Fanfic: Doce Coisinha - Trendy, Vondy (finalizada/adaptada) | Tema: Triangulo Amoroso

Dulce

Alfonso apareceu estudar a floresta atrás de mim com uma carranca escura no rosto. Ele não respondeu de imediato, e deixei minha imaginação assumir o trabalho em todos os cenários que pude. Eu queria acreditar que Heidi não era filha de Portia.

"Nos registros hospitalares que encontrei, Heidi nasceu em Portia Van Allan dezesseis meses após o nascimento de Christopher." Ele olhou para mim então. “Há fotos no sótão da casa dos Van Allan que eu olhei enquanto permanecia lá no mês passado. As fotos de Portia estão gravadas em um vestido branco, e Christopher é uma criança ao lado dela.”

"O que? Mas... Ela não foi estuprada? Por que ela disse que ela era? Nada fazia sentido. As mentiras continuaram a desvendar, e havia mentiras em cima de mais mentiras. O que eu poderia acreditar?”

“Heidi é uma Uckermann. Metade da herança de Uckermann deveria ser dela. Ela tem o direito de algo. Se alguém soubesse a verdade, que os Uckermanns tiveram um filho e a entregaram, pode haver ações judiciais em nome de Heidi... Por você."

Eu não entendi. Nada disso fazia sentido e nada estava se encaixando. Você não pode simplesmente dar uma criança. Havia fotos dela grávida de Christopher ao lado dela. As pessoas tinham que saber que ela tinha outro bebê. "Ela não poderia ter acabado de ter um bebê e todo mundo esqueceu que existia."

Ele deu um breve aceno de concordância. “Isso é o que eu pensei também. Então,” ele parou e respirou profundamente. Eu poderia dizer por sua postura e pelo olhar em seu rosto que eu não queria ouvir isso. Ele não queria me dizer também. "Houve um pequeno funeral de caixão fechado para Heidi Clarisse Uckermann, que morreu no nascimento."

O que? O que! Eu balancei a cabeça em descrença. "Não", era tudo que eu podia dizer. Minha garganta estava grossa. Meu peito parecia como se uma tonelada de tijolos tivesse sido jogada sobre ele. Como dois humanos poderiam ser tão frios e cruéis? Reivindicar que seu filho estava morto e se livrar dele porque não é o que eles queriam. Minha linda e querida irmã era a pessoa mais especial do mundo. Eu senti o ódio profundo dentro de mim começar a queimar. Não era uma emoção que eu estava familiarizado, mas estava lá e construindo.

“Com o dinheiro de Uckermann, eles foram autorizados a pagar alguém para manter a verdade sobre Heidi em segredo. Eles nunca mais falaram dela. As pessoas em seu mundo estão tão ocupadas com elas mesmas que não se importam com os outros. A morte de um bebê, eles enviaram suas condolências, e com o tempo tudo foi esquecido.” O olhar no rosto de Alfonso era puro desgosto quando ele descreveu como isso poderia ir embora tão facilmente.

“Eles apenas a entregaram. Eles deixaram dinheiro e uma criança na minha mãe. Então não outra palavra. Não havia nada deles. Heidi é o humano mais perfeito que conheço. Mas eles não se importaram.” Eu disse as palavras em voz alta tentando compreendê-lo. Eu nunca iria embora. Ambos eram monstros. Pessoas terríveis e horríveis com almas sombrias. Eu fiquei grata que Heidi nunca os conheceu. Que ela tinha minha mãe para amá-la. Minha mãe era a melhor.

“Portia já confia exclusivamente em Christopher para manter sua vida. Ela não deixaria ir tão longe que você e Christopher fossem mais relacionados. Mas ela teve que contar uma história que a fez parecer menos horrível se isso for possível. O estupro era sua maneira de adicionar uma desculpa e tentar obter simpatia ou pelo menos compreensão. Ela não quer que ele saiba a verdade. Mas na pressa, ela não amarrou todas as pontas soltas na mentira. Christopher vai perceber a mesma coisa que você fez. Ele exigirá a verdade. Ele não poderá perdoá-la.”

Como poderia alguém? Como uma mãe fez isso? “Como eu enfrento a Heidi sem me separar? Eu não vou poder segurá-la e não chorar.”

