Fanfic: Doce Coisinha - Trendy, Vondy (finalizada/adaptada) | Tema: Triangulo Amoroso

Alfonso

Eu parei do lado de fora do hotel em Beaufort, Carolina do Sul, para onde Christopher disse que a levaria. Quando ele me ligou hoje mais cedo, eu não queria atender a ligação dele. Meu pai acabara de enviar uma mensagem de seu advogado ao meu de que, se eu continuasse o curso de ação que estava tomando, me arrependeria.

Ele sabia que eu ia lutar por Wills. Foi por isso que ele o mandou embora. Wills não estava em um colégio interno, eu descobri isso rápido o suficiente. Ele estava na mais nova casa de meu pai em Londres. O colégio interno era uma cortina de fumaça.

Eu atendi à ligação porque Christopher estava com Dulce. Eu não esperava que ele me ligasse quando estava com ela. Eu esperava que ele aproveitasse a situação para tentar reconquistá-la. Essa foi a razão pela qual eu respondi.

Eu o cumprimentei dizendo que não tinha tempo para suas besteiras. Se ele não pudesse cuidar dela, eu mandaria outra pessoa. O que ele disse a seguir, no entanto, me trouxe aqui.

"Enviar alguém para cuidar da mulher que carrega seu filho que ela acredita que você não quer, e eu acredito que você cometeu um erro, seria a maior jogada idiota da sua vida."

Eu fiquei lá congelado em choque. Isso o levou a dizer. “Você me ouviu, seu filho da puta frio? Ela esta gravida. Ela não fugiu de você. Ela saiu para proteger seu bebê, que ela acha que você não pode amar. É com isso que estou lidando aqui. Eu tive que encostar enquanto ela vomitava no lado da interestadual. Eu tive que forçá-la a me deixar pagar por sua refeição para que ela comesse mais do que uma maldita salada e tive que ameaçá-la com você para que ela me deixasse colocá-la em um hotel hoje à noite. Porque ela dormiu em seu carro em uma área de descanso, nas últimas duas noites. Isso tudo está afundando?”

Medo e pânico não começaram a descrever o que eu estava sentindo. "Onde ela está?" Perguntei.

"Vou enviar uma mensagem para você sobre a localização do hotel para onde estou levando-a. Se você não aparecer, eu intervirei. Serei o que ela precisa e com o tempo ela me amará novamente. Esta é a minha oferta de paz. Venha buscá-la se ela e seu bebê forem o que você deseja. Se você acha que não pode ser pai, deixe-me ser. Eu também tinha um exemplo de merda, mas por causa disso eu sei o que não fazer. E então, porra?”

Ele prontamente encerrou a ligação.

E pedi um avião particular sem entrar em contato com meus advogados, sem pensar nos meus próximos passos com meu pai - isso teria que esperar. Encontrar Dulce e levá-la para casa não seria. Eu tenho que salvar meu futuro.

Durante o voo aqui, reproduzi todas as palavras que disse na noite passada que estivemos juntos. Lembrei-me de como eu continuava falando sobre não ter um bebê. Como engravidá-la seria um erro que eu não queria. Cada maldita lembrança era como uma faca me esfaqueando no peito. Pensar que ela ficou ali e me ouviu sabendo que nosso filho já estava crescendo dentro dela. Eu tinha tanta vergonha de mim mesmo.

Como ela não se separou completamente ali? Como ela se mantinha tão forte e a manteve unida? Qualquer outra mulher teria jogado algo na minha cabeça e me amaldiçoado pelo bastardo que eu era.

Eu mandei uma mensagem para Christopher. "Eu estou aqui. Qual o número do quarto?”

Ele não respondeu e eu fiquei lá esperando. Apenas quando eu estava pronta para entrar e exigir saber onde ela estava, Christopher apareceu. Ele saiu pela entrada da frente e veio em minha direção. Uma carranca de determinação em seu rosto.

“O que eu fiz antes, estava errado. Fiquei magoado, amargo e estava desesperado para reconquistá-la. Mas eu perdi outra coisa. Algo que eu não tinha percebido que era mais importante... Meu melhor amigo. A única família real que tenho. Isso,” ele disse apontando de volta para o hotel. “Este sou eu pedindo perdão. Fiquei tentado a mantê-la em segredo. Para ser o homem que ela precisava. Ser o herói. Mas não pude."

Seu pedido de desculpas foi inesperado. Não era o que eu pensava que ele veio aqui para dizer. Christopher era a única pessoa que eu conhecia tão bem quanto eu mesma. Nós éramos diferentes, mas nós dois tivemos uma infância semelhante. Passamos por tempos difíceis, dependendo do outro.

"Você deixou algo de fora", eu disse.

Ele franziu a testa, mas não perguntou o quê.

“Você me ligou porque a ama. Não era tudo sobre mim. Ou nós. Era sobre ela também. Você escolheu o que sabia que ela queria, em vez do que você queria.”

Ele riu baixinho, mas não havia humor lá. "Talvez sim."

Estendi minha mão e ele olhou para ela e depois colocou a dele na minha. Nós trememos, então ele se adiantou e me abraçou. Depois de um tapa nas costas, ele recuou.

"Sala 202. Aqui está a chave extra que eu mandei fazer. Vá consertar seu maldito desastre. E da próxima vez pense antes de divagar pela boca.”

Eu peguei a chave. "Obrigado", eu disse.

Christopher assentiu, virou-se e caminhou em direção ao estacionamento.

"Onde você está indo?" Eu perguntei, sabendo que ele não tinha carro aqui.

“Eu recebi um aluguel aqui depois que liguei para você. Eu sabia que você apareceria e quero continuar minha viagem.”

Eu o observei se afastar antes de entrar. Não éramos o que éramos uma vez, mas estávamos consertando. Um dia eu sabia que teríamos isso de novo. Foi quando eu soube que ele não estava olhando para minha esposa que a queria. Ele teria que encontrar sua própria felicidade primeiro. Eu era tão compreensivo.

Indo para a entrada, eu segurei a chave na minha mão e meus passos ficaram mais longos e rápidos. A necessidade de vê-la arranhou-me. Eu queria abraçá-la e me assegurar de que ela estava segura. O elevador estava vazio, já que era meio da noite e eu estava do lado de fora da porta dela em questão de minutos.

Ao pegar a chave, toquei na fechadura e fiquei aliviada quando a luz vermelha não piscou porque ela a trancara. Bater na porta dela teria sido mais difícil. Havia uma boa chance, se a fechadura estivesse engatada, de que ela não acordasse e eu tivesse que ficar sentada aqui até de manhã para vê-la.

Entrando no quarto escuro, fechei a porta silenciosamente atrás de mim. Acendi a luz do banheiro e arrombei a porta para me dar alguma visibilidade. Ela precisava ver meu rosto quando abriu os olhos para não achar que um estranho estivesse aqui com ela.

Ela estava enrolada no meio de uma cama king size. Eu podia ver o pijama rosa dela espreitando através de um pedaço dela que não estava coberto. Ela parecia tão frágil para mim agora. Eu queria carregá-la em plástico bolha e mantê-la segura do mundo. Mantenha os dois seguros.

Sentei-me na beira da cama e estendi a mão para tocar seu braço. Deixá-la dormir viria mais tarde. Eu não podia deixar passar mais tempo com ela acreditando que não queria nosso filho. Mesmo em seus sonhos, ela precisava saber a verdade.

Seus olhos se abriram e ela ofegou. Ela começou a se sentar quando seus olhos se fixaram em mim. Ela congelou e olhou para mim como se não tivesse certeza de que eu era real. Ela piscou novamente e esfregou os olhos e me encarou com mais força. Apertando os olhos para ver se eu ainda estava lá. É tão adorável, mas também partiu meu coração. Pensar que ela acreditaria que eu não amaria nosso filho. Que as palavras estúpidas que eu disse enquanto estava chateada com Wills significariam algo mais do que um discurso emocional de um homem.

"Estou acordada?" Ela sussurrou.

"Sim", eu assegurei a ela.

Ela ficou sentada pensando um pouco mais. Eu a deixei absorver tudo lentamente.

"Christopher te contou?" Ela disse as palavras como se fossem mais uma pergunta do que uma afirmação.

"Ele fez."

Ela fez uma careta. "O que ele te falou?"

"Que eu era um bastardo que precisava pensar antes de falar." Ela não parou de franzir a testa. Ela estava sendo cuidadosa. Eu percebi que ela estava protegendo nosso bebê. Embora eu merecesse, sua desconfiança de mim era como um soco no estômago. "Ele também me disse que meu futuro, minha felicidade e a mulher que eu amava estavam em Beaufort, Carolina do Sul e ela estava carregando meu filho." Estendi a mão e segurei seu rosto com a mão. "Sinto muito, Dulce. Por dizer o que eu fiz. Fiquei chateado com Wills. Eu estava dizendo merda sem pensar. Coisas que eu não quis dizer."

Ela olhou para mim nervosamente. "Eu não posso... Não posso deixar meu bebê sentir como se não fosse desejado. Eu te amo. Eu vou sempre amar você. Mas se você não pode ser pai. Se isso é demais, por favor deixe. Não force algo que você não quer. Isso causará danos que nunca poderei consertar.”

Inclinando-me para que nossos rostos estivessem a apenas centímetros de distância, eu tive certeza de que ela pudesse ver meus olhos claramente. Eu nunca quis que ela duvidasse do que eu estava dizendo. Minha alma estava à mostra. “Eu quero você e nosso bebê mais do que minha próxima respiração. Eu estava com medo de não ser pai. Mas alguém mais esperto do que eu acreditei apontou que sabia exatamente o que não fazer. Que eu sabia o que uma criança precisava, porque nunca a tive. Sei também que uma criança criada a partir do amor que tenho por você será impossível não amar. Quero você, quero nosso filho e quero você. Para sempre. Eu tenho desde o começo e isso nunca vai mudar.”

Lágrimas encheram seus olhos e ela estendeu a mão para cobrir minha mão com a dela. "Vamos para casa."

A palavra lar significou muitas coisas para mim ao longo da minha vida. Mas eles nunca quiseram dizer felicidade. Com Dulce, percebi que, apesar de enfrentarmos momentos difíceis e nossas vidas nem sempre eram perfeitas, nós tínhamos um ao outro. Ela seria minha casa. E nossos filhos também. A criança que ela estava carregando e pela qual eu lutaria até que ele estivesse conosco.