tristeza, a fácil aceitação da minha presença. Foi tudo por causa disso.

Quando ela terminou, ela colocou as mãos nos joelhos e levantou a cabeça para olhar para mim. Ela estava pálida. Seus olhos pareciam maiores que o normal e agora estavam lacrimejantes. "Obrigada", disse ela, em seguida, levantou-se. Ela não disse que mais só virou voltou para o carro, tirou um guardanapo da bolsa mais cedo, limpou o rosto, colocou o guardanapo de volta na bolsa e virou-se para colocá-lo no chão do lado de fora. Quando ela o fez, olhou para mim novamente. "Eu sei que é lixo, mas não posso... Eu preciso sair do carro.”

O cheiro do frango. Vômitos após a menção de comida mexicana. Eu nunca tinha passado um tempo com uma mulher grávida, mas já tinha visto bastante televisão e filmes. Alfonso não fazia ideia. Se ele fizesse, o que ele estava fazendo naquele momento tão importante que ele me chamou para ir atrás dela, seria descartado. Ele estaria aqui com ela. Fazendo o que pôde para fazê-la voltar.

Ela entrou no carro e fechou a porta. Caminhando de volta para voltar a mim mesma, eu sabia que teria que contar a ele. Ele merecia saber. Ela precisava que ele soubesse. Mas antes de mim, ela estava indo para responder a algumas perguntas. Eu não iria atirar pela boca novamente com informações sobre as quais eu não tinha fatos. Eu seria mais cuidadoso desta vez.

Ligando o carro, eu puxei de volta para a interestadual. Eu não disse nada. Eu a deixei sentar lá e pensar. Ela tinha que saber que eu não era um completo idiota. O que acabara de acontecer não foi intoxicação alimentar ou vírus estomacal. Se fosse, teria sido pior. Ela estaria debruçada no banco, fraca e doente.

O local italiano apareceu o próximo sinal de saída e, embora eu não tivesse certeza de que ela ainda podia comer, eu peguei a saída de qualquer maneira. Nosso silêncio continuou até que eu estava estacionado e estávamos sentados lá olhando para a frente. Nós dois esperando o outro falar. Eu queria que ela me dissesse. Eu não queria ser o único a martelá-la com perguntas, mas o faria se fosse necessário.

"Ele não quer filhos. Ele disse que ter um filho seria um erro.” A voz dela era tão suave que tive que me esforçar para ouvi-la.

Alfonso pensou que ele nunca deveria ser pai. Ele disse mais de uma vez que não saberia a primeira coisa sobre isso. Ele não tinha exemplo a seguir. Tudo o que ele tinha era Gerry e isso não era suficiente, ou assim ele acreditava.

"Mas ele disse que não sabia sobre você", eu disse certificando-me de entender corretamente. Porque se ele soubesse que ela estava carregando o filho dele e ele dissesse essa merda consertando nossa amizade. Eu o encontrava e batia na bunda dele ou caía tentando. A verdade sempre foi que Alfonso era o mais perigoso. Ele luta desde que era jovem. Essa era a única coisa que seu pai abusivo havia lhe ensinado. Resistente, duro e frio. Mas ele também pode ser o melhor humano que você já conheceu. Foi uma combinação única.

"Eu não poderia contar a ele. Não depois disso. Não quero que meu bebê pareça ter sido um erro. Ou indesejado. E se ele se sentir assim, nosso filho também sentirá.”

Ela falou como se cada palavra a machucasse fisicamente. Ela não olhou para mim. Eu podia ver seu queixo tremer enquanto ela lutava para segurar sua emoção. Quando Alfonso descobrisse, eu duvidava que ele se perdoasse.

"Compreendo. Mas eu também conheço Alfonso. Ele costuma dizer o que pensa e não considera como isso poderia mudar se a situação se apresentasse. Eu sei que ele te ama. Eu entendo isso mais do que qualquer outra pessoa. E porque sei como ele se sente e o sacrifício que estava disposto a fazer para garantir sua segurança, me ligando, também sei que você está errada sobre como ele se sentirá em relação ao bebê.”

Se ele não me perdoou por mais nada, o que eu acabei de dizer deve me purificar de todos os outros pecados que cometi contra ele. Dulce estava tão vulnerável agora. Eu poderia tirar proveito disso e dar a ela uma vida que ela não achava que teria agora. Eu poderia ser pai do bebê. Ela acabaria me amando. Eu podia ver esse cenário e seria um mentiroso se não admitisse que era tentador. Mas também estava errado.

Eu conhecia o pai do bebê. Eu sabia a verdade. E eu sabia que ele iria querer ela e esse bebê. Ela não era uma mãe solteira abandonada que precisava de mim para salvá-la. Se ela fosse, eu faria com prazer e agradeceria a Deus por uma segunda chance. Mas este não foi o meu momento de sorte. Não era para ser para nós.

"Você pode comer?" Eu perguntei a ela em vez de empurrar ou tentar convencê-la de mais alguma coisa.

Ela se virou para olhar para mim. Um pequeno sorriso triste tocou seus lábios. "Na verdade, eu estou desejando aqueles palitos de pão que você mencionou."

Por enquanto, eu a alimentaria. Quando ela dormia novamente, eu decidia o que fazer e como lidar com isso. O futuro de Alfonso dependia disso e desta vez eu não o decepcionaria.