Seu olhar subiu a colina em direção à bela casa que era o lugar seguro de Heidi. "Você é forte. Eu te vi. Você consegue fazer isso. Faça o que você sempre faz quando a visita. Jogue um pouco de kickball. Deixe-a fazer o que ela quiser fazer hoje. Aprecie ela. Quando você estiver pronta para sair, seu carro estará esperando por você. Eu vou te levar até a casa e estacioná-lo, então eu posso voltar aqui para pegar meu Rover.”

“Eu apenas a deixo aqui? Eu não sei se Christopher já pagou. Se ele não, eu preciso descobrir o meu próximo passo. Se ele fez então... Então eu não sei... Eu não sei mais o que fazer.”

Alfonso desviou os olhos para mim. “Heidi é uma Uckermann. Uma Uckermann que viveu na pobreza em um parque de trailers, enquanto seus pais viajavam pelo mundo e viviam no luxo. Esse dinheiro é tanto dela quanto de Christopher.”

Suas palavras afundaram lentamente. Eu vi a certidão de nascimento e sabia que era real. Mas eu finalmente deixei minha mente ir lá, verdadeiramente aceitando que Christopher era irmão de Heidi pelo sangue. Ela não era minha. A garota que eu amava mais do que eu não era minha verdadeira irmã.

"Ela sempre será sua irmã", acrescentou ele como se tivesse lido meus pensamentos. “Sua conexão não pode ser quebrada por algo tão simples como quem lhe deu vida. O vínculo que você tem com ela é mais forte que qualquer sangue.”

Ele estava certo. Heidi e eu estávamos conectados. Isso nunca seria tirado de mim. "Eu não posso vê-lo ou falar com ele", eu sussurrei. "Ainda não. Talvez não por um tempo. Ele vai pensar nisso e perceber que a história que nos foi dito era impossível. Mas eu não posso.”

"É melhor você não. Eu posso lidar com as coisas. Por agora, entre no carro e deixe-me levá-lo para visitar sua irmã. Isso vai colocar sua mente em repouso para ver se ela é cuidada.”

Eu fiz como me foi dito. Depois de andar em volta do carro, entrei no lado do passageiro. Era engraçado como era fácil obedecer a Alfonso. A autoridade em sua voz deveria me irritar, até me irritar, mas encontrei consolo em suas palavras assertivas. Sua presença dominante era calma, e eu precisava disso desesperadamente.

Alfonso nos levou em silêncio de volta para a estrada. De lá, foi uma curta distância até a colina para a instalação. A casa que tinha sido uma dádiva de Deus para Heidi depois de perder a nossa mãe. Heidi adorava nossa mãe. Ela sempre se sentiu igual porque mamãe tinha certeza que sim. Se eu fiz alguma coisa, ela fez com que Heidi fizesse isso também. Mesmo que tenha sido preciso muita ajuda de nós dois.

Depois que Alfonso estacionou o carro, fiquei ali olhando para frente. “Eu nunca quero que Heidi saiba a verdade. Nossa mãe, ela era nossa mãe. Heidi a ama e sente falta dela. Mamãe era o mundo de Heidi. Isso não é algo que Heidi vai entender.”

Eu não sei porque eu estava dizendo a Alfonso. Não era como se ele fosse entrar e contar a Heidi a terrível verdade. Mas eu precisava contar a alguém, e agora ele era tudo que eu tinha.

"Ela não precisa saber. Ela tem você. Isso é tudo que ela precisa.”

Eu concordei com todo meu coração. "E se... E se Portia quiser vê-la? Falar com ela? Se Christopher a expulsar... E se Portia tentasse usar a Heidi para conseguir dinheiro?”

Essa mulher não era alguém que eu queria perto da minha irmã. Ela era má e cruel e não tinha coração. Ela era egoísta e fria. Heidi não era nada como ela.

"Ela não vai", disse ele. “Há muito em jogo. Mais do que ela estar quebrada e sem dinheiro. O que ela fez não foi apenas cruel, foi ilegal.”

"Você tem certeza?"

"Positivo. Eu verifiquei que suas ações eram e ainda são ilegais", disse ele com confiança.

Eu virei minha cabeça e olhei para ele. "Mas ela pode decidir enfrentar suas mentiras."

Alfonso se inclinou para perto de mim - mais perto do que ele já esteve. Seu olhar era intenso e não convidou nenhum argumento. Onde Christopher era gentil e caloroso, Alfonso não era. “A primeira coisa que você vai ter que aprender é confiar em mim, Dulce. Porque eu não minto, e eu te juro que Portia não chegará perto de Heidi.”

Ele não acrescentou que ele não iria deixá-la. Mas sua expressão era tão determinada que eu não questionei. Era difícil não acreditar em sua sinceridade.

"Ok", eu sussurrei.

Ele acenou com a cabeça em direção à porta. "Vai. Visite com a Heidi. Esqueça a merda de hoje. Vou enviar um endereço de texto para você. Dirija seu carro até lá depois da sua visita.”

Essa última parte me jogou fora. "Por quê?", Perguntei.

Sua sobrancelha esquerda ergueu-se ligeiramente. "Você tem um lugar para ficar esta noite?"

Oh. Eu não tinha pensado nisso. Eu balancei a cabeça.

"Vou te mandar um endereço de texto. Quando você sair, vá para lá.”

Eu abri minha boca para perguntar mais a ele, mas ele saiu do carro e foi embora. Ele saiu assim mesmo. Alfonso tinha aparecido do nada com respostas, não mentiras. Ele me garantiu que Heidi estava bem. Ele não me deixou desmoronar. Eu me senti mais forte com ele lá.

Se eu fosse honesta, não queria que ele fosse embora. Durante nossa breve conversa no meu carro, ele me fez sentir segura. Quando ele falou, acreditei em suas palavras. Ele falou com certeza que você simplesmente não podia questionar.

Meu telefone tocou e eu tirei do bolso de trás. Havia um endereço como ele havia dito. Eu tinha um lugar para dormir esta noite e hora de descobrir o que faríamos em seguida. O que eu faria?

Retirei as chaves da ignição e saí do carro de onde me sentei no banco do passageiro. Eu sabia que visitar a Heidi iria me ajudar. Ver o sorriso dela e saber que ela estava bem era o que eu precisava agora. O sobrenome em sua certidão de nascimento não significava nada. Heidi era um Espinoza. Ela sempre seria.

Os Uckermann a enterraram. Seu nome foi com esse tempo e lugar. A crueldade de suas ações foi de partir o coração. Eu não pude deixar de ser grata por ela ter tido uma vida melhor. Eu sabia que amamos Heidi do jeito que ela merecia.

"Dulce, nós não estávamos esperando por você!" Forcei um sorriso quando Tammy, uma das enfermeiras favoritas de Heidi, me cumprimentou com surpresa. “Heidi e May estão trabalhando na sala de atividades agora. Eles ficarão tão animados em te ver. Mesmo se você não tiver cookies ou cupcakes.”

Eu raramente visitava Heidi de mãos vazias, mas também sempre vinha quando ela estava me esperando. "Espero que a surpresa de me ver supere não ter guloseimas", respondi.

"Oh, vai!"

Voltei para a sala de atividades. Heidi aprendera a fazer crochê e adorava. Ela estava fazendo pegas e panos de prato na última vez que eu a vi. Eu me perguntei se era isso que eles estavam fazendo hoje.

Quando eu estava prestes a chegar à sala de artesanato, a porta do escritório se abriu e a Sra. Shell, a gerente de contas, saiu. Eu sempre fiz pagamentos para o cuidado de Heidi aqui para ela.

“Dulce, acabei de receber seu pagamento pela Heidi. Veio através do sistema de computador. É maravilhoso que os Uckermanns tenham decidido pagar adiantado pelos próximos dez anos. Eu sei que isso tira a preocupação mensal de seus ombros. Você pode se concentrar em conseguir o diploma de que estava falando, em vez de sempre trabalhar.” Ela piscou e caminhou pelo corredor sem esperar pela minha resposta.

A casa de Heidi foi paga por agora. Eu não teria que me preocupar. Mas saber que foi pago com o dinheiro de Uckermann(Van Allan) me incomodou